Ariel ainda olhava-os fixamente esperando que algum deles tomasse a atitude de lhe dizer tudo como ela queria. Dean não falava nada, nem se quer murmurava.

_ Sobre mim? – engoliu em seco.

_ Sim – ele respirou fundo – Crowley quer sua alma – os olhos dele também se enchia de lagrimas ao ouvir aquelas palavras de sua própria boca o fazendo soluçar – mas não iremos deixar que isso aconteça. Não com você. Ariel permaneceu intacta no mesmo lugar, ela não tinha reação a não ser poder ver sua vida passando diante os seus olhos, naquele momento ela sentiu ódio de seu pai, foi por ele que todos de sua família morreu, foi por ele que agora iria ser ela. Mesmo no inicio querendo suicídio, agora ela queria ser feliz com os Winchester. Dean tomou coragem e olhou para ela, mesmo temendo a puxou pra perto dele e a abraçou,queria poder sentir-la o mais perto possível, queria poder ter-la em seus braços o tempo que precisasse até chegar a hora de lutar realmente.

_ Sinto muito, mais eu nunca vou deixar você morrer, nunca. Eu não fui capaz disso na primeira vez e nem serei agora – disse segurando seu rosto em direção a ele – Você é uma de nós, se tornou uma Winchester, quero que saiba disso – ainda chorava, mais era de ódio e nojo por Crowley. Sam se aproximou e abraçou ambos, ficaram ali por alguns segundos apenas aproveitando o momento, que podia se perder pra sempre.

Dean nem mesmo naquela situação se rendia, esse orgulho todo iria levar-lo a lugar nenhum. Tiveram que seguir viagem, porém foi Sam que tomou a direção,o mais velho não estava em condições pra pegar estrada. Realmente o clima parecia de velório.

_ Nada disso vai acontecer – ele falava olhando pro lado de fora – Ninguém vai me tirar mais uma pessoa que amo. Não vai – socou a porta. Sam olhou para trás e ela estava dormindo.

_ Temos que ser forte, temos que passar isso pra ela – Sam o olhou – somos sua única família agora.

_ Já sei o que iremos fazer – Dean disse e olhou pro irmão – Esquece caso de Nevada, vamos voltar ao hotel pra pegarmos nossas coisas e voltaremos a nossa casa,ela é o foco agora. E assim foi feito, ao voltarem pro hotel, Sam entrou pra pegar as poucas coisas que tinham deles lá e trouxe de pouco para o carro. As mortes poderiam ficar pra outro dia. Nenhum dos dois acreditava naquilo, era algo que não caia a fixa pra eles.

Dean olhava para trás e a observava a dormir, um vazio enchia seu coração da mesma forma quando perdeu o seu primeiro grande amor, ele sabia que não iria agüentar se aquilo acontecesse novamente, sim agora ele podia ver que era amor, mais não com desejo, e sim com doçura, sem aquilo de sexo mais sim corpo e alma.

Sam batia a porta do carro, e deu partida saindo dali, a viagem nunca foi tão silenciosa quando aquela. Parece mentira, como pode? Uma simples garota que entrou na vida deles rapidamente, e ter o destino de sair da mesma forma? A escolha era lutar.