I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 49
Strange


Notas iniciais do capítulo

Oooi! Bom, eu sei q eu demorei. Mas... Tenho explicações. To com trabalhos da escola pra fazer. E teve uns dias essa semana q eu não escrevi pq, como eu vou na Believe Tour, fiz minha blusa, fui atrás de um shorts descente pra ir e vi umas coisas com a minha mãe. E hoje tive q sair da PG (onde moro) pra ir até Santos pegar meu novo RG. E... Como a primeira temp vai virar livro, eu vou excluir daqui e no anime =/ Ahn... Pra quem lê She Will Be Loved, não vou postar esse fds pq vou fazer o Enem. Boa leitura!



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*LEIAM AS NOTAS INICIAIS - E ESSE CAP É SOBRE OS DOIS MESES DA SOPHIE*

POV Sophie

– Seu pai não vai nem te ver sair de casa. - Simon disse pra mim no telefone. Eu estava no meu quarto. Já era quase duas horas da manhã.

– O quarto dele é do lado do meu, idiota.

– Vai, Sophie. Arrisca. Ontem eu fui.

– E meu pai quase pegou a gente.

– Mas não descobriu. - Revirei os olhos.

– Tá. To indo. - Desliguei a chamada. Me troquei. Saí silenciosamente do quarto. Quando cheguei nas escadas, tirei o tênis e desci correndo, já que a meia não fazia barulho. Cheguei na porta e coloquei o tênis rapidão. Abri a porta com todo o cuidado do mundo e fechei. Atravessei o jardim e vi que o Simon me esperava na porta. Entramos na casa dele e fomos pro seu quarto.

Eu não preciso falar o que aconteceu lá, né? Bom… Depois ficamos deitados. Como a janela do Simon estava meio aberta, dava pra ver uma parte do céu por ali.

– O céu hoje tá que nem tava no Caribe. - Ele disse.

– A diferença é que aqui tá frio. - Me levantei.

– Vai embora?

– Vou me vestir, ué. - Peguei minhas roupas e me cobri com um lençol.

– Deixa de doce, Sophie. Vem cá.

– Não. Vai que tua mãe aparece aqui. - Ele riu.

– Minha mãe tá roncando faz tempo já. - Ignorei. Fui pro banheiro pra ele não ficar olhando pra mim e me vesti. Voltei pro quarto e o Simon estava vestido. - Eu não ia ficar que nem um tarado aqui sem roupa. - Revirei os olhos.

– Daqui a pouco eu tenho que ir pra casa. - Simon revirou os olhos.

– Vai antes do seu pai acordar.

– Não sei… - Ouvi alguém quase quebrando a porta da sala.

– Ai meu Deus! Será que alguém vai entrar aqui em casa?! Fecha a porta, Sophie! - Revirei os olhos.

– Preferia que fosse um ladrão a quem eu to pensando que realmente é.

– E quem é?

– Sophie! Desce aqui agora! - Ouvi meu pai berrar do andar de baixo.

– Ah meu pai… - Me desesperei.

– Tá desesperada por que? Não é sua cara que ele vai socar!

– Me ajuda a pular a janela. - Disse e abri a janela do quarto dele.

– Que?

– Me ajuda porra! - Simon, finalmente, levantou.

– Onde você pensa que vai? - Gelei. Olhei pra porta. Agora fodeu de vez.

– Ahn… Eu… - Travei.

– Vamos pra casa agora! - Atravessei o quarto e desci as escadas com o rabinho entre as pernas. Se eu estava com medo de apanhar? Não, minha filha, eu to com medo de morrer!

Meu pai deve ter achado que eu estava caminhando devagar, porque pegou no meu braço e foi quase me arrastando pra dentro de casa. Entrei. Parei no meio do hall esperando ele fechar a porta. Eu sabia que se eu corresse pro andar de cima, iria ser pior. Meu pai foi pra sala e eu fui atrás.

– Eu não sei nem o que falar pra você. Por que, simplesmente, não pediu? O que tá acontecendo? Você não era assim. - Mordi o lábio. Eu só queria que minha mãe estivesse aqui.

– Eu sabia que você não ia deixar. - Murmurei.

– Você não tem confiança em mim… Eu sei que eu tenho ciúmes. Você é minha filha! Mas eu prefiro que você me conte, por mais que eu não goste, do que fazer as coisas pelas minhas costas. - Mordi o lábio. Eu não sabia o que falar. - Eu não quero que isso se repita. Sem contar que me deixa mais preocupado que o normal.

– Desculpa.

– Vai dormir. Amanhã você acorda cedo. - Levantei do sofá e subi as escadas. Eu sabia que meu pai não me bateria, mas já imaginava ele berrando pra vizinhança inteira o quanto sou irresponsável. Preferia isso do que vê-lo me olhar com decepção.

(…)

– Bom dia. - Escutei meu pai dizer pra mim, enquanto entrava na cozinha, no dia seguinte.

– Bom dia. - Murmurei. Ainda não sabia se ele continuava puto comigo.

– Liguei pra sua mãe. Ela quer falar contigo.

– Tá. Depois da escola eu ligo pra ela. - Ficamos em silêncio.

Bom… Minha mãe ficou puta e disse que estava com vontade de me bater por ter sido tão estupida. Meu pai não foi ingênuo de perguntar o que eu fazia lá. Era óbvio demais.

Comemos em silêncio. Só o que falávamos era “pega pra mim tal coisa?”. Eu estava completamente desconfortável.O caminho pra escola não foi diferente.

