The Lucky One escrita por AnaLu


Capítulo 20
Capítulo 20 – Eu queria que...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa a demora, mesmo!
Espero de verdade que gostem e ouçam a música, pois ela que me inspirou a sentar aqui e escrever esse capítulo.
Boa Leitura!



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Capítulo 20 – Eu queria que...

– Ai meu deus! Olha essa vista! Isso é incrível! Preciso tirar uma foto! Nós precisamos! Senhor! Com licença, será que você poderia tirar uma foto minha e da minha amiga, por favor? É Incrível! Obrigada! Vamos Bella, sorria!

CLICK

– Mocinha, você poderia olhar para a câmera?

– Bella! Me desculpe, ela se distrai facilmente. Bella?

– Ah, oi! Desculpa... é só que... olha essa vista! – respondi um pouco perdida, estávamos no topo do Empire State – Acho que consigo ver o Campus daqui!

– Sim sim, vista incrível, cidade incrível, blá, blá, blá, mas vocês poderiam, por favor, olhar para a câmera? – o senhor falou e eu rapidamente abracei Charlie, minha amiga que conheci no campus, e dei um grande sorriso. – Ótimo! Obrigado!

CLICK

– Uhuuul! Quero ver! – ela era bem empolgada, bem “cidade grande”, mas também um doce, foi muito bom conhecê-la – Muito obrigada moço!

Voltei a ver a vista, iria sentir falta de Nova York, já iria embora amanha e ainda há tanto que eu quero fazer! A cada dia estou mais apaixonada por essa cidade! Mas parece que cidades e pessoas não ocupam o mesmo lugar no coração, pois mesmo encantada com tudo aqui, não consigo tirar um par de olhos verdes da minha cabeça.

– O cara faz todo esse drama e ainda tira uma foto tremida! Vai entender.... oh, essa ficou boa! Amei! Vou postar! Mas que legenda? Ah já sei.... – Ela continuava a tagarelar e eu a admirar a vista, concordava em alguns pontos mesmo sem estar ouvindo, ela realmente gosta de falar, mas é bom, me mantém afastada de pensamentos depressivos ou indagações sobre uma possível conversa que eu teria se não deixasse ele plantado no aeroporto à uma semana atrás.

– Charlie olha! Eu consigo listar tantos lugares que já fomos observando tudo de cima, mas ainda há tantos mais! – ela deu um meio sorriso se aproximando – TEMPO, PASSE MAIS DEVAGAR! POR FAVOR! – gritei aos céus em um impulso, a sensação é incrível! Minha amiga gargalhava ao meu lado.

– E eu que jurava que você fosse quetinha, tímida... mas não se preocupe, com você se mudando para cá depois do verão poderemos fazer tudo e mais um pouco! – agora nos encaminhávamos para descer do prédio.

– Bom, não é certo que eu venha ainda, você sabe... – ela me olhava com uma cara de “é disso que você vai falar no seu último dia?” – Quer saber? Deixa pra lá! O que faremos hoje? Como é meu último dia espero que você tenha preparado algo beeeem legal!

– É assim que se fala, garota! – ela deu uma piscadinha e rimos juntas.

Saindo do Empire State fomos almoçar em uma dessas barraquinhas de cachorro-quente, tiramos fotos, falamos sobre como tinha sido a semana, e como sentiríamos falta, etc.

Ainda sairíamos a noite, pois New York é incrível, mas de noite é mais linda ainda. Ela combinou com um pessoal que conheci no Campus também, então seria uma despedida geral.

– Tudo bem, são 15h agora, vá para seu dormitório, descanse, arrume suas coisas e eu passo para te pegar as 20h, ok? – eu assenti e nos despedimos.

Cheguei ao quarto, que estava um pouquinho bagunçado, ok, estava muito bagunçado. Liguei meu computador em alguma playlist do itunes e comecei a arrumar tudo.

Algum tempo depois a janela do Skype abre no meu computador. Nem precisava ver quem era para adivinhar, aceitei a chamada com vídeo.

– Hey Alice! – falei animadamente quando vi seu rosto na tela.

– Belinha!!!! É tãaao bom te ver! Eu sei que nos falamos a semana inteira, mas hoje poderei falar “até amanhã”! O que é ótimo! Porque tenho altas fofocas e muita preguiça de falar por distância!

– Awn Allie, também senti sua falta! Não imagina o quanto! – estava sendo sincera, achei que seria tranquilo fica uma semana longe, mas foi torturante – mas e ai? Cadê o pessoal?

– Bom, os meninos foram em algum lugar fazer não sei o que, mentira, acho que foram jogar baseball com um povo da escola. E a Rose ta vindo para cá, mas você sabe como a bixa é lerda... – e...advinha quem entra no quarto?

– A bixa é o que?

