Highschool Of The Dead escrita por Saya Shimizu


Capítulo 17
Onde Tudo Acabou


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna!

Eu sei eu demorei pra caramba, me perdoem é sério, eu não vou nem pedir desculpas porque eu sei que estou totalmente errada =X
Maaaas, antes tarde do que nunca não é mesmo? e.e
Sinto muito ter decepcionado vocês, sério mesmo TT-TT
Quero agradecer à todos que têm me acompanhado até aqui, obrigada mesmo!
E também quero agradecer à todos os favoritos e comentários.
Enfim, sem mais delongas, FINALMENTE, ta ai o último capítulo da minha querida fic "Highschool Of The Dead" *¬*
Espero que gostem.



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O caminho até o litoral não foi nada fácil, já estávamos há dias na estrada. A situação nos Estados Unidos estava bem mais crítica do que no Japão, talvez seja porque aqui seja mais populoso do que lá. Haviam tantos, mais tantos daqueles malditos, que o Yukio não teve escolha a não ser, nos dar armas também, uma coisa que ele nunca faria pois segundo ele “A Rei ainda é muito pequena pra essas coisas, não queria que minha filha tivesse que passar por isso... Blábláblá...”. Esses caras não entendem que já matamos uma centena deles antes de nos encontrarmos, e também, ESTAMOS EM UM APOCALIPSE PORRA! Nessas horas, até a Alice vai precisar aprender a se defender.

– Mais uma orbe de zombies à frente! – Disse Yukio.

Eu sentei na beirada da janela direita, estava equipado com uma espingarda calibre 12. A Rei sentou na janela esquerda com uma metralhadora MP5 e por fim, Saeko e a Saya ficaram em pé com metade do corpo pra cima do teto aberto da vã, e ambas com um rifle 22 de longo alcance. Logo após nos posicionarmos, as vãs de trás faziam o mesmo. Era sempre assim quando tinham muitos deles, caso contrário, apenas passávamos por cima, literalmente.

– Valeu gente, podem voltar para o interior da vã. – Disse Yukio após exterminarmos um bom números de zombies, o suficiente para que a vã conseguisse passar.

– Já estamos chegando pai? Já estamos há mais de uma semana na estrada, estamos há dias sem dormir, nossa comida está acabando, nossa munição está acabando e eu estou cansada de tudo! – Disse Rei. – E o mais importante, é que faltam apenas dois dias, DOIS DIAS para conseguirmos chegar ao submarino. – Ela falava encarando Yukio.

– Estamos há dias na estrada, mas não andamos quase nada, essas drogas de zombies estão nos atrapalhando muito. – Yukio respondeu.

– Que tal, vocês aumentarem a velocidade da vã? – Perguntou Saya.

– Com todos esses zombies aqui Saya? Nem temos como. – O motorista respondeu.

– Mas se continuarmos nessa enrolação, não iremos chegar a tempo no submarino, Yukio! Vamos usar esse resto de munição que nós temos para limpar o máximo possível do caminho e enquanto isso, apenas andem rápido, O.K? – Saeko perguntou determinada.

– Oh Deus, O.K.! – Disse Yukio com a mão na testa. – Hatsuno, acelere, temos que chegar no lugar subterrâneo ainda hoje.

– Sim senhor. – Ele disse mudando a marcha e pisando fundo no acelerador.

As vãs atrás estranharam a mudança e deram uma leve buzinada para nós. Yukio colocou a cara para fora da janela e gritou para eles o plano:

– Coloquem os atiradores para usar a munição que resta e vamos acelerar o curso. Temos que chegar no objetivo HOJE!

Os outros motoristas concordaram com a cabeça e os atiradores assumiram suas posições.

“Aew, agora sim a coisa (N/A: Lê-se, porra e.e) vai ficar séria.” – Pensei dando um sorriso de canto involuntário.

A frente vinha uma imensidão de zombies, mas nós e os outros atiradores estávamos limpando o caminho. Minha arma não era muito rápida, porém era potente, ou seja, se eu desse sorte e tivesse uma boa mira, o disparo acertava duas cabeças de uma vez.

Haviam passado algumas horas e estava tudo bem até que as munições começaram a se esgotar.

