Os Black escrita por Dreamer Girl


Capítulo 13
O diabo


Notas iniciais do capítulo

Então gente, tá ai mais um capítulo, eu espero que entendam que não quero reescrever a serie de American Horror Story. Que dizer tem muito plágio da serie, mas desde o começo eu já imaginava como seria essa fic. Eu quero agradecer a todos que estão lendo e comentando. Obrigada e espero que gostem :).



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Vivian

Estava arrumando o quarto do bebê. As paredes já estavam pintadas e o berço montado. Só faltava uns últimos ajustes. Eu estava tentando por o mobile de boneca quando Taite e Violetta se aproximaram da porta. Eles ficaram parados sorrindo, como se dissessem que o quarto estava lindo e estava mesmo. Havia bonecas em toda parte e um papel de parede roxo.

- Como vai se chamar sua filha? – Perguntou Taite.

- Ainda estou em dúvida – admiti pensativa – entre Luanna e Esther.

- Prefiro Esther – Violetta sugeriu entrando no quarto.

- Eu também – disse Taite.

- Então pode ser Esther – Desci da escada depois de ter finalmente colocado o mobile.

Eu realmente estava feliz. Esther faria toda a diferença em nossa família. Nada poderia estragar esse momento. Foi ai que Tom entrou no quarto atrapalhando meus pensamentos. Ele não estava nada bem.

- Como você pode fazer isso comigo? – Perguntou ele me deixando confusa. – Você deve está pensando que amanhã eu irei contigo no hospital ver minha filha nascer. Mas eu acabei de saber toda verdade! – Gritava ele com fúria.

- Eu não sei de que verdade você tá falando – respondi um pouco assustada pela agressividade.

- Que essa criança não é minha. Que nosso casamento foi um mentira. Todos esses anos jogando meu tempo, minha vida no lixo! – Tom rosnava vermelho de raiva

- O que você está anunciando que minha mãe te traiu? Você acha que ela é assim igual a você? – Violetta disse no mesmo tom de voz dele. – Isso é pra não dá dinheiro pra Esther quando ela nascer. – Explicou ela fazendo-o ri.

- Eu tenho a prova de que essa criança não é minha. – Ele ergueu o envelope.

- Você transa com mulheres novas, velhas. Diz que minha mãe te traiu. Você é doente! – Violetta cuspia as palavras. Ele deu um tapa na cara dela, fazendo Taite retribuir com um soco.

Depois de toda a confusão desci, tomei um chá e me acalmei. Não sabia sobre o que Tom estava falando. Não fazia a menor ideia. Então voltei ao dia em que transamos. Lembrei que ele estava com a fantasia de látex. Eu olhava nos seus olhos. Olhos castanhos. Olhos castanhos? Os olhos de Tom são verdes claros. Foi ai que me dei conta de que algo estava errado. Eu… Eu havia sido estuprada. Eu… Não! Não pode ser verdade. Aqueles exames estão certo. Esther não é filha de Tom.

Constance

- Onde está Violetta aquela pestinha? – Perguntei a Moura.

- Por que está tão preocupada com a garota? – Ela me perguntou me impedindo de entra.

- Temos um assunto em particular. Coisas que não são da conta dos empregados – eu a rebaixei.

- Só acho que deveria se preocupar mais com seu filho, afinal ele fica por ai dormindo com mulheres comprometidas. – Sua resposta foi como um tapa. Não sabia sobre o que ela estava falando, mas não era uma coisa boa.

- O quê?

- A filha que Vivian espera não é do doutor Tom – suas palavras foram como facas afiadas entrando sobre minha pele. Mas ao mesmo tempo senti uma alegria.

– Serei avó?

- É. Mas seu filho está morto e isso não é um bom sinal. – Meu sorriso desapareceu no mesmo instante. Corri para o porão gritando por Taite.

- O que você faz aqui? – Ele me perguntou friamente.

- Querido, até que enfim conseguimos alguém para te ajudar. E não podemos desperdiçar essa chance, é exatamente por isso Taite que você tem que me falar. Você não transou com aquela mulher. Não é mesmo? – Ele não me respondeu. Ao invés disso começou a chorar. Eu entendi como um sim e comecei a bater nele.

- Não fala pra Violetta mãe. – Pedia ele. Fui embora sem falar mais nada.

Taite

Fiquei extremamente feliz quando soube que a Vivian teria uma filha. Eu até achava que ela e o doutor Tom não se divorciaria. Mas estava errado. Eu. Eu acabei estragando tudo! É tudo minha culpa. Eu não sabia que uma breve “atração” me levaria a fazer isso. Que dizer, Vivian é tão parecida com Violetta. Ela me fez perde o controle. Eu tentei não fazer isso. Mas não consegui, o desejo foi maior. Se eu pudesse voltar ao passado concertaria toda essa confusão. Eu não posso ter uma filha. Esther não pode ser minha filha! E se a Vivian descobri? E se minha mãe contar? Ai, Deus. Eu estava encrencado. Por quê?

