Fantascape escrita por Rivergron


Capítulo 1
Capítulo 1




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24 de junho de 2011

"Você só pode estar brincando comigo." Eu murmuro para mim mesma, enquanto espero do lado de fora do Fantascape. Eu não posso acreditar que eu vou passar o resto do meu verão trabalhando nesta merda. Eu atravesso os portões enferrujados e caminho ligeiramente em direção ao escritório principal.

"Ah, Santana, você está aí." Exclama a senhora Kit assim que entrei na sala. "Aqui". Ela me dá três camisetas vermelhas que tinham a palavra FANTASCAPE impressa na frente e a palavra JOGOS impressa no verso, as duas escritas em branco. "Você ganhará essas três camisas e se você perder qualquer uma delas terá de pagar quinze dólares para substituir. Você está no comando do jogo-da-garrafa-de-leite... Não se preocupe, querida, é muito fácil. Você só tem que pegar o dinheiro, entregar duas bolas aos jogadores e torcer para eles não derrubarem as três garrafas." A velha senhora ri antes de sair do escritório.

Ponho as duas camisas em minha mochila e coloco a outra por cima da minha regata, antes de correr atrás da senhora Kit. "Muito bom, você já se trocou. Então, essa é a sua cabine e está sob o seu cuidado para amá-la como se fosse seu bebê." Ela sorri para mim e eu tento sorrir de volta. "Abriremos as portas em cerca de 30 minutos, então você ainda tem tempo para se acalmar. Não se esqueça de escrever quantos e quais prêmios que você deu para os clientes e proteja a sua caixa de dinheiro com a sua vida. Bem-vindo à família Fantascape, Santana." Ela me dá um abraço desajeitado.

"Obrigada, senhora Kit". Ela sorri para mim antes de voltar para o escritório. Eu entro na minha cabine e coloco minha mochila em cima de uma das mesas. Eu olho em volta e faço uma careta- eca. Tudo aqui é tão repugnante. As ‘garrafas de leite’ estavam colocadas estrategicamente sobre a bancada, as bolas velhas e arranhadas eram muito mais leve do que pareciam e os unicórnios cor-de-rosa de pelúcia, ou o que quer que aquilo fosse, estavam pendurados no teto.

Isso é uma merda e eu, com certeza, vou odiar este lugar.

"Legal, carne nova". Uma garota grande vem até minha cabine. Ela está vestindo uma camisa azul do Fantascape. "Eu sou Lauren e este é parque temático é meu, entendeu?"

"É, porque realmente parece que você pode pagar por um lugar como esse." Eu digo antes de soltar um bocejo exagerado. O tamanho não importa. Ela anda mais perto de mim e pega colarinho da minha camisa com suas duas mãos enormes. "Eu sugiro que você me solte."

"Ou o quê?" Ela provoca, segurando minha camiseta com ainda mais força. Balcão da cabine era a única coisa entre nós e a madeira estava apertando meu estômago, me deixando seriamente desconfortável. "O que alguém tão pequena quanto você pode fazer, muchacha?"

"Para o seu bem, eu torço para que você não descubra” Eu sorrio, antes de colocar minhas mãos em seus ombros e empurrando-a de cima de mim. "Toque em mim novamente e você vai ter sérios problemas".

"Sua nanica, por que-" Ela estava prestes a me agarrar novamente, mas alguém a interrompeu.

"Lauren, o que você está fazendo? Deixa-a em paz e volte para a sua cabine." Uma menina loira ordena, Lauren olha para ela e hesita momento, mas ela acaba saindo. "Você está bem?"

"Sim, eu estou perfeitamente bem. E eu não preciso de sua ajuda, eu posso cuidar de mim mesma... Essa menina não era mesmo uma ameaça."

"Ela é, pelo menos, quatro vezes maior que você." A menina loira afirma enquanto levantando uma sobrancelha.

"O tamanho não importa, eu não deixo ninguém me intimidar." Eu dou de ombros antes de fixar a minha camisa, a parte colarinho estava um pouco esticada, mas eu realmente não me importo. Eu olho para cima novamente e percebo que a loira ainda estava lá.

"Qual é o seu nome?"

"Kim Kardashian". Eu digo com indiferença.

"Alguém já lhe disse que você não é muito simpática?" Ela pergunta em um tom divertido.

"Se eu disser que sim, você vai embora?" Ela balançou a cabeça. "Ok, não! Agora saia antes que eu diga sim".

