Merlin - 6ª Temporada escrita por Lamia Riley


Capítulo 2
Capítulo 2




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/362155/chapter/2

Parte 2

Robert estava curioso com o velho enigmático que tinha em sua frente e isso o deixava impaciente. Ele sempre amou as histórias sobre Rei Arthur, mas como todos os escritores famosos que admirava ele sabia que nada tinha sido encontrado que comprovasse a existência do reino de Camelot.

Robert – Senhor, o senhor vai me ajudar?

Merlin – Claro que vou... você só vai precisar sentar e ouvi. Você também pode usar aquela coisa que guarda nossa voz.

Robert – o gravador.

Merlin – Sim .. um aparelho muito interessante somando a todos os outros.

Robert – Tudo bem então me conte sua versão para a história do Rei Arthur.

Merlin – Como eu disse, eu irei contar a história de Camelot.

Robert fez uma cara de incrédulo, mas resolveu ficar sentado naquela praça e ouvir o que aquele senhor de aparência estranha tinha para dizer. Apesar de ter apenas 25 anos Robert sempre soube aceitar os avisos de seu sexto sentido. E nesse caso todos os músculos do seu corpo diziam para ele parar para ouvir aquele senhor. Mesmo achando que ele não passava de um velho maltrapilho que parecia ter fugiu do manicômio.

Merlin – Acho que o tempo está mudando. Você gostaria de tomar um chá em minha casa? É melhor do que esse café aqui.

Robert – Não pareceu tão ruim já que o senhor tomou 4 xícaras.

Merlin – Qual é o seu problema jovem rapaz? Você está preste a escrever algo maravilhoso que nenhum outro escreveu e está reclamando de alguns míseros centavos gastos com um café terrível?

Robert – Calma senhor. De qualquer maneira não sei se seria tão prudente ir com o senhor para algum lugar. Eu não o conheço.

Merlin – Eu também não conheço você. E mesmo assim estou lhe dando um voto de confiança.

Robert respirou fundo e levantou-se e, pois-se ao lado do senhor de barba branca ajudando-lhe a andar.

Robert – o senhor machucou a perna.

Merlin – Sim... depois que você passa tanto tempo andando acaba por gastar muito as penas... agora me ajuda. Eu moro naquela direção.

Robert – Muito longe? Podemos ir de carro.

Merlin – Carro? Eu não gosto de carros...são uma lata de aço que parece que vai nos esmagar. Eu prefiro cavalos.. eles sempre foram melhores.

Robert – Desculpe senhor, mas no centro de Londres... no máximo que conseguiríamos seria uma carroça no parque. Por favor, deixa eu te ajudar... de carro chegaremos bem rápido.

Merlin não gostava muito de tudo aquilo. Na verdade, mesmo depois de tantos anos caminhando por vários lugares e passando por tantas coisas ele não conseguia se acostumar com as coisas modernas. Na verdade o seu medo com o mundo moderno fazia com que ele passasse grandes períodos na floresta no interior de Londres. Foi assim que ele não percebeu quase nada das mudanças que aconteceram no mundo, as guerras, as doenças, ... Ele só saia de seu “mundo” quando necessitava de conversar com alguém o que levava anos para acontecer.

Robert – Certo, o senhor está confortável?

Merlin – Se você acha que ficar dentro de uma lata de metal é ficar confortável.. eu estou muito confortável...

Robert – Ok... então me diga para qual lado eu devo ir.

Merlin – Para a Floresta de Glastonbury.

Robert fica assustado com a informação.

Robert – Senhor isso fica há quase duas horas daqui.

Merlin – E qual o problema?

Robert – Nenhum... vamos...

No trajeto para a cidade de Glastonbury Robert tentou puxar assunto com o senhor sentado ao seu lado, mas nada conseguiu, pois Merlin estava ocupado demais dormindo.

Assim que chegou ao local Robert avistou alguns monumentos na cidade que era considerada por muito como prova da existência de Avalon.

Robert – Senhor... chegamos. Para qual direção eu vou?