– Acabou aqui. - Disse Rei saindo da janela e voltando para o interior da vã.

– Agora só temos mais seis tiradores. - Disse Yukio. - Será mesmo que isso foi uma boa ideia? - Ele terminou a frase me encarando.

– Yukio... - Eu parei de falar para acertar um zombie e em seguida carregar a arma de novo, depois prossegui. - Eu sei que você não gostou muito da ideia, mas veja só, já estamos praticamente há duas horas do local, ou seja, isso nos adiantou muito. Então pare com essa baboseira de munições, daqui a pouco não iremos mais precisar disso.

Assim que terminei de falar ficamos em silêncio, e continuei atirando. Acho que minhas munições duraram mais uns trinta minutos, e depois tive que voltar para dentro da vã.

– Estamos chegando? - Perguntei para Hatsuno.

– Ainda temos mais uma hora e meia de viajem. - Ele respondeu em um tom cansado, afinal ele já estava dirigindo ali à um bom tempo.

– Você me parece cansado. - Disse Rei.

– Acho que todos nós estamos, não é? - Ele nos olhou pelo retrovisor. - Suas olheiras estão horríveis Takashi.

Eu não respondi, sabia que ele estava certo. Desde que saímos do avião, nenhum de nós dormiu. Estávamos muito ocupados matando os zombies e também com a vigia do ônibus.

– Aqui acabou também. - Disse Saya, depois, ela e Saeko desceram do teto da vã e se sentaram recostadas uma na outra.

– Perfeito! - Yukio exclamou ironicamente. - Agora definitivamente, estamos ferrados.

– Qual foi o problema agora Yukio? - Eu disse já com um tom estressado, porque além de eu estar totalmente esgotado, esse velho fica reclamando toda hora! Tudo bem que ele é o pai da Rei e eu devo respeito à ele, mas esse cara não faz droga nenhuma além de ficar sentado no banco de passageiro e observando o lugar, para depois nós fazermos o trabalho de exterminar os zombies.

– É simples Takashi, não temos mais atiradores, e agora como fica? - Ele mal deu tempo da gente responder e prosseguiu com sua fala. - Eu sabia que não devíamos ter gastado as munições, mas sim, ter economizado-as.

– Aff! Por favor, para de reclamar um pouco. - Disse Saya.

– Será que você não percebe que estamos exaustos?! E sim, estamos exaustos tanto de matar um bando de mortos-vivos, quanto de te ouvir reclamando. - Completou Saeko.

"Aleluia alguém se manifestou." - Pensei observando a situação. "Agora só preciso entrar no embalo."

– Sinto muito pai, mas elas estão certas, o senhor não está nos dando nenhum desconto poxa! - Disse Rei.

– Ou seja, pare de reclamar e de só ver as coisas ruins e tente começar a prestar atenção nas coisas boas que conseguimos com esse plano. Estamos apenas há alguns minutos do esconderijo.

– Para ser mais exato... - Disse Hatsuno, tentando mudar o curso da conversa. - Daqui a quarenta e cinco minutos estaremos lá. Então enquanto isso, já que acabaram as munições, vocês não têm mais utilidade por enquanto.

– Está nos chamando de inúteis? - Disse Saya encarando-o pelo retrovisor.

– De forma alguma, o que eu quero dizer é que, se vocês quiserem dormir, podem ficar a vontade. Mas não fiquem muito relaxados não, isso será apenas uma soneca, vocês tem menos de uma hora para isso.

– Acho que se eu dormir agora, eu não acordo mais. - Disse Saya.

– Mas, tecnicamente, você não vai dormir, você só vai cochilar. - Disse Saeko, e ambas sorriram. Elas apoiaram a cabeça em um lugar qualquer e depois fecharam os olhos adormecendo.

Eu fiquei olhando para elas e logo depois, fechei meus olhos também e acabei adormecendo.

. . .

– Takashi, chegamos, chegamos!! - Disse Rei, alegremente, enquanto me acordava.

Quando eu levantei e olhei pela a janela da vã, vi que estávamos no meio do oceano. Quer dizer, não literalmente no meio do oceano, estávamos em uma plataforma enorme em cima do mar e com no mínimo três quilômetros de distância da terra firme.

