Flashback on:

Ouviram alguns barulhos e viram um vulto por trás das arvores.

–O que foi isto? -Maddie perguntou apavorada.

–Não sei, mas não quero ficar aqui para descobrir. -Alisson avisou.

–Vocês estão sentindo uma sensação ruim? -Vic perguntou as amigas que concordaram rapidamente.

Elas sentiram um cheiro bom no ar, e perceberam que o cheiro estava atraindo elas. Elas sentem uma necessidade enorme de saber de onde está vindo aquele perfume.

Victoria olhava ao seu redor na tentativa de encontrar o lugar desejado, precisava urgentemente achar a origem daquele perfume maravilhoso.

Ela avistou uma roseira diferente, com rosas negras ao lado de uma árvore sinistra, morta como tudo na floresta. Mas aquelas rosas estavam em perfeito estado. Havia rosas negras espalhadas por todo o solo da floresta.

Aquelas rosas eram tão lindas e ao mesmo tempo assutadoras. Era quase impossivel haver rosas assim em Dallas, muito menos no meio da floresta. Isso deixou tudo ainda mais assustador.

–Nunca vi rosas desse jeito. São tão sombrias. -Comentou Victoria.

–Eu achei elas lindas. -Alisson dizia sem tirar os olhos das rosas.

–São perigosas, isso sim. Elas estão soltando esse cheiro bom que está nos fazendo ficar atraídas por elas. Não cheguem perto delas, eu imploro. -Pediu Victoria. Mas como sempre as amigas não deram ouvido à ela.

Ela ia tentar avisar as amigas novamente, mas já era tarde demais, quando Vic notou que Alisson estava prestes a encostar nas rosas. Alisson encostou apenas um dedo na rosa e no mesmo instante gritou.

–Essa rosa dos infernos me queimou. -Alisson gritou. Ela olhava para a mão com uma expressão de dor. Em seus olhos começavam a se formar as primeiras lágrimas.

–São rosas. Elas são inofensivas. -Maddie brincou.

–Vamos descobrir se é frescura de nossa querida amiga. -Victoria cuidadosamente encostou nas rosas negras. Levou um grande susto, quando tocou na rosa foi como se estivesse colocando a mão em um fogo ardente. Sua mão ardia e a dor era imsuportável.

O lua começava a sair por trás das nuvens carregadas da noite. Agora sobre a luz prateada da lua as rosas ficavam ainda mais assustadoras. Olhando melhor agora, elas podiam observar os detalhes.

A rosa era mais negra do que a noite mais tenebrosa que elas já haviam visto. Era perfeitamente linda, convidativa, ninguém podia imaginar que aquela rosa poderia fazer. A rosa parecia congelada, fria, sem vida. Mas era quente, mais quente que qualquer verão em Dallas, mais quente do que o fogo do inferno, mas quente que o fogo que queimava a casa de Victoria. As meninas tinham medo, mas estavam tão encantadas com o que as rosas poderiam lhe causar que acabaram deixando o medo de lado.

Um barulho tirou as meninas de seu transe, agora elas podiam sentir algo se aproximando. Logo atrás delas, elas conseguiam sentir uma presença. Se viraram com cuidado e tomaram um susto. Era a garota que Victoria havia visto em sua casa mais cedo.

–Quem é você? O que tu queres com nosco? -Alisson rapidamente perguntou. Elas e as amigas davam passos para trás, na tentativa de fugir daquela criatura.

A garota abriu a boca, mas nenhum som saiu. Alisson e Victoria ouviram apenas barulhos sem sentido. Mas Maddison de alguma forma conseguia ouvir claramente o que a garota estava dizendo.

"Tomem cuidado, essas coisas pode machucá- las. -Disse a garota apontando para as rosas. -Saiam daqui antes que ele venha atrás de vocês. -Sussurrou" -Apenas Maddie conseguia entender.

–De quem tu disses que precisamos fugir? -Maddie perguntou para a garota. A garota parecia assustada, não acreditava que Maddie havia conseguido entendê- la. -Como sabes tanto sobre as rosas, sobre nós? Responta. -Gritou.

As amigas olharam para ela sem entender. A garota estranha começou a ficar transparente e aos poucos desapareceu.

–Ela era um espectro? -Victoria perguntou. Ela ainda parecia muito abalada com a aparição da garota.

–Acredito que sim. Mas parecia ser um espectro do bem, não nos machucou. -Maddie disse enquanto tentava se acalmar.

–Isso realmente não importa. Eu só necessito saber de uma pequena coisa... VOCÊ ENTENDEU O QUE AQUELE MONSTRO DISSE? -Alisson perdeu o controle.

–Sim, vocês não entenderam? -Maddie perguntou. Como as amigas não haviam entendido, para ela a garota havia sido tão clara.

–Entendemos apenas alguns barulhos, urros, gritos, foi bem estranho. -Victoria falou. -Mas o que ela disse? -Victoria não parecia mais assustada e sim interessada no acontecido.

