Because Our Love Is Written With Blood escrita por M Dobrev


Capítulo 8
This Is Who I Am




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♪♫

- A meta de vocês duas hoje é percorrer essa quadra em 1 minuto e 24 segundos. – Damon falou, enquanto descíamos as escadas da varanda.

- Você deve estar brincando mesmo... É impossível, Damon. – Eu reclamava. Realmente seria impossível percorrer uma quadra completa em pouco mais de um minuto.

- Um vampiro faz em menos. Você sempre vai estar em desvantagem no quesito velocidade.

- E é por isso que você deve ser mais inteligente. – Rebekah completou e deu uma olhada para Damon esperando sua aprovação.

- Certo, Bekah. – Ele retribuiu o olhar a ela. Porém não era o olhar que Damon dava á qualquer um. Estava na cara de que os dois tinham algo a mais. Eu sabia que Bekah estava treinando sempre com Damon e que eles estavam passando muito tempo juntos, isso resultou em um aumento, bem grande a propósito, de intimidade. Eu dei uma tossida forçada para eles perceberem que não estavam sozinhos.

- Ahn, er... - Rebekah não sabia para onde olhar. Seus olhos estavam perdidos e suas bochechas ficaram rosadas. – Kath, eu lembrei que devemos ir ver a Lydia agora de manhã, tudo bem?

- Hm, okay. Não posso acreditar que ela vai partir. – Rebekah apenas assentiu e olhou para baixo, triste. Começamos a caminhar até a esquina da rua. Onde seria a partida da corrida. Enquanto isso eu observava os dois, Damon estava a nossa frente e Bekah ao meu lado. Ambos inquietos e tímidos. Não era nem um pouco típico ver nem um dos dois, tanto Damon quanto Rebekah, agindo de tal maneira. De alguma forma isso era engraçado e eu soltei uma risadinha e em seguida tapei minha boca.

- Qual é a graça, Kath? – Minha irmã bateu seu quadril no meu, me fazendo cambalear.

- Nada, sis. – Nos olhamos e sorrimos uma para a outra. Damon apenas andava na nossa frente fingindo que não escutava nada. Nós três andávamos com as mãos nos bolsos dos moletons. Já estava frio em Mystic Falls. As festas de fim de ano chegavam. Eu mal esperava para passar o natal, agora com exatos dois meses para essa comemoração, com Stefan e entre outras festas. E pensando bem, a minha vida mudou, não quando eu descobri sobre os segredos da minha família, mas sim quando conheci Stefan. Isso era muito mais importante. E ambas as mudanças tem uma grande ligação no qual eu ainda vou descobrir.

...

♪♫

Pisamos na soleira da porta da casa das Bennets. E antes que minha irmã tocasse a capanhia, Bonnie abriu a porta nos deixando boquiabertas.

- Eu sabia que eram vocês duas! Entrem. – Ela disse, alegre.

- Meninas! – Lydia gritou do sofá. Ela veio até nos e nos cumprimentou, radiante. Não parecia que ela estava triste por deixar tudo para trás. – Jeremy e o Styles vieram se despedir. – Se explicou. Os meninos estavam sentados no sofá maior com canecas na mão.  Eu e Bekah nos entreolhamos. Ela parecia estar bem mas eu sabia que quando fossemos embora, quando estivéssemos longe de ouvidos alheios, ela iria despejar milhões de palavras sobre o Jeremy e seu ciuminho para cima de mim.

- Não se preocupe, Lyd. – Rebekah sorriu convincentemente para a amiga e depois fomos nos sentar ao sofá do lado deles. Ficamos conversando por uns 20 minutos. O clima estava bom, mesmo que Rebekah e Jeremy mal se olhassem.

Depois que Jeremy e Styles foram embora, Lydia nos contou algumas coisas sobre a sua nova vida. A faculdade ficava em Cecília, Grécia e ela provavelmente ficaria alguns meses por lá. Ela precisava saber o básico sobre sua bruxaria para poder praticar e aprimorar-se. E o mais importante era saber quando e porque usar os feitiços. Essa magia é pura e ela não pode usar para o mal. Caso ela faça isso, Lydia seria punida. Isso era tudo o que ela sabia. Ela havia mencionado que Bonnie também fora para a mesma faculdade para bruxos. Bonnie sempre me pareceu tão tímida e oca por dentro. Uma pessoa não muito atraente no qual eu jamais pensaria que estaria envolvida nesse mundo. Assim como Lydia, a propósito. As Bennets tinham muitos grimórios. Que são livros, normalmente muito antigos e empoeirados, no qual contem feitiços. Quem sabe Lydia não poderia me ajudar a desfazer o feitiço que apunhalou minha família? Não que eu não pensasse em Bonnie mas eu só não confiava nela. Agora eu teria que ter paciência e esperar Lydia voltar para por o meu plano, pode se dizer, em ação.

- Katherine, tenho que te levar agora. Daqui quinze minutos a primeira aula começa. – Rebekah falou se levantando e retirando-me de meus devaneios.

