POV Narradora

Foi difícil para Sirius e Lene se separarem. Ah, se não fosse o oxigênio...

-Wow! –exclamaram os dois entre sorrisos.

Eles iriam se preparar para mais um beijo, faltava pouco, a respiração ficou ofegante e próxima, mas...

-Ahn, oi. –falou James olhando malicioso para os dois. –Eu esqueci meu casaco aqui.

E ele começou a rir.

Como o clima foi quebrado, Lene e Sirius se despediram e cada um foi para seu dormitório.

***

-Olá Almofadinhas! –falou James, sorrindo marotamente, quando Sirius entrou no quarto. –Quando você começou a pegar a Lene, de novo?

-Pegar a Lene? –perguntou Remo dando risada e olhando de Almofadinhas para Pontas.

-Eu estava consolando ela. –respondeu Sirius se largando na cama.

-Jeito inovador de consolar alguém! –caçoou Pontas.

-Tente usar com a Lily, então! –retrucou Almofadinhas.

-Uuuuh, golpe baixo! –disse Aluado arrancando risadas gostosas dos meninos.

***

-Então você beijou Sirius? –perguntou Dorcas no café da manhã do dia seguinte. Aquilo fez Lene se irritar era a... ahn... Lene parou de contar desde a décima vez.

-Olha, se você repetir isso, acho que a Lene enfia essa colher na tua goela. –riu Lílian.

-Ah não! Eu vou enfiar essa colher no seu... –mas Lene foi interrompida pelos Marotos que se sentaram na mesa com elas.

-Olá meninas! –cumprimentou Remo.

Lílian tinha decidido que iria conversar com James.

“Por causa do Remo, não se esqueça” disse a ruiva para si mesma.

Quando ela abriu a boca para falar com James, uma menina da Corvinal (cabelos loiros e ondulados, caindo no ombro. Olhos azuis e estava com um batom rosa claro).

-Ahn, James. –começou a menina, James arregalou os olhos para ela como se não fosse normal meninas virem até ele. –Minha primeira aula hoje é Defesa contra as Artes das Trevas e...- a menina pegou na mão de James. –e eu sei que você tem um dom para isso. Pode me ajudar no meu dever?

-Mas eu nem faço os meus deveres! –argumentou James.

-Shhh. –a garota colocou seu dedo nos lábios de Pontas. –Só venha, por favor?

E sem esperar a resposta do menino, ela arrastou James para fora do Salão Principal.

-Argh, Lene, Dorcas, aula de Poções. Vamos! –falou Lílian tentando, em vão, parecer calma e não ter ciúmes. Se virou e apontou para Sirius e Remo. –E vocês também!

Sirius não ajudou muito falando: “o que o ciúmes não faz com uma pessoa?”, se bem que Lene deu uma tapa (de amor) nele. Lílian ficou tão enciumada que nem percebeu quando eles passaram por James e a menina da Corvinal bem na hora em que ela dava um selinho nele.

-Oh Merlin, quando é que vai começar a temporada de quadribol? –suspirou Sirius quando eles entraram para a aula de Poções.

Para provocar Regulus, Sirius se sentou ao lado de Lene, que fez uma cara tão triste que contagiava. Dorcas sentou com Lílian. James com Remo.

A classe, que estava dividida entre Grifinória e Sonserina, teve que fazer um poção de morto-vivo. Saia cada coisa estranha dos caldeirões dos alunos, além de quando a poção explodia ou soltava faíscas de qualquer cor. O único que conseguiu fazer foi o Ranho...ops...Severo.

-Está bem classe, podem ir! –despediu-se Slughorn. –Não esqueçam o relatório da página 92.

Todos saíram da sala tagarelamente. Slughorn percebeu que sobrou alguém.

-Srta. Evans? –falou. –O que faz aqui?

-Ah, eu estava arrumando a bagunça que minha poção fez. –explicou a ruiva. –Pode ir professor, eu já vou também.

O Prof. assentiu, pegou suas coisas e disse que iria para a sala dos professores.

Quando Lily terminou, suspirou e juntou suas coisas.

-Espere ai, Evans. –falou uma voz fria que fez Lily congelar. –Quero falar com você.

Lílian se virou e levou um susto ao ver que era Regulus, ela semicerrou os olhos e suspirou.

-O que você quer? –perguntou a ruiva mais friamente do que Regulus.

-Com quem você pensa que tá falando, menina? –vociferou Black.

-Com um idiota, porque não vejo mais ninguém aqui.

-A idiota aqui é você, que fez a Lene terminar comigo. –Lílian ficou paralisada, não sabia o que falar já que Lene não havia lhe contado isso.

-Se você realmente gostasse da Lene, não iria se importar com as amizades dela. Mas já que você é um galinha, um queridinho da mamãe. Sinto te dizer, mas a Lene não tem que perder tempo com você.

Regulus pareceu que ia cuspir fogo. Ele pegou no ombro de Lílian e a jogou contra a mesa mais próxima e gritou:

-Você não é ninguém para falar assim comigo, sua sangue-ruim imunda.

E saiu batendo a porta, deixando a ruiva muito assustada que ela se pôs a chorar.

***

-Oh merda! –exclamou James verificando sua mochila. –Esqueci minha varinha na sala do Slughorn, eu já volto.

-Quer que vá junto? –perguntou Sirius, mas James já estava virando o corredor. Sirius correu para segui-lo.

Chegando perto da sala, eles ouviram soluços. Pontas e Almofadinhas se entreolharam. James entreabriu a porta e arregalou os olhos.

-É a Lílian –sussurrou James para Sirius. Eles trocaram olhares significativos. James entrou na sala e Sirius ficou esperando na porta.

Quando James abriu a porta, Lílian se assustou e tentou fingir que estava arrumando as coisas.

-Lílian, por que você estava chorando? –perguntou James sem mais nem menos.

Ela engoliu em seco e fixou o olhar em James.

-Porque eu não sou nada além de uma sangue-ruim. –respondeu Lílian voltando a chorar e se atirou nos braços de James, que retribuiu o abraço, desconfiado. Sirius fez menção de entrar, só que James lhe lançou um olhar que faria até Remo recuar quando estivesse naqueles dias.

-Lílian, não se chame assim. Você é a melhor aluna da sala mesmo sendo nascida trouxa. É linda e é uma das melhores bruxas da nossa idade-consolou James. –Mas, por que você disse isso?

-Porque todo mundo diz. Severo e... –ela suspirou olhou para James e concluiu: -Regulus.

-O QUE FOI QUE AQUELE MISERÁVEL DISSE? –urrou Sirius abrindo a porta com violência.

-Por culpa minha, Lene e Regulus terminaram. Então, Regulus me chamou de sangue-ruim imunda. Foi igual a Severo.

-Não se preocupe Lílian. A gente vai acertar as coisas com o Regulus. –falou Pontas com um sorriso malvado.

-Nem que nos custe dois meses de detenção. –terminou Sirius ameaçador.

E Lílian finalmente sorriu.