– Passo pra te buscar ou você vai com o Simon? - Meu pai perguntou quando eu saía do carro. Dei de ombros.

– Se quiser vim me buscar…

– Me espera aqui. - Assenti. Entrei na escola. Fui direto pra sala e afundei minha cara na mesa. Eu estava morrendo de sono. Tudo bem… Eu não devia ter feito aquilo. Reconheço. Mas… Foi bom. Sorri comigo mesma.

– Tá rindo de que? - Ouvi a voz da Simon e levantei a cabeça.

– Não to rindo.

– Tá sim. Eu não tinha chego ainda pra você ficar alegrinha.

– Cala a boca. - Disse revirando os olhos. - Você não devia estar na sua sala ao invés de me encher o saco?

– Faltam 10 minutos, Sophie. - O assunto morreu. Simon pigarreou um tempo depois. - O que deu ontem com o teu pai? Não escutei ele berrando contigo.

– Ele não fez nada. Só ficou decepcionado.

– Isso é bom, então.

– Não. Não mesmo. Preferia ele berrando comigo. - Simon deu de ombros.

– Vou pra minha sala. - Ele me deu um selinho e saiu. Voltei a afundar minha cabeça na mesa.

(…)

– Eu tenho biologia hoje! E você também! - Simon disse tentando, desesperadamente, me convencer a matar aula. Meu pai tinha acabado de virar a esquina. Olhei pro portão da escola. A tia estava de costas. Eu e meu pai já estávamos de boa. Ele ficou puto por uma semana, mais ou menos. Depois, voltamos ao normal.

– E daí, Simon? Vai dar merda.

– Não vai não. Sabe quantas vezes eu já matei aula?

– Já. Antes da gente namorar, duas vezes por semana.

– Não precisa exagerar né! Mas… Vamos?!

– Tá! Tu é muito chato! Pra onde a gente vai? - Disse olhando pra tia de novo. Ela não via nós dois. Começamos a andar.

– Pra qualquer lugar. - Uma hora. Uma hora se passou. E já tinham descoberto que fugimos da escola.

– Puta que pariu, Simon. Eu quero socar sua cara! - Disse me sentando num banco que tinha no parquinho.

– A culpa não é minha. Se você não fizesse cu doce na porta da escola, ninguém desconfiaria.

– Meu pai vai comer meu rim! Ele… Eu achava que ele ia me atacar pelo telefone!

– Não vai pegar nada, Sophie. Sossega o rabo.

– Não vai pegar nada?! Tá brincando né? - Vi o carro da mãe do Simon vindo. Cara… A diretora da escola ligou pra polícia ir atrás da gente! Tem noção do quanto essa mulher é louca?

– Eu quero te matar, Simon! - A mãe dele disse descendo do carro.

– Ér… Mãe…

– Ainda mais com esse tipo de gente!

– Hein? - Me intrometi. Ela me mediu.

– É isso mesmo! Nunca achei que você fosse uma boa influência pro meu filho.

– Isso tudo porque você era (ou é) gorda e minha mãe perguntou de quantos meses você estava. - Disse revirando os olhos.

– Você é uma vadiazinha.

– Tá pensando que tá falando com quem, sua loira do Paraguai?!

– Sophie! Ele é minha mãe, cara! - Ouvi o Simon dizer.

– Não falei nenhuma mentira. Cuidado, filho. Essa aí já deve ter passado na mão de todos da escola.

– Mãe! Ela é minha namorada!

– Não sou que nem você que deve ter sido uma vadia quando era mais nova. E quem fazia o “estilo corrimão” era o seu filho, não eu.

– Porra, Sophie! Não me entrega…

– Vem, Sophie! - Ouvi meu pai me chamar. Quando ele chegou mesmo? Entrei no carro sem nem me despedir do Simon. Era melhor. Meu pai acelerou. - Tenho vontade de pegar a cinta pra você. - Olhei pra ele assustada. - Qual o seu problema?!

– Nunca matou aula? - Perguntei. Ele não respondeu. - Ahá!

– Shiu.

– Essa foi a única vez. Juro!

– Se fizer isso de novo, vai apanhar de havaianas de pau. - Lembro dos vídeos que vi na internet.

– Ai que horror! - Meu pai riu. Mas olha só… Ele não vai brigar comigo?

– Mas tenho que ligar pra sua mãe.

– Tá. - Não ia dar nada…

– E a diretora da sua escola é o capeta. Ela ligou pra polícia!

– Eu sei. A gente vai ter que ir na delegacia?

– Não. Quando ela disse que chamou a polícia pra procurar vocês, eu perguntei “a senhora é louca?”. Ela ficou puta comigo. Absurdo.

– Te chamou de irresponsável?

– Quase. Nem ligo. Eu achava que vocês tinham entrado e fugido depois. Por isso fiquei puto da vida. Me perguntava como você podia ter sido tão estúpida. Tudo culpa sua!

– Não, não. Culpa do S-i-m-o-n. - Fomos pra casa. Voltei, subi pro meu quarto, tomei banho e me enfiei debaixo das cobertas de novo. A única coisa que meu pai disse é que eu não podia fazer isso com frequencia. E pediu pra eu ser discreta, porque ele não tá a fim de ir pra minha escola toda vez que isso acontecer. Se eu achei estranho ele não falar mais nada? Lógico! Mas não vou reclamar, né?

*LEIAM AS NOTAS INICIAIS*


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Notas finais do capítulo

*LEIAM AS NOTAS INICIAIS* Espero q tenham gostado do cap. E boa sorte pra quem vai fazer o Enem esse fds!