- Lyd, o último abraço. – Tinham lágrimas em meus olhos. – Vou sentir sua falta. Espero que volte logo. – Lydia realmente iria fazer falta e eu queria que ela voltasse não só para me ajudar, mas em grande parte, sim. Mesmo que demore um pouco mais, que seja, ela teria que voltar capacitada para desfazer um grande e antigo feitiço.

- Minha vez! – Rebekah deu um grande abraço em Lydia no qual me deixou até sem ar.  Minha irmã havia deixado suas lágrimas caírem, assim como Lyd. – Se cuide.

- Fique bem, Bekah.

...

♪♫

Como de costume antes da primeira aula Stefan, Caroline e Ashley estavam no estacionamento, quase na escada principal do Raymond E. Lee. Matt e Tyler estavam juntos também. Isso era novidade. Tyler era o irmão mais novo de Ashley. Um ano mais novo, aliás. Ele sempre fora apaixonado por mim, mas desde que eu comecei a namorar Stefan, ele sumiu do mapa. Tyler era legal, mas se achava demais por ser um dos melhores do time de basquete e era um galinha. Enquanto eu caminhava até eles, Stefan me olhava de cima abaixo com um sorriso de orelha a orelha. Eu sabia o que ele queria. E eu tentava dizer o mesmo com minha expressão alegre e travessa.

- Hey. – Ele sussurrou sedutoramente e me deu um beijo.

- Hey. – Os braços de Stefan me envolviam e nos olhávamos. Eu lhe dei mais beijo, pegando-o de surpresa e o deixando sem fôlego. Quando olhei para o lado, todos nos fitavam. – Oi pessoal! – Eu sorri sem graça e me posicionei ao lado do meu namorado, segurando a mão dele. Logo as meninas vieram a mim e ficamos conversando por alguns minutos. Enquanto isso, Stefan foi conversar com Tyler e Matt. Nada mal. O meu namorado conversando com o meu ex e com um garoto que é a fim de mim até onde eu sei. Mesmo sendo bizarro eu entendia. Stefan precisava de amigos homens.

- Eu estava pensando, o que vocês duas acham de irmos ao cinema hoje? – eu disse petulante.

- Tá mas... E o Stefan? – Caroline falou fazendo uma carinha de nojo.

- Ele vai junto, Caroline.

- Posso saber do que as minhas garotas estão falando? – Se intrometeu Stef.

- Suas garotas? – Ele me abraçou pela cintura e assim ficamos. Ah, como eu adorava quando ele fazia isso.

- Acho que você é um pouco possessivo, Stef. – Ashley comentou. – Até com as amigas. Katherine deve estar sofrendo mesmo.

- Ah como estou, Ash. – Eu beijei a ponta do nariz do Stefan e sorri para elas. – Cadê os meninos?

- Já entraram.

- Voltando a falar do cinema...

- Ah, claro, Care. Então, - me soltei dos fortes braços do meu namorado e me virei para ele. - topa ir com a gente para Fells Church e pegarmos um cineminha?

- Claro, amor. Quando?

- Hoje a noite!

- Tudo bem, eu levo vocês.

- Uh, serio, Stefan? – Falou Caroline, toda reluzente. – É só que vai ser o máximo viajar com a sua nave, pode se dizer, não é? – Começamos a rir.

- Acho que você exagerou um pouco, Care. – Disse Stefan.

Caminhamos até os nossos armários, juntos.

- Acabei de olhar aqui no site do cinemax e o único filme que me é interessante é ‘’O caçador.’’

- Definitivamente o nome não me atrai, Kath. – Care falou como uma verdadeira patricinha de Beverly Hills.

- Nunca julgue um livro pela capa. O ditado vale para filmes também, Caroline. – Ashley falou irritada e inconformada com a futilidade de nossa amiga. – Fala sobre o que?

- Espere, deixe eu ampliar o texto. – Me esforcei para ler a pequenas letras e resumindo a sinopse eu falei: Resumindo pessoal, é sobre vampiros e a personagem principal é o caçador de vampiros. Deve ser muito bom! Não estou a fim de comedia e nem romance, por favor. – Eu sabia que um filme desse gênero estava em cartaz mas jamais pude imaginar que cairia tão bem. Mera coincidência ou improvisação do destino? Quem sabe um dia Lydia ou Bonnie poderá me responder isso.

- Por mim tudo bem, estou dentro.

- Sabem, vampiros me assustam... De verdade! Mas eu vou só para não deixar a Ash de vela!

- Ai ai Care, okay. – Eu soltei um suspiro. – Me desculpe mas, vampiros são sexys e não assustadores. Você não acha Stefan? – Eu queria insultá-lo e ver sua reação.

- Eu não sei. Talvez. – Stefan tentou disfarçar a tensão e o possível medo dando um sorrisinho nem um pouco convincente. Eu o conhecia muito bem. – Tenho que ir pra minha sala. – Ele me deu um rápido selinho e acenou com a cabeça para as meninas.

- Eu também já vou. Beijinhos. – Caroline fez um gesto com a boca como se nos desse um beijo na bochecha e foi para sua sala. Eu e Ash tivemos a sorte de sermos da mesma sala.

