I Hate You - 2 Season escrita por Carol Munaro


Capítulo 21
Love and Hate


Notas iniciais do capítulo

Ooi, gente! Boa leitura :3 :3



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- Cadê essa menina? - Sophie tinha saído com o John. Já era quase meia noite e ela ainda não tinha voltado.

- Alias, que porra é John? - Jason perguntou.

- Um garoto que ela conheceu.

- Aquele mais velho que estava na festa?! - Vi o Jason começar a ficar vermelho de raiva. - Como você deixa ela sair com ele?!

- Se eu não deixasse, ela iria pular a janela. Parece até que não conhece a filha que tem.

- Ai meu Deus!

- Relaxem. Ela tem um pouco de juízo, até. - Ruth disse e achei que o Jason ia tentar matá-la sufocada. Ouvi a porta da sala abrir e olhamos pra lá.

- Onde vocês foram? - Perguntei.

- Em uma lanchonete perto da faculdade dele.

- E demoraram tudo isso pra comer? Quem tava lá? Quem é esse John? Quantos anos tem? Ele trabalha? Fuma? Bebe?

- Jason, se controla!

- Ele não vai me levar pro mal caminho, pai. E ele não bebe nem fuma.

- Quantos anos ele tem? - Ela me olhou.

- Dezenove. - Olhei com os olhos semicerrados pra aquela cara de pau.

- Dezenove mais quantos? - Ele perguntou e Ruth riu.

- Como "dezenove mais quantos"? Dezenove é dezenove, ué.

- Vai sair com ele de novo quando?

- Não sei. Agora posso subir?

- Se eu ver você em cima de uma moto, eu vou bater em você.

- Jason! - Ele não falou mais nada. Ela revirou os olhos e foi subir as escadas, mas parou.

- Pai, odeio moto. Só pra avisar. - Sophie disse e subiu.

- Ela não é idiota, Jason. - Disse.

- E se demorar dentro de um carro também! - Ele berrou.

- Ela tem até mais juízo que eu! - Ruth disse e olhamos pra ela.

- Graças a Deus! - Dissemos e ela revirou os olhos.

(...)

Cheguei no escritório e já tinha um bilhete gigantesco do meu chefe colado no monitor do computador.

"Almoço as 13h00 com cliente. NÃO ATRASA! OLHA A ROUPA QUE VAI! NÃO FALE PALAVRÃO! NÃO SURTE NA FRENTE DELE! NÃO FLERTE COM O FILHO DELE! E NÃO ATENDA O SEU MARIDO OU SEI LÁ QUEM QUE TE LIGUE!"

Ok. Só não precisava colocar tudo em maiúsculas, meu filho. Eu não sou cega. Nem usar óculos, eu uso.

- Viu o recado? - Meu chefe perguntou entrando na minha sala sem bater.

- Impossível não ver. - Peguei o papel, amassei e joguei fora. - Só que o senhor esqueceu um detalhe básico: que restaurante é? Não sou adivinha ainda.

- Se fosse não estaria trabalhando pra mim nem enchendo meu saco. É no Plaza. - Ele disse, saiu e bateu a porta.

- Nossa, que estresse. Vai um suco de maracujá aí?

(...)

- Olá, senhor White. - Disse quando ele chegou. Por que os clientes sempre são velhos carecas e barrigudos? Por que nunca é um cara jovem, lindo, com olhos claros e que esteja em forma? Acho isso super injusto.

- Boa tarde, senhora Turner. Bom, meu filho ainda não chegou. Mas acho que daqui a pouco ele está aqui.

- Ok. É decoração de escritório?

- Sim. E dos quartos dos meus netos. Ah! Aí vem meu filho. - Me levantei pra cumprimentar. E nossa senhora das mães casadas e fieis ao marido! Que que é isso?!

- Olá. Tudo bom? - A perfeição em forma de homem estendeu a mão pra mim.

- Tudo sim. Jennifer Turner.

- Mathew White.

- Bom, vamos fazer os pedidos! - O White pai disse e pedimos.

