Be Your Hero escrita por fanstalk, Mrs Warner


Capítulo 36
De Volta Ao Lar


Notas iniciais do capítulo

Oi oiii!!

Parece que eu estou aparecendo aqui com mais frequência, hm? Acho que é porque está acabando e eu não tenho como adiar mais!

Para aqueles que são cardíacos, melhor continuar a leitura quando a fic ficar concluída, eu até tentei colocar um pouco de comédia, um humor fraquinho, mas o drama se superou, temos muitas informações difíceis de absorver, se você é stan da reyna, piper ou ananbeth, foi mal mesmo...

No mais: APROVEITEM A LEITURA!

Não se esqueçam de ler as notas finais que eu deixo para vocês com o maior amor do mundo, ok? ok!



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P.O.V. Jason

 

Deve ser muito fácil escrever uma história sobre um semideus e seus amigos cheios de missões de quase morte, quer dizer, não sei se alguém alguma vez teve alguma ideia parecida, mas é muito fácil escrever uma história onde os protagonistas só se ferram e os inimigos têm tudo na mão. E eu não estou dizendo isso só por desabafo, a realidade é que eu acabo de jurar pelo Estige que vou ficar pelo menos uma semana sem sair do acampamento quando eu chegar lá. 

Segundo o mapa, entre Nova York e a Flórida há cerca de 4 estados, uma viagem normal de Miami até Long Island de carro é cerca de 21 horas, mas agora imagine essa distância com seis semideuses, três deles filhos de dois dos Três Grandes, e duas deles sendo semideusas amaldiçoadas e super poderosas que ainda acham que a gente é o inimigo... Foi um caos!

A viagem que deveria durar cerca de um dia inteiro durou quase quatro, porque a cada uma hora do trajeto, um monstro novo aparecia, e aí alguém tinha que derrotar ele, mesmo que a maioria parecesse só animais de rua, o que atrasava ainda mais, porque as pessoas achavam que estavam presenciando uma cena de maus-tratos aos animais, ainda bem que semideuses evitam a internet, porque depois de ter uma série de celulares apontados em nossa direção, eu acho que somos procurados pelo mundo inteiro por maus-tratos aos animais, devem estar xingando a minha família inteira. 

E sim, eu sei que a minha família é tecnicamente gigantesca, e sim, eu pretendo continuar com o uso do literalmente, porque eu literalmente quero dizer que devem ter xingado a minha família inteira.

Além de todos os ataques com monstros, ainda tivemos que lidar com Piper, e eu odeio dizer isso, mas nem mesmo eu já estava aguentando mais aquela situação. Depois de meses sem vê-la, eu percebi que seu poder havia ficado mais forte, ela poderia usar do charme sem desmaiar e podia manipulá-lo com um simples olhar, a névoa poderia distorcer nossa memória com apenas um franzir de lábios dela. E ela ainda tinha uma arma, se seus poderes não dessem certo, ela tentava nos apunhalar pelas costas. Levou todo o caminho de Miami até Richmond para que ela confiasse na gente, até lá, aprendemos do jeito mais difícil que Piper deveria ser tratada como uma sereia. 

Ou seja, a gente tinha que deixar ela sempre com a boca tapada, com uma venda bem amarrada nos olhos e nos precaver com fones de ouvidos, quem via a gente de fora deveria achar que éramos sequestradores mirins ou algo do tipo. Quando eu falei isso, todo mundo concordou, menos Leo, porque por algum motivo ele achava que as pessoas nos viam como o homem-aranha.

Quando já estávamos em Long Island, bem perto do acampamento dos Netuno e das Atena, eu senti uma eletricidade estranha no ar, Percy também sentiu, eu percebi pela maneira como começou a coçar o nariz.

"Tudo bem aí?" questionei.

"Sim," ele respondeu, "deve ser rinite, o clima mudou de repente, ficou meio seco e com um cheiro estranho."

"Você tem rinite?" foi o que Leo perguntou.

"Tenho." Percy respondeu.