Enquanto íamos até nossa sala Ashley perguntou:

- É minha impressão ou o Stefan ficou nervoso e ate meio tenso quando falamos do filme?

- Não, amiga. Acho que não é apenas uma impressão.

A-há. Ashley tinha pegado no ar o mesmo que eu e isso era ótimo. Eu não estava enlouquecendo e tinha mais alguém para compartilhar isso. O melhor será abrir o jogo com ela. Sei que a sensata e ótima conselheira Ashley vai me ajudar. E muito.

...

- Que anel poderoso é esse? – Rebekah gritou do banheiro. Eu, que estava passando um perfume da Dior, Pure Poison, imediatamente olhei para a minha mão e meu anel da Tiffany & CO não estava onde ele deveria supostamente estar. Corri ao banheiro e o tomei da mão dela enquanto o analisava.

- É meu. – E o coloquei no lugar que ele deveria estar.

- É lindo, sis. E de quem você ganhou, posso saber?

- Eu sei... De Stefan. Quem mais poderia ser? – Soltei um largo sorriso.

- Vocês estão irrevogavelmente e perdidamente apaixonados. Tome cuidado. – Rebekah baixou a cabeça e começou a escovar o seu cabelo dourado.

- Você diz isso porque esta machucada, Bekah. – Vendo que ela não iria me responder acrescentei: Obrigada pelo conselho, sis. Fique bem. – Eu me aproximei de minha irmã e dei-lhe um beijo na bochecha, afinal, Stefan me esperava na sala para irmos ao cinema.

- Talvez eu não esteja mais machucada pela pessoa que você tem em mente. – Eu a olhei nos olhos. Tinha algo que Rebekah escondia e agora... Ela... Ela simplesmente precisava dizer. Eu encostei na porta , pensativa e com as sobrancelhas unidas formando um ‘’v’’ entre elas.

- Se não é por causa do Jeremy, é por causa de quem? Lydia? – Talvez a saudade e a sensação dela ter perdido a melhor amiga a estivesse incomodando, mesmo sabendo que seria algo temporário.

- Errado. É o Damon. – Rebekah soltou a respiração. Eu fiquei sem reação... Damon? Ta, tudo bem, eu já sabia que estava pintando um clima mas... Nossa, eu não estava preparada para ouvir isso. E ele está a machucando?  - Kath, veja, eu sei que é estranho mas...

- O que? – Eu a interrompi. – Rebekah, vocês não sabem o que estão fazendo? Não... Espere, vocês estão juntos mesmo?

- Era isso que eu temia, Katherine. – Ela bateu a porta do banheiro com lagrimas nos olhos.

Eu havia pegado pesado demais com ela. Eu sei que Bekah pensava que eu seria a única pessoa que a compreenderia. E eu fiz o contrario... Surtei. Talvez tivessem apenas muitas coisas em minha cabeça e agora mais uma preocupação. Damon era nossa primo e isso é estranho, ver os dois juntos.

Oh não, o pior seria eles enfrentarem o meu pai. O velho Niklaus sempre rígido ainda mais quando se tratava da família e suas regras.

...

Eu desci as escadas em um trupe e logo vi Stefan sentado na sala conversando com minha mãe.

- Vamos, amor? – Disse tentando parecer tranquila após a conversa não muito harmoniosa com minha irmã. Além disso, eu estava um pouco nervosa, não sabia se o meu plano iria dar certo. Stefan se levantou e sorriu para minha mãe indo em direção á porta.

- Tchau mamãe. – Sorri para ela e acenei.

- Tchau queridos. Tenham cuidado na estrada.

Antes que saíssemos porta afora Stefan falou:

- Pode deixar Senhora Mikaelson, vou cuidar muito bem de sua filha. Como sempre cuido. – Ele sorriu e encostou a porta. Ele pegou na minha mão e fomos até o carro.  Stefan sendo um cavalheiro como sempre abriu a porta para mim, eu entrei em seu reluzente Mercedes, e logo após, ele fechou a porta. Estava tudo em mente... Depois do cinema eu iria insistir para ir na casa dele, eu iria me cortar, e testar Stefan. Se ele não fosse um cara pálida eu iria contar sobre os meus treinos, sobre os vampiros, sobre tudo! E se ele realmente fosse um vampiro eu... Eu não sei o que iria fazer.

- Posso saber no que você está pensando?

- Oh! – Eu pulei no banco. – Você me assustou, Stefan.

- Me desculpe. – Ele sorriu, pegou minha mão e a beijou, olhando no fundo dos meus olhos. Ah, esses olhos verdes... Eu sorri. Ele era tão encantador. – Era em mim?

- Hum... Talvez. – Ele tombou a cabeça. – Okay, eu estava pensando no que teremos após o cinema. – O plano estava em ação mais cedo do que eu imaginara. Isso ai!

- Ah claro, Senhora Wasilewski. – ‘’Senhora Wasilewski?’’ Era a primeira vez que ele me chamava assim. Oh meu Deus! Stefan soltou um largo sorriso malicioso que eu conhecia muito bem e me olhou como se eu estivesse nua.

