Vivo Por Ela escrita por MayLiam


Capítulo 3
O Duque de Valeford


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Leah querida este com certeza é para você. Obrigada pela recomendação. Assim como você Ianna. Muito Obrigada! Estou feliz pela resposta de vocês. Já tenho 11 favoritos e nem estou no 3º cap....
Amanhã tem Rainha e Por Ele - Ele II
Pra quem acompanha...
Beijos e boa leitura!



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-Você vai ter que voltar ainda está semana? – pergunto ao meu noivo, estamos jantando.

-Não até o fim de semana, devo partir no sábado pela manhã.

-Quando poderei acompanhá-lo até a corte? – Stefan me olha e então suspira.

-Querida, eu sei que é muito ruim ficar aqui na mansão sozinha, mesmo estando certo de que Sage e a senhorita Mikaelson lhe fazem companhia, mas terá que ser um pouco mais paciente e esperar esta agenda com o rei me permitir lhe ministrar mais atenção.

-Ministrar?

-Por favor, Elena... – suspiro e me dou por rendida.

-Estou satisfeita, vou me recolher. – me ponho de pé e saio da sala de jantar. Não o ouço me seguir. Chego nas minhas instalações, frustrada, estar nesta casa é pior do que eu pensei. O pior é que pelo menos uma vez por semana o duque tem um daqueles seus pesadelos que não deixa ninguém dormir.

Stefan nunca fica em casa, só está por dois ou três dias, no máximo e me sinto cada vez mais sozinha. Mesmo a Senhora Mark e senhorita Mikaelson estando aqui, elas se dedicam tanto ao duque, principalmente Rebekah.

Quando Stefan está aqui ele sempre dedica duas horas ou mais de seu tempo indo até o quarto de seu irmão, para conversar com ele. Enquanto isso eu fico pela casa e sempre me permito explorar mais um pouco, meu lugar favorito é sempre a biblioteca, me perco nos livros por horas a fio, e também os jardins. Adoro admirar a bela vista que temos aqui do alto. A mansão fica realmente afastada de tudo.

Stefan não vem mais me ver e só volto a encontrá-lo na sexta pela manhã, na mesa pro café.

-Dormiu bem? – ele me pergunta assim que me vê sentar, está lendo um panfleto.

-Sempre durmo quando o duque decide fazer o mesmo. – falo petulantemente e ele me olha.

-Elena é mais complicado do que parece. Do jeito que você fala é como se fosse um capricho da parte dele.

-É exatamente o que me parece. Um capricho. Ele não está feliz enquanto todos na mansão não lhe derem atenção.

-Não sabe o que fala.

-Então me explique.

-Elena isto é uma assunto pessoal de meu irmão. Só ele poderia lhe contar.

-E como exatamente ele faria isso? Ele não sai de seu quarto, nunca nem sequer o vi, não o ouço a não ser quando grita e chora.

-Acredite é difícil para todos. Meu irmão era a alma desta mansão. Tudo ficou mais sombrio sem ele.

Eu noto que o pesar na voz de Stefan é quase mordaz. Minha garganta se aperta. Ele também deve sentir falta do irmão. Seja ele lá quem for.

-Não vamos estragar esta manhã tentando desvendar o porque de seu irmão ser anti social. Tenho apenas este dia com você e não pretendo desperdiçá-lo. Você poderia me mostrar alguns de seus locais favoritos aqui e eu já posso te mostrar alguns que me cativaram...

Ele sorri e busca minha mão na mesa a segurando.

-Tenho muita sorte em tê-la comigo Elena.

-Digo o mesmo, meu caro duque. – sorrimos e terminamos nosso café da manhã coversando sobre seus afazeres na corte. É maçante, mas eu apenas quero desfrutar do tempo ao seu lado.

...

Estou em meu quarto lendo e um barulho insistente toma minha atenção. São risadas, altas e inoportunas vindas de meu jardim. Tento me concentrar novamente, mas é irritantemente impossível. Não foi difícil reconhecer de quem se tratava. Meu irmão e sua espalhafatosa noiva. Rendido e frustrado resolvo saber o que tanto fazem e com calma me movo até a janela e afasto com cuidado as cortinas para os observar.

