Suntuoso Passado:A história de Endymion e Serenity escrita por Darin


Capítulo 12
Capítulo 12: Chuva de diamantes...


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, último capítulo antes de 2014.

Não revisei ele, tá?
Estou muito desmotivada para isso, mas queria posta-lo ainda em 2013, por isso ele está aí...



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Hoje é meu dia de descanso, minha mãe sempre fala que devemos ter ao menos um dia no mês para repor as energias e nos preparar para mais um mês exaustivo de treinos e estudos.

“Isso torna o governante mais forte”, diz ela.

Antes de conhecer Endymion, meus dias de descanso eram sinônimos de festa do pijama com as meninas, doces e brincadeiras. Mas agora é diferente.

Meu dia de descanso para todos na Lua é o meu dia de meditar em outro planeta, para mim e para Endymion é o dia em que eu e ele podemos ficar juntos por longos períodos.

Ele sempre se esforça para que nos meus dias de descanso ele possa estar inteiramente à minha disposição e isso é perfeito.

Passamos o dia no mar, ele queria me apresentar os golfinhos da terra.

Eles são criaturas incríveis, apesar de viverem no mar não são peixes, possuem a pele lisa e gelada, um focinho engraçada e olhos amendoados. Seu canto é melodioso e quero levar isso na lembrança pelo resto da minha vida.

Quando voltamos à encosta rochosa, o sol já estava se pondo, mas isso não significava nada para mim e para Endymion, eu poderia voltar a hora que bem entendesse nos meus dias de descanso, olho para ele e ele me auxilia a sair do barco.

Não há palavras para serem ditas, eu e ele estamos nos completando de tal forma que assustaria qualquer um. Esta simbiose, esta ligação. Isso é a felicidade?

Amo Endymion.

–- Endymion, amo a joia azul, é maravilhoso sentir o vento, olhar o mar... Isso me dá uma grande paz. – ele sorri me olhando nos olhos...

–- Quando você olha da Lua, com o que este planeta se parece? – que pergunta diferente...

Penso por um momento e respondo.

–- Se parece com... – sorrio com os olhos brilhantes – Uma bola de cristal azul...

Ele me olha de forma tímida – Por que cada dia você está mais bela?

– São seus olhos.

– Impossível – Endymion faz aquela carinha de menino inocente que tanto amo – Meus olhos não poderiam me ludibriar tanto.

Ele sobe em uma rocha escorregadia e segura em minhas mãos para que eu consiga subir.

– Qual planeta visitaremos? – após passar o dia na joia azul, sempre vamos para algum planeta. Afinal, em tese eu passei o dia inteiro neste planeta.

– Queria te apresentar os anéis de Saturno.

– Saturno? – meu olhos se arregalam e senti minha boca abrir levemente com a perspectiva.

Saturn, a Sailor misteriosa, vive neste planeta junto com seus inúmeros seguidores. Dizem que ela é pouco sociável e que ninguém a viu realmente, a não ser minha mãe, é claro. Sem falar que seria muito perigoso ir a um lugar tão distante e sombrio... Uma vez, de relance, vi Pandora*, a seguidora que dizer ser-lhe mais leal... ela tinha a pele cor de neve e olhos grandes e caleidoscópicos, um frio traspassa minha espinha e estremeço.

Devo ter feito uma cara muito estranha, pois Endymion me olha preocupado e sorri, aquele sorriso que aliviar-me-ia de qualquer dor ou preocupação.

– Estou brincando... Demoraria muito para chegar lá – Seu sorriso de menino me fascina, ele coloca a cabeça para trás e seus dentes brancos refletem o pôr-do-sol, fico admirando-o – Na realidade pensei em irmos para Júpiter. É um bom planeta e tem um fenômeno natural *** que queria que você visse.

– O quê? – minha curiosidade já foi aguçada. Júpiter era um planeta bem melhor, apesar de que deveríamos tomar cuidado para não sermos vistos.

Olhei para ele com os olhos brilhando, implorando que me contasse, mas Endymion me olhou daquele jeito só dele.

– Segredo – ele eleva o dedo indicador para os lábios e sorri.

– Que injusto – faço biquinho.

– Você vai gostar – seus braços envolvem meus ombros e me esqueço da raiva.

Ele começa a cantar o mantra de transporte, sua voz é melodiosa e grossa, poderia morrer ouvindo esta canção.

Quando abro os olhos sinto o clima de Júpiter, fazia anos que eu não vinha a este planeta.

Aqui venta imensamente, seus habitantes são os pioneiros em energia eólica. Io, o castelo do reino de Júpiter brilha ao longe com seus inúmeros cata-ventos.

Precisamos tomar cuidado, júpiter é superpovoado e ninguém pode nos ver...

Balanço a cabeça e vejo que Endymion me olhava com preocupação sorrio e grito para ele.

–- É como se estivéssemos voando – começo a girar com os braços abertos.

Ele sorri e também começa a girar.

Como algo tão simples pode se tornar mágico?

Parecíamos duas crianças em dia de chuva. Meus longos cabelos giravam como orbitas em meu corpo, o rosto de Endymion estava iluminado pelo sol e por aquele sorriso maroto que somente ele possui. O que falar? É a magia do nosso amor.

Depois de passarem não sei quanto tempo, nós dois estávamos cansados e sorrindo. Sentamos unidos em uma pedra alta e ele me olhou nos olhos – Você é a mulher da minha vida.

– Você é o homem da minha vida.

–Queria que você visse algo que descobri recentemente – ele eleva-se e segura minha mão – Vamos, é melhor observarmos acima das montanhas.

