Uma História Um Pouco Diferente... escrita por NumberSix
Notas iniciais do capítulo
Olhem, é bom que gostem desse cap. Fiquei meio sem inspiração e ela só voltou nessa madrugada. Ou seja, escrevi esse cap morrendo de sono. Então se tiver algum erro gramatical, me avisem depois. Boa leitura! =)
POV JAKE (irmão caçula da Seis, pra quem não se lembra)
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Não acredito que ela me trancou no banheiro de novo!!! Fiquei gritando e batendo na porta por quase 1h, mas ela não abriu. Mas alguns minutos depois, ouvi o telefone tocar, e ela atendeu. E posso dizer que foi uma conversa interessante e me deu uma ideia pra uma vingança...
– Alô? – Seis atendeu, com voz de quem acaba de acordar. Esperou a pessoa falar e disse: - Claro! Pode ser no parque amanhã às 16h? - ... – Ok, até lá, tchau!
Fiquei curioso. Com quem ela falaria no telefone tão animada depois de acabar de acordar? Só sei que não era uma das amigas dela porque ela não xingou ninguém de vadia. Às vezes me pergunto se ela é adotada. Eu e meu irmão somos tão mais normais...
Ela abriu a porta uns 30min depois do telefone tocar. Ela abriu e me pegou pelo cabelo.
– Escuta aqui, peste. – Ela disse, se abaixando pra ficar da minha altura. – Se você aprontar mais alguma, eu vou te deixar aí dentro pelo dobro do tempo, tá me ouvindo? – Acenei com a cabeça. Quando ela fica brava assim, é melhor não provocar a bicha... – Ótimo. – Disse me soltando. – Agora vai comer alguma coisa.
– Mas eu não sei cozinhar... – Eu disse.
– Problema seu. – Ela disse, indiferente.
– Faz um miojinho com salsicha pro seu irmãozinho lindo, vai? – Eu disse, fazendo a minha melhor carinha de cão que caiu do caminhão da mudança.
– Eu não, se vira. – Ela disse.
– Por favor, irmãzinha linda do meu coração que tanto amo. – Eu disse, numa última tentativa.
Ela pensou um pouco, mas por fim disse:
– Só vou fazer porque eu também quero um e porque você me chamou de linda. – Ela disse, me dando um beijo melado na bochecha, que fiz questão de limpar depois. Sorri vitorioso.
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POV SEIS
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O Jake me deixou com muita água na boca quando me pediu miojo com salsicha. É simplesmente o pior alimento na questão de saúde, mas ainda é a melhor coisa que eu já comi.
Eu estava cozinhando, ouvindo Black Sabbath no rádio enquanto Jake fazia algo no quarto dele, e me lembrei da conversa com John no telefone. Ele me chamou pra ir pra algum parque depois das aulas de amanhã. Estranhei minha felicidade. Acho que nunca fui tão simpática com alguém que me acordou. Da última vez que o Calvin fez isso, saiu com uma pequena hemorragia interna depois do soco que dei nas costelas dele.
Acabei o miojo, chamei meu irmão pra vir comer, e fomos comer juntos no sofá. E, novamente, brigamos. Dessa vez, pelo controle da tevê.
– Vai, Seis, você tá assistindo a tarde inteira, eu fiquei preso no banheiro, é minha vez agora! – Ele disse, fazendo birra.
– Eu não quero assistir Bem 10 nem Power Rangers! Só vou deixar se estiver passando Padrinhos Mágicos ou Bob Esponja! Se não estiver passando nada dessas coisas, vou colocar no meu canal. – Eu disse. Cara, adoro ser mais velha que ele. É legal ter poder em casa quando seus pais estão fora.
– Tá, mas a gente não vai assistir nenhuma dessas séries chatas tipo Gossip Girl que você assiste! – Ele disse.
– Ok, é justo. Mas se você falar que as séries que eu assisto são chatas de novo, eu vou te bater. E se não estiver passando nada legal, eu ponho um filme, ok?
– Ok. Mas eu quero um de ação ou aventura, não quero esses romancinhos bobos. – Ele disse.