Pode haver coisa mais infantil?

Eles estão correndo pelo jardim. Meu irmão radiante ao encalço de sua noiva que solta gritos desnecessários todas as vezes que em vão, meu irmão tenta alcançá-la. Quando ele consegue sorriem feito bobos e recomeçam a perseguição. Que desnecessário!

-Senhor duque!- é a voz de Rebekah com meu lanche da manhã.

-Ponha na mesa. – falo sem tirar a atenção do casal em meu jardim.

-Está um dia muito bonito para um passeio ao jardim, não acha?

-Não! Não acho. – falo impaciente e me dirijo até a mesa onde ela começa a me servir. – Desça e diga para que parem com este barulho infernal, não consigo ler. – ela apenas me olha e termina seu trabalho.

-Mais alguma coisa? – eu apenas aceno e ela se vai. Os gritos e risos estão cada vez maiores e não consigo sequer me concentrar em comer.

Mas que diabos!

Desisto levando minhas mãos até a cabeça. Levanto novamente e volto a janela onde ainda os observo correrem, e então eu noto Rebekah se aproximar dos dois. Ela se dirige ao meu irmão e sua noiva se aproxima deles, Stefan olha na direção de minha janela e sei que pode me ver. Sua noiva se aproxima sorridente e logo perde o riso quando ele dirige a palavra a ela e imediatamente olha em minha direção, parecendo furiosa. Excelente!

Volto satisfeito pra minha mesa e para o meu lanche. O silêncio é acolhedor e satisfatório.

...

-Eu não posso acreditar. Ele é muito estúpido.

-Elena, por favor, entenda...

-Entender o que? Que seu irmão é um amargurado que não permite que ninguém viva ao seu redor? É insano.

-Estamos na casa dele.

-É a sua casa também. Stefan!

-Deixou de ser a muito tempo... – ele baixa a cabeça.

-Não, ainda é. – digo me aproximando dele. – Você tem o direito de ir e vir aqui como bem quiser. Isso é um ultraje.

-Elena, não quero importunar meu irmão...

-Por Deus, não fale asneiras. Ele que te importuna.

-Vamos tentar conviver em paz sim. Não o incomodamos e ele fica em seu lugar.

-Se ele pudesse deixar de existir seria melhor. – ele me olha e eu sorrio tentando suavizar tudo e procuro seus lábios para lhe dar um beijo. – Está bem, vou tentar.

-Obrigada! – diz forçando um riso.

-Vamos procurar algo para fazer juntos. Algo que não incomode o senhor carrancudo. – ele sacode a cabeça incrédulo e eu o guio até a biblioteca.

Stefan e eu ficamos por horas lá, saímos para o almoço e voltamos ao mesmo lugar. Fizemos tantas coisas e em um dado momento eu encontrei algumas fotografias antigas em uma das inúmeras gavetas do local. Stefan me olhou e se aproximou de mim.

-É ele? – pergunto encarando a foto. Dois homens abraçados ombro a ombro, um é meu noivo o outro não consigo ver o rosto, pois está rabiscado. Todas as fotos estão rabiscadas no rosto de um homem. Onde ele está com Stefan, mais algumas pessoas e há uma infinidade de fotos com moças, várias, muito lindas, que parecem sentir-se no céu. Meu noivo pega uma fotografia e encara.

-É ele sim. E talvez esta seja a única mulher da vida dele que posso dizer que namorou. – ele diz se referindo a mulher de cabelos longos, muito linda.

-Bem, ao que me parece ele namorou muitas. – falo encarando as dezenas de fotos, de fato há muitas moças. Stefan sorri. – Quem fez isso? – me refiro aos rabiscos.

-Ele. – Stefan fala com voz morta.

-Por que? – ele suspira.

-Disse que este homem nas fotos não existia mais e não precisava ser lembrado.

-Estranho para um homem querer esquecer de uma vida boêmia como a dele. Pelo menos é o que vejo nestas fotos.

-Sim, meu irmão adorava festas, mulheres eram sua paixão, mas acima de tudo uma em especial.