- Senhorita Mikaelson, por favor. – Falei dando ênfase ao senhorita e retribuindo o sorriso malicioso.

- Ah, eu peguei essa. Você não aceitaria se casar comigo.

- O quê? Stefan! Claro que eu aceitaria mas...

- Mas?

- Mas eu só tenho dezoito anos e... – Será que ele só tinha dezoito anos? Ou era um vampiro milenar? – E você também. Mais pra frente eu sei que ficaremos juntos...

- Juntos para sempre. – Ele me interrompeu.

- Sim, se para sempre for possível, sim! – Sem que eu percebesse o carro parou na frente da casa de Ashley. E Stefan me olhava. O seu rosto perfeito virado para o meu a alguns centímetros. Eu segurei seu pescoço, o puxei para mim, e nos beijamos.

...

Caroline não estava muito bem. Então não passamos em sua casa, e quem foi em seu lugar foi Styles. Ele e Stefan foram conversando o caminho todo. Eles se davam bem. Eu podia ver nos olhos de Ashley que ela estava radiante, ansiosa, e cheia de expectativas. Nem a segura e equilibrada Ashley conseguia manter-se assim em tal situação. Ela estava caidinha pelo melhor amigo do seu irmão mais velho, por mais que ela não desse o braço a torcer. Já Styles... Só faltava ele publicar em suas redes sociais que estava apaixonada por Ashley Lockwood. Todos já sabiam. E era tão bonitinho ver os dois. Era algo puro e doce.

- Chegamos á Fell’s Church! – Anunciou Stefan.

Fomos direto ao shopping, compramos nossos ingressos e entramos na sala. Eu não acreditava que estávamos vendo ‘’O caçador’’ só por que eu queria ver a reação de Stefan... Talvez essa foi a maior bobeira que eu tenha feito. Ele podia muito bem assistir o filme normalmente. Como qualquer um, não importando o que ele seja. A cada cena do filme eu me arrependia mais de ter convencido a todos de ter entrado nessa sala de cinema. O filme era bom pra uma pessoa normal... Mas para mim era fichinha. Eu encostei a cabeça no ombro de Stefan e ele passou seus braços em minha volta, com dificuldade por causa da divisão que havia entre uma poltrona e outra, e assim ficamos.

- Amor, olha pro lado. – Stefan cochichou em meu ouvido. E quando eu olhei peguei Styles e Ash no maior amasso.

- OMG! – cochichei no ouvido de Stefan e soltei uma risadinha. – Estou feliz por eles.

Stefan me pegou de surpresa com um longo beijo.

- E eu por nós. – Sorrimos um para o outro. Mesmo no escuro eu conseguia vê-lo muito bem, Stefan ainda segurava o meu rosto.

- Hoje fazem exatos 2 meses que nos conhecemos, Stef. – Nos beijamos novamente.

- Por isso que você quis vir ao cinema. Entendi. Só escolheu o filme errado, não é? – Ele segurou o meu queixo. Antes de responder eu hesitei, não podia dizer a verdade: ‘’Não Stefan, fiz tudo isso para te testar porque eu acho que você é o meu pior pesadelo.’’ E a única coisa que saiu foi:

- É. – Eu consegui soltar um sorriso sem graça pelo menos. Stefan sendo Stefan percebeu de imediato que havia algo de errado.

- Você está bem, Katherine?

- Er, não, eu preciso tomar um ar. Já volto. – Me levantei rapidamente sem esperar Stefan mesmo sabendo que ele viria correndo atrás de mim, sai da sala de cinema e fiquei em pé na frente da porta da sala. Eu provavelmente deveria estar pálida. Tudo girava ao meu redor e a minha cabeça pulsava de tanta dor. Eu estava com medo. Havia uma grande sobrecarga que eu estava carregando há um tempo e agora esse plano... Será que eu iria executá-lo como planejei? Oh, meu Deus, eu acho que vou desmaiar.

- Katherine! – Eu me virei com o dorso da mão em minha testa. Stefan correu para me pegar e eu me esparramei em seus braços. – Katherine! Respire fundo meu amor... Ajudem aqui, por favor! – Tudo o que eu podia ver era um Stefan embaçado.

- Stefan, não... Eu só estou um pouco tonta. Preciso me sentar. – Falei baixo e um pouco sonolenta. Nos sentamos e Stefan me abraçou. Ele me olhava tão preocupadamente. Uma senhora se aproximou e me deu m copo d’água.

- Obrigada. – Stefan assentiu com a cabeça para a senhora e ela se afastou. 

- Você me assustou, Katherine... Eu pensei que você fosse desmaiar e... – Stefan estava desesperado, seus olhos estavam arregalados e percorriam meu rosto.

- Shhhhh. – Eu coloquei meu dedo em seus lábios. – Está tudo bem. Eu estou bem. Já passou, só foi uma tontura boba... Okay? – Minha cabeça estava latejando. Eu pareço ser tão fraca. Estou arruinada e o que esta me fazendo mal nem começou ainda... Preciso ser forte. Talvez eu já esteja sendo forte e eu sei que vou me fortalecer. Stefan beijou o topo da minha cabeça e me abraçou. Eu estava no lugar mais seguro do mundo. Nos braços do meu amor.