Merlin – Aquela. Vamos para a floresta. Espero que sua lata de metal aquente a estrada.

Robert – O senhor realmente gosta da lenda. Vindo morar em Glastonbury. Dizem que aqui foi enterrado Arthur e Gwen, porém, nenhum corpo nunca foi encontrado.

Merlin – Isso é mais uma das grandes mentiras que se dizem por ai.

Assim que chegou ao final da estrada Robert desligou o carro. Merlin rapidamente saiu de dentro do carro ajeitando a coluna.

Merlin – Definitivamente sinto falta dos cavalos.

Robert – Pronto e agora. Para onde iremos? Não vejo nenhum vilarejo por aqui. Onde o senhor mora?

Merlin – Me siga.

Os dois homens começaram a andar pela floresta. Logo no começo Robert percebeu como o senhor era diferente naquele ambiente. Ele andava rápido como se conhecesse cada tronco, cada pedra, cada árvore existente no local.

Robert – Senhor, por favor, podemos ir mais de vagar?

Merlin – Ora ora ora.. não se fazem mais jovens como antes... Venha meu rapaz esse velho aqui irá te ajudar a caminhar entras as arvores. E a propósito meu nome é Merlin.

Robert – Merlin? Como Merlin das lendas Arthurianas?

Merlin – Eu juro que odeio quando falam lendas Arthurianas. Você sabia que se não fosse pelo Merlin Arthur se quer chegaria aos 21 anos?

Robert – Desculpe .. é que o seu nome é bem sugestivo.

Merlin – Minha casa é logo ali.

Poucos metros depois Robert se depara com a entrada de uma caverna. Mas antes de retomar o fôlego pela surpresa, Merlin o segurou pelo braço.

Merlin – Eu nunca trouxe ninguém aqui. Você é o primeiro dessa época a entrar nesse lugar e espero que você tenha respeito .... O local é a minha casa e logo não quero que mexa em nada.

Robert – Sim senhor.

Após isso Robert entrou. Logo no inicio da caverna ele se deparou com um espaço com pedra colocada de forma a não permitir que ninguém mais entrasse no local. Elas provocavam um efeito ilusório no qual quem olhasse da entrada acharia que era apenas uma gruta e nada mais.

Na medida em que ele acompanhava atrás de Merlin, o rapaz percebia que a tal caverna era funda e longa...depois de alguns bons minutos andando ele se depara com algo incomum.

Era uma caverna como nos filmes de Indiana Jones. Enorme, com todas as coisas básicas para sobreviver. Comida, cama, um pequeno radio antigo....

Merlin – Sente se aqui vou preparar o café. Parece cansado pela caminhada?!

Robert – Um pouco... Há quanto tempo o senhor mora aqui?

Merlin – Mais do que eu posso me lembrar.

Robert ficou observando o local e percebeu que o mesmo era pouco iluminado com luz vinda apenas de um pequeno buraco em um dos cantos da caverna. Ele percebeu que a caverna apesar de ter uma pequena cachoeira descendo em um canto da parede, a mesma não era úmida. Tinha um clima agradável refrescante. O cheiro que o rapaz sentia era de flores do campo, que ele não sentia desde quando era criança.

Robert se levantou e caminhou pela imensa caverna e ficou encantado com uma enorme estante com vários livros. Os livros tinham temas diversificados, alguns falavam de magia antiga, outros de musicas, outros de contos, outros de história. Todos os livros pareciam ser publicados em diferentes épocas da história da humanidade.

Robert – O senhor tem uma excelente coleção aqui.

Merlin – Eu disse para não mexer em nada. Sente-se aqui beba seu café.

Antes de voltar a sentar-se em uma cadeira Robert avistou na estante o que seria um álbum. Ao abri-lo encontrou vários papeis com desenhos de pessoas.

Robert – Quem são essas pessoas?

Merlin – Me dê isso. Eu disse para não mexer em nada.

Robert sentou se em uma cadeira e começou a tomar o café.

Robert – Senhor Merlin quem são essas pessoas?

Merlin – Velhos amigos.