"Eu gostei de você, você é divertida." Ela ri, mostrando um sorriso perfeito de dentes brancos. Seu telefone começa a tocar e eu vejo seus olhos castanhos se estreitando para ler o nome na tela. "Eu preciso ir, eu te vejo por aí, Kim". Ela sorri antes de correr, a palavra 'PASSEIOS' estava impressa na parte de trás de sua camisa azul, assim como a menina grande.

Ninguém ganhou um unicórnio de pelúcia hoje.

25 de junho de 2011

"Pai, eu não entendo o porquê de eu precisar trabalhar naquele lugar." Eu gemia enquanto meu pai dirigia até o parque de diversões. "É muito quente lá e eu ganho cinquenta dólares para trabalhar um dia inteiro. Eu deveria apenas relaxar em casa ou algo assim."

"Santana, você só trabalha três vezes por semana. Fantascape não é tão ruim e eu realmente quero que você faça alguma coisa enquanto estiver aqui."

"Eu vim aqui para passar mais tempo com você." Eu faço beicinho tentando convencê-lo a me deixar sair. "Por favor, não me faça voltar para lá."

"O acordo era: você poderia ficar comigo no verão, se você tivesse um emprego." Ele encolhe os ombros. "A questão não é dinheiro, Tana. Quero que aprenda com isso, será útil quando você entrar no mundo real. Você vai começar o seu último ano na escola em breve e eu não quero que você se forme e vá para a faculdade sem nenhuma experiência de trabalho”.

"Pai, eu não acho que você pode chamar o que eu faço em Fantascape de 'trabalho'. Eu apenas sento em uma cabine suja e tiro dinheiro de crianças apenas para esmagar os seus sonhos de ganhar um bicho de pelúcia barato. O jogo é manipulado, ninguém ganha."

"Isso não é problema seu, Tana." Ele ri antes de puxar os portões do Fantascape. "Eu me lembro de trazer você aqui quando era apenas uma garotinha. Você amava este lugar."

"É uma droga agora".

“Por quê?”

"Porque eu cresci." Eu dou de ombros, antes de dar-lhe um beijo na bochecha. "Eu te vejo mais tarde, eu provavelmente vou encontrar meu caminho sozinha até em casa."

"Ok, mas me ligue se você não encontrar. Amo você!"

"Aham." Eu cântaro em resposta. Eu o amava, mas não sou do tipo que diz isso em voz alta. Eu faço o meu caminho para a minha cabine depois de pegar a caixa de dinheiro do escritório. Ótimo, eu vou perder mais um dia de verão perfeito tramando golpes em crianças.

Ainda é um pouco cedo e o parque de diversões não abrirá em, pelo menos, 20 minutos, então eu tiro meu telefone do bolso. Eu atravesso meus contatos e destaco o nome dela. Meu polegar paira sobre o número, eu quero desesperadamente chamá-la só para ouvir a voz dela, mas eu sei que não devo. Não havia nenhuma razão para isso. Eu fiz todo esse maldito caminho até Ohio porque precisávamos de um tempo separadas, então eu não deveria estragar tudo tentando chama-la.

Eu começo a jogar Temple Run para me distrair, eu tento chegar a dez milhões de pontos de novo, mas eu continuo morrendo durante as curvas. Eu estava em torno de sete milhões, quando alguém decide limpar a garganta e me incomoda. A frase "Tree Hugger" pisca na tela e eu olhar para cima para encarar a maldita pessoa que me matou.

"Eu morri, obrigada." Eu murmuro.

"Bom dia para você também, Kim". Ela sorri. "Você sabe que não devemos usar nossos telefones enquanto nós trabalhamos, certo? Se alguém ver você, você pode entrar em apuros."

"Este lugar nem abriu ainda." Eu levanto uma sobrancelha. "E por que você se importa, afinal? Se eu for demitida, eu vou ser demitida. Só."

"Eu te disse ontem, eu gosto de você. Você é engraçada."

"Olha, loira, você deve parar de vir aqui porque eu não estou aqui para fazer amigos ou qualquer outra coisa."

"Eu nunca disse que queria ser sua amiga."

"Não tem nenhum passeio em que você precise trabalhar?" Eu pergunto em tom irritado quando eu vejo as bilheterias sendo abertas e as pessoas entrando no parque de diversões. Ela balança a cabeça antes de se sentar no balcão de madeira da minha cabine. "A sua camisa diz" PASSEIOS’", como você pode não ter um passeio?"