– Eu não ia colocar romancinho, não gosto de filmes parados. Mas os filmes de ação que EU quero ver, você não pode ver porque ainda é criança. Fala um que você quer assistir. – Eu disse.
– Ok. – Ele pensou um pouco e respondeu: - Os Mercenários.
– HÁ! Você tá é louco que eu vou deixar você assistir um filme desses. É super foda, mas eu sei que você usaria isso pra me colocar de castigo por te fazer assistir um filme impróprio depois. Eu te conheço, garoto, você aprendeu esses truques comigo. – Eu disse, com um falso orgulho de ter transmitido minha sabedoria ao meu irmão.
– Ok, deixa eu pensar em outro então. – Ele pensou de novo e disse: - Atividade Paranormal.
– Você sabe o significado da palavra “impróprio”? – Perguntei, com um falso interesse.
– Sei... – Ele disse, meio acanhado.
– Então pense nela antes de falar algum outro filme. Eu vou escolher um pra gente. – Pensei um pouco e me lembrei de um filme que marcou a minha infância: - Você ia ADORAR o filme As Crônicas de Spiderwick!
Contei a ele a história do filme, ele acabou concordando e coloquei o DVD para a gente assistir. Acabamos de comer, demos uma pausa no filme pra levar os pratos na cozinha e para ir ao banheiro, e depois dormimos no meio do filme. Acordei com minha mãe, Katarina, me chamando pra jantar. Olhei em volta e vi Jake deitado na minha perna. Sorri. Faz tempo que não agimos como... Bem, como irmãos.
Levei Jake para o quarto dele e o cobri. Quando desci minha mãe disse que teríamos visitas para o jantar.
– São nossos vizinhos novos. Eu ainda não tive a chance de conhece-los. E eles tem um filho da sua idade, Maren, acho que vocês podem ficar amigos.
– Pera, os vizinhos do lado? – Perguntei.
– Não não, do subsolo. – Ela respondeu, irônica, rindo da cara que eu fiz. – É, por que?
– Nada não, é que eu já conheci o filho dos vizinhos na escola. Ele é bem legal, se chama John. – Eu disse, tentando ao máximo esconder minhas bochechas coradas. Mas não escondi bem.
– Ah, Maren Elizabeth. O que você pretende? – Disse ela, dando um sorriso maroto.
Comecei a hesitar e cometi o erro de gaguejar.
– E-eu não pretendo nada, mãe. Que tipo de pessoa você pensa que eu sou? – Perguntei, fingindo estar incrédula.
Antes de ela responder, a campainha tocou. Mas reparei que eu estava usando uma calça moletom do Calvin, uma meio rasgada, e uma blusa moletom furada. E meu cabelo provavelmente estava pior que um ninho de ratos. Olhei pra minha mãe, fiz uma cara de “fudeu” e saí correndo pro meu quarto. Ouvi minha mãe cumprimentando os convidados. Enquanto ela apresentava a casa a eles, me troquei rapidinho, coloquei uma calça jeans e uma camiseta de manga comprida toda branca. Penteei meus cabelos e escovei os dentes.
Quando desci, dei de cara com um homem de mais ou menos 45 anos, de barba feita. Presumi que seria o pai de John. Encontrei o mesmo olhando sonhadoramente para meu piano no canto da sala. Quando ele me viu abriu um sorriso e veio me cumprimentar.
Ele me apresentou ao pai dele, Henri. Vi que Calvin estava na cozinha ajudando minha mãe com a comida e minha mãe disse que o Jake estava lavando as mãos.
Eu, John e Henri fomos até a sala e ficamos conversando.
– Então você é a famosa Seis? – Perguntou Henri, dando um sorrisinho maroto para o John, que colocou as mãos no rosto.
– Famosa? – Perguntei olhando pra John com uma sobrancelha arqueada.
– É, John me contou tudo sobre você. Sobre o piano, o violão e sobre como você é legal e bonita. – Henri disse, abrindo ainda mais o sorriso.
Comecei a corar e ouvi John gemendo, ainda com as mãos no rosto.
– Pai, por favor, não comece. – John disse, meio que implorando. Henri apenas riu.