Júpiter era um planeta enorme, subimos devagar, cada passo era um fragmento de sonho. Quando chegamos ao alto, ele sentou e fiquei ao seu lado, observando Io ao longe, alguns habitantes faziam seu voo final. Sim, os habitantes de Júpiter possuíam a capacidade de voar livremente pelo céu, tudo graças a um mecanismo desenvolvido por eles e o próprio clima do planeta.

Aqueles seres estavam apresados e quando olhei para o céu vi a razão de sua preocupação. As nuvens vermelhas do planeta estavam se amontoando e alguns raios cruzavam-nas – Endymion, vai começar a chover – falei alarmada, mas ele somente sorriu.

Eu não queria me molhar, isso seria complicado de explicar aos lunares... sem falar que as chuvas nestes planetas distantes possuíam a tendência de serem tóxicas e a pressa com que aqueles habitantes se recolhiam não parecia-me um bom sinal. Olhei mais uma vez para o céu e o que eu temia aconteceu: começou a chover.

Era uma chuva estranha, tive certeza. Das nuvens saiam um material escuro que à medida que se aproximava do solo ficava consistente e cinza como grafite. Após esta transformação acontecia um milagre.

O carvão que até o momento era somente carvão começava a adquiri uma tonalidade mais clara e brilhante, tanto que ao chegar ao solo refletia arco-íris multicoloridos.

Depois de passar um tempo contemplando este lindo fenômeno, o chão já estava coberto destes pequenos diamantes. Olhei para Endymion e ele me retribuiu o olhar.

– O que achou?

– Que presente mais fascinante – falei maravilhada – É tão lindo...

– Mais bela é você – ele fala remexendo as vestes – Queria te dar isso neste cenário.

Era uma caixinha diminuta que ele abriu e dentro podia-se ver um anel de prata com um diamante encrostado na superfície formando o desenho de alto-relevo de uma lua com o sol.

Simplesmente perfeito.

Endymion, me olhando nos olhos, ajoelhou-se com a caixinha aberta nas mãos. Minha respiração falhou, será que era o que eu estava pensando?

– Serenity, somente Serenity, aceita casar-se comigo? - Ele não queria se casar com a princesa da Lua, ele não poderia se casar com a princesa da lua, bem sabia.

– Sim, Endymion, somente Endymion, aceito me casar contigo – a princesa da lua não poderia se casar com o príncipe de Elysion, mas eu, Somente Serenity, desejava com todas as minhas forças este casamento.

– Mas eu não aceito – uma voz grossa falou ao longe.

Olhei assustada a figura impetuosa que surgiu. Ele era alto, corpo musculoso e elegante, seus cabelos eram castanho avermelhado, ondulados e compridos.

– O que faz aqui, Nephrite? –Endymion o conhecia, mas isso não mudava o ódio que vi em seus olhos.

– Vim busca-lo, mestre.

– General Nephrite, quem te autorizou a pensar que pode fazer isso?

– Jimmu-sama, governante de Elysion e seu pai, já sabe o que está acontecendo e está imensamente preocupado – era outro homem. Bem mais baixo que o primeiro, loiro de cabelos curtos e rosto bem definido.

– Minhas obrigações já foram cumpridas, Jedeitte, tenho direito a um dia de descanso.

– Sim, mas não com esta criatura – as últimas palavras continham ódio, este tal de Nephrite nem sequer me conhecia, como se atrevia a falar desta forma?

– Eu tenho nome – arrisquei, mas Endymion me ocultou mais, de forma protetora.

– Ando com quem bem desejar, meu caro Nephrite.

– Não quando o futuro do Planeta disser o contrário, meu Príncipe– foi a vez do loiro me encarar. Os dois avançaram alguns passos para nós.

– Vocês não entendem – Endymion estava rígido – O que é este futuro? Uma profecia? Uma reles profecia mística?- não compreendi do que os dois estavam falando. Que profecia poderia ser aquela? Ninguém nunca tinha me explicado nada sobre a proibição.

– Você se arrependerá, príncipe, se continuar com esta criatura.

Lágrimas estavam em meus olhos, eu não sabia o que fazer.

Que merda de profecia era aquela?

Um raio transpôs Endymion e atingiu meu rosto, um filete de sangue escorreu junto com as lágrimas salgadas que já emundavam minha face.

Neste momento Nephrite caiu e Jeditte ficou em posição de combate voltado não para Endymion e a mim, mas para outra figura. Agora, a passos de nós, ela olhava o corpo de Nephrite ao chão.

Alta, corpo bem definido, longos cabelos castanhos presos em um rabo de galo alto, Jupiter, olhava-me com repreensão – Princesa, ordeno que venha para o meu lado!

– Ju-jupiter? – olhei assustada para minha guardiã, a madona deste planeta.

– Não a ouviu? – havia urgência na voz da segunda guardiã que apareceu – Largue este reles humano e venha para o nosso lado! – Mars, a minha guardiã que possuía longos cabelos negros e olhos azuis escuros avançou alguns passos ameaçadoramente para mim e Endymion.

– Serenity é minha! Ninguém vai nos separar – ao falar isso, Endymion envolveu-me com sua capa, ouvi sua voz naquele mantra celeste e nós dois sumimos para a imensidão do céu.

* Uma das luas de Saturno se chama Pandora mesmo, na real, Saturno é o segundo planeta que possui mais satélites naturais, perdendo apenas para Júpiter.

** Este fenômeno existe mesmo, sério, em Júpiter chove diamantes... Aiaiai queria um dia poder ver, mas sei que não vou viver tanto para a astronomia estar tão avançada =(


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Notas finais do capítulo

Realmente, estava tentada a não postá-lo, mas mesmo vcs não merecendo eu sou boazinha...
tantas pessoas visualizando a fic e somente uma comentando, isso machuca, tá?
Desmotiva também...
Só para os fantasmas saberem...