...

♪♫

Rebekah estava perdida. Ela precisava de Damon agora mais do que tudo. Ela não tinha Lydia e nem eu, pelo modo que reagi estava muito claro que eu não queria e nem conseguiria conversar com ela nesse momento. Bekah foi ao quarto de Damon com um discurso planejado e já de pijamas.  E antes que ela batesse na porta ele a abriu com uma expressão seria e nada mais.

- O que você quer... Bekah? – Por mais que ele tentasse e até fosse preciso ele jamais conseguiria ser frio com Rebekah. Damon havia tomado uma decisão difícil no qual Rebekah e nem eu sabíamos.

- O que são essas malas, Damon? – Minha irmã falou com surpresa e até um pouco furiosa. Entrou no quarto dele e abriu uma das malas. – E porque elas estão cheias? O que você está pensando em fazer? – Damon a olhava, derrotado, e com os olhos cheios de dor e lágrimas.

- Por favor Rebekah, sem loucuras agora. Seus pais estão acordados e eu já tomei minha decisão.

- Que se danem os meus pais. Eu já cansei disso. – Rebekah já estava grudada no pescoço dele. – Podemos ir na sala agora, e dizer tudo aos meus pais. Vamos tirar essa mascara que usamos. Vamos nos assumir e dizer a eles que nos amamos, Damon. – Ela o olhava com esperanças.

- Nos amamos? Para Rebekah... Chega! – Ele saiu da frente dela e pegou uma mala em cada mão.

- Eu vou com você.

- Não! Você vai ficar aqui. Onde deve ficar.

- Porque você é assim? Até ontem estava tudo bem... Na verdade, até hoje cedo.

- Rebekah me entenda...

- Entender o que? Você quem começou com isso tudo, com nós.

- E sou eu que devo terminar, não é? Pois então, está tudo acabado. Nós, acabou. – Damon virou as costas e saiu de seu aposento.

- Damon, você não pode me deixar! – Rebekah gritou. E ali mesmo se sentou e com a cabeça entre as mãos chorou, chorou e chorou.

...

Eu e Stefan estávamos esperando Ashley e Styles terminarem de assistir o filme.

- Acho melhor eu te levar pra sua casa, e não na minha.

- Eu tenho certeza que estarei mais segura com você, amor.

- Katherine...

- Stefan... – Sorrimos um para o outro.

- Você não tem jeito.

- É porque se trata de você, meu amor. – Ele me deu um beijo casto e doce.

- Kath! – Alguém abriu a minha porta e me puxou para um abraço. Era Ashley. – Você está bem?

- Estou bem! Depois quero conversar com você. De amiga para amiga. - Dei uma piscadinha para ela e Ash retribuiu. Eu iria contar á ela tudo sobre mim e o que eu descobrisse de Stefan também, o que eu mais precisava agora era dividir isso com minha melhor amiga.

- E eu e Styles podemos saber do que se trata? – Stefan disse como se fosse o homem mais sedutor e inteligente do mundo.

- Ah, não. Só entre garotas. E até onde eu sei você não é uma. – Soltei um sorriso e um olhar desafiador.

...

♪♫

- Rebekah... O que é isso? – Meredith já imaginava que Rebekah ficaria triste por Damon ter deixado Mystic Falls, afinal, para minha mãe eles haviam se tornado grandes amigos, mas ela não espera ver Rebekah em tal situação. No chão, chorando, descabelada e inconsolável. – Minha filha, se levante. – Meredith acariciou os braços da filha e tentou a levantar.

- Não! Eu vou ficar aqui.

- Tudo isso é pela partida de Damon? – Rebekah balançou a cabeça.

- Aqui eu pelo menos consigo sentir o cheiro dele... Nos lençóis, no travesseiro. – Com dificuldade ela se levantou e se deitou na cama que era de seu primo. Meredith se ajoelhou ao lado da cama.

- Filha, você está carente. Terminou com o Jeremy e sua melhor amiga está longe agora. Por isso está assim, logo vai passar.

- Eu estou assim porque o amo, mamãe. E não vai passar logo, eu sei que não. – Minha irmã tornou a chorar, como se já não bastasse, e colocou as mãos em seu rosto como se estivesse envergonhada. – Porque? Porque ele me deixou? – Meredith estava boquiaberta.

- Eu não sei o que te falar, Rebekah. – Meredith sussurrou. Elas se olhavam atentamente. – Damon não poderia ficar aqui para sempre. Ele nos deixou, filha não só a você mas todos nós. – Meredith não queria acreditar que sua filha e seu sobrinho tinham algo a mais.

- Mãe, você não está me entendendo...

- Não, querida, eu só não quero acreditar nisso. – Meredith acariciava a cabeça de Rebekah lentamente como se ela ainda fosse uma criança. Rebekah a olhava boquiaberta. Agora nossa mãe sabia sobre eles.

