Solidão não Me Abandone escrita por Niina


Capítulo 11
Pensamentos sem privacidade




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“Não fique com vergonha, amor” ele pensou.

“Como faz para voltar na forma humana?” perguntei tentando mudar de assunto.

“É só pensar que está na forma humana, mais não vai querer que eu veja você se transformando em humana”.

“Eu sei dessa parte Luy” – respondi e fui para um lugar onde ele não pudesse me ver carregando minha mochila.

Quando voltei, ele estava de bermuda e eu de shorts e blusinha. Se eu me transformasse de novo não teria mais roupa. E isso me desesperava, e Luy sabia disso também.

- Vamos comprar roupas para você Joe fica calma. – ele disse tentando me acalmar.

Concordei com a cabeça, entramos na aldeia. Ele me levou direto para a casa dele. Ela era linda. E era a casa do meu sonho. Desesperei-me, será que o que eu tinha visto no sonho iria acontecer. Entramos, a casa estava perfeitamente em ordem.

- Está com fome? – Luy me perguntou

- Sim. – Eu estava e com muita fome

- A transformação sempre nos deixa com fome – Luy explicou servindo-me um pedaço de bolo, de chocolate que estava ótimo.

- Você que fez? – perguntei curiosa.

- Sim, você não conhece meus dotes culinários – ele me respondeu tirando uma com a minha cara.

- Não acredito que foi você – brinquei com ele – Está ótimo, posso comer mais?

- É claro, não precisa pedir, a casa é sua.

Agradecida peguei mais um pedaço, mais parecia que minha fome só aumentava conforme eu comia. Percebendo que eu ainda estava com fome, Luy dividiu o ultimo pedaço comigo.

- O que você acha de cozinhamos, vamos fazer pães, bolos? – Luy me perguntou animado.

- Vamos! – concordei mais animada que ele – Não sou muito boa cozinheira Luy – disse me desanimando

- Você vai ter que aprender, para se virar quando não estiver aqui, lobos precisam de muita, mais muita comida mesmo.

Eu ri, e andei até perto dele, fazendo cócegas, impedindo-o de fazer o que ele queria, colocando o que tinha nas mãos encima do balcão, ele me atacou com cóceguinhas, rindo e me debatendo, sem a menor chance de conseguir me defender, ele continuou até a campainha tocar. Nos olhamos intrigados, era meia noite e meia, quem poderia ser? Luy foi até a porta da cozinha e mandou-me ficar lá. Fiquei, mais o observei até ele chegar à porta, Quando ele a abriu tinha um homem, de pijama e hobbi por cima, deduzi que era o vizinho. Luy trocou algumas palavras com ele e virou-se até mim, fazendo sinal para que eu fosse até lá.

- Essa Joe – apresentou-me

- Muito prazer, sou Jake – o homem disse estendendo a mão.

- O prazer é meu – respondi.

- Desculpe se fizemos muito barulho Jake, estávamos apenas cozinhando – Luy se desculpou apontando para a cozinha.

- Imagina, é que eu não sabia que tinha voltado, fazia meses que eu não ouvia sons da sua casa – Jake falou – boa noite, desculpe o incomodo.

- Boa noite Jake – disse virando-me para Luy, que fez sinal com a cabeça e fechou a porta.

Assim que percebemos que Jake não estava mais na frente da casa rimos como dois adolescentes, sem nenhum problema e sem nenhuma obrigação.

Voltamos para a cozinha e fizemos um bolo de cenoura, paezinhos de queijo e um macarrão instantâneo, para esperamos o resto ficar pronto. Fomos para a sala, comendo o macarrão, os dois no mesmo prato, ligamos à tevê e passamos minutos olhando a televisão, sem dizer nada. Até Luy dar um pulo e gritar:

- Pão de queijo!

Do jeito que ele falou senti o cheiro daquela gostosura penetrar no meu nariz. Fiquei sentada no sofá até ele voltar com uma bandeja com vários pãezinhos cheirosos e apetitosos, peguei um e me queimei, estava no forno, eu queria o que?

Luy riu da minha cara quando me queimei, mas logo em seguida ele se queimou também, será que lobos tinham tanta fome que não esperavam nem um segundo as comidas esfriarem. Comemos todos os pães de queijo e em seguida eu capotei.


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