Uma Porta Para Outro Mundo escrita por Insira Um Nome Aqui


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

valeu pelo interesse o/



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Saí correndo do sótão, pois hoje seria um grande dia!


-- Bom-dia pai, bom-dia mãe!

-- Simon? Para quê tanta pressa?

-- Hoje é um grande dia!

-- Nós sabemos filho, são as suas férias da escola e seu aniversário.

-- Que nada! Hoje é o dia da apresentação do corpo humano!

-- ?!

-- Irei lá agora assistir! Tchau pai, Tchau mãe!


Fora da presença do Simon...


-- Yuki, a cada dia eu acredito nos boatos do nosso filho ser um psicopata igual a mim...

-- Calma Yuno, calma, é só uma fase adolescente e passageira, vai acabar.

-- Mas se não acabar, Yuki? Ele será um psicopata e assassino igual a mim!

-- Yuno, não exagere, é só um menino, ainda vai mudar.

-- Espero que sim, Yuki, eu espero que sim...


Com Simon...


Desviei do caminho e entrei na loja.

Havia diversas telas para pintar, cores, tintas, giz de cera, tudo que um desenhista pode querer. Comprei 2 telas, 2 conjuntos de tinta e 1 kit de giz de cera e voltei correndo para casa. Hoje era a promoção da loja, não podia esperar. Entrei no meu túnel secreto, cheio de coisas de médico. Coloquei a tela e as outras coisas dentro de uma sacola e levei um rim de mentira na mão. Passei pela porta e nem olhei para minha mãe, que com certeza tinha um olhar de assustada no rosto. Abri a porta do sótão e entrei. Observei a parede de madeira ali presente. Vazia, sem nenhuma decoração. Sentei na minha cama do lado da janela e comecei a desenhar com o giz. Desenhei o meu melhor: Caixas de presente, globo de neve, estrelas, uma garota irritada de vermelho na parede, uma panela que anda na parte superior da janela, uma maça na parede que cola minha cama, enfim, no quarto inteiro. Ele estava todo desenhado, sem espaço para um desenho a mais. Olhei para trás e vi a estante de livros. Caminhei até ela e empurrei um pouco. Um campo grande o suficiente para mais desenhos. Empurrei com toda minha força a estante toda. Um campo perfeito. Quis desenhar um desenho que ainda não tinha feito. Nada veio a minha mente. Olhei pelo quarto, a procura de inspiração. Nada.

Olhei para a porta, a procura de mais inspiração. Pronto, quis desenhar uma porta tamanho real. E foi o que eu fiz: Desenhei uma porta de vermelho em tamanho real. Quis saber se funcionava mesmo, assim puis minha mão na maçaneta desenhada. Nada que eu fizesse dava certo.

-- Ei Simon, vem cá cara!

Olhei pela janela e vi Jason, um dos caras mais simpáticos da sala e que sempre quer fazer um novato excluído, parte da sociedade. Fiz um aviãozinho de papel com uma mensagem:

‘’ Cara, acho que vou ficar no meu quarto por um tempo, sabe, tenho algumas coisas para fazer.

– Simon’’

Enviei a carta. Ela voou e se distanciou um pouco de Jason, mas o vento voltou e ela bateu em sua cabeça. Ele cambaleou um pouco para frente, mas conseguiu ver o aviãozinho. Ele pegou e abriu, e assim leu a mensagem. Depois, uma garota ao seu lado que eu jurava seu nome ser Jana, se agarrou em seu braço e disse:

-- Eu disse, Jason! Ele é um psicopata! Deve estar fazendo uma operação em algo humano!

-- Que isso, Jana. Deve ser um cara que teve algum trauma. Vou falar com a mãe dele.