...

♪♫

- Chegamos, Senhorita Mikaelson.

- Pode me chamar de Senhora Wasilewski.

- Então, você se rendeu? – Stefan tombou a cabeça para o lado, impressionado.

- Me rendi á o que? – Eu estava mordendo o lábio e o que eu mais queria era despertar o lado sedutor e quente Stefan.

- Aos meus encantos, e aceitou se casar comigo. – Rimos um para o outro.

- Eu cedi aos seus encantos na primeira vez em que olhei em seus olhos. Você já me tinha. – Nossos olhos estavam conectados de tal maneira, como sempre ficam.

- Você não tem ideia do quão bom é escutar isso. – Ele me deu um beijo e antes que Stefan recuasse eu o puxei para cima de mim, minhas pernas agarrando seu quadril, e o dei um beijo. Nossas línguas se encontrando, uma sedenta pela outra. Difícil decidir qual era a mais.

- Aqui? – Eu simplesmente soltei um sorriso e ele me entendeu completamente. Stefan mordeu de leve o lóbulo da minha orelha o que me fez estremecer. Ele puxou a minha blusa e em seguida deixou um rastro de beijos em meus peitos e em minha barriga. Seus olhos sempre fixos nos meus.

- Agora é a sua vez. – Eu puxei a camiseta dele o deixando um pouco descabelado. Ah, é assim que eu gosto. Eu puxei o seu cabelo levemente o fazendo gemer dentro de minha boca. Enquanto nos beijávamos minha mão explorava as suas costas nuas, eu a apertei, provavelmente deixando a marca de minhas unhas. Em um rápido movimento Stefan retirou os meu sutiã e brincou com meus peitos, os beijando e dando leves mordidinhas. Uau! Ele nunca havia chegado a esse ponto. Assim como eu ele devia estar sentindo faltando do meu corpo no seu, afinal há quase uma semana não transávamos. Eu puxei sua cabeça para a minha e nos beijamos novamente, Stefan estava jogando todo o seu peso em mim e eu podia sentir a sua ereção, quase estourando o zíper de sua calça, entre as minhas pernas. Eu beijei o seu peito até o caminho da felicidade e olhando em seus olhos, sentindo total aprovação, abri o botão e o zíper da calça dele e a puxei, com dificuldade e com a ajuda de Stefan, para baixo. Ele me jogou no banco de trás do carro e veio para cima de mim. Retiramos minhas calça jeans rapidamente. Stefan apertou a minha bunda, erguendo os meu quadris para cima. O meu corpo já estava se remexendo involuntariamente.

- Pronta? – Em meio á esse sexo selvagem dentro de um carro Stefan conseguia ser doce mas nada inocente eu confesso.

- Por favor. – Eu falei entre os dentes e sem fôlego.

 Em um piscar de olhos ele me penetrou devagar, fazendo-me ansiar por mais, mais e mais.

...

- O que foi, Meredith? – Nikalus entrou no ex quarto de Damon apressadamente e olhando para Rebekah, que havia dormido com o edredom azul marinho entre as pernas e Meredith que o olhava apreensiva, ajoelhada no chão ao lado da cama.

- Rebekah o ama, Klaus.

- O que? Do que você está falando?

- Era o que suspeitávamos... Eles realmente estavam juntos.

- Eu não acredito. Eu vou ligar agora para o Damon. – Meu pai estava furioso mas não surpreso, talvez um pouco. Ele e mamãe estavam desconfiados da aproximação de ambos e das batidas nas portas de madrugada mas não conseguiam acreditar que Damon teve tal petulância.

- Não. Vamos fazer isso depois, com calma e por favor, sem brigas. – Meredith levantou e se pôs ao lado do marido, a fim de impedi-lo e acalma-lo.

- Ela está arrasada, não é? – sussurrou.

- Está. Quem não estaria?

- Eu o forcei a ir. Eu já imaginava que os dois estavam juntos... Na verdade, eu os vi ontem, Damon entrou no quarto da Rebekah e... Bom, o resto você já deve imaginar.

-Mas, Niklaus!

- Eu sei... Quebrei o coração dela. – Meu pai disse resentido e interrompendo minha mãe.

- É. E eu sei que você sabe como é ter um coração quebrado. – Eles se entreolharam e se abraçaram ternamente.

...

♪♫

Eu estava deitada na enorme cama de Stefan com a camiseta que ele estava usando e com a minha cabeça em seu peito. Os braços me envolvendo e me impedindo de fazer qualquer movimento.

- Eu adoro ficar assim.

- Em meus braços?

- É o meu lugar predileto.

- Que bom escutar isso, senhora Wasilewski. – Eu sorri, e mesmo sem estar olhando para o seu rosto eu sabia que ele também estava expondo um sorriso de quinhentos quilowatts.

- Sabe, senhor Wasilewski, hoje você me cansou demais... Não se sustentou só com o sexo selvagem no carro. – eu me apoiei nos cotovelos a fim de olhar para o rosto do meu namorado.

