Violetta

As coisas estavam muito estranhas desde que Esther nasceu, eu não conseguia entender quem ela era e porque era tão estranha, ela era o diabo disso eu já sabia, então Esther era um demônio, ou estava possuída por um desde que nasceu. Eu não entendia, ela não era normal!

Quando cheguei a cozinha, Constance estava falando com Moura, quando elas me viram mudaram de assunto como seu eu não tivesse percebido.

– Constance, o que faz aqui? – Perguntei.

– Eu vim trazer isso para Esther. Ela está? – Perguntou ela me mostrando um pacote esbulhado com um laço vermelho em cima.

– No quarto, como sempre.

Eu acompanhei ela, queria tirar qualquer informação de qualquer pessoa.

– Você acredita em demônios? – Perguntei a Constance. Enquanto subíamos as escadas.

– Do que você está falando? – Ela me perguntou parando no degrau.

– Você não acha a Esther estranha? – Eu perguntei e ela ficou desconfiada. – Eu sei que você sabe de algo. – Disse por fim.

– Eu não sei de nada, eu acredito em demônios e não sei onde Esther se encaixa nisso tudo. – Ela respondeu voltando a andar.

– Esther é um demônio. É isso posso ver nos olhos dela. Eu sei disso – ela não queria responder, ela sabia que era verdade.

– Quero ficar as sós com a garota – pediu ela.

Então fui ao porão, quando cheguei lá Esther e Taite estavam discutindo. Quando Esther me viu começou a falar mau de Taite. Eu não acreditava em nada, que dizer Taite era um assassino, mas ele não lembrava de nada. Eu defendi ele e Esther ficou com tanta raiva que saiu correndo e nos a seguimos.

Tom

Quando chegamos em casa, Vivian me obrigou a limpar o jardim, era final de outono e havia folhas secas por todos os lados. Eu estava limpando tudo quando Esther veio correndo.

– Hei mocinha não pode brincar agora – falei limpando o suor da testa.

– Cala a boca – ela me respondeu gritando.

– Não fale assim comigo Esther eu sou o seu pai.

– Não! Não é, você nunca será meu pai. Não há seu material genético em mim! Eu te odeio, a Violetta te odeia. Ninguém gosta de você Tom, seu idiota. – Ela disse me deixando com muita raiva. – Para de me bater Tom, para de fazer isso. Porque você faz isso. – Quando olhei para as minhas mãos elas ainda estavam presas ao saco de lixo. Mas alguém estava dando tapas em Esther. Me virei para olhar em volta e atrás de mim estava Taite e Violetta assistindo tudo, Violetta chorava.

– Esther – gritei quando ela desapareceu.

Violetta

Eu estava atordoada completamente confusa e sem entender absolutamente nada. Eu fazia ideia do que havia acontecido, Esther era mesmo estranha. Eu estava completamente cansada de tentar descobri isso. Eu não parava de chorar e só tinha uma opção. Peguei a navalha que não usava a tempos e me cortei nos dos pulsos na vertical, eu apaguei de imediato.

Quando acordei estava dentro da banheira com Taite, voltei a chorar. A água estava congelando saímos da banheira e ele me envolveu na toalha que estava quente. Fomos para o quarto, eu não queria que Taite fosse embora, queria que ele ficasse comigo. Para sempre.

Constance

Violetta já havia começado a desconfiar de Esther, ninguém poderia descobrir a verdade, quando cheguei no quarto ele estava vazio então deixei o presente em cima da cama dela. Esther era minha neta e eu amava ela.

Eu iria fazer qualquer coisa para mante-lá segura.