– Ok, desculpe, eu tinha que tirar uma com a sua cara. – Henri respondeu. Sorri também. – Então, Maren, John me disse que você toca piano.
– É, eu fiz aula por 5 anos. Eu adoro. – Eu disse, sorrindo.
– Maren, - Disse minha mãe da cozinha, ouvindo a conversa. – por que você não toca um pouco pra eles verem?
– Hum, ok. – Concordei.
Fomos até o piano e fiquei pensando em alguma música para tocar.
– Ok, mas eu só vou tocar se o John cantar junto comigo. – Eu disse, olhando sugestivamente pra ele. Ele me olhou com um pouco de raiva, mas aceitou a “proposta”. – Fale uma música.
– Ok, mas eu também tenho uma condição. – Ele disse. O olhei como se dissesse “continue”. – Você vai cantar comigo.
– Ok, agora escolha logo uma música. – Eu disse, já ficando impaciente. Meu irmão assistia da cozinha, junto com a minha mãe.
– Ok, você tem fôlego? – Ele perguntou.
– Claro que sim. Acha que eu saberia cantar sem ter fôlego? – Perguntei, arqueando uma sobrancelha.
– Ai, essa doeu. – Ele disse, fingindo dor. – Mas enfim, eu escolho a música Faithfully, do Journey.
– Vish... – Olhei para o chão, fazendo uma careta. – Ok, né, vamos lá. – Comecei a música.
Minha mãe, Henri e Jake nos olhavam cantando como se nunca tivessem ouvido nada parecido. Quase ri com a cara que meu irmão fez quando fiquei muito tempo num agudo.
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JOHN – Highway run into the midnight sun
Wheels go round and round, you’re on my mind
SEIS – Restless hearts sleeps alone tonight
Sending all my love along the wire
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(Correndo na estrada para o sol da meia-noite
Rodas riram e giram, você está na minha mente
Corações inquietos dormem sozinhos esta noite
Enviando todo o meu amor através do fio do telefone)
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AMBOS – And they say that the road ain’t no place to start a Family
Right down the line it’s been you and me
And loving a music man ain’t Always what it’s supposed to be
SEIS – Oh, boy, you stand by me
AMBOS – I’m forever yours Faithfully
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(E eles dizem que a estrada não é lugar para se começar uma família
E em todos os sentidos tem sido você e eu
E amar um músico não é o que parece ser
Oh, garoto, você fica ao meu lado
Sou sempre sua, Fielmente)
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SEIS – Circus life under the big top world
AMBOS – We all need the clowns to make us smile
SEIS – Oh, through space and time (through space and time)
AMBOS – Always another show
Wondering where I am, lost without you
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(Vida de circo abaixo de todos
Todos precisam de um palhaço para nos fazer sorrir
Oh, através do espaço e do tempo
Sempre outro show
Imaginando quem eu sou, perdido sem você)
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AMBOS – And being apart ain’t easy on this love affair
Two strangers learn to fall in love again
I get the joy of rediscovering you
JOHN – Oh, girl, you stand by me
AMBOS – I’m forever yours, Faithfully
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(E estar separados não é fácil neste caso de amor
Dois estranhos aprendem a se apaixonar novamente
E eu tenho o prazer de redescobrir você
Oh, garota, você fica ao meu lado
Sou pra sempre seu, Fielmente)
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SEIS – Faithfully! I’m still yours!
JOHN – Faithfully
SEIS – I’m still yours!
AMBOS – Faithfully
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(Fielmente! Ainda sou sua!
Fielmente
Ainda sou sua!
Fielmente)
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Acabamos a música e todos ficaram em silêncio, nos olhando. Meu irmão estava boquiaberto, Henri nos olhava atentamente, intercalando entre John e eu. Minha mãe começou a aplaudir. O resto a acompanhou e ela nos chamou para jantar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Journey - Faithfully:
http://www.youtube.com/watch?v=rj__jhmPMgI
Mas, novamente, me inspirei na versão do Glee:
http://www.youtube.com/watch?v=dm3d3yKo53c
Desculpem, sou Gleek, não me julguem.