"Mas você é o filho do deus do mar, cara."

"Leo, foco! Eu também estou sentindo uma certa eletricidade no ar."

"É o meio do ano, cara, é alguma chuva de verão vindo aí."

"Eu não sinto isso." Expliquei, "Parece que tem algo errado, sabe?"

"Homem-aranha, homem-aranha, quando sente, ele apanha, vai tecendo a sua rede, porque ele é o... HOMEM-ARANHA!" Leo começou a cantar, "Quero agradecer a todos os presentes, pois Jason acaba de subir do posto de superman loiro, para homem-aranha dos raios."

Reyna riu da piada infeliz de Leo. Sinceramente, eu esperava um pouco mais de bom gosto da parte dela, o que uma maldição de Circe não faz.

"Ainda falta muito tempo para chegarmos?" Piper pergunta, seus olhos voltaram a cor normal, mesmo que eu nunca consiga decifrar a cor deles, ao redor de seu rosto tem marcas ainda aparentes de onde a amarramos para que ela não tentasse nada contra a gente. 

"Cinco minutos." É o que Thalia diz, "Infelizmente demos o azar de perder a últiam carona por conta daquele espírito de grão que veio do nada, então é mais cinco minutos de caminhada e chegamos."

"Nossa, eu nunca mais vou conseguir comer soja depois daquele monstro bebê de soja." Piper resmunga.

"Bom, você já tinha lutado com um desses antes," aponto, "Pelo menos dessa vez você teve ajuda."

"Eu sei, mas mesmo assim, acho que ainda estou afetada pela maldição e por toda a manipulação que Circe fez comigo, de alguma forma parece que a maldição de Reyna saiu com mais facilidade, não sei."

"Ela provavelmente deve ter jogado uma maldição mais forte em você, porque quando nos ajudou a escapar da ilha, você tinha se libertado sozinha uma primeira vez."

"Sim, mas não deixa de ser confuso. Mal dá pra acreditar que eu estou de volta aqui, parece que fazem anos que eu não vejo esse lugar."

"O tempo passa diferente no Mar de Monstros e na ilha de Circe, eu não duvido que ela tenha alterado o tempo por lá para manter a juventude feminina, ela parece essas loucas que fariam esse tipo de coisa se tivessem magia ao seu alcance." Thalia resmungou. 

Silêncio.

"Eu preciso usar o banheiro." Leo avisa, "Será que tem como fazer naquele bem ali? Daí a gente para só uns cinco minutinhos, por favor."

Eu estava prestes a dizer não, quando Percy fala.

"Pior que eu também preciso mijar."

"Eu quero parar um pouco também, parece que eu pisei em algo que está me perfurando bem no calcanhar." Reyna fala.

"Então eu posso ir mijar com o Percy?" Leo perguntou e eu olhei para Thalia como se dissesse que ela deveria assumir a decisão, se eu falasse algo, eles iriam ignorar, porque é isso que a intimidade te traz, a perda da moral com as pessoas.

"Cinco minutos, aquele matinho ali já vai dar no bosque do acampamento de qualquer forma."

"Uhulll! Vamos mijar!" Percy gritou indo para o matinho.

"Mas escolhe um longe do meu, Percy, da última vez seu xixi entrou no meu tênis." Leo fala antes de se afastar demais para que eu consiga acompanhar a conversa. 

Quando eu e as meninas estamos sentados no meio-fio da estrada, eu sinto um arrepio na minha nuca ao mesmo tempo que vejo eletricidade arrepiar a nuca de Thalia, as meninas parecem alheias a tudo, provavelmente estão desorientadas demais com a viagem e todos os requícios da quebra da maldição de Circe, eu aproveito desse minuto de distração para trocar olhares silenciosos com Thalia. Algo está acontecendo. De longe, Percy e Leo começam a gritar para que a gente vá até eles e isso não é um sinal bom. 