– Como chegamos até aqui? - Eu perguntei esfregando meus olhos, ainda estava com sono, na verdade, com MUITO sono. E depois vi que não tínhamos como chegar ali com a vã, a única maneira seria nadando.

– Havia uma ponte que vinha desde a praia, até aqui. - Ela explicou. - Então só passamos por ela e quando chegamos aqui, um oficial do presidente estava sendo responsável por receber os sobreviventes, depois de nos receber, ele apertou um botão ali... - Ela apontou para uma sala de comando, que era possível ver porque, a base em que estamos, foi construída somente com paredes de vidro, pelo menos na parte de fora. - E a ponte automaticamente foi guardada.

– Nossa! - Exclamei surpreso. - Quando que eles tiveram tempo de construir isso tudo?

– Também não sei, mas o que importa é que, finalmente, estamos a salvo. - Ela respondeu e depois me deu um abraço.

– Sem querer atrapalhar os pombinhos, mas já atrapalhando. - Pronunciou Saya depois de pigarrear. - Temos que ir para dentro, agora.

Eu e Rei assentimos e seguimos a Saya para dentro dessa base extremamente estranha.

Estávamos andando em direção aos quartos

– Onde estão todos os outros? - Perguntei.

– Já estão em seus respectivos quartos. - Disse Saya. - Mas não vai achando que aqui é tudo do bom e do melhor, os quartos são horríveis.

– Também né, para acolher todos os sobreviventes, eles não dariam conta de fazer um quarto luxuoso para cada um. - Eu disse.

– Enfim... - Rei pronunciou. - Estamos no mesmo quarto.

– Quando a Rei disse "estamos", ela quis dizer que eu, a Saeko, a Alice, a Srta. Shizuka e o Zeke, somos incluídos também. - Disse Saya.

– É, eu já imaginava. - Eu disse assim que chegamos no nosso quarto e abri a porta. Como a Saya disse, não era muito complementado, tinham apenas seis camas e um banheiro simples.

– Shhh. - Disse Saya com o dedo indicador em frente aos lábios.

E eu logo descobri o motivo, a Saeko, a Alice e a Srta. Shizuka estavam dormindo, e o Zeke, estava se deliciando com uma comida enlatada, específica para cachorros, fazia tempo que ele não comia uma dessas.

Eu, a Rei e a Saya nos sentamos em uma cama.

– Há quanto tempo chegamos? - Perguntei sussurrando.

– Não muito, só há dez minutos. - Rei respondeu.

– E por que não me acordaram?

– Nós bem que tentamos, mas você dorme feito pedra. - Disse Saya.

– Tivemos muito problemas com zombies?

– É óbvio que alguns nos seguiram até a ponte, mas como eu já tinha dito pra você, assim que a ponte foi guardada, os zombies caíram na água. - Explicou Rei.

– Onde estão o Yukio e os outros?

– Conversando com alguém importante eu acho. - Disse Saya.

– Me ajudou muito. - Eu disse ironizando.

– Cara, como você quer que eu saiba? Não tivemos nenhum contato depois que viemos para o quarto e eles seguiram um oficial até o quarto presidencial. - Explicou Saya.

– Entendi. Então agora se não se importam, eu quero e preciso dormir. - Eu disse bocejando.

– O.K. Takashi, eu e a Rei também vamos dormir.

– Sim, eu estou morrendo de sono. - Concordou Rei.

– Então boa noite pra vocês. - Eu disse e me deitei naquela cama mesmo, elas se levantaram e a Rei foi para a cama à esquerda e a Saya para a cama à direita.

– Só pra sua informação, são quatro horas da tarde. - Disse Saya, eu estava muito cansado para responder então só lancei um olhar para ela, querendo dizer "Foda-se". Acho que ela entendeu o recado, porque ela deu um sorrisinho sarcástico, se deitou na cama e depois fechou os olhos. Olhei para a Rei e a mesma já tinha adormecido, então fechei meus olhos e dormi como uma pedra.

. . .