- Sexo selvagem é sempre bom, mas o que acabamos de fazer foi...

- Bonito... Puro! – Eu falei com inspiração.

- Foi. Eu só gostaria de terminar essa noite com algo assim.

- Você é tão romântico, Senhor Wasilewski.

- Que bom que você acha isso, Senhora Wasilewski. E acho que você merece isso e muito mais.

- Aww – eu falei de maneira exagerada. – Obrigada, amor. E espere, estou me sentindo velha demais com você me chamando de senhora o tempo todo. – Sorrimos e nos beijamos. – Acho que eu preciso de um banho.

- Me desculpe, senhora. – Eu dei um soquinho em seu peito. - Hm, boa ideia, banho!

- Eu vou so-zi-nha. – Ele fez biquinho. – Você poderia fazer um chazinho pra mim enquanto tomo o meu banho.

- A senhora já está mandando em mim?

- Sim, senhor. – Ele balançou a cabeça, rindo. – Em troca, eu posso te fazer algum favorzinho. – Eu falei sedutoramente e embutindo muitas promessas nessa pequena frase.

- Eu não vou me esquecer do que você acabou de falar, tudo bem? – Eu assenti com a cabeça. – Bom, saindo um Twinings England. Espere um minutinho, Senhora Wasilewski. – Ele se levantou da cama, nu, e foi até seu closet, saindo de lá com uma calça de moletom e uma camiseta preta. Como ele conseguia ser tão gracioso com uma simples calça de moletom e uma camiseta preta? – Apreciando a vista? – Eu dei um pulinho na cama, ele havia me pegado quase babando.

- Sempre. – e dei um meio sorriso tentando disfarçar meu constrangimento.

...

 ‘’Pés no chão, Katherine!’’ Eu já havia me rendido demais aos encantos do meu amor... Era hora de agir. Eu entrei no banheiro, e uma memória surgiu: a ultima vez que eu havia estado aqui Stefan me deu banho na banheira e depois ele entrou também. Foi algo tão puro e, sendo assim, até de um jeito estranho, inocente. Eu liguei o chuveiro e comecei a procurar no armário, algo cortante. A água corrente impediria Stefan de escutar o que eu estivesse fazendo no banheiro. A água é uma das coisas mais puras que existem na Terra... é como se fosse um escudo para os ouvidos de um vampiro. A-há! Eu havia encontrado uma Gilette, a arma perfeita. Com um o cabelo preso alto em um coque eu entrei no banho, passei o sabonete refrescante de Stefan em meu corpo e logo após rapei minha perna, e com cuidado, afundei a lâmina em meu tornozelo.

- Ai. – Um pequeno corte, mas fundo. Até a toalha ficou com uma marca de sangue. Eu escovei meu cabelo, coloquei minha calcinha e a camiseta de Stef que eu já estava usando. Peguei a Gilette novamente e a afundei de novo em meu mais novo machucadinho. A lavei, largando-a em cima da pia. Abri a porta do banheiro e vendo que o meu namorado estava na cama eu fui correndo para lá, e pude sentir o sangue escorrendo pelo meu pé.

- Uou! – Stefan soltou uma gargalhada e me abraçou. Eu encolhi minhas pernas e pude ver o que seus olhos encontraram: Sangue. Escorrendo. Em. Meu. Pé! 

♪♫

- O que foi? – Ele virou seu rosto e me soltou de seu abraço apertado e confortável. – Oh, eu esqueci de te avisar que me cortei. Preciso estancar esse sangue, onde tem a caixa de remédios e de curativos mesmo? Afinal, não é a primeira vez que me machuco aqui. – Meu coração estava a mil.

- Eu te disse aqui não é mais seguro que sua casa. Você não deveria estar aqui. – Nossa! Ele não disse isso, ele não disse isso. Stefan saiu da cama e foi para o seu closet. E agora?

- Stefan, por favor, me poupe, são só algumas gotinhas de sangue. – Eu fui ao seu encontro. Ele estava com uma de suas mãos em seu rosto e a outra na parede. – Stefan... – Eu sussurrei e me aproximei dele. Levantei o meu pé direito, e passei os dedos no sangue que escorria. Eu podia sentir o cheiro do meu sangue. E enquanto eu olhava para os meus dedos agora, sujos, Stefan se virou em direção a porta de seu closet. Ele ia sair dali. Eu puxei o seu braço, sujando-o... Stefan ficou paralisado. Com seus olhos arregalados, respirando rapidamente, ele me olhou com uma fúria tremenda que me fez instantaneamente soltar o seu braço.

- Aonde você quer chegar? – Ele nunca foi tão frio. Eu engoli em seco. Minhas pernas estavam feito gelatinas.

- O que você quer dizer? – E quando eu olhei em seus olhos captei no que ele estava concentrado: na minha mão ensanguentada.

- Merda, Katherine! – Ele exclamou quando viu o que eu havia percebido em seu olhar. Stefan saiu do cômodo em que estávamos e eu o segui. Ele, desesperadamente, começou a pegar as minhas roupas que se encontravam no chão. – Vista-se. – Ordenou.