E ele entrou. Suei frio. Não queria que alguém visse meus desenhos. Comecei a pegar as estantes e tudo pesado e colocar sobre a porta. Quando terminei, vi pela janela algo grande e cinza. Um prédio onde bem grande estava escrito: ‘’ Hospício São Guarden ’’. Achei interessante e estranho ao mesmo tempo. Nunca havia visto aquela estrutura ali presente, mas era algo novo e quis visitar, contudo, ouvi uma batida de alguém na porta que me distraiu.

-- Simon? Sou eu, o Jason, me deixa entrar.

-- Não! Sai daqui!

-- Cara, se tiver algum problema pode me dizer...

-- N-não é problema nenhum!

-- Então me deixa entrar!

-- Não!!

Um empurrão incrivelmente forte me jogou na parede. Metade dos moveis sobre a porta caíram pesadamente sobre o chão, fazendo um enorme barulho. Mais um empurrão e todos restantes iriam cair. Levantei desesperado e tentei por tudo o mais rápido o possível, mas, novamente, o empurrão. Cai novamente no chão, mas agora, arranhei o lado direito da minha face, fazendo pequenas gotas de sangue escorrerem. Mas disso eu não liguei, continuei a tentar prender a porta.

-- Não quero que você entre! – berrei

-- Cara, eu só quero lhe ajudar! Como nós éramos amigos!

-- Isso foi antes de eu ter aquele acidente e tudo mudar!

As batidas pararam. Senti que toquei num ponto que eu não devia ter tocado. Antigamente, quando eu tinha 6 anos, eu cresceria igual a Jason. Éramos amigos na época. Um dia, eu iria para a casa de Jason no carro do pai dele, mas ele estava bêbado, manobrou o carro errado e ouve uma batida. O meu corpo saiu voando, batendo e quebrando o vidro do carro. Meu cérebro teve uma paralisia. Nunca mais fui o mesmo.

-- Simon, esse não é você...Vamos embora, Jana, este é um adolescente comum com paralisia cerebral.

Fiquei mais calmo. Já imaginando que ele iria sair, comecei a por as coisas no lugar. Uns cinco minutos eu havia arrumado tudo, mas me assustei quando a porta abriu. Jason havia entrado.

-- Simon o que você...

Com medo, abri a portinha de esconderijo que tenho na parede. Entrei e rapidamente a fechei. Ouvi Jason falar:

-- Então era isso que você escondia...Mas por que escondê-los?

-- Vai que nesses desenhos tem um pentagrama... – sugeriu Jana

-- Simon não segue o demônio.

-- Vai que ele segue agora...

-- Saiam daqui... – disse logo saindo do meu quarto secreto, com a sombra dos cabelos escondendo os olhos.

-- Simon, por que...

Antes de ele responder, peguei um apagador de giz e comecei a passar por cima dos desenhos.

-- Pedaços da memória perdidos por causa de dois adolescentes...patético!

-- Pedaços da memória?...

-- A paralisia me fez perder as características e também partes da memória, e os desenhos me ajudava a lembrar, mas agora, tudo arruinado por causa de vocês.

-- Simon, você tem um arranhão no rosto...

-- Dane-se, um arranhão se cura, memória, não.

-- ...

Não disse mais nada. Abri uma porta e por ela entrei sem fechar a porta. Um outro quarto secreto, mas nele, havia diversos cérebros dentro de potes de vidro com água dentro. Jason e Jana entraram e logo se assustaram com a visão.

-- Jason, ainda quer ser meu amigo?

-- ...

-- Isso mesmo, são cérebros, um deles irá substituir o meu, pois nenhum tem paralisia cerebral, certo?

-- Jason, pelo amor de deus, vamos sair daqui, eu disse que ele era um psicopata!

-- Serei mesmo?

Arranhei com uma faca propositalmente a face da Jana, que recuou abafando um grito.

-- Jana, tem um arranhão no seu rosto.

Os dois não disseram mais nada, pois saíram gritando correndo. Ainda acho que não era para eu ter feito isso, mas era para o meu bem: Evitar amigos seria o melhor para mim e para todos...


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Notas finais do capítulo

reviews? Não? Ok ._.