Acordei com o barulho de vários passos e vozes vindo do corredor, me sentei na cama e me espreguicei, depois olhei para a porta e pela pequena abertura em baixo dela, foi possível ver a sombra das pernas.

– São mais sobreviventes. - Disse Saeko vendo minha expressão.

– Hum... Isso é bom. - Eu disse me levantando e arrumando minha cama.

– Nunca foi de arrumar a cama Takashi. - Disse Saya.

– Hoje é meu último dia em terra firme, pensei em variar um pouco. - Eu disse e depois sorri de canto.

– Quando iremos sair? - Perguntou Alice.

– Agora. - Disse Yukio entrando no quarto.

Todos congelaram. Finalmente, depois de todo esse tempo, estaremos à salvo.

– Vamos pessoal. - Disse Saeko depois de um sorriso amigável. - Chegou nossa hora.

Sorrimos uns para os outros e não falamos absolutamente nada, só pegamos nossas coisas e seguimos Yukio. Estávamos indo para um corredor e lá no final tinha um elevador, descemos para o subsolo. Assim que o elevador se abriu, todos nós ficamos impressionados com a quantidade de pessoas que haviam ali.

– Meu Deus! - Exclamou Rei com uma expressão surpresa e colocando a mão na boca.

– Sim, este lugar é bem maior do que eu imaginava. - Disse Saeko.

Acho que existiam bem mais de cem mil pessoas, isso era bem mais do que eu podia imaginar, mas pelo visto eu estava muito errado. De fato, o presidente me surpreendeu. Mesmo assim, para os 30% de sobreviventes da população mundial, isso é pouco, mas infelizmente, não posso fazer nada a respeito.

– Vamos partir em dez minutos. - Soou uma voz desconhecida, pelo menos pra mim, nos auto-falantes.

– Encontro vocês daqui a dez minutos, fiquem aqui mesmo, e se preparem... - Disse Yukio, nós nos entreolhamos e ele continuou. - Se preparem mesmo.

Senti um arrepio na espinha, finalmente isso iria acabar, certo?

– Gente... - Disse Saya. - Conseguimos?

– Siiim! - Exclamou Alice alegre.

Todos nós ficamos felizes e demos um abraço em grupo. Durante nossos dez minutos restantes em terra firme, ficamos conversando sobre tudo o que aconteceu até agora, e o quanto o Kouta teria ficado feliz com a nossa sobrevivência, mas nem tudo seguiu conforme os nossos planos, fazer o que.

– Eu parabenizo todos os sobreviventes presentes aqui hoje, todos vocês merecem a entrada nesse navio. Sinto muito pelo que vocês tiveram que passar para chegar até aqui, mas pensem pelo lado positivo, vocês foram vitoriosos! - A voz do presidente soou pelos alto falantes novamente e assim que ele terminou de falar, ouvia-se aplausos.

– Esse foi o "discurso da vitória"? - Indagou ironicamente Saya e fazendo o sinal de aspas com a mão. - Sério?

– Eu também esperava por mais. - Disse Saeko.

– Ah, deixa ele, ele deve estar nervoso ou... - Disse Rei, pensando em um complemento.

– Ou... - Eu completei. - Ele não faz ideia do que nós passamos, eu aposto que ficou seguro a todo tempo.

– Meninos, tudo bem que vocês passaram por muita coisa, mas não descontem no discurso do presidente, afinal ele é o presidente dos Estados Unidos! E ele precisa ficar seguro. E entendam também, que ele, ao propor esse submarino, está ajudando milhares de pessoas, inclusive nós. - Disse Srta. Shizuka, e em minha opinião, isso foi melhor que o discurso do presidente.

Ficamos em silêncio por um tempo, e o mesmo foi quebrado por Yukio.

– Está na hora! - Ele disse para nós e abriu um largo sorriso. - Consegui com que nós fossemos um dos primeiros a entrar.

– Como? - Perguntei.

– Somos da segurança, vocês são crianças e a Srta. Shizuka faz parte da equipe médica, ou seja, fazemos parte da lista de prioridades. - Ele respondeu e a Saya revirou os olhos.

– O.K., vamos logo. - Disse Saeko.