– Rose!!! Oiiiii!! – tentei evitar a discussão.

Hey, Bella! Que saudade! – ela sorriu e me mandou um beijo.

– Mas que bom que todos estão bem! E aí? O que andam fazendo? – perguntei.

– Olha Rose, como é fofo ver ela fingindo que se importa com a gente, quando na verdade... – Alice comentou irônica.

– Ei! Eu quero sim saber de vocês! Eu me importo! – me defendi.

– Nossa Alllie, agora nós nos chamamos Edward e eu não sabia?

Há-há, muito engraçado... – comentei e elas riram. – Mas já que vocês falaram....

Há! Sabia! Sabe, vocês dois são muito orgulhosos, me dá raiva até, ele me pergunta de você, você me pergunta dele.... Céus! Não dá para pegar o telefone e fazer alguma coisa! – Alice desabafou.

– Ele... ele, er, pergunta de mim? – não sei por que fiquei tão feliz de repente, tá, eu sei, mas enfim.

É claro que sim! – Rose respondeu e meu sorriso cresceu mais ainda. – Mas ele pensa que você o odeia, que você ainda ta puta e que a última coisa que quer fazer é olhar na cara dele!

Nossa! Mas eu... eu... não entendo, quer dizer, eu... ele me odeia? Pois isso é o que parece, ou não... eu... – Alice me interrompeu.

Você desligou a porra do telefone! – ela disse “gentilmente”. – O cara corre para chegar antes do seu voo para concertar toda a burrada que os dois fizeram e então você simplesmente desliga, tipo, simples. Mas não é simples, pois agora os dois estão nesse joguinho besta de “ele/ela me odeia, mas eu o/a amo!”cara, isso cansa! Então parem!

Fiquei um pouco em silencio, meio estática depois do desabafo da Alice.

– Ele...ele, er, ele me ama? – perguntei encarando um ponto vago.

– Sério? Só isso que ficou na sua cabeça? – Alice perguntou um pouco incrédula.

Bella, nós amamos vocês dois e queremos o melhor, então, por favor, aproveite para tentar ajeitar as coisas quando você voltar, ok?

– Vou tentar, meninas, é só que... sabe... é complicado.

Complicado sempre é, mas estaremos aqui se precisar ok?

– Sim, obrigada meninas! É por isso que eu amo vocês!

Awwn!

Acabamos conversando mais um pouco até que eu tive que desligar e terminar a me arrumar. Religuei o som, e logo dançava e cantava pelo quarto. É incrível como algumas músicas parecem tocar no momento certo.

(ouçam por favor: http://genius.com/Taylor-swift-i-wish-you-would-lyrics)

São 2 da manhã, no seu carro
Abaixa o vidro
Passa pela minha rua
As lembranças começam
Você diz que isso já é passado
E continua em frente
Você está pensando que eu te odeio agora
Pois ainda não sabe aquilo que eu nunca te disse

Será que os que as meninas falaram é verdade? Ele pensa que eu o odeio? Mas, bom, nas últimas semanas eu não me esforcei para demonstrar o contrário... então é algo esperado, mas não que eu queira, quer dizer, eu gosto dele, muito, e não é amizade, mas devo arriscar mesmo com uma pequena chance de ser correspondido?

Eu queria que você voltasse
Queria não ter desligado o telefone do jeito que desliguei
Queria que você soubesse que não te esquecerei
Enquanto estiver viva
Queria que estivesse aqui,
Agora, está tudo bem
Bem que eu queria

São 2 da manhã, no meu quarto
As luzes passam pela minha janela
Eu penso em você
Nós éramos um amor
Torto em uma linha reta
Se você quer correr e se esconder
Então isso te faz dar a volta

Quando eu desliguei o telefone daquela maneira eu o fiz pois preferi a certeza ao invés da esperança, mas agora eu estou voltando e eu não o prometi nada, mas eu devo a verdade, por tudo que ele me deu.

Eu queria que você voltasse
Queria não ter desligado o telefone do jeito que desliguei
Queria que você soubesse que não te esquecerei
Enquanto estiver viva
Queria que estivesse aqui,
Agora, está tudo bem
Bem que eu queria

Eu queria que pudéssemos voltar
E lembrar pelo que nós estávamos lutando
Eu queria que você soubesse
Que eu sinto muito a sua falta para ficar com raiva agora
Queria que você estivesse aqui
Agora, está tudo bem
Bem que eu queria

Dentro da nossa mentira, eu tive a sorte de encontrar um sentimento tão verdadeiro e agora chego a um ponto que preciso confrontá-lo e descobrir o quão é real e, mais importante, se é tão real para ele quanto é para mim.