–Disse que as rosas são perigosas. -Victoria deu um sorriso vitorioso para Alisson que a olhou com desprezo. Afinal, Vic estava certa sobre as rosas. -Também disse que alguém irá vir atrás de nós e que precisamos fugir. -Contou.

–Ótimo, além de vampiras que fizeram um pacto com satanas, agora você ainda fala com fantasmas? -Alisson perguntou se referindo a Maddie.

–Eu não sei mais de nada. Nada tem sentido. -Maddie disse.

–Para onde vamos agora? Não temos casa e não podemos ficar na floresta para o resto de nossa "vida". -Vic perguntou. -Sugestões?

Barulhos de passos vinham aos seus ouvidos. Galhos eram quebrados quanto mais aquilo se aproximava delas. Folhas secas caidas pelo chão eram esmagadas. Coisas assutadoras aconteciam enquanto aquele ser se aproximava das meninas. Ele saiu de trás de uma árvore logo na frente das meninas.

Um homem de mais ou menos 30 anos de idade apareceu na frente das meninas. Ele era muito bonito e charmoso. Victoria tinha certeza que o conhecia de algum lugar, mas não lembrava de onde.

–Olá garotas! -Cumprimentou- as.

As garotas o olharam com estranheça, até mesmo com medo. Aquele homem havia seguido- as até o meio da floresta?

–O que queres? -Perguntou Victoria.

–Apenas quero conversar com vocês meninas. -Disse com um sorriso no rosto. Seu sorriso lembrava o sorriso de Alisson, era algo maldoso.

–Diga quem eres e o que quer conversar conosco! -Alisson ordenou.

–Podemos conversar em outro lugar. -Disse gentilmente.

–Não vamos à lugar nenhum com você, então retire- se agora mesmo. -Victoria mandou.

O homem deu uma gargalhada alta, rouca e assustadora. -Vocês vão vir comigo, querendo ou não. -Seu olhar ficou sombrio.

Ele retirou dardos com um liquido de dentro de seu casaco e atacou nas meninas. Elas nem tiveram tempo de reagir, ele era muito rápido. Em segundos as meninas já estavam desmaiadas no chão frio da floresta.

[...]

A sensação de queimação percorria o corpo inteiro das três meninas. Era dificil se levantar, era como se o corpo delas estivesse dormente e não obedecesse seus comandos. Os olhos ardiam demais, embaçando a visão delas.

Apenas depois de algumas horas elas conseguiram começar a perceber o efeito daquele dopante que o homem havia lhe dado passar.

Foram recuperando os sentidos lentamente e em alguns minutos era como se nada tivesse lhes afetado. Se sentiam um pouco tontas ainda, mas estavam se recuperando rapidamente.

Logo perceberam que estavam presas em um porão de paredes cinzas, empoeiradas, cheias de mofo e descascadas. Parecia mais um galpão abandonado. Havia uma escada que levava para uma porta que provavelmente seria a saida daquela "prisão".

Correram até a escada. Maddie abriu a porta, mas não conseguiu sair. Parecia até bruxaria. Não tinha motivos para elas não conseguirem sair, simplesmente não conseguiam o fazer.

–Podem tentar o quanto quiser, não vão conseguir sair. -Ouviram aquela voz tão temida. O homem da noite passada estava naquele mesmo comodo. Sentado em uma poltrona.

Alisson pulou em seu pescoço. -O que você que conosco? Porque nos trancou aqui? Porque não conseguimos sair? -Gritava em seu ouvido.

–Só vou responder porque sou gentil com damas. Primeiramente tranquei vocês aqui porque são mostros, vampiros. Segundo, eu quero mantê- las presa aqui para poder proteger todos de vocês, meninas das trevas. E terceiro, vocês não conseguem sair porque na porta tem sal e vocês fizeram um pacto com o satanas e não podem encostar em sal, rosas negras e outras coisas, essas são as fraquezas de vocês. -O homem contou.

–Como você pode saber de tudo isso? Você pegou a pessoa errada. Somos apenas três amigas, não somos vampiras. -Vic tentou enganá- lo.

–Vocês me deram todos os sinais que são vampiras. -Começou. -Roupas lotadas de sangue, no meio da noite em uma floresta sombria, são fracas a sal e rosas negras... devo continuar? Seu que vocês são vampiras. -Contou.

–E quem você acha que é pra achar que pode nos mater presas aqui? Podemos lhe matar a qualquer momento. -Alisson ameaçou.

–Eu sou um caçador... Caçador de vampiros. -Essas palavras realmente assustaram as garotas. Um caçador, droga. -E eu posso mantê- las aqui sim e não tenho medo de vocês.

–Deveria ter. -Alisson disse avançando no homem.

Ele sorriu, apertou um botão em sua busula de bolso e na mesma hora o estrato das rosas negras foram soltados na sala do porão. Queimou as meninas e fez elas desmaiarem novamente.

Agora esse seria o destino delas? Ficarem presas com um caçador de vampiros maluco para sempre? Isso era tão injunto.