Júnior - J&of escrita por JulianaDramaQueen


Capítulo 8
Cap VIII: Sinais


Notas iniciais do capítulo

eu demorei e admito...mas é como eu tenho dito nos capitulos anteriores...é a falta de tempo.........bom, eu diria que no próximo capitulo vocês vão começar a entender o nome da fanfic....espero q gostem desse cap.....boa leitura



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POV Julie

            Já havia se passado umas 2 semanas depois da volta as aulas. Daniel, Martim e Félix voltaram a se falar, mas não com muita frequência. Na primeira semana, não trocaram um “a”. Um não podia olhar para o outro que logo fechavam a cara.

            Eu não fazia ideia do motivo da briga. Eles sempre foram muito amigos. Amigos antes mesmo de eu os conhecer. Sempre tão inseparáveis. Eram melhores amigos. Quer dizer, “Eram” não, SÃO melhores amigos ainda. Eu os conheço como a palma da minha mão e eu sei que eles estão sofrendo e se sentindo mal pela briga, mas eles são garotos e garotos são assim mesmo: são orgulhosos demais para admitir isso, não gostam de mostrar sentimento nem nada parecido.

            Depois de convencê-los (com muito custo, tenho que admitir) conseguir fazer pelo menos que eles trocassem uma ou duas palavras. Ainda falta fazê-los se desculparem um com o outro. Bom... Pra isso eu tenho que descobrir o motivo da briga.

            Eu até tentei descobrir, mas eles se negam a me contar. Nem se eu implorar de joelhos eu me contariam. E olha que eu quase fiz isso mesmo. Eles são três cabeças duras e quando colocam uma coisa na cabeça é difícil fazer convencê-los do contrário. Até nisso eles se parecem.

            Eles têm muitas coisas em comum, não entendo como podem brigar. Mas... Enfim... Espero que tudo volte à normalidade e eles voltem a ser os grandes amigos que eu sei que eles são.

            Mas, fora tudo isso, essas duas semanas foram ótimas. As aulas por enquanto estão tranquilas, apesar da correria, já que falta só poucos meses para o fim das aulas. A minha prima Bia também começou a estudar na minha escola. Achei ótimo ter minha prima ao meu lado terminando os últimos 6 meses de aula.

            Hoje teríamos mais um dia de aula. Bia viria até aqui em casa para irmos juntas a escola. E excepcionalmente hoje eu acordei atrasada. Quando eu olhei para o relógio e vi que faltavam 25 minutos para entrar no colégio, eu levantei numa velocidade incrível e comecei a separar o uniforme para me vesti.

            Desci para a cozinha para tomar um desjejum rápido. Ao chegar à cozinha, encontro meu pai lá, tomando sua xícara de café forte matinal. Ele olhou para mim e arqueou uma sobrancelha repreensiva. Ele percebeu que eu acordei atrasada e poupou palavras para me dar um sermão. Agradeci mentalmente. Eu conhecia o discurso dele e sabia que ele seria grosso com as palavras e eu não iria gostar nem um pouco. Eu até seria mal-criada e responderia a altura. Seria melhor assim, ficarmos em silêncio.

            Eu imaginei toda essa cena na minha mente enquanto eu olhava para os olhos rígidos de meu pai. Prevendo o que aconteceria, ambos preferimos não falar nada um com o outro. É... O meu pai me conhecia muito bem e sabia que eu tenho um temperamento muito explosivo. Facilmente eu sou tirada do sério. E assim como meu pai me conhecia muito bem, eu também o conhecia bem. Meu pai não é nada calmo.

            Cortei o contato visual com meu pai, peguei um copo e me servi com leite quente e um biscoito. Degluti meu leite e biscoito em cinco minutos logo já estava indo em direção ao meu quarto para me arrumar.

            Mas antes que eu subisse para o meu quarto, alguém bateu a porta. Abri e encontrei com uma Bia sorridente.

            – Bia, já chegou? Eu ainda nem me vesti...

            – É que a Julie acordou atrasada hoje. – meu pai disse grosso, me interrompendo. Ele estava vindo para a sala, sentando no sofá e lendo um jornal.

            – Pai... Não começa. – pausei. – Não seja mal educado.

            – Oi tio Raul. Como vai? – Bia disse tentando quebrar o gelo.

            – Oi Bia. Estou ótimo e você? E como vai a minha irmã Eliane?

            – Estou bem e a minha mãe também está. Ah... E ela disse que virá aqui no final de semana.

            – Hm... Diga a ela que será muito bom que ela venha. Estarei esperando.

            Bia assentiu com a cabeça. – Vem Bia. – a puxei pela mão para o meu quarto. Fechei a porta logo atrás de nós. – Argh... Meu pai às vezes é muito... Insuportável.

            – Calma Julie.

            – Aposto que ele veio para a sala só para ver se era ou o Daniel, ou o Martim, ou o Félix.

            – Eita, Pai Ciumento. – disse Bia zombeteira.

            Comecei a me vesti. – É... Mas você queria o que? Meu pai é o irmão mais velho de duas irmãs, duas “meninas”: sua mãe e a tia Telma. Queria que ele não fosse ciumento. E eu também não escapo disso.

            Bia riu. – É verdade. Minha mãe me disse que o tio Raul ia ao cinema junto com ela e os garotos que a convidavam só para ficar de olho nela. – pausou gargalhando. – Ah, falando nisso... Como vai a tia Telma? Há muito tempo que eu não a vejo.

            – Ela está bem? – disse enquanto vestia a calça jeans. Ao tentar fechá-la, quase não consigo fechar o zíper. – Ué?

            – Que foi Julie? Não está te servindo.