Eu, eu, eu, eu queria, eu queria
Eu, eu, eu, eu queria, eu queria

Você sempre soube como mexer comigo
Você me dá tudo e nada
Esse louco, louco amor te faz voltar correndo
Ficar pra trás onde você estava

Eu queria que você
Eu queria que você
Eu queria que você
Eu queria que você
Eu queria, eu queria

2 da manhã, aqui estamos nós
Vejo seu rosto, você escuta a minha voz no escuro
Nós éramos um amor
Torto em uma linha reta
Aposto que você quer correr e se esconder
Mas isso nos fez voltar atrás

Eu preciso de coragem. Eu preciso da verdade. Eu preciso voltar para casa, para ele. Eu quero isso, eu quero o que tínhamos, mas de verdade.

É, acho que amanhã será um grande dia.


Eu queria que pudéssemos voltar
E lembrar pelo que nós estávamos lutando
Eu queria que você soubesse
Que eu sinto muito a sua falta para ficar com raiva agora
Queria que você estivesse aqui
Agora, está tudo bem
Bem que eu queria

Você sempre soube como mexer comigo
Você me dá tudo e nada
Esse louco, louco amor te faz voltar correndo
Ficar pra trás onde você estava

Eu queria que você
Eu queria que você
Eu queria que você
Eu queria que você

Eu, eu, eu, eu queria, eu queria
Eu, eu, eu, eu queria, eu queria
Eu queria que você

Sai do avião ainda perdida em pensamentos. Pegava minha bagagem enquanto pensava no dia anterior, a conversa com as meninas, o passeio noturno, a despedida. Amei New York, amei essa viagem. Tornou-me um pouquinho mais independente, me deu uma perspectiva de como meu futuro pode ser e, principalmente, me ajudou a respirar, a pensar com calma em tudo e, ao mesmo tempo, viver cada momento intensamente.

Ao passar pela saída do desembarque senti os braços de minha mãe me enlaçando apertado. E então foi a vez de meu pai.

– Também senti a falta de vocês! Mas foi incrível! – falei animada.

– Que bom querida! Pois queremos saber de tudo! – Minha mãe também se animou enlaçando seu braço ao meu enquanto caminhávamos para o estacionamento.

Chegando em casa todos estavam lá, bom quase todos. Fiquei um pouco decepcionada ao perceber que ele não quis me receber como os outros. Ele pensa que você o odeia, tentei tranquilizar a mim mesma.

Dei muitos abraços, distribui presentes, contei minhas “aventuras” e fiquei sabendo das novidades. Comi um monte também e dei muita risada. A todo instante meu olhar era direcionado a porta esperando que ele entrasse, mas não aconteceu.

Eu não conseguiria esperar para sempre, precisava encontrá-lo. E acho que sabia o lugar exato. Me aproximei de Alice em meio a pequena festa que acontecia em minha casa.

– Eu vou atrás do seu irmão... – sussurrei. – Você arranja uma desculpa para minha ausência? Por favor? – perguntei e ela deu um grande sorriso assentido. Também sorri e me virei para sair quando sinto ela me puxar para uma abraço apertado.

– Eu só... – me apertou ainda mais e eu retribui. – Pronto – me soltou. – Agora pode ir.

Sai correndo e entrei na picape. Espero que eu lembre o caminho. Espero que eu lembre o caminho. Espero que eu lembre o caminho. Espero que eu lembre o caminho. Tentava me tranquilizar.

Quando cheguei à estrada de terra sabia que não tinha volta, era agora ou nunca. Estacionei o carro um pouco antes e fui caminhando. Logo encontrei o volvo estacionado. Acertei. Sorri e adentrei o antigo mirante em silencio.

Ele estava de costas, apoiado na beirada, olhando o além. Queria parar e apenas observá-lo, ou tirar uma foto. Mas precisava agir, antes que minha coragem acabe. Respirei fundo.

– Sabe, a vista do Empire State é incrível, mas a trocaria facilmente por isso aqui! – suspirei. Ele se virou para mim, não sorria, estava visivelmente surpreso, sorri – Na verdade, a história de como cheguei aqui é um tanto engraçada. Mas atente-se ao tanto, afinal, nem tudo são sorrisos, especialmente nessa história. – Dei uma piscadela. – Droga, isso ficou brega! Parece trailer de sessão da tarde, calma, vou mudar... não é bem o que eu queria dizer! Eu deveria ter ensaiado...

Ficou um silencio constrangedor enquanto eu tentava organizar meus pensamentos. Bom, até ele quebrá-lo.

– Mas o que exatamente você queria dizer?


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam??
Fic em reta final! Agradeço a todos que continuam aqui mesmo com minhas ausências, e prometo tentar acabar a fic esse ano! (espero)
Comentem o que acharam, dicas, críticas, sugestôes, etc.
Espero que estejam gostando!!
Bjos e até o proximo!
AnaLu