Como eu comecei falando, eu queria que a vida de semideus fosse mais fácil, ou pelo menos algo que compensasse todas as merdas que a gente tem que passar pra resolver o Casos de Família olimpiano que é nossa vida, mas querer nem sempre é poder, e isso não faz com que a gente diminua a esperança de um milagre.

O meu milagre era conseguir voltar para o acampamento e ter, sei lá, uns trinta minutos de paz antes da grande guerra começar de verdade, porque a gente já sabia que iria acontecer. E infelizmente, como se espera de um milagre, ele não aconteceu dessa vez.

"Será que é muita sacanagem a gente falar algo tipo 'bem vindo ao lar' para as meninas?" Leo pergunta baixinho.

"Cara, o acampamento está todo destruído, nem o banheiro passou impune."

"Ah, mas o banheiro já estava destruído desde que o Tyson comeu feijoada na sexta retrasada, cara."

"Mas mesmo assim, nem deixaram a placa do acampamento em pé."

"É, isso aí foi sacanagem mesmo, do jeito que a gente está cansado, era capaz de passar reto."

Percy e Leo continuavam a falar histericamente sobre o acampamento destruído, era o jeito deles, quando ficavam nervosos começavam a falar mais que vendedor ambulante na feira, enquanto isso, eu permanecia em silêncio, as meninas pareceram arrasadas vendo o estado atual das coisas.

O que antes foi um acampamento invejável pela sua infraestrutura, agora eram apenas destroços, tinha mais pedaço de lixo no chão que mato, nenhum chalé ou construção estava de pé, as cercas que limitavam o acampamento estavam igualmente destruídas, parecia que tinha passado de tudo por ali: guerreiros espartanos, tsunami, Charlie Sheen drogado, terremoto, o show da Xuxa, um bando de hipopotamos, chuva, raio, sol, uma rave universitária e o Luciano Huck gritando 'loucura, loucura, loucuraaaa'.

Eu não tinha nem cara para perguntar para as meninas se elas estavam bem, porque claramente elas não estavam, ambas estavam no chão se baraçando e chorando, murmurando palavras que eram tão íntimas que eu ficava até mesmo envergonhado de ter atravessado uma parte do país com elas só para apresentar o acampamento em ruínas.

Foi Thalia quem se aproximou delas, o jeito punk tentando ser compreensível e dócil.

"Se caso tivesse acontecido um desastre natural como esse em outras circunstâncias, teria algum lugar onde as pessoas pudessem se abrigar?" foi o que ela perguntou.

 

[...]

 

"Aconteceu mais ou menos um dia depois de vocês partirem para a missão," Clarisse disse, "Nós estávamos levando as atividades normalmente, as semideusas ainda pressas dentro das duas maldições originais não paravam de falar sobre a gincaninha com os outros acampamentos, estavam treinando nós e arco-e-flecha, e então uma por uma começaram a ficar tonta ou desmaiar, foi aí que percebemos que algo estava estranho."

Estávamos no Bunker 9, um abrigo para caso houvesse terremotos ou desastres naturais que possibilitassem uma evacuação rápida dos campistas para um local seguro. O local ficava há quase dez metros debaixo do chão e a sua entrada ficava atrás de umas pedras que pareciam um monte de cocô de vaca, as meninas disseram que aquele era o punho de Zeus, e sua fácil visibilidade dava oportunidade para todos se salvarem em tempo de algo acontecer. 

Depois da pergunta da Thalia, precisamos de algum tempo para receber a resposta, já que as meninas estavam muito abaladas pelo acampamento em que cresceram, quando finalmente encontramos o Bunker 9 e descemos, quase fomos mortos pelos semideuses que se salvaram. Clarisse era a líder de todos no momento, ainda não havia nos contado o porquê disso. 

"E o que aconteceu depois?" Piper perguntou, "Todas as semideusas desmaiaram e pronto?"