            – É... Que estranho. Esses dias atrás eu vesti essa mesma calça. Não é possível que eu engordei desse tempo pra cá.

            – Isso é questão de perder alguns quilinhos. – pausou. – E anda logo, Julie. Nós já estamos atrasadas para a escola.

            Assenti e peguei todas as minhas coisas.

[...]

            – Ah... Essa aula está muito chata. – eu me lamentei. Faltava meia hora para o intervalo.

            Daniel virou para trás, sorrindo. – Eu concordo. Está chata mesmo. – pausou e me olhou. – Você... Está diferente. Parece-me mais bonita do que de costume.

            Corei. – Ah... O-obrigada.

            Ele virou para frente a assistimos resto do horário de aula.

[...]

            – Olha... Eu acho que essa briga foi por causa dessa menina que você me disse que os três gostam. – Bia disse enquanto tomava um suco. Estávamos em casa, tínhamos acabando de chegar da escola.

            – Será? Bom... É que eu não tenho certeza se eles realmente gostam de uma mesma menina. Eu me lembrei de ter ouvindo isso na festa, mas eu posso ter entendido errado.

            – Hm... Tenho certeza que eles brigaram por causa disso. Sabe como é: garotos gostam de competir tudo, inclusive as garotas. – Bia continuou afirmando com uma convicção incrível.

            Suspirei. – Eu só queria saber quem é essa garota que os meus amigos gostam?

            Bia riu. – ‘Tá com ciúme do Daniel? – Me fiz de desentendida, dando de ombros. – Eu sei que você gosta dele.

            – Não sei do que você está falando. – eu disse abrindo a geladeira e abrindo um iogurte.

            Deu umas goladas e comecei a sentir um gosto estranho. Fiquei olhando para aquele liquido rosado achando a cor e o cheiro muito estranho. Deixei o pote ali e corri para o banheiro. Agachada perto do vaso e devolvi tudo: meu café, meu lanche... Tudo. Percebi Bia atrás de mim, segurando meu cabelo e passado a mão em minhas costas, esperando que eu melhorasse.

            – Ai... – levantei, dei descarga e comecei a escovar os dentes. – Acho que aquele iogurte dava estragado ou vencido.

            – Não tava não. A primeira coisa que eu fiz foi olhar a validade quando você saiu correndo.

            Fui para o meu quarto com a Bia atrás de mim. Dentro do meu quarto, abri uma gaveta para procurar um remédio. Ao remexer nas minhas coisas, encontro um pacote de absorvente fechado e uma “pulguinha” começou a “pular” atrás da minha orelha.

            – Bia, me passa esse calendário ai. – apontei para um cartão retangular com datas. Ela pegou e me entregou. Olhei e me desesperei.

            – Que foi, Julie?

            – ‘Tá atrasada. – olhei para Bia e ela juntou as sobrancelhas, sem entender. – Minha menstruação ‘tá atrasada, Bia.

            Bia arregalou os olhos entendendo. – Tem certeza?

            – OLHA AQUI, BIA. UM PACOTE DE ABSORVENTE FECHADO. – me exaltei tanto que ela até se assustou. – Desculpa... Você não tem culpa.

            – Tudo bem. Você só está nervosa. Mas, vem comigo até o consultório da minha mãe. Ela é medica e... – a interrompi.

            – A tia Eliane é pediatra, Bia. – eu disse com ironia.

            Bufou. – Eu sei, criatura. Mas eu posso conseguir uma consulta para você. Pra você tirar suas dúvidas e ver se... Você sabe.

            Acenei com a cabeça, concordando.

[...]

            – Julie, minha querida. Como vai? – Tia Eliane, sempre tão doce.

            – Vou bem.

            – Mãe, a Julie precisa de uma consulta. Sei que não é a sua área, mas é muito importante.

            – Ah, querida. Eu não preciso pedir para outro medico. Eu mesmo posso avaliá-la. – virou para mim. – Tudo bem para você?

            Eu assenti. – Sim... Apesar de eu já desconfiar o que eu tenho.

            – Desconfia? – pausou. – O que tem sentido?

            – Quando eu começar a falar, você já vai desconfiar como eu. – disse e tia Eliane me incentivou a continuar. – Enjôo, tontura, a menstruação atrasada...

            Minha tia levou as mãos à boca. Direcionou-se ao telefone e disse algo que eu nem prestei atenção.

            – Vou levar você para fazer alguns exames laboratoriais. Ok? – ela disse e eu assenti.

            Estava tão no automático que logo já tinha feito os exames e estava vindo para casa. Minha tia disse que os resultados ficam prontos em uma semana, mais ou menos.

[...]

1 semana depois...

            Eu estava na sala, totalmente distraída. Depois de ouvir a voz do meu pai, que eu percebi que alguém batia a porta.

            – Julie. Está dormindo? – meu pai disse irritado abrindo a porta. – Eliane, minha irmã. Que saudade.

            – Raul, meu irmão. Também estava com saudade.

            Meu pai a convidou para entrar, junto com Bia e meu tio.

            – Vem comigo. – Bia me disse. – Mamãe virá logo atrás.

            Ela me arrastou para o meu quarto e sentou na minha cama, ao meu lado. Minutos depois, tia Eliane bateu a porta e pediu para entrar, fechando a porta logo em seguida.

            – Eu estou com o resultado dos exames.

            – E então? – eu levantei apreensiva.

            – Bom... – ela abriu o envelope. Olhou de mim para o papel e fez isso algumas vezes.

            – Fala logo, mãe. – Bia a apressou.

            – Hm... Você...


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Notas finais do capítulo

não me matem por terminar o capitulo assim, nesse suspense rsrs.........então...se gostaram e se não gostaram, deixem reviews....até o proximo cap......



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