Our Little Secret escrita por Gabi Sampaio


Capítulo 30
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Heeey meus amores! Agora eu estou de férias! Yaaaaaaay! Uma pena que vai durar apenas duas semanas :( mas agora com o tempo livre venho atualizar ols *gritos de aleluia*
Infelizmente esse é o último capítulo e a próxima atualização vai ser o epílogo onde a fanfic termina.
Queria dizer que agradeço todos vocês por todo amor e carinho que tem mandado. Não seria nada sem vocês!
Espero que gostem desse capítulo e boa leitura!



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Mason’s POV

Esqueça qualquer ideia sobre como é o céu! Não é nada do que falam. Ok, ok, algumas coisas tem sim a ver.

Primeiramente, o céu não é todo branco e iluminado pelo sol. É apenas mais claro que a Terra. Não existe noite, nem escuridão. Fora isso, o céu se parece muito com uma cidade. A única diferença é que é uma cidade sem carros, sem poluição e destruição e todos são felizes, ou pelo menos aparentam estar. Ah, as pessoas na verdade eram anjos ou seres divinos e praticamente todos possuíam asas.

Cada local era exatamente como um prédio de trabalho onde cada ser era designado para um local onde sua ocupação seria realizada. Emily havia se tornado um anjo da guarda e o setor onde ela trabalhava era bem simples. A maioria dos anjos que ocupavam aquele local eram dóceis e não demorou muito para que eles a aceitassem e se encantassem com suas asas coloridas.

A minha função era anjo guerreiro e eu ia para uma espécie de "exército" divino. Os anjos ali nem sempre eram tão compreensíveis. Eles não aceitavam um anjo de asas pretas, até porque asas negras não eram um bom presságio. Demorou um pouco para que me aceitassem mas depois de verem meu esforço, o reconhecimento foi chegando.

Castiel havia nos ensinado todas as regras do mundo dos anjos. Como se portar, o que falar, o que não falar e etc. Depois disso fomos designados para nossas funções e quase não o víamos mais.

O céu era uma hierarquia mas diferente de na Terra, não havia descontentamento porque todos trabalhavam em prol do bem de todos e isso funcionava perfeitamente.

Também haviam "casas" onde os anjos descansavam algumas horas (horas reguladas, não escolhíamos quando descansávamos), essas casas eram um pouco afastadas do "centro da cidade" e Emily e eu ficávamos juntos, o que era ótimo.

A vida não era perfeita mas só de poder viver com a pessoa que eu amava já fazia ela ser. E, ironicamente ou não, eu podia dizer que eu tinha meu anjo.

Harry's POV

Achava que pessoas pulando e cantarolando pelas ruas era coisa de filme. Na verdade, isso acontecia comigo no momento. Estava radiante. Havia vencido minha timidez e minha falta de confiança e como bônus havia convidado Marie para um encontro.

Depois que o sinal tocou, arrumei minhas coisas rapidamente, dei um sorriso divertido para Marie, uma piscadela para a professora que já soltava fogo pelo nariz e sai animado para a rua.

Indo em direção a casa de minha vó, notei como as coisas haviam mudado em tão pouco tempo. Mason e eu havíamos descoberto sermos uma raça híbrida, uma guerra fora lançada sobre nós e, apesar de tudo, conseguimos vencer. Era muito pra processar mas eu estava feliz que tudo havia dado certo.

Agora que tudo parecia ter paz, as árvores pareciam emitir mais vida, as flores pareciam mais coloridas e o sol parecia mais brilhante. Vai ver a vida se torna melhor depois que você passa vê-la com outros olhos.

Ao chegar em casa tomei um banho rápido, almocei correndo e fiz minha vó rir com toda minha animação.

– O que está acontecendo com você, Harry? – Disse Blythe Grey com um olhar brincalhão. O tempo não tinha sido tão misericordioso e percebia-se que antes de a velhice a pegar, ela havia sido uma bela mulher. – Isso tem a ver com alguma menina?

– Hm, talvez. – Eu disse de boca cheia.

– Ah, eu sabia! Mal posso esperar para conhecê-la. – Ela disse sorrindo e me dando aquele olhar de vó orgulhosa.

– Vó, eu não tenho nada com ela. Aliás, nem sei se ela vai querer ter algo comigo. – Olhei cabisbaixo para meu prato. – Algumas pessoas simplesmente não aceitam a natureza das outras. – Eu disse mais para mim mesmo.

– Harry, – Ela disse em um tom sério. – mais cedo ou mais tarde você achará a pessoa certa pra você. E sabe o que faz uma pessoa ser certa pra você? Ela te aceitar do jeito que você é, com todos os seus defeitos e qualidades.

– Acho que a senhora tem razão. Obrigado, vovó. – Dei um beijo em sua testa enquanto me retirava pro meu quarto para pensar.

– É claro que eu tenho razão, a sua vó é uma pessoa muito experiente... – E ela começou a falar coisas baixas demais, desconexas, coisas que pareciam ser de sua própria vida.