"Quem dera tivesse sido mais simples assim, a questão é que no momento em ficamos sobrecarregados tentando auxiliar cada semideusas impotente, dois tanques de guerra apareceram no radar e começaram a bombardear tudo, inúmeros semideuses gregos e romanos começaram a invadir o acampamento e esfaquear e matar o máximo de semideuses que conseguiam, em uma hora já estávamos batendo em retirada para o Bunker 9. Em menos de duas horas, demos a baixa e perdemos cerca de 45 semideuses, outros 50 estão aqui embaixo e machucados, apenas 18 estão completamente bem, e eu estou contando comigo e vocês." Ela explicou.

"E Quíron e o sr. D deixaram tudo isso acontecer tão depressa?" perguntei estranhando.

"No início da semana, o sr. D foi chamado de volta ao Olimpo, não tivemos mais notícias deles até que a guerra começasse inesperadamente, algumas caçadoras conseguiram contactar amazonas que estão a caminho, estamos precisando do máximo de ajuda que conseguirmos."

"E o que Quíron diz sobre isso?"

Clarisse tensionou mais seu maxilar, era claro que mesmo ainda sendo a Clarisse, ela parecia próximo de gritar em agonia, o peso da guerra nunca foi tão forte.

"Quíron está morto." e ela respira, "Annabeth matou Quíron quatro dias atrás, é por isso que estamos nesse caos, só temos a nós mesmos agora e quem puder estar do nosso lado."

Annabeth matou Quíron. 

Se por algum momento achávamos que a maldição poderia ser quebrada, está claro que Circe fez de tudo para que Annabeth ficasse o completo oposto do que é. E quando a maldição se quebrar, é óbvio que Annabeth nunca vai se perdoar pelo o que fez.

"Depois da morte de Quíron, ficou óbvio porque não ouvimos mais falar do sr. D, a batalha começou e os deuses que não se aliaram a nós anteriormente não poderão tomar partido agora."

"Mas o sr. D era um dos nossos monitores de acampamento, ele estava do nosso lado."

"Ele foi colocado ao nosso lado por Zeus, como um castigo, ele nunca deu nenhum voto de que ficaria ao nosso lado por lealdade, e isso o fez ser chamado de volta para o Olimpo." Clarisse explicou, "E agora Annabeth e Luke comandam as tropas de Circe e dizem em alto e bom tom que não vão ceder até que todos se curvem à ela."

"Isso é loucura."

"Bem, somos semideuses, é a loucura que temos que nos acostumar."

Leo e Percy tentam buscar mais explicações, mas a notícia que as tropas estão sendo lideradas por Annabeth os impedem de organizar suas perguntas, o mesmo acontece comigo e as meninas, eu quero perguntar o que fazer agora, o número de baixas, se conseguimos ao menos queimar a mortalha de alguém quando tudo ficou em paz, se outras pessoas também estavam sob a maldição. Tinha tantas coisas!

Enquanto estamos tentando absorver todas as informações do ataque, um filho de Nike entra na sala e pede para falar com Clarisse, o local é pequeno, então é fácil ouvir o que eles conversam.

As amazonas, as caçadoras e os líderes dos chalés se reuniram, todos estão tentando vir, mas segundo os cálculos, quando qualquer ajuda conseguir nos alcançar, já vai ser tarde, Todd, o garoto de Nike diz, ele tem apenas uns 12 anos, mas a maneira como fala aquilo me arrepia.

O que os cálculos dizem?, Clarisse pergunta ansiosa.

Se os ataques continuarem, em dois dias, eles vão ter matado e destruído tudo o que temos.

 

 


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Notas finais do capítulo

Ui uiii, alguém chorando por aí ou sou só eu T.T

Foi muito difícil pra mim descrever o que estava acontecendo, mas é o que é, a batalha começou, o fim está próximo e este é o penúltimo capítulo, eu nem sei como começar a agradecer por terem acompanhado até aqui, tanto eu quanto a Jess colocamos tantas coisas aqui da nossa vida, e se você gostou, chama a gente para uma conversa, vamos ser amigless!

E já que estamos aqui, qual foi seu capítulo favorito até agora? Pra mim sempre vai ser o capítulo em que o eles roubam o iate do Luke.

Xx

Laísm morrendo por dentro.



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