Shark escrita por ervilha


Capítulo 16
Capítulo 16 - Tubarão branco


Notas iniciais do capítulo

D= Último capítulo que eu posto hoje. Prometo me apressar escrevendo. Mas, quanto mais tempo, mais perfeitos eles ficam! /euacho -q



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                - E se Bárbara acordar e nos vir assim? – Eu sussurrava, enquanto enrolava seus cabelos nos meus dedos.


                - Não poderá contar para ninguém, pois ninguém acreditará. Achariam apenas fruto de um ciúme, ou de uma noite mal dormida, por causa do cheiro de peixe podre. – Nós rimos.


                E eu me afundei em um sono profundo, acolhido nos braços de meu chefe de estágio.


 


                Senti um frio repentino. Vicent tinha se desgrudado de mim, e vestia sua camisola apressadamente. Meus ouvidos pareciam ainda não ter acordado, e eu não ouvia nada, apenas mantinha um olho aberto. Bárbara estava atrás de mim, me balançando fortemente, para me acordar. Parecia que algo sério estava acontecendo. Meus ouvidos avisaram meu cérebro de que uma sirene estava tocando.


                - Que sinal é esse?! – Eu vestia meu casaco, entregue por Bárbara.


                - Pelo que fala aqui, nesse placar, isso é aviso de incêndio! Temos que ir para o átrio principal rápido! – Vicent pegava na minha mão e me arrastava pelos corredores afora.


                Todos os quartos estavam fechados, e a sirene não se ouvia ali fora. Parece que só tinha sido ativada na arrecadação. Chegámos ao exterior, era ainda madrugada, o Sol estava rompendo no horizonte. O mar estava brilhante, e o marinheiro de antes estava lá, nos esperando, com um barquinho de madeira lá em baixo. Quando nos viu, expressou pânico e medo.


                - Vamos! Corram! Entrem para o barco! São os últimos a serem evacuados! – Ele nos dava para a mão as escadas de corda que nos levariam até o barquinho de madeira.


                Todos descemos a escada e parámos no barco. Lá, estava a garota de manta de novo.


                - Eu vou vos acompanhar. Sei remar, não se preocupem. – Ela destapava sua cara, era Bella, a mulher do arrendador.


                - Bella! O que você faz aqui?! – Eu pegava no remo.


                - Bom, eu vou vos levar até… a Nova Zelândia. – Ela me tirava o remo das mãos.


                - Mas... o barco não está ardendo! – Bárbara se virava para o navio cruzeiro, procurando fumo. – Que merda é essa, hein?!


                - Claro que não. Isso era um plano para eu vos tirar daquele quarto miserável. – Ela ria. – Ah, mas tem um problema. Eu não sei para onde é a Nova Zelândia, então capaz que a gente vá parar no lugar errado.


                - Bella, eu exijo que você vá para o navio de novo! Se você não for, nós mesmos iremos a nado! – Vicent abanava o barco.


                - Tenha calma, senhor gay. Não vale a pena ir a nado, ou você vai virar alimento para tubarões. – Bella sorria, enquanto remava ofegantemente. Nós 3 engolimos em seco.


                - Vai demorar quanto tempo até acharmos terra? – Bárbara se recostava nas minhas pernas.


                - Acho que encontramos hoje à tarde.


                - Significa que vamos morrer esturricados pelo Sol até lá?! – Eu me exaltava e me preparava para mergulhar.


                - Pode mergulhar, Karl. Pelo que me falaram, esse lugar está inabitado de tubarões nessa altura do ano. Mas, a água é gelada, você vai morrer congelado se nadar até a embarcação. E, cada vez mais, estamos nos afastando. – Vicent olhava para a água, que estava cheia de animais marítimos perigosos e que podiam acabar com aquele barquinho em segundos.


                - De qualquer jeito, para me refrescar, vou manter meus pés na água. Já que não tem nenhum assassino lá em baixo. – Eu botava meus pés na água. Mas, antes que botasse lá, eu raspei no barco e fiz um corte, não muito fundo, que nem sangrou bem.


                Bella continuou remando, Bárbara fazia massagens nas minhas costas, enquanto eu molhava meus pés naquela água saborosa, que acabava com todos os calores que eu pudesse ter naquele dia de Verão, esturricando ao Sol. Vicent opinava sobre a direção que Bella estava dirigindo o barco.


                - Nossa!, essa água está tão gelada que eu já nem sinto os pés! – Eu ri, junto com Bárbara.


                Vicent ficou desconfiado e olhou para a água. Pulou de susto e me obrigou a que eu tirasse meus pés rapidamente da água. Bella se assustou também, pois a água estava vermelha, toda circundante o barquinho. Eu obedeci a Vicent e retirei meu pé da água, quando eu reparei que meu pé direito tinha sido comido por algum animal. Todos entrámos em pânico, e ainda mais quando vimos um grande tubarão branco nadando em volta do barco, provavelmente procurando mais comida. Meu resto de pé da perna direita estava sangrando muito e, por causa do arranhão minúsculo que o barco tinha feito no meu pé, o tubarão fora atraído pelo cheiro de sangue que apareceu na água, quando eu botei o pé lá dentro.


                - E agora?! – Bárbara gritava a plenos pulmões, enquanto sacudia o barco.


                - Pára quieta imediatamente, menina! – Bella segurava ela. – Quanto mais movimento fizer, mais tubarões vão vir, porque o sangue vai se espalhar.


                Vicent se botava em pé, e tentava avistar algo.


                - O que há, Vicent? – Eu tentava conter minha dor no pé.


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Notas finais do capítulo

;3 Continuem lendo, e o resto de boa semana.



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