Uma História Um Pouco Diferente... escrita por NumberSix


Capítulo 20
Sorvetes e Surpresas


Notas iniciais do capítulo

Novamente, desculpem a demora. Esse cap é tipo um bônus que eu fiz mostrando o Sam e a Ella... Bom, apenas leiam. Demorei um pouco pra "conseguir entrar na mente de Ella", mas depois que consegui, foi divertido escrever...
Bom, divirtam-se!



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POV SAM

.

Hoje é domingo e não estou nem um pouco a fim de ficar no tédio. Então resolvi ligar para Ella. Eu e ela nos aproximamos bastante ultimamente. Nunca pensei que olharia para ela de um jeito diferente. Nunca reparei no quanto ela era bonita. Fiquei por tanto tempo pensando que algum dia a Seis olharia para mim de um jeito diferente, que nem reparei em Ella.

Enfim, já eram umas 14h, então resolvi ligar para Ella.

–Alô? – Ela atendeu.

– Ella? É o Sam.

– Oi, e aí?

–Eu estava pensando, você tá afim de, sei lá, fazer alguma coisa comigo? – Perguntei, meio nervoso.

– Claro, eu não ia fazer nada mesmo. Que horas? – Ela respondeu.

– Umas 15h30 está bom pra você?

– É perfeito. Aonde podemos ir? – Ela perguntou.

Pensei um pouco.

– Sei lá, eu estava pensando numa sorveteria, já que o dia está quente.

– Beleza.

– Quer que eu passe aí e te pegue? –Perguntei.

– Pode ser.

– Ok, então passo aí umas 15h30.

– Ok. Até mais então.

– Até.

Desliguei o telefone e fui tomar um banho.

.

POV ELLA

.

Aaaaah, finalmente algo para animar o dia!! Depois de desligar o telefone, fui logo tomar um banho. Quando eu já estava pronta, fiquei na sala assistindo Os Padrinhos Mágicos. Então Marina desceu as escadas e se virou para mim:

– Uiuiui, onde é que você vai assim? – Ela perguntou, brincando com a minha cara.

– Vou numa sorveteria com o Sam, por que? – Perguntei, indiferente.

– Sorveteria? Com o Sam? – Ela disse, com uma sobrancelha arqueada.

– Sim, algum problema?

– Não, nenhum. Mas parando pra pensar, acho que vocês dois ficariam uma graça juntos. Um casal de baixinhos. – Marina disse, rindo, indo para a cozinha. Senti meu rosto esquentar.

– Marina, é o Sam. Vamos sair como amigos. Nunca pensei nele desse jeito. – Eu disse, meio sem graça.

– Mas aposto que agora vai começar a pensar, depois do que eu disse... – Ela disse, ainda rindo. Então resolvi ignorá-la.

Continuei assistindo TV até umas 15h30, então a campainha tocou. Abri a porta e encontrei um Sam com um sorrisinho estranho com as bochechas levemente coradas.

– Oi. – Ele disse, meio sem jeito.

– Oi. Vamos? – Perguntei, estanhando o comportamento dele.

– Vamos. – Ele disse. Ele abriu a porta do carro para eu entrar, como um verdadeiro cavalheiro. Ri e entrei no carro.

Ficamos em silêncio por um momento, sem saber realmente o que falar. Então Sam tomou iniciativa:

– Então, quer dizer que você está numa banda? – Ele perguntou, sorrindo.

– Ah, pois é. Isso definitivamente não estava nos meus planos. – Eu disse, dando uma risadinha.

– Ah é? E quais eram seus planos? – Ele perguntou com uma sobrancelha arqueada.

– Bom, é que eu sou meio... Nerd, vamos dizer. Claro que já tive aquela fase rebelde que todo mundo provavelmente já teve ou terá. Mas é que eu nunca me vi numa banda. Fiz aula de bateria só pra tentar dar um jeito de extravasar a raiva. – Eu disse, dando de ombros.

– E está funcionando?