Stefan começa a viajar no passado e me leva junto...

... anos atrás....

-Um dia meu caro irmão, você poderá desfrutar de um amor como o meu.

-Não ligue para seu irmão Stefan, Damon sempre fala demais após duas taças de vinho a mais.

-Está me julgando conde?

-De maneira alguma. Apenas lembrando ao seu irmão o quanto você pode ser descompensado.

-Ora Alaric, não seja hipócrita. Sabe como é essas coisas de amor. Você mesmo é um apaixonado incorrigível. Quando vai parar de enrolar a senhorita Fell?

-Acredito que quando você decidir casar-se com a senhorita Star.

-Ela só me rechaça. Aprenda Stefan, aproveite o seu tempo e juventude amando a muitas, por que quando seu coração decidir que é só uma, sua ruína estará selada.

-Pare com isso Damon. Não estrague as mulheres para seu irmão, apenas por que foi desafortunado, colhemos o que plantamos, você fez sua reputação. Queria todas e acabou sem nenhuma.

-Correção. Eu queria uma, só que no processo para encontrá-la acabei encontrando um motivo para ela me desprezar, mas ainda sigo com muitas.

-Ora, que grande coisa.

-Stefan aprenda de uma vez por todas: Mais vale muitas na mão, do que uma te desprezando...

....

-Isso é lá conselho que se dê a um irmão mais novo? – fico incrédula com a história.

-Ele estava bêbado e amargurado. Alaric e eu estávamos tentando fazer ele ficar animado outra vez. Ele havia acabado de fazer um pedido de casamento e a moça o renegou.

-Pelo o que pude entender ela teve motivos reais.

-Bem, meu irmão sempre teve esta fama de conquistador, mas devo dizer que não era intencional, as mulheres apenas não se mantinham longe.

-Você o defende como ninguém.

-Por que é a verdade. Depois que ele foi rejeitado, aí sim ele começou a ser fútil, era quase irreconhecível e até mesmo hostil. Bebia demais, se metia em brigas. Alaric sempre esteve com ele, nunca o abandonou, nunca desistiu dele, nem eu. Acho que no fim de tudo, o que Damon é hoje é apenas o retrato da culpa que ele sente, por não ter ouvido seu amigo antes.

Eu nunca vou entender a ligação da amizade do falecido conde com o estilo de vida que Damon tem. Notando o clima novamente pesado, resolvo distrair Stefan, arranco as fotos de sua mão e começo a puxar um assunto qualquer com ele. Até antes do jantar. Sei que pela manhã ele partirá cedo e quero desfrutar cada segundo que ainda temos.

...

Na manhã seguinte resolvo partir até a cidade logo após a partida de Stefan. Acho que pelo meu noivado tenho que tentar me aproximar do duque, seu irmão ficaria feliz. Mas para tanto preciso saber primeiro o que houve com ele, saber quem era o conhecer. E uma ideia me vem a cabeça. Uma das coisas sobre a burguesia é que tem sua vida documentada na imprensa. Então saio da mansão com um destino certo. A redação do folhetim local. Certamente lá, nos arquivos saberei mais sobre o duque e seu passado.

....

Meu irmão veio despedir-se de mim antes de partir. E agora como sempre estou aguardando Rebekah com meu café da manhã. Não demora muito para que ela entre em meus aposentos.

-Bom dia senhor!

-Onde está a noiva de meu irmão? Já começou a reclamar sobre sua ausência?

-Na verdade, a senhorita Gilbert saiu logo em seguida.

-Saiu?

-Sim, senhor.

-Sozinha?

-Com o meu tio.

-Para onde?

-Não sei ao certo senhor. Pediu apenas para não a esperarmos para o almoço.

-Como assim? Ela não conhece ninguém neste país a não ser meu irmão e as pessoas desta mansão. Como ela sai assim sozinha?

-Não sei senhor. Apenas estou respondendo sua pergunta. Ela saiu e disse que não voltaria para o almoço.