Merlin começou a pegar cada um dos desenhos e levantá-los até seus olhos.

Merlin – Esse é Gaius. O velho medico de Camelot. E um bom substituto de pai, não existia nada que ele não soubesse.

Robert – Esse desenho é de mais de mil anos atrás.

Merlin – Sim, todos esses desenhos foram feito pelo artista da corte. Ao longo de anos ele retratava as principais famílias de Camelot. Esses aqui eram os principais cavaleiros da távola redonda.

Robertt – Principais? Achei que todos fossem importantes.

Merlin – Claro que sim. Mas alguns Arthur confiava mais, como Leon, Gwaine, Percival.

Robert – E Lancelot. De acordo com a minha pesquisa ele era um dos mais leais cavaleiros de Arthur.

Merlin – Lancelot. Aqui está a foto dele. Ele era honrado, valente e sua lealdade era com Camelot e Gwen. Ele acreditava nos ideas de Artur, mas era seguido pela justiça e amor. Um grande amigo.

Robert – Ele é bem diferente do que é retratado nos livros.

Merlin – Essa é Morgana quando eu a conheci. Linda, bondosa. Mas depois seu ódio por Uther a transformou.

Merlin fica um bom tempo olhando para o desenho de Morgana e solta um suspiro que é percebido por Robert.

Robert – Ela era muito bonita.

Merlin – Sim, tinha o sorriso mais lindo de todas as mulheres de Camelot.

Robert – Achava que Gwenevere fosse a mais bela de Camelot?

Merlin – Gwenevere era linda, bondosa, justa. Mas Morgana tinha os mais lindos olhos que eu já vi.

Robert – O senhor a conheceu?

Merlin ignora a pergunta feita por Robert e continua a olhar cada desenho.

Merlin – Essa era Gwen. Linda. Sua beleza só era superada por sua bondade e seu amor por Arthur. Ela morreu amando Arthur com todo o coração.

Robert – E Lancelot?

Merlin - Lancelot foi uma paixão que ela teve quando acreditava que seu amor por Arthur não teria futuro. Gwen se encantou com a bondade e justeza de Lancelot e claro pelos seus músculos e tudo mais que as meninas adoram. Mas o amor que ela sentia por Arthur era muito maior. E Esse era Arthur. O cara mais teimoso, convencido que existiu. Mas também era o mais justo, mais leal. Ele realmente acreditava em uma Camelot justa para todos e morreu acreditando nisso.

Robert – O senhor fala como se os tivesse conhecido bem de perto.

Merlin – E esse é o jovem Arthur.

Robert – Uma foto do rei ainda criança?

Merlin – Não. Uma foto do filho de Arthur e Gwen.

Robert fica olhando para Merlin como se estivesse ouvido o maior absurdo da história da humanidade.

Robert – Impossível. Arthur e Gwenevere não tiveram filhos.

Merlin – Eu já lhe disse para não acreditar em todas as mentiras que você ouviu na sua vida e prestar a atenção em mim. Esse foi o pequeno Arthur. Ele é a segunda pessoa que mais sinto falta.

Robert – E quem é a primeira?

Merlin tira mais um desenho do álbum e mostra com orgulho Hunith.

Merlin – Essa. Minha mãe. Senhora Hunith um senhora bondosa, que a única coisa que queria era o melhor para o seu filho.

Merlin fica olhando fixamente para o desenho e sem olhar para o papel ele fala com Robert.

Merlin – Então meu rapaz está pronto para conhecer a verdadeira Camelot? A Camelot que existiu depois da morte de Arthur?

Robert um pouco assustado, mas também muito curioso, não hesita em aceitar o convite.

E com isso o jovem escritor embarca na história contada por m Merlin já cansado, mas que tem em sua mente todos os detalhes de como ele, a rainha Gwenevere com um filho do rei, Gaius, Leon, Percival, Gwaine e os outros Cavaleiros da Távola redonda defenderam Camelot do segundo ataque feroz de uma Morgana mais poderosa e muito mais vingativa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Merlin - 6ª Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.