– Com certeza. Se não estivesse, eu poderia estar batendo em você o dia todo. – Eu disse, rindo.

– Mas eu não ia deixar, porque sou mais forte que você. – Ele disse, rindo da cara que eu fiz.

– Está me chamando de fraca? – Perguntei, fazendo cara de indignação.

– Não, eu estou dizendo que você é mais fraca que eu.

– Grande diferença... – Eu disse baixinho, provocando-o.

– Ah, então você acha que eu sou fraco? – Ele disse, tentando imitar a minha voz.

– Exatamente. – Respondi, rindo da cara dele.

Antes de terminarmos a conversa, chegamos à sorveteria. Ele estacionou o carro, descemos e entramos. O lugar estava vazio, então decidimos pegar o sorvete e depois procurar um lugar pra sentar. Quando eu vi os sorvetes, fiquei com água na boca, então fui na fila mais rápido que ele. Mas, quando eu estava pegando a cobertura de chocolate (que, na minha humilde opinião, é a melhor parte), fiz o favor de caprichar. No final, ficou uma deliciosa cobertura com sorvete!

– Nossa, Ella! Por que você não coloca um pouco mais de cobertura? – Sam perguntou, irônico.

– Eu colocaria, mas acabou o que tinha nesse tubo... – Realmente, só parei de colocar cobertura porque tinha acabado. – Agora para de reclamar e vamos comer!

Nos sentamos e devorei meu sorvete em 2 minutos. Estava tão delicioso que mal olhei para Sam enquanto comia. Doces têm esse efeito sobre mim, não é minha culpa... Quando acabei e olhei para Sam, ele não estava nem na metade do sorvete de flocos com cobertura de doce de leite dele.

– Nossa! Acho que você gostou do sorvete. Mas eu só acho, não tenho certeza ainda. – Ele disse brincando.

– Só gostei um pouquinho... – Eu disse rindo, meio envergonhada.

– Hum, tem um pouquinho de sorvete aqui... – Ele disse, e aproximou a mão na minha bochecha.

Ok, isso pode parecer muuuito cliché, mas enquanto ele limpava o sorvete de minha bochecha, nossos olhos se encontraram e senti uma coisa no meu estômago. Era tão forte que achei que precisaria ir ao banheiro, mas não era ISSO que eu estava sentindo... Acho que ficamos nos olhando por muito tempo, pois ele afastou sua mão e ficou com as bochechas vermelhas. Hahaha, que fofura. Sorri e desviei o olhar para o sorvete dele.

– Hum, você vai comer isso? – Perguntei.

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Depois de ficarmos um tempo conversando na sorveteria, resolvemos ir para casa. Quando ele me deixou em casa, o sol já estava se pondo, então ficou um clima meio romântico. Ele me acompanhou até a porta.

– Bom, foi divertido. – Sam disse, sorrindo.

– É. A gente podia ver de sair outras vezes. – Eu disse, fazendo Sam corar um pouco.

– Claro, quando quiser.

Então fiz algo que surpreendi até a mim mesma. Acho que eu não estava raciocinando direito. Fui dar um beijo na bochecha dele, de despedida, mas meu cérebro bugou e não virei o rosto, então acabei beijando a boca dele. Para a minha surpresa, ele correspondeu. Ele devia estar tão surpreso quanto eu, mas ainda assim correspondeu. Então meu cérebro voltou a funcionar e me afastei lentamente. Sussurrei um “Até mais” e entrei, deixando para trás um Sam muito confuso.

Eu entrei e fui em direção ao meu quarto. Eu nem tinha percebido que estava sorrindo, até Marina falar:

– Hum, que sorrisinho é esse, Senhorita Ella? – Ela perguntou, dando um sorrisinho malicioso.

Na hora, desfiz o sorriso.

– Hum, nada. Vou pro meu quarto...

E subi as escadas correndo quando percebi que estava começando a corar. É, eu realmente quero fazer isso mais vezes...


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Notas finais do capítulo

Críticas são bem-vindas!!