-Ora, mas que... – respiro fundo. Ela deve ser uma daquelas meninas mimadas da América, que acham que podem ir e vir como lhe aprouver. – Diga a senhorita Gilbert, que na Inglaterra moças comprometidas não saem de casa sozinhas. Muitos menos por tantos espaços de tempo. – Rebekah apenas assenti.

-Mais alguma coisa?

-Não! – ela se vai. Acho que perdi toda minha fome. Realmente não deveria estar nem um pouco preocupado com a honra da noiva de meu irmão, mas com o nome de minha família sim. Quem ela pensa que é? Existem regras aqui.

Perdi minha fome. Eu realmente odeio quando isso acontece.

...

Chego na recepção do folhetim local. O senhor Finn esteve relutante em me trazer, mas ao final concordou, como poderia discordar? O homem na redação foi muito cortês e engoliu minha conversa sobre uma tese de jornalismo sobre o mistério a cerca do duque de Valeford, ele não escondeu o fato de todos na cidade comentarem sobre o sumiço repentino do burguês diante da sociedade que ele tanto frequentara e badalava. E quase que de imediato me colocou diante de um verdadeiro almanaque da vida da família de meu noivo.

Haviam matérias sobre a chegada dos Salvatore e como fizeram fortuna. Recortes sobre a morte dos pais e de como os dois filhos dividiram o posto de duque ao passar dos anos. Matérias sobre os trabalhos acadêmicos de Damon e suas contribuições parlamentares. Ele era um dos mais ativitas sobre algumas reformas constitucionais, o que me surpreendeu, pois  Stefan deixou claro que seu irmão não se envolvia em assuntos da coroa, mas nunca me contara que ele era um dos principais contribuintes da constituição do país. Suas emendas é claro, eram mais a favor do povo. Talvez por isso, tenham sido quase que desconsideradas em maioria pelo parlamento. Seus feitos na arquitetura eram destacados em algumas reformas e restaurações de prédios históricos.

A cada nova linha e matéria que eu lia quase me fazia enxergar o homem que Stefan tanto admira. Realmente o duque era um homem singular. Metido em escândalos e polêmico ao extremo, mas também muito admirado, cobiçado e respeitado na corte. Por suas ideias e seus atos também.

Eu estava me sentindo cada vez mais instigada a conhecer este homem, mesmo com meu noivo dizendo que ele deixara de existir a tempos. Em meu coração crescia a esperança de que tal personalidade permanecia intacta atrás das paredes daquele quarto. Estava cada vez mais decidida a o confrontar.

Então eu vejo o recorte que marcara toda a virada na vida do duque. O acidente que matou o Conde Alaric Saltzman, feriu sua esposa a Condessa Meredith e seu amigo de longa data o Duque de Valeford. Não se sabe ao certo o que acontecera naquela noite. Apenas que os amigos voltavam de um baile anual, quando um animal de grande porte surgiu do nada e forçou o Conde, que estava na direção do veículo, a desviar o carro da estrada. Todas as informações obtidas foram por meio da Condessa, não se obteve mais nenhum contado com o duque que desde então parou de aparecer em público e tudo o que se sabe agora é que devido ao acidente o duque adquiriu uma doença que não o permite estar mais convivendo em sociedade.

Termino de ler todos os artigos a cerca do acidente e tento reorganizar minha mente.

Doença? Que doença? Stefan nunca me falara de nada. Recolho todas as informações que achei pertinente anotar e vejo que já se passam das três da tarde. Então recolho tudo, agradeço ao gentil senhor e vou ao encontro do senhor Finn para voltarmos a mansão. Minhas expectativas renovadas. E agora, mais do que nunca eu pretendo saber de tudo através da melhor fonte. O duque.

....

Rebekah sobe com minha janta. Eu observei o jardim por todo o dia, inquietamente, mas nada dela regressar. Enfim, não a muito tempo ouvi o carro parar em frente da mansão.

-Ela chegou enfim? – pergunto pra Rebekah que apenas me olha e confirma. – E está bem?

-Aparentemente sim.

-Sabe onde foi?

-Não senhor.

-Seu tio não sabe?

-Não acho que lhe foi autorizado dizer.

-Não lhe foi autorizado? – estou perplexo - Chame Finn aqui.