Seguimos o Yukio até a entrada do submarino, e posso dizer que foi bastante constrangedor, pois estávamos passando na frente de uma fila enorme de pessoas, e isso não foi nada legal. Não é que eu não goste do Yukio, ele se preocupa bastante com a sua filha e até mesmo conosco, mas o problema dele é que ele é muito individualista, ou seja, ele só quer que o "seu grupo" fique bem, e foda-se os outros. Quando entramos no submarino, eu fiquei de olhos arregalados. Era totalmente tecnológico e enorme, existia a parte superior onde tinham: várias mesas de jantar, três cantinas onde seriam liberados os alimentos e o restante do espaço era como se fosse uma sala de estar, tinha uma aparência bem aconchegante e confortável. Tinha também a parte inferior, onde provavelmente seriam os quartos e os banheiros.

– Eu gostei. - Disse após observar tudo.

– Eu também, pra falar a verdade, não achava que iria ser tudo isso. - Disse Saeko.

– É, eu também não achava que iria ser assim, pensei em uma coisa mais... digamos que precária. - Disse Rei.

– Eles fizeram um lugar aconchegante porque, provavelmente, não iremos sair daqui tão cedo. - Explicou Saya.

– E ai Alice, o que você acha? - Perguntei para Alice. Ela estava muito quieta esses dias e não deve ser nada fácil aturar tudo isso, principalmente com o Zeke.

– Eu achei bem legal, mas estou preocupada com o Zeke, ele está meio triste desde ontem. - Ela respondeu acariciando a cabeça dele. Ainda bem que eles tem um ao outro, e a Srta. Shizuka ajuda a cuidar deles. Não conseguiríamos sozinhos.

– Não se preocupe, acho que ele só deve estar meio enjoado de tantas curvas que o carro fez ontem. - Eu falei e Zeke deu um pequeno grunhido.

– Concordo com o Takashi, querida. O Zeke logo, logo ficará bem de novo. - Disse Srta. Shizuka.

Fomos nos sentar em um sofá que tinha na sala de estar, e ficamos lá esperando com que todas as outras pessoas entrassem. Enquanto esperávamos, ficamos lendo um manual (ele se encontrava em todos os lugares do submarino), nele tinha várias regras de economia de comida e blá blá blá, nós já sabíamos de tudo isso. Todos entraram e ficaram na sala de espera, ainda tinha bastante espaço de sobra, com certeza eles esperavam por mais sobreviventes. Todos estavam abraçados com suas famílias ou amigos, chorando e agradecendo por estarem vivos, parecia aquela cena do avião. O presidente estava fazendo outro discurso e estava falando sempre que, a partir de agora somos uma família e precisamos saber cuidar uns dos outros e várias coisas tediosas.

– (...) e a bomba será liberada a qualquer momento. - Foi quando o presidente falou isso que eu e meus amigos começamos a prestar atenção. - Portanto eu preciso da colaboração de todos. Não entrem em pânico e leiam o manual de sobrevivência, que estão presentes em todos os assentos e caso alguém não o tenha, temos no quadro de avisos na parede.

– Que conversa tediante. - Sussurrou Saya. - Ninguém está prestando atenção.

Olhei ao redor e realmente, eram poucos que estavam prestando atenção.

– É chato, mas é o dever dele, Saya. - Eu disse.

– Eu sei.

Depois de toda a conversa, fomos liberados para fazer o que quisermos, então nós decidimos descer para a segunda parte do submarino. Quando descemos, era exatamente o que eu imaginei, um corredor imenso com os dormitórios e, dentro deles, os banheiros.

– Vamos escolher logo os nossos quartos. Esse é o me... - Ela parou de falar quando abriu a porta. Depois olhou pra gente e continuou. - Nosso.

Entramos no quarto curiosos, tinham cinco camas, dois armários e dois banheiros. Cada cama tinham dois cobertores, dois travesseiros e duas toalhas. No banheiro tinha uma ducha, uma pia com espelho e o vaso sanitário.

– Eu gostei daqui. - Disse Saya sentando em uma cama. - Pelo menos o presidente não economizou dinheiro, e isso foi bom.

– O mundo vai acabar mesmo, por que ele iria guardar dinheiro? - Perguntei e ela levantou os ombros em forma de dúvida.