XXXXX

Esperar até dar três horas foi um pouco angustiante, então demorei me arrumando. Fiquei olhando um pouco para o guarda-roupa e acabei escolhendo um jeans e uma blusa de manga azul cobalto. Levei também uma cesta com algumas frutas e uns sanduíches.

O caminho até a clareira não era tão longo então fui caminhando e absorvendo a beleza daquele lugar. Havia árvores, umas mais altas do que as outras. Diferente do costume, o dia não estava escuro e frio e por isso, ao invés de assustadoramente grandes, as árvores eram convidativas e bonitas. O chão era coberto de flores coloridas. Rosas, azuis, vermelhas, amarelas. Prímulas, magnólias, lírios e orquídeas. Cada uma mais bonita do que a outra.

A clareira era mais linda ainda, parecia que as flores coloridas formavam imagens e desenhos incrivelmente belos e abstratos.

– Perdido nas flores, Cipriano? – A voz de Marie me acordou dos meus devaneios.

– Antes perdido por elas, do que perdido por você. – Respondi com um sorriso maroto,o seu rosto, por outro lado, expressou raiva.

– Veio aqui pra me ofender? Porque se for, me avise que vou embora nesse instante. – Ela disse raivosa.

– Na verdade, vim para te dar uma explicação. Não que eu ache que você mereça mas já que você entrou nesse mundo por minha causa, não vou deixar sua curiosidade crescer mais. – Ela me olhava com um olhar de perigo. – Depois que você covardemente decidiu se retirar da minha vida, eu e Mason nos preparamos para a batalha. Acho que já percebeu que Emily também faz parte desse mundo.

“Minha mãe era uma nefilim e meu pai um anjo caído. Não vou contar a história deles porque isso não lhe desrespeita. A questão é que a união deles dois gerou uma raça híbrida mais forte até que os arcanjos. Eu e Mason vivemos sem saber o que nós éramos de fato. Sabíamos que éramos diferente e especiais mas não a ponto de ameaçar a estabilidade do mundo dos anjos.

Então um interesseiro acabou nos denunciando para os arcanjos e eles vieram conferir sobre nós. Quando finalmente descobriram, começaram a tentar nos prender e a nos levar. E por isso você acabou sendo atingida. Fazia parte de nossas vidas e eles usaram desse truque desonesto para tentar nos atingir.

Uma batalha foi anunciada. Precisávamos de apoio na guerra e por isso conseguimos unir anjos caídos e nefilins para nos ajudar. Emily estava presa nesse meio tempo, o que deixou Mason um pouco louco de preocupação, com um dos líderes dos arcanjos. Não sei como mas ela conseguiu fazê-lo mudar de ideia e no final ele nos ajudou.

A solução que encontraram foi tornar Patch e Nora humanos para que uma sentença caísse sobre ele. Eu, Mason e Emily deveríamos nos anjos até porque aquele ditado “mantenha os amigos perto e os inimigos mais ainda” serviu bastante para os arcanjos. Eles não iam perder um prêmio desses. No final, eu escolhi me tornar humano e Mason e Emily estão no céu fazendo seja lá o que eles tem que fazer.”

– Wow, é muita coisa pra assimilar. – Ela disse um pouco em choque.

– Eu sei. Bom, você conseguiu sua explicação, agora está na minha hora de me retirar.

– Harry... – Ela disse meio insegura. – Me desculpa. Achei que tinha sido uma brincadeira de mal gosto tudo que aconteceu. Não conseguia acreditar que tudo que você tinha dito era verdade. Quer dizer, não deveria ser verdade. O mundo da ignorância as vezes é muito melhor do que o do conhecimento. Sinto muito. – Seu olhar era de arrependimento.

– Tudo bem, Marie. Eu entendo seu lado. É difícil de acreditar, já passou. – Eu dei um sorriso fraco.

– Harry? – Ela me chamou.

– Sim? – Olhei em seus olhos.

– Por que você escolheu virar humano ao invés de se tornar um anjo? –Ela perguntou insegura, seu rosto estava corado e os olhos pareciam cheios d’água. Ela sabia a resposta.

– Por sua causa. Porque queria estar perto de você. Mas você já sabe disso não é?

Ela acenou em afirmativa e correu pra me abraçar. Seus olhos transbordavam lágrimas e seu abraço, sentimentos. Era uma sensação boa.

– Acho que começamos do jeito errado. – Ela sorriu um pouco e se afastou do abraço.

– Acho que tem razão. – Eu sorri para ela. – Sou Marie Collins. – Ela estendeu a mão pra mim.

– Harry Cipriano. – Eu também estendi minha mão.

– É um prazer conhecê-lo, Harry. – Ela me cumprimentou enquanto respondia.

– O prazer é todo meu. – Eu sorri ao cumprimentar de volta.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez venho agradecer de coração por todo apoio recebido. Não esqueçam de deixar suas opiniões sobre a história!
Beijos,
Gabi.