"Eu tenho um, mas eles estão concertando-o hoje, então eu realmente não tenho nenhum lugar para estar, a não ser aqui."

"Por que você tem que estar aqui?"

"Para falar com você, boba." Ela ri, eu estava prestes a dizer algo, mas um menino aproximou-se da cabine. A loira acena para ele e ele acena de volta. "Oi, quer brincar?"

"Sim". Ele entrega a ela dois dólares, ela me dá. "Eu quero ganhar um unicórnio para a minha irmã." Eu entrego-lhe as duas bolas e fico fora do alcance das garrafas. Ele joga a primeira e erra completamente o alvo, então ele joga a segunda e atinge as garrafas, só restando uma de pé.

"Ah, eu sinto muito, homenzinho". A menina loira faz beicinho para ele. "Você deve tentar novamente quando estiver mais forte." Ele acena antes, chateado, se despedindo da menina no balcão e foi embora. "Eu juro que isso é uma merda quando eles parecem tão tristes."

"Este jogo é manipulado, o que você esperava? Eu não pude dar nenhum desses animais empalhados. Ninguém ganha neste tipo de coisas."

"É manipulado, mas as pessoas vão vencer, acredite em mim. Vejo pessoas deixando este lugar segurando os unicórnios gigantes o tempo todo."

"Bem, então eles são uns malditos sortudos. Tenho cem por cento de certeza que ninguém vai ganhar este jogo novamente hoje." Eu suspiro antes de colocar no lugar garrafa que o garoto derrubou há um tempo atrás. "Estas garrafas são pesadas demais e essas bolas são muito leves."

"Eu aposto cinco pratas com você que alguém vai ganhar esse jogo hoje". Ela sorri.

"Ninguém vai ganhar."

"Se você está tão certa, aceite a aposta. De qualquer maneira, são apenas cinco dólares se você perder."

"Eu não vou perder, você vai."

"Tudo bem". 2 horas depois e quase 30 pessoas saíram perdendo.

"Pegue meus cinco dólares agora." Eu sorrio para a loira, que ainda estava por perto.

Ela dá de ombros. "Você vai ter a sua pausa para o almoço em breve, vou mostrar-lhe o melhor lugar para comer aqui."

"Ah, tá, não, obrigada."

"Por que não?"

"Olha, cara, eu sei que você está apenas tentando ser simpática e tudo mais, mas eu gosto de ficar sozinha. Já foi o bastante você passar a manhã toda me incomodando, não faça isso na minha pausa também."

É triste, mas ela está realmente começando a me irritar... "Oh, certo, desculpe Kim." Ela diz suavemente antes de saltar fora do balcão e ir embora. Finalmente. Eu tento sacudir para longe o sentimento de culpa em meu peito, porque isso não me importa. Ela é apenas uma garota qualquer.

***

Eu pego a caixa de dinheiro levo para o escritório principal, para entregar à senhora Kit. Ela me entregou um envelope com o meu dinheiro. Isso, cinquenta dólares! Ugh, não vale a pena. "Vejo você amanhã, Santana."

"Até logo".

Eu caminho fora do escritório pensando se eu deveria ligar para o meu pai para me pegar ou ir a pé para casa. "Ei, Kim!" Eu reviro os olhos e ando ainda mais rápido em direção à saída. "Espera!"

Eu só paro quando ela já estava bem na minha frente. "Sim?"

"Eu só queria te dar isso." Ela me dá uma nota de cinco dólares. "Eu fiquei sabendo que ninguém ganhou o jogo-da-garrafa-de-leite hoje. Parabéns".

"Sim, obrigada." Eu digo friamente antes de colocar a nota no bolso e andar novamente.

"Como você vai para casa?" Ela grita.

"Caminhando". Eu respondo, sem olhar para trás.

"Você está louca? Já é noite, não é seguro para você ir caminhando." Ouvi passos e eu sabia que ela estava correndo em minha direção novamente. "Eu posso te levar para casa."

"Não, obrigada." Eu pisco para ela, com um sorriso falso.

"Não, sério, eu vou te levar para casa. Há pessoas loucas por aí que podem te machucar."

"Sim, eu sei, eu estou falando com uma agora." Eu ri.

"Eu não estou brincando, deixe-me levá-lo para casa ou ligue para sua mãe ou algo assim. Eu não vou deixar você ir para casa sozinha, mas se você insistir em caminhar, eu vou com você."

"Não significa que você teria que caminhar de volta sozinha para pegar o seu carro?"