– Faltou uma cama. - Disse Saeko.

– A Alice dorme comigo, pode ser querida? - Perguntou a Srta. Shizuka.

– Uhum. - Concordou Alice. - Pessoal, acho que o problema do Zeke era o banheiro...

– Ela soltou o Zeke no chão e suas roupas estavam todas molhadas.

– Eca! - Todas as meninas falaram em unisom, exceto a Srta. Shizuka.

– Vamos todos tomar um banho. Faz tempo que não fazemos isso. Vem comigo Alice, eu te ajudo a se livrar dessas roupas sujas. - Disse Srta. Shizuka pegando na mão da Alice e indo para um dos banheiros.

– Vou tomar um banho também, já volto. - Disse Saeko pegando sua toalha, suas roupas e indo para o outro banheiro.

– E agora vamos esperar. - Eu disse.

– Não vejo a hora de tomar um banho. - Disse Saya suspirando.

– Eu também não. - Concordou Rei.

Deitei na minha cama e fechei os olhos por um momento, mal percebi e acabei cochilando. Acho que passaram alguns minutos e acordei com o submarino se movimentando. Sentei na cama e vi todos no quarto, a Srta. Shizuka estava penteando o cabelo da Alice, as meninas estavam conversando e todas já estavam banhadas e limpas.

– Por que não me acordaram? - Eu perguntei bocejando.

– Acabamos de acabar. - Respondeu Saya. - Vai lá Takashi, sua vez, aproveite seu banho quente. - Ela falou brincando e todos riram.

– Obrigado Saya! - Falei depois que peguei minhas roupas e minha toalha. Fechei a porta do banheiro, me despi, fiz minhas necessidades fisiológicas e entrei na ducha.

"Como é bom tomar banho!" - Pensei.

Tomei uma ducha bem demorada e quando eu estava me vestindo com roupas limpas, me assustei com um alarme bem alto.

– Que droga é essa?!- Perguntei saindo do banheiro.

– Um alarme, dã. - Disse Saya de um modo irônico.

– Nossa, jura? - Acompanhei o sarcasmo dela.

– O.K., acho que chegou a hora de subirmos e vermos o que está acontecendo. - Disse Saeko.

– Vamos logo. - Disse Rei.

Fomos correndo para a parte superior do submarino e todos já estavam se reunindo lá.

– Caros companheiros, as bombas serão liberadas em dez segundos. - Disse o presidente.

Após ele dizer isso, começou uma contagem regressiva pelas caixas de som.

– Dez... nove... oito... - Enquanto ouvíamos essa contagem, fomos nos abraçando e depois sorrimos. - Sete... seis... cinco... quatro... três... dois... um.

Após a contagem, as bombas foram liberadas, e assim que elas explodiram nos cinco continentes, um clarão surgiu sobre a Terra, invadindo os meus olhos fazendo com que eu os fechasse.

. . .

Quando abri os olhos eu estava suado e ofegante em cima da minha cama. (N/A: Huuuuum... ( ͡° ͜ʖ ͡°) ).

– Takashi, está na hora de acordar! Você vai se atrasar para o colégio! - Escutei minha mãe gritando.

– Já acordei! - Gritei de volta.

E lá estava eu, no meu quarto, em um dia normal com a mesma rotina chata de sempre...


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Notas finais do capítulo

[ Nas seguintes notas existem spoilers, então se você é o tipo de pessoa que lê as notas finais antes de ler o capítulo, depois não digam que não avisei :v ]
E ai? '-'
O que acharam desse final?
Fiquei com um certo receio de fazer o final assim, porque não é todo mundo que gosta de saber que tudo o que você leu, foi apenas um mero sonho shuahsuas'
Mas eu achei melhor fazer esse final do que colocar que todos morreram e fim, ou do que colocar que eles sobreviveram e deixarem vocês esperando por uma continuação sobre o que vai acontecer depois.
Entaõ é isso ^^
Obrigada mesmo por terem acompanhado até aqui, mesmo com todas as minhas demoras, mas se você também escreve, você me entende né? Sempre tem um capítulo que a gente atrasa e.e
Beijos, beijos!



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