My Good Ghost escrita por Bruna B


Capítulo 8
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Notas iniciais do capítulo

Hey!!!
Bem, eu não posso falar muito aqui, já que tenho que ir para a escola.
Então... APROVEITEM!



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POV’ Megan

- Então – eu disse, mordendo o último pedaço do cheeseburguer –, quer dizer que você vem para cá toda a sexta-feira à noite quando você vai para a casa da Morgan?

- Isso mesmo. Eu relaxo aqui – ele comeu uma batatinha. - Como esse lanche maravilhoso e esqueço um pouco das coisas.

- Por que você me trouxe para cá?

- Hoje é meu aniversário, e a minha prima nem lembrou – ele fez a famosa cara de cachorrinho que caiu do caminhão de mudanças.

- E você quer comemorar comigo? – eu me animei.

- Claro, afinal, estamos juntos agora – ele me olhou.

“Estamos juntos agora, estamos juntos agora, estamos juntos agora”. Essas palavras ficavam repetindo na minha cabeça, como eco.

- Estamos... estamos juntos agora? – minha voz vacilou por um instante.

O celular dele começou a tocar, ele olhou no visor, pensou um pouco e resolveu não atender. Ele voltou a olhar para mim e sorriu.

- Quem era? – eu perguntei.

- Era o coordenador da minha faculdade. Vou falar com ele com mais calma à noite.

- Faculdade?! – eu me espantei.

- Quantos anos você acha que eu tenho?

- Dezenove...? – eu arrisquei.

- Que gracinha! Eu tenho vinte e dois, Megan.

Eu engasguei com o milk-shake de chocolate. Tipo, ele realmente não tinha cara de ter vinte e dois anos. Pelas minhas contas, ele já estava no quarto ano da faculdade. Comecei a me sentir uma miserável, tipo, uma garota no terceiro ano do ensino médio “ficando” com um garoto da faculdade? E ele ainda me achava gracinha. “Ótimo, ele pensa que eu nunca fiquei com caras mais velhos, o que é verdade, mas ele não precisava saber”, eu pensei.

- Craig! Olha que gracinha! – eu disse, quando passamos pela vitrine do Pet Shop. Um filhote de Bulldog brincava com uma bolinha de borracha vermelha.

Eu parei na frente do vidro e fiquei o observando, e ele também percebeu que eu estava ali, e ficou batendo as patinhas da frente no vidro. Craig chegou ao meu lado e demonstrou uma expressão de nojo.

- Sou alérgico a pelo de animais.

- Mas ele não é bonitinho?

- Se eu fosse você, não demonstraria afeto por ele. O coitado, se não for comprado aqui, vai ser sacrificado. Eu só consigo sentir pena dele.

- Isso é sério? – eu o encarei.

- É.

- Então me espere aqui.

Eu entrei na loja e peguei meu cartão de crédito na carteira. Ele era só para emergências, mas, bem, aquilo era uma emergência. Acho que não conseguiria imaginar aquele cachorrinho sendo sacrificado.

Depois de assinar toda a papelada e pegar a carteira de vacinação dele, eu tinha que escolher um nome para ele.

Comecei a pensar em vários nomes, e percebi que ele era bem branquinho. O nome surgiu na minha cabeça como um raio surge no céu. Meu coração pulava loucamente no peito.

Escrevi o nome no papel e disse que eu o buscaria mais tarde.

Quando saí da loja, resolvi que o levaria para os lugares que eu mais gostava, para comemorarmos o seu aniversário.

- Quer ir no Pac-Man? – eu perguntei, enquanto nós andávamos de mãos dadas entre as pessoas no fliperama.

- Você que decide – a voz dele demonstrava frustração.

Ele definitivamente queria sair daquele lugar. Acho que éramos os mais velhos do fliperama, só mais novos que os pais das crianças. Sei lá, acho que aquele era o meu mundo e do Ryan, e não meu e do Craig.

- Quer ir na convenção de quadrinhos semana que vêm? Tem umas versões bem legais do Super-Homem.

- Quadrinhos? Pensei em irmos ao cinema assistir aquele documentário sobre a evolução da energia nuclear.

- Documentário sobre a energia nuclear?

Tudo bem, ele era bem mais maduro do que eu. Quero dizer, ele queria ver um documentário no cinema enquanto eu queria comprar quadrinhos coloridos de super-heróis.

- Vamos embora, o.k? Minha perna está começando a doer e não posso me atrasar para o jantar. Meus pais me matariam.

- Tudo bem.

Passamos no Pet Shop e eu peguei meu cachorrinho. Tinham dado um banho nele e colocado uma gravatinha borboleta vermelha. Comprei um saco de ração grande, dois potinhos para colocar comida e água e uma cama quentinha.

Não falei com Craig o caminho inteiro até a minha casa. Ele tinha sido realmente idiota quando fomos ao shopping, principalmente quando eu contei que eu comprei o cachorrinho. Aliás, ele deixou a janela do carro aberta e quase colocou a cabeça inteira para fora.

Quando chegamos na frente de casa, eu ajeitei o cachorrinho no colo e abri a porta. Craig segurou meu pulso, o que me fez olhar para ele.

- Você não está chateada comigo, está? – ele disse, afagando meus cabelos.

- Não sei.

- Me desculpe, o.k? Esse negócio da Morgan ter um surto psicótico de tristeza e o coordenador da faculdade ficar me ligando me deixaram estressados. Vou te levar para o Pac-Man outro dia, certo?

- Tudo bem, Craig. Sério.

- Te ligo mais tarde.

Ele me deu um beijo rápido e eu saí do carro.

A primeira coisa que eu fiz foi me certificar que ninguém estava em casa. Isso estava de acordo.

Subi até o meu quarto e arrumei tudo para o cachorrinho, até o jornal no banheiro para ele fazer xixi.

Quando voltei até o quarto, um bilhete e uma rosa estavam em cima do criado-mudo. Peguei a rosa e percebi que ela era de plástico. Peguei o bilhete e li a caligrafia que eu conhecia mais que a minha. A de Ryan.

“Pimpolha,

Essa rosa é igual à nossa amizade. Só vamos deixar de ser amigos quando essa rosa morrer, o.k?

De seu Floquinho de Neve,

Ryan.”

Quando li a última linha, abri um sorriso gigantesco.


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Notas finais do capítulo

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Beijos
o/