"Sim, e seria a sua consciência que pesaria se alguma coisa ruim acontecesse comigo." Ela solta um suspiro dramático. "Então você teria que culpar a si mesma e desejar que você apenas concordasse em me deixar levá-la para casa em segurança."

"Sinceramente, acho que você é louca."

"Acredite em mim, é mais seguro ir para casa comigo do que a andar. Eu não vou falar com você durante todo o passeio, se você não me quiser, eu prometo. Eu só quero ter certeza que você vai chegar em casa a salvo."

"Por que você se importa tanto?"

"Por que eu não me importaria?"

"Tudo bem." Eu praticamente xingo, sabendo que não há nenhuma maneira de sair dessa. Eu a segui até o carro dela e permiti que ela me levasse para casa. A viagem foi em silêncio, como ela prometeu, a única vez que ela falou alguma coisa foi quando ela me disse para colocar no meu cinto de segurança e ela balançou a cabeça em silêncio, enquanto eu estava lhe dando direções. "Obrigada." Eu digo baixinho antes de sair de seu carro.

"Sem problemas, Kim. Vejo você amanhã". Ela sorri para mim antes de ir embora. Eu faço o meu caminho para a casa e para o meu quarto, eu coloco roupas limpas antes de ligar o meu Macbook e entrar no Facebook e no Twitter.

"SantanaLopez: SÉRIO, eu odeio esse lugar!! Alguém venha me pegar, pfvr.". Eu twitto antes de verificar minhas notificações importantes no Facebook. Eu olho um novo álbum de fotos dos meus amigos e isso é um saco por que todos eles parecem estar desfrutando de suas férias de verão, enquanto eu fico aqui sem fazer nada na maldita Ohio.

Estou prestes a desconectar quando uma janela de bate-papo aparece no canto inferior direito da tela.

Brooke Prince: Oi (:

Santana Lopez: Ei.

Brooke Prince: Como você está, S?

Santana Lopez: Ótima.

Brooke Prince: Sério? Eu vi seu tweet. Você não parece 'ótima'.

Santana Lopez: Não importa.

Brooke Prince: Santana, por favor.

Santana Lopez: Por favor o quê?

Brooke Prince: Pare de agir assim.

Santana Lopez: Ok.

Eu clique no sinal de botão para sair assim que eu enviar a mensagem, eu não estou no clima para uma briga. Não, hoje não. Eu verifico minhas mentions no Twitter e vejo o seu nome mais uma vez. Bem, não o seu nome de verdade, mas seu nome de usuário, perto o suficiente.

BROOKEthePRINCESS: SantanaLopez Eu sei que você está com raiva de mim, mas eu espero que você se sinta melhor. Sinto sua falta e te amo, volte para casa logo, por favor!

"Que porra é essa?" Eu cerro meu maxilar antes de bater o meu laptop e discar o número de Brooke.

"San?"

"O que você está fazendo, Brooke?"

"Eu só estou usando o meu laptop agora, eu poderia assistir-”.

"Não, Brooke." Eu a cortei. "Que diabos você está fazendo? Que tweet foi esse?"

"Ah, nada. demais Você parecia triste e eu só queria animá-la, eu acho. Por que é isso é um problema?"

"Você não pode dizer nada assim... Você não tem mais permissão para falar comigo daquela maneira."

"Santana, você é minha melhor amiga... Como você quer que eu fale com você? Onde está você, afinal? Desaparecer não está ajudando na situação."

"Bem, eu só precisava ficar longe de você."

Houve uma longa pausa e pensei em desligar, mas depois ela começou a falar de novo, seu tom era muito mais suave agora. "Você sabe que eu realmente sinto muito pelo que aconteceu... E eu nunca disse não a você, S- Eu sou apenas-, eu ainda não estou pronto."

"Ficar com algum garoto logo após a nossa conversa é praticamente um ‘não’, Brooke." Lágrimas estavam começando a encher meus olhos e eu não queria que ela me ouvisse chorar. "Eu preciso ir."

"Ok, então." Ela suspira alegremente. "Sinto sua falta e mesmo se você não acredita em mim... Eu te amo muito, S. Vamos descobrir tudo quando você voltar, eu prometo."

"Sim, tanto faz." Eu desligo e tentar o meu melhor para resistir à vontade de jogar meu telefone na parede mais próxima. Eu me forço a parar de chorar, não posso chorar por ela...

Não mais, nunca mais.

BrookePrince: Eu te amo.. Boa noite. :(

Sim, eu estava me segurando para não jogar meu telefone na parede e nunca mais chorar por ela novamente.