- Podemos começar pelos quartos? - Mathew perguntou e o pai dele assentiu. - São dois meninos de 8 anos.

- Preferência de cor?

- Um azul e o outro vermelho.

- Podemos fazer com o tema que eles gostem.

- E você tem que ver o quarto, certo?

- Sim.

- Se quiser ir amanhã lá em casa pra ver, tudo bem. - Olhei pra ele. Senhor, isso é algum tipo de teste? Porque eu me sinto tentada pelo demônio.

- É só me trazer as fotos e as medidas. - Disse com um sorriso amarelo e ele concordou.

(...)

Estava chegando em casa quando vejo o Simon entrando. Estacionei o carro na garagem e fui pra sala.

- Quando você vai embora? - Ouvi a Sophie perguntar quando estava chegando.

- Quarta.

- Vamos Ruth? - Simon perguntou.

- Vão onde? - Perguntei.

- Tchau, Jenny. - Ela disse.

- VACA! - Sophie berrou e Ruth fingiu que não ouviu.

- Você não pode falar muito, Sophie, já que o bonitão pegou você pra criar. - Simon disse e reprimi um riso.

- Pelo menos não tem nem 10 anos de diferença. E ele não é velho com rugas.

- Aonde você tá vendo ruga aqui, minha filha? Ruga quem tem é a senhora sua mãe! - Ruth disse e me irritei!

- HEY! Tá me metendo no meio por que? Ruga é o cacete, ok! Te jogo na rua se falar isso de novo!

- Você é linda, tia. - Simon disse.

- Obrigada, querido. - Ele e a Ruth se viraram pra sair e a Sophie grita:

- VENDIDO! - Ele riu e os dois saíram. - Eu não to acreditando nisso...

- Para de cu doce.

- Cu doce?! Você viu o mesmo que eu?!

- Lógico que vi, garota. Não sou cega. E já que você tá pouco se fudendo pro Simon, qual o problema de ele sair com a Ruth? E não vem falar de idade não! Ele que veio atrás dela hoje.

- Mãe, todo menino da idade do Simon quer pegar mulheres mais velhas. - Respirou fundo pra não perder a paciência.

- Ele tá saindo com ela pra te irritar. Entendeu?

- Eu sei.

- E tá funcionando! Sério mesmo, Sophie, eu e seu pai não aguentamos mais você falando do Simon. E olha que não faz nem um mês!

- Então me vendam e coloquem um porquinho-da-índia no meu lugar! - Revirei os olhos.

(...)

- Jenny, para de me cutucar. - Jason resmungou. Devia ser 04h00 da manhã. Mas eu tava com uma fome do cacete.

- Eu to com fome.

- Tem uma cozinha lá embaixo.

- Pega morango com leite condensado e chocolate pra mim?

- Isso é sério?

- E um suco de abacaxi.

- Onde eu vou arranjar essa porra de suco essa hora, Jenny?

- Sei lá. Por favorzinho? - Ele bufou levantando. - Em menos de uma hora?

- Quer me foder, me beija! - Ai que estresse. Essa é a parte boa de ficar grávida. Posso usar a desculpa dos "desejos". Nunca tive um. Nem na gravidez da Sophie. Mas eu sei que, se eu pedir pro Jason, ele vai buscar. Mesmo reclamando, ele vai.

(...)

- Demorou hein. - Disse quando vi o Jason entrando no quarto com o suco e o morango com leite condensado numa tigelinha. - Cadê o chocolate?

- Aqui. - Ele deixou a bandeja comigo. - Boa noite.

- Boa noite. Nem um beijinho?

- Vai se fuder, Jenny.

- Credo! Que estresse! Não quer chocolate?

- Não.

- Nem morango?

- Eu quero dormir.

- Tá quase na hora de levantar.

- Falta uma hora. - Ele resmungou.

- Te amo.

- Só de eu acordar e procurar um mercado aberto pra comprar comida pra você já é uma prova de amor. - Ri.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3 :3