-Mas senhor...

-Agora Rebekah! – ela engole com meu grito.

-Sim, senhor.

Começo a tomar minha sopa, inquietamente. Ora sei tudo o que acontece nesta casa. E meus empregados obedecem a mim, mais ninguém. Depois de um tempo e já totalmente ansioso Finn reluta na porta de meu quarto. Ainda estou na mesa, mal toquei na sopa.

-Mandou me chamar senhor?

-Obviamente. Para onde levou a senhorita Gilbert esta manhã?

-Até a redação do jornal local senhor.

-Jornal? E para que?

-Não sei senhor. Ela ficou lá por horas e eu apenas a esperei na entrada e depois voltamos para a mansão.

-Você não entrou com ela?

-Não senhor, ela não permitiu.

-Deixou que a noiva de meu irmão ficasse por horas trancada numa redação cercada por homens? – eu estou rosnando eu sei, ele engole em seco e não sabe o que responder.

-Não pude evitar, ela foi muito clara, não me queria com ela e assegurou que estaria bem.

-Que isso não volte a acontecer Finn. Ela pé uma dama, e como tal não pode ir i vir sozinha, ainda mais num local onde estão tantos homens. De agora em diante, se isto voltar a ocorrer a siga como uma sombra, você me entendeu?

-Sim, senhor.

-Pode se retirar e chame Rebekah aqui. Quero falar com ela.

Ele faz o que peço e se vai. Deixo minha refeição de lado e me movo até minha escrivaninha, com um propósito em mente.

...

Já é tarde e estou me preparando para dormir, quando ouço alguém bater a porta de meu quarto.

-Sim?

-Senhorita, sou eu. Rebekah.

-Pode entrar, está aberta.

Ela caminha e vem até mim. Estou diante de minha penteadeira, tentando disciplinar meus cabelos.

-O duque me pediu que lhe entregasse isto. – ela fala em um tom desanimador e eu encaro o pequeno envelope em suas mãos pelo espelho e me viro para segurar. Está lacrado com um selo onde apenas pode se destacar a letra ‘D’.

-Ele mandou que você me entregasse? – ela afirma. – E o que é?

-Não sei senhorita. Com licença. – ela perece bem insatisfeita com a tarefa que lhe foi dada e deixa meu quarto abruptamente. Eu imediatamente paro o que estou fazendo o vou até minha escrivaninha e sacando o abridor de carta, desfaço o lacre e encaro o bilhete:

“Cara senhorita Gilbert,

Não me vi forçado a lhe dirigir qualquer contato até então, por que eu julguei que meu irmão havia incumbido a senhorita sobre as regras nesta casa, ou mesmo neste país. Nunca, em hipótese alguma, uma moça comprometida deve aventurar-se a redações, seja por quais motivos forem. Principalmente se em tal ambiente estará cercada por cavalheiros que lhe são estranhos e que lhe podem faltar com o devido respeito. Muito embora neste caso, tal atitude de sua parte não inspire respeito algum. Não estou muito certo de que meu irmão lhe falou como as coisas funcionam nesta casa, mas a senhorita não está autorizada a sair sem a companhia da senhora Mark ou da senhorita Mikaelson. Não sei qual é o trato e costume que as moças de seu país lidam com compromisso, mas em meu país, em minha casa e em minha família, a atitude de hoje não pode se repetir. Peço que mantenha o devido decoro para com sua honra e a de meu irmão.

Atentando para a sua compreensão e esperando que esteja bem, após tal aventura. Uma cordial saudação. E sem esperar uma resposta,

Damon Salvatore, Duque regente de Valeford.”

Encaro o bilhete abismada. Em todo este tempo que estive a aqui, não houve nenhuma manifestação de sua parte e agora ele apenas se dirige a mim por meio deste bilhete que mais parece uma afronta do que um ‘contato’, como ele decidiu chamar.

Meu corpo está fervendo, e meu coração palpita, pego a pena e busco uma folha de papel. Inspirada em lhe dirigir uma resposta, mesmo não esperada.


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Notas finais do capítulo

Hasta mañana :D