Foda-se.

26 de junho de 2011

Deveria ser ilegal trabalhar em um domingo, urgh. Eu ando no parque de diversões usando meus óculos escuros, eu estava tentando esconder o quanto meus olhos estavam inchados. Meu caminho foi pacífico para o escritório é interrompida por Lauren.

"O que temos aqui?" Ela sorri antes de tentar pegar os meus óculos de sol, eu dou passo para trás e empurra sua mão.

"Eu não estou de bom humor, Lauren. Então vá se foder." Eu resmungo, mas ela só ri e tenta pegar meus óculos de sol novamente. "Eu disse para ir se foder, sua putinha".

"O que foi isso?" Ela range os dentes e dou um passo para frente.

"Vá. Se. Foder.". Repito, muito mais alto. Ela agarra meu pescoço e me puxa para mais perto dela com uma mão e retira os meus óculos de sol com a outra, em seguida, os joga no chão. "Ok, já chega."

Eu a empurro para retirá-la de cima de mim e isso foi o suficiente para ela soltar minha camiseta, então eu soquei a parte direita de seu rosto. Eu continuar socando-a e ela me bate de volta por algumas vezes, mas eu era mais rápida, porque que ela errou a maioria de seus golpes. Ela acaba no chão comigo em cima dela, eu estava quase me curvando para continuar a soca-la, mas alguém me interrompeu.

"Que diabos está acontecendo aqui?" Eu me viro e ver a loira irritante. "Lauren?"

"Eu não sei, esta vadia deu uma de louca pra cima de mim." Ela geme, colocando a mão sobre sua bochecha inchada. "Você vai ser demitido, eu vou-".

"Lauren, você não vai contar a ninguém sobre isso a menos que você queira perder o seu emprego também."

"O quê?" Lauren fica rapidamente. "Isso não é justo!"

"O nariz dela está sangrando, o que significa que você bateu nela de volta, você também vai ser demitida se alguém descobrir. Te garanto."

"Foi legítima defesa!"

"Ela é uma anã comparada com você. Você vai piorar as coisas dizendo à Nana".

"Tudo bem." Murmura Lauren antes de se levantar e deixar a cena.

"Você está bem?" A loira me pergunta ao inspecionar meu rosto. "Eu não acho que você chegou a quebrar o nariz."

"Eu estou bem." Eu faço o meu caminho para o banheiro mais próximo para lavar o sangue. Ela olha para mim e para meu reflexo durante todo o tempo. "Você é muito assustadora, você sabe disso, né?"

"Eu só queria ter certeza de que você está bem. Você não estava brincando quando disse que poderia cuidar de si mesmo, né?" Ela ri. "Lauren estava no maldito chão".

"Sim, eu estava bem. Você não deveria ter interferido." Eu lavei a maioria do sangue do meu rosto. Provavelmente era apenas um corte fino, nem mesmo estava sangrando mais.

"Eu não parei a luta por você, eu parei pela Lauren. Senti pena dela." Ela levanta as duas mãos para cima. "Você faz muito bem o tipo fodona, não é?"

"Obviamente". Eu zombei, passando por ela. Deixo a caixa de dinheiro do escritório principal e faço o meu caminho para a cabine. "Por que você está me seguindo? Não me diga que você vai ficar por aqui de novo porque eu realmente não consigo lidar com você hoje."

Eu vejo um olhar magoado em seu rosto, mas eu o ignorei. Ela morde o lábio desajeitadamente antes de estender sua mão direita para mim, que estava segurando meus óculos de sol e um pacote pequeno de tecido. "Eu só queria te dar isso."

"Ah, obrigada. Olha, eu sinto muito, mas eu não consegui dormir bem na passada e eu estou realmente irritada. Sinto muito por agir como uma vadia."

"Não se preocupe." Ela se vira para ir embora, mas ela rapidamente me encara novamente. "Espere, eu tenho uma pergunta."

"Sim?" Eu tento ser paciente e tento não ser grosseira novamente.

"Quer sair comigo?"

"O quê?"

Que porra é essa?

"Um encontro". Ela encolhe os ombros. "Você não quer ir comer comigo durante as pausas, então eu estava pensando em levá-la em algum lugar para que pudéssemos comer."

"Não." Eu digo a ela enquanto ela franze as sobrancelhas.

"Por que não? Você come comida, não é?"

"Sim, mas eu não vou a um encontro com você, eu não te conheço!"

