Secrets escrita por LiceJackson


Capítulo 2
Capítulo 1 - Os Diários


Notas iniciais do capítulo

Esse é o primeiro capítulo. Eu queria agradecer aos cinco leitores que deixaram comentários. Como prometido o primeiro capítulo com três comentários.



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Capítulo um - Os Diários 

Starbucks, 10 de Setembro, 01:30 pm

Quatro garotas conversavam sobre banalidades em uma cafeteria no centro da cidade de New York. Cada uma falava como tinha sido seu dia escolar.

-O Sr. D não me deixou trocar de horário. – a que se vestia resmungou enquanto tomava um gole de seu cappuccino – Nós só temos uma aula juntas. Isso é tão injusto!

-Injusto é você precisar ir para a escola. – reclamou a outra.

-Vocês só reclamam. Parece que só sabem fazer isso. – a esperta do grupo disse fazendo com que as duas garotas revirassem os olhos.

-Como se você não reclamasse, Annabeth. – disse uma delas.

-Você não pode reclamar Thalia, você tem vantagens por ser filha de Zeus Grace. - uma se pronunciou pela primeira vez no assunto. Thalia queria retrucar e dizer que aquilo não era verdade, mas ela sabia que tinha muitas vantagens por ser filha de quem era.

-Você também não pode falar muito Clarisse, seu pai é um dos lutadores mais famosos do mundo, se não é o maior. – Annabeth defendeu a amiga que a agradeceu mentalmente.

-Ah, por favor. Todas nós temos pais um pouco famosos que podem influenciar as nossas vidas. – a patricinha disse checando suas mensagens. Esperava receber algum sinal de vida de seu novo namorado que havia saído com os amigos.

-Obrigada Silena. – agradeceu Clarisse – Charles vai te ligar, calma.

Silena não conseguiu se controlar e mandou uma mensagem para seu namorado.

 “Você já voltou do seu dia com os amigos?

Te amo Charlie!

-Silena”

Os amigos de Charles Beckendorf – o namorado de Silena – o chamavam de Beckendorf, e os menos íntimos o chamavam apenas de Charles, mas Silena teimava em chamá-lo de Charlie. Para ela era um apelido fofo para um cara fofo.

-Será que ele vai demorar muito com os amigos? – ela perguntou impaciente. Era definitivamente possessiva e grudenta com os namorados.

-Eu não sei como Charles quis começar um namoro com você. – Thalia disse entediada. Ela não agüentava mais ficar ali naquela cafeteria sem ter o que fazer.

-Nós podemos fazer um programa só para garotas um dia desses. – Annabeth disse com animação. Desde as férias de verão elas não faziam nada juntas. As aulas haviam começado a alguns dias deixando as garotas sem tempo para nada.

-Claro, desde que isso não inclua uma tarde no shopping fazendo compras. – Clarisse comentou. Silena abriu um sorriso torto enquanto olhava a amiga. Ela tinha acabado de ter idéias para mudar a vida da garota.

-Então Clarisse... – disse sorrindo amigável – Nós poderíamos ir ao salão para repaginar seu visual, o que acha?

-Eu acho uma idéia horrível. – a amiga disse desesperada – Eu estou bem assim.

-Está nada. Olhe pra você. Calça rasgada, uma touca preta sem graça e esse casaco que você sempre usa. – observou Silena – Você precisa mudar se quer ter um namorado.

-Eu não quero ter um namorado.

-É o que você diz. – intrometeu-se Thalia.

-Garanto que muitos garotos por aí querem ficar com você. – Annabeth disse sorrindo para a amiga. O que a garota havia falado não era uma completa mentira, existia sim um garoto que queria ficar com Clarisse, mas a garota não o dava bola, mesmo ele fazendo de tudo para que a mesma o notasse algum dia.

-Porque vocês querem que eu tenha um namorado? Isso nunca vai acontecer. As pessoas acham que eu sou esquisita, briguenta e outras coisas da qual eu prefiro nem lembrar. – a garota durona suspirou antes de beber um pouco de seu café expresso.

-Não importa que eles te chamem de durona ou até lésbica como te chamavam no ano passado-

-As pessoas me chamavam de lésbica? – interrompeu Clarisse. Agora ela estava indignada. Não era porque se vestia como um garoto que gostava de garotas ou era um.

-Eles te chamavam até descobrirem que você ficou com um garoto nas férias de primavera. – Silena disse. Clarisse parou para pensar no que a amiga havia dito, e percebeu que ela não havia ficado com ninguém nas férias de primavera e em férias alguma.

-Ei, eu não fiquei com ninguém nas férias de primavera.

-Eu sei, mas eu tinha que falar alguma coisa pra eles pararem com isso. – Clarisse agradeceu mentalmente, mas não diria “Obrigada” em voz alta. Pelo menos não agora.

