Violetta

Eu já podia avistar minha casa no começo da rua, minha mãe andou um pouco mais e estacionou na porta, quando descemos do carro meu pai nos esperava com um sorriso. Passamos por ele sem dizer nada. Ele foi até o carro e pegou todas as malas já que ele era o culpado de tudo isso. Apesar de ainda está com medo de encontra o corpo estirado no chão do meu quarto, eu segui em frente e abri a porta não havia nada lá o tapete tinha sido removido. Com certeza estava cheio de sangue. Faltava dois dias para o halloween, eu estava ansiosa pois Louis me chamou para uma festa no porão da casa de Bob, um amigo dele. Eu queria chamar Taite para ir comigo, mas eu não encontrei com ele desde que voltei. Então continuei lendo meu livro de Edgar Allan Poe. Porque ele sempre foi meu escritor preferido. Minha mãe entrou no quarto querendo falar comigo, mas eu não estava muito afim de conversa eu já sabia que ela fantasiava com o dia em que meu pai ia mudar e ela achava que isso estava prestes a acontecer por conta da gravidez.

- Oi querida. – Ela disse sorrindo – está cansada? Por causa da viagem? – Ela me perguntou sendo-se no canto da cama.

- Um pouco – respondi querendo corta conversa.

- Eu estou sentido que algo está diferente vai acontecer – ela me disse sorrindo.

- Mãe, não é porque você tá grávida que o papai vai mudar em relação à você. – eu respondi deixando-a sem ação.

- Ótimo Violetta, continue com suas palavras maldosas. – Ela disse levando e caminhado em direção a porta – tem mais alguma coisa para falar? – Ela me perguntou.

- Você é fraca – respondi fazendo ela sair do quarto sem dizer nada.

Taite

Eu estava mais uma vez no consultório obscuro do doutor Tom. Só que dessa vez ele estava brigando comigo, ele me encaminhou para outro terapeuta. Que tolo,não sabe que não posso sair daqui, nem se eu quisesse, e eu queria. Muito! Violetta estava de volta a mãe dela estava grávida isso era um bom sinal. Uma criança sempre trás alegria para qualquer pessoa e pelo que vem acontecendo ultimamente os Black estão precisando de alegria.

- Por que você não apareceu na consulta Taite? E nem ligou para remarca? O que aconteceu? – Ele me encheu de perguntas.

- Eu não quis ir. Eu não quero outro psicólogo, eu quero continuar com você. – Eu disse quase gritando.

- Não dá, as coisas já estão indo longe demais entre você e a Violetta. – Ele me respondeu. – Não posso deixar que você se aproxime tanto de mim.

- Mas já estamos próximos, não tem como reverte isso.

- É exatamente por isso. Taite você precisa procura ajuda com outro terapeuta. – Ele disse olhando o relógio.

- Me dá uma chance doutor Tom. Por favor, eu prometo que me afastarei. – Disse me aproximando dele. – Você precisa me ajudar a se torna alguém melhor – falei chorando.

- Vou pensar seriamente nisso. – ele falou levantando, isso significava que era hora de voltar ao porão.

- Tchau – falei indo em direção á porta.

- Tchau – ele disse abrindo-a para mim – vou entra em contato com sua mãe.

Depois de algumas horas minha mãe veio me ver e disse que o doutor Tom que sair comigo no Halloween, eu amei a ideia. Em falar nisso vou ter que ficar longe da Violetta isso me lembra que ainda não vi ela. Então deixei um bilhete em seu quarto para ela me encontra no porão.

Violetta

- Então você fez amizade no colégio? – Perguntou minha mãe surpresa quando estávamos jantando.

- É o Louis. Então… – Falei – você vai me deixar ir na festa? – Perguntei, pela primeira vez na vida eu ia a uma festa. Sempre sonhei com isso

- Claro querida. Espero que você se divirta muito lá. – Ela me respondeu sorrindo.

O jantar inteiro foi assim, nos comemos e conversamos sobre coisas diárias. Quando voltei para o quarto tinha um bilhete em cima da minha cama.

Violetta me encontre no porão, senti muito sua falta.

com amor.

Taite.

Sai correndo e desci as escadas na esperança de encontra Taite. Quando cheguei no porão não vi ninguém.

- Taite? – Chamei. – Taite? – E nada aconteceu. Continuei andando quando algo me agarrou e eu gritei alguém estava vestida com a fantasia de látex que meu pai havia jogado fora. Foi quando Taite tirou a parte de cima da fantasia que consegui respirar normalmente. Ele começou a me beijar.

- Você se assustou? – ele me perguntou rindo.

- Não – respondi, eu havia beijado um garoto pela primeira vez na vida. - Por que está vestindo isso? Meu pai jogou no lixo. – Falei deixando-o um pouco sem graça.

- É eu sei, mas tem coisas que podemos reaproveitar – ele disse me beijando novamente.

- Eu queria mesmo falar com você – eu disse lembrando da festa – vai ter uma festa quinta-feira na casa de garoto e eu fui convidada. – disse – Você não quer ir comigo? Podemos ter um encontro de verdade eu to cansada desse porão com cheiro de mofo. – Eu disse fazendo ele franzi o cenho.

- Eu vou amar Violetta, vai ser demais. – Ele disse animado – mas agora quero te contar um pouco sobre a construção dessa casa. – Taite disse acendendo uma vela vermelha. – O doutor Charles vai falar com a gente – ele disse sentando em volta da vela. – Vem.

- Taite, eu não acredito nessas coisas. – Disse me sentado de frente para ele – Quem é Charles? – Perguntei.

- Charles foi quem construiu essa casa. Ele era um médico muito dedicado mais acabou se viciando em cocaína e arrumando sua carreira. Sua mulher Noras estava atormentada e com medo da falência. Então a única opção que ela teve foi abrir um negócio clandestino aqui, no porão de sua casa onde seu marido ficava a maior parte do tempo.

“Esse foi um jeito muito arriscado de ganhar dinheiro, era uma coisa bem secreta até que um dia uma das pacientes contou o que havia acontecido para o seu namorado e ele ficou enfurecido e fez uma ligação para o doutor Charles dizendo que iria se vingar. E foi isso que ele fez. Sequestrou o bebê de Noras e o matou. Charles não conformado com a morte do filho, decidiu que daria vida à ele de novo. Ele conseguiu fazer isso transformou o bebê em um mostro com pedaços de animais diferentes. Dizem que ele ainda vive no porão.”

- Nossa que história mentirosa, não acredito em nada do que você disse. – Falei levantando. – Te encontro quinta-feira.

- Seu pai não que que andemos juntos – ele me avisou.

- Tudo bem, eu fico de olho por você – eu disse indo embora.