Ela corre até mim de volta e estende a mão direita. "Oi, eu sou Quinn Fabray." Ela aperta minha mão antes de sorrir. "Ok, agora que você me conhece, você vai ir naquele encontro comigo?"

"Você é louca."

"Eu realmente não sou. Eu só gosto de você, ok? Você é interessante e eu quero levá-lo para sair para algum lugar. Se você não gostar, eu juro que nunca mais vou incomodá-lo novamente. Eu vou até parar de passar por esta cabine."

"Não, Quinn." Eu digo o seu nome pela primeira vez e um sorriso enorme surge em seu rosto.

"Vamos fazer uma aposta, então, se alguém ganha um unicórnio hoje... Você vai a um encontro comigo."

"Não, não vai acontecer." Eu balancei minha cabeça.

"Você ganhou ontem. Vamos lá, aceite a aposta!"

"Não!"

"Bem, se você está com medo...”.

"Eu não estou com medo, eu só não quero que você tenha sorte. Além disso, eu realmente não quero ir a um encontro com você."

"Sorte? Ok, e se você for a esse encontro comigo se eu ganhar o jogo?"

"Você não pode vencer este jogo." Eu ri alto- isso é malditamente impossível. "Vamos esquecer isso, por favor."

"Se você tem tanta certeza de que vai ganhar, aceite a aposta, Kim". Ela provoca com um sorriso. "Vamos lá, é a sua chance de finalmente se livrar de mim."

"Tudo bem, mas quando eu ganhar, você me deixa em paz para sempre, ok?" Ela acena com a cabeça e eu pego as duas bolas, eu estava prestes a dar a ela, mas ela balançou a cabeça negativamente. "O quê? Eu pensei que você queria perder."

"Eu vou jogar e ganhar mais tarde." Ela sorri para mim de novo antes de se despedir e sair. Que esquisito. Eu balancei minha cabeça ao pensar sobre tudo o que já aconteceu e o dia tinha apenas começado.

Sim, eu estava certa de que deveria ser ilegal trabalhar aos domingos.

***

Está quase na hora de fechar e ninguém havia conseguido ganhar o unicórnio. Na verdade, estou confiante de que Quinn não vai ganhar, as chances contra ela são imensas.

Falando na loira, ela é finalmente chegou.

"Ei. Você precisa de uma carona para casa hoje?"

"Oi, não, meu pai vem me pegar." Eu estendo a ela as duas bolas para acabar com isso o mais rápido possível. "Por que você está vestindo uma jaqueta? É verão, você está doida."

"Eu estou com frio." Ela encolhe os ombros antes de tomar as duas bolas de minhas mãos e dando-me dois dólares. "Pronta?"

"Divirta-se". Eu sorrio, então ela deixa escapar um enorme espirro, curvando-se. Vejo-a colocar uma das bolas dentro do bolso de sua jaqueta vermelha. "Por que está guardando?".

"Desculpe por isso." Ela sorri e coloca a outra bola na frente do meu rosto. "Assopre ela para dar sorte." Eu soprar para acelerar as coisas. Ela recua um pouco e parece objetiva, ela pisca para mim antes de jogar a bola para as garrafas e acertando todas as três garrafas. "Não se preocupe, eu vou ter certeza de que você vai aproveitar o nosso encontro."

"Como diabos você fez isso?" Meu queixo cai e eu olho para Quinn, que tinha o maior sorriso do mundo em seu rosto. Eu entrego-lhe um dos unicórnios de pelúcia. "Isso é best-"

"Shh, eu paguei os cinco dólares quando eu perdi ontem, então você precisa manter seu lado do acordo." Ela sorri e coloca um pouco do meu cabelo atrás da minha orelha. "Eu vou buscá-la na terça-feira em torno de seis horas. Até mais, Santana."

"Espera, você sabe o meu nome?"

"A senhora Kit é a minha avó, eu sei o seu nome desde o seu primeiro dia." Ela sorri antes de piscar para mim. "A propósito, Santana é um nome muito mais bonito do que Kim. Ah, e você pode ficar com isso para que você não se esqueça do nosso encontro." Ela me dá de volta o unicórnio e duas bolas antes de ir embora, me deixando bastante atordoada.

Espera... Duas bolas?

Eu me curvo para pegar a bola que ela usou- porra, mas que trapaceira.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do primeiro capítulo tanto quanto eu! UHEAUEAUHEA, comentem se estiverem gostando. Acho legal quando vocês comentam. :c
Beijão pra vocês. n



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