Good High School, 11 de Setembro, 12:00 am

Era hora do almoço na Good High School. Os alunos e alunas estavam sentados em grupinhos no refeitório.

-Vocês lembram-se de quando nós nos reuníamos na casa de alguma de nós e fazíamos a noite do segredo? – Silena perguntou entusiasmada. As garotas haviam combinado de marcar um dia para uma habitual – que não era mais tão habitual – festa do pijama.

-Eu odiava esse jogo. – Clarisse resmungou. O jogo era quase um verdade ou desafio, mas sem o desafio. As garotas giravam uma garrafa e em quem a boca da garrafa parasse deveria contar um segredo. É um jogo completamente estúpido e insignificante. Quem iria querer contar seus piores segredos em um jogo medíocre como esse? Ninguém, exceto Silena Beuregard. Ela ficava animada com qualquer tipo de jogo.

-Nós também tínhamos diários lembram? – lembrou Annabeth. Todas tinham diários em que escreviam os seus próprios segredos e experiências. Elas haviam combinado que quando fossem maiores leriam o diário uma da outra para ver as experiências que elas tiveram e não contaram.

-Nós enterramos esses diários no quintal da minha casa. – Silena relembrou de todas as coisas que escreveu naquele diário. Ela gostaria de poder vê-lo e ler o que ela havia aprontado na época. Os diários haviam sido enterrados a um pouco mais de um ano atrás, quando as garotas decidiram que já estavam grandes o suficiente para pararem de escrever em diários estúpidos e infantis.

-Nós podíamos desenterrá-los, o que acham? – sugeriu Thalia. Ela estava doida para saber o que escrevia naquela época.

-Boa idéia. – Silena deu um sorriso animado e começou a pensar em como elas achariam onde eles estavam enterrados – Só precisamos lembrar aonde os enterramos.

-Acho que foi debaixo daquela arvore grande que tem no seu quintal. – lembrou Annabeth.

Casa da família Beauregard, 11 de Setembro, 08:00 pm

A casa da família Beauregard era realmente grande. Tinha um jardim verde cheio de rosas e um quintal imenso. A casa era de uma cor neutra e tinha dois andares. A família de Silena era muito rica. Sua mãe era modelo e ganhou milhões com a profissão. O pai da garota era empresário e trabalhava em outro país. Com pais separados, a garota sempre conseguiu as coisas do bom e do melhor. Sempre teve o que queria, ou quase sempre.

-Duvido que vamos achar esses malditos diários aqui. – Thalia disse se sentando no grama. As garotas estavam a alguns minutos procurando algum local onde poderiam ter escondido os diários.

-Deixe de ser pessimista, Thalia. – Annabeth disse se sentando ao lado da amiga – Nós vamos achar eles com certeza. Eles não podem ter saído debaixo da terra e sumido.

-Se eles fossem zumbis poderiam sim. – Clarisse brincou. Annabeth a olhou reprovadora, e a morena deu de ombros se sentando.

-Eu queria muito esses diários. – Silena suspirou se sentando no chão – Eu queria saber o que eu fazia ou escondia.

-Nós vamos achá-los. – Annabeth parecia confiante ao dizer aquelas palavras, mas no fundo ela não queria aquele diário. Havia escrito coisas nele que ninguém podia saber, nem mesmo suas melhores amigas.

Passada algumas horas, as garotas resolveram cavar um pequeno buraco embaixo de uma das arvores do quintal dos Beauregard. Enquanto cavavam com a ajuda de uma pá, falavam de como tinha sido idiota a idéia de criar um diário.

Quanto mais elas cavavam mais animadas ficavam em encontrar seus antigos diários. Elas cavaram por meia hora – ou talvez mais. Cansadas se sentarão, estranhando os pertences não estarem no maldito buraco.

-Nós não havíamos cavado tão fundo assim. – Silena disse estranhando – Eles deveriam estar ali.

-Talvez seja a arvore errada. – Clarisse sugeriu. Silena balançou a cabeça negativamente.

-Nós o enterramos embaixo da arvore mais alta, e essa é a mais alta da casa.

As quatro bufaram em frustração. Haviam perdido seu precioso tempo cavando um buraco em busca de um tesouro insignificante.

Passaram-se alguns minutos em silencio até o som de seus celulares o quebrarem. Pegaram seus aparelhos eletrônicos estranhando eles terem tocado na mesma hora. Viram que tinham recebido uma mensagem de algum número restrito.

 ”Vocês devem estar procurando seus lindos diários né?

  Pois saibam que vocês não achá-los.

As coisas irão ficar ruins a partir de agora.

 -A”

                                           


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo capítulo com 5 reviews.
Até o próximo :)
XOXO :)



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