- O que?

- Você vai pra sua casa. Agora! – Putz, o que eu havia feito? Não eram pras coisas terem ficado assim... Eu estava arfando e com um nó na garganta. Coloquei minhas mãos no rosto do meu amado. – Não faça isso, por favor. – Eu o beijei e Stefan interrompeu o meu ato e se virou de costas com as duas mãos tapando o seu lindo rosto como se ele estivesse envergonhado.

- Não se esconda de mim. – Por minha surpresa ele se virou. Os olhos levemente vermelhos, não havia branco, não havia luz. Uma bola preta era a única outra cor em seu olho. A pele, logo abaixo aos olhos, estava rachada como se fosse um efeito especial de um filme de terror. Era algo que eu jamais poderia imaginar realmente ver. Era exatamente como alguns livros diziam mas ver algo assim tão perto, poder tocar é... Fora do normal! Eu tapei minha boca em uma tentativa inútil de sufocar minhas lagrimas e soluços com minha mão limpa e com a outra segurei o rosto de Stefan passando o meu polegar, levemente, em suas rachaduras que apareceram tão rapidamente em seu rosto.

- É isso o que eu sou. Um mostro, Katherine. – Stefan dizia com tanta dor e sofrimento que eu podia imaginar tudo o que ele já havia passado. Ele não era um mostro. Não para mim.

- Você é o meu doce Stefan. E não... Não isso! – Um turbilhão de sensações transpareciam em meu rosto sendo a mais evidente o medo. E no rosto de Stefan, o que eu mais podia ver era vergonha em primeiro lugar.

- Isso está em mim, droga! – Ele gritou. Pegou uma cadeira com tanta raiva e a jogou no chão, quebrando-a por completo.

- Pare! – Eu gritei com as mãos no cabelo como se eu os fosse arrancar.

- Esse é o problema, não tem como eu parar... – Eu fiquei em silencio, soluçando e respirando profundamente, intacta, em pé enquanto Stefan se sentou na beirada de sua cama com as mãos entre sua cabeça. – Você sabe o que eu mais tenho vontade de fazer com você nesse momento? – Eu balancei a cabeça em negativa. – É te jogar nessa cama, estancar esse seu machucado com minha língua e por fim morder o seu lindo pescoço que beijei tantas vezes com uma vontade, um instinto, avassalador de estrangula-lo. – Com dificuldade ele me olhou, na hora em que seus olhos que agora escureciam, encontraram os meus eu não aguentei e virei meu rosto. Eu não ia conseguir olha-lo. Como ele pode dizer isso? A minha maior vontade era gritar, sair correndo, e fazer o tempo voltar.

- Me diga que isso não é verdade. Oh, Deus, me leve de volta ao começo. – Por fim eu o olhei. Stefan estava abatido e com lagrimas escorrendo. Me sentei no chão e comecei a chorar escandalosamente e simplesmente deixando  a dor e o desespero tomarem conta de mim.

- Você precisar dormir. Se quiser eu tenho algum calmante aqui ou posso te levar para sua casa. - Stefan se aproximou e com as mãos que estavam frias tentou me puxar pelo braço, para me levantar.

- Não encoste em mim. Por favor. – Eu me levantei e peguei as minhas roupas que ele tinha juntado do chão. Sem pudor algum, me troquei na frente dele.

- Aonde você vai? – Stefan perguntou tão baixo que quase não escutei.

- Onde eu deveria ter ficado, segundo você será melhor para mim e eu estou começando a achar que isso é verdade.

- Katherine, me desculpe...

- Desculpas? Pare, por favor. Eu não posso mudar o que você é. Você não tem culpa alguma. Eu devo encarar os fatos, é só isso. – Eu peguei o meu celular que estava na escrivaninha e coloquei em minha bolsa. – Eu vou com seu carro. Amanhã trago de volta. – Falei friamente. Antes que eu saísse do seu quarto Stefan segurou meu braço.

- Eu te amo. Não me deixe, Katherine, eu te imploro. – Estávamos a centímetros um do outro. Nossos rostos quase colados. Eu queria beija-lo mas não podia. Eu queria reconforta-lo mas... Eu podia?

- Nós não podemos ficar juntos. – Eu mordia meu lábio com força. Lágrimas caindo constantemente e uma dor de cabeça horrível estavam presentes. Me coloquei na ponta dos pés e o beijei na sua testa ternamente. Stefan fechou os olhos. Eu passei minha mão no cabelo dele e depois em seu braço. Eu não queria esquecer essa faísca que nascia quando nos tocávamos. – Tchau, Stefan. – Eu beijei o canto da sua boca. Quando me virei para sair do quarto dele, pude escutar Stefan soltando a respiração e chorando. 


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Notas finais do capítulo

-> Playlist ♪♫:
1. Ho Hey The Lumineers
2, Cant Go Back Rosi Golan
3. Where I Come From Passion Pit
4. I should go Levi Kreis
5. Little Deschutes Laura Veirs
6. Bloodstream Stateless
7. Little Things 1D
8. Demons Imagine Dragons



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