Ouvi gritos no andar de cima e decidi ver o que era já que na última confusão Violetta levou um belo tapa na cara. Subi as escadas apressadamente e quando cheguei lá fiquei trêmulo, assim que ouvi Vivian gritando as palavras que eu mais temia em ouvir.

- Eu fui estuprada – anunciava ela.

- Mãe, por que não nos contou antes? – Perguntava Violetta segurando seu braço.

- Por que eu não sabia querida. Tom acredite em mim – implorava ela. – Olhos castanhos – isso me fez ter uma serie de calafrios. Olhos castanhos? Meus olhos. Ela lembrará. Ai Taite, como faria de tudo para concerta isso.

- O quê? – Perguntou o doutor Tom.

- Olhos castanhos Tom. – Ela sentou-se no sofá cansada pelo peso na barriga. – Na noite em que… – Ela parou um segundo fitando Violetta – transamos na sala. Lembra?

- É claro que lembro Vivian. O que isso tem a ver com estupro? – Tom estava impaciente e andava de um lado para o outro.

- Depois disso. Você apareceu no quarto com a fantasia de látex e transamos de novo no quarto né? – Perguntou ela fazendo meu coração acelerar a cada palavra.

- Não!

- É disso que eu estou falando Tom. Não era você. – Ela andou até ele – acredite em mim. Eu nunca faria nada do tipo. – Ela deu-lhe um beijo na bochecha e subiu as escadas.

- Eu te odeio, mas não posso deixar de pergunta. O que você acha disso? – Violetta se aproximou mais um pouco do pai.

- Eu não sei. Não sei se acredito ou não.

- Pai, talvez possa ser verdade. E se foi o fantasma do antigo morador? – Sugeriu ela fazendo Tom se vira.

- Violetta fantasmas não existem – ele disse em alto tom.

- Nessa casa existem. Eu acredito na mamãe. – Essas foram as últimas palavras dela.

Violetta

Depois de toda a confusão que aconteceu com meus pais, não pude deixar de me preocupar. Minha mãe teria bebê no dia seguinte e não podia ficar se irritando por nada. E eu estava tão ansiosa. Fui até a escola e no intervalo fiquei conversando com Louis. Ele começou a me contar algumas coisas estranhas.

- Ontem, eu estava em um ritual. E vi um homem. Ele era loiro e tinha um sorriso sarcástico no rosto. – Começou ele. – Você acredita no diabo? – Me perguntou ele. Eu apenas acenei que não com a cabeça. – Pois deveria. Ele realmente existe. Eu pude ver em seus olhos.

- Olhos? – Perguntei curiosa.

- Os olhos dele havia fogo, gritos de dor, desespero e almas. Almas queimando intensamente. – Ele me disse.

- O que você foi fazer em um ritual?

- Eu não sei. Eu não sou esse tipo de pessoa. Mas alguma coisa me disse que eu deveria ir. Que eu deveria alerta-lá. – Ele disse pegando a mochila.

- Ah obrigada, mas sei me virar sozinha. – Falei já levantando.

Fui pra casa pensando nessas palavras. Quando cheguei lá ouvi gritos agudos. Corri para o quarto onde minha mãe mal se mexia de tanta dor. Onde estava Moura para ajuda-lá? Minha primeira reação foi correr até a casa da Constance. Ela me segui-o até o outro lado da rua. Liguei pro meu pai, ele disse que já estava a caminho.

- Há quanto tempo está com contrações? – Perguntou Constance.

- Muito tempo – sussurrou minha mãe.

- Não dá mais para esperar. O bebê vai nascer a poucos minutos.

- O quê? – Gritei ao ouvir as palavras de Constance. Esther não podia nascer ali.

- Isso mesmo. Vamos Violetta precisamos ter o sangre frio nessas horas – ela disse empurrando a barriga da minha mãe. Eu apenas fiquei ao seu lado paralisada. Nunca havia passado por isso antes.

Foi ai que algo saiu de dentro da minha mãe. Eu não sabia bem o que era mais não tinha vida. Depois de Constance muito analisar deduzimos. Era um feto recém formado. Era tão minúsculo. Ela não deu muito importância já eu nem consegui mexer os olhos. Foi quando meu pai entrou no quarto. Ele se pós do outro lado da cama e ficou bem próximo à minha mãe. Minutos depois vimos o bebê nascer. Mas não era um bebê comum parecia uma criança de um ano. Aquela cena me fez desmaiar. Aquela criança não era e nunca seria humana.

Quando acordei estava no meu quarto, meu pai me olhava ainda confuso.

- Cadê o bebê? – Perguntei com dificuldade de falar a palavra bebê.

- Está no quarto dela. Ela é tão linda. Já encantou a todos – ele respondeu rindo. Parece que havia se esquecido que ela não era sua filha.

- Pai. Aquela criança. Não é normal – Levantei-me da cama.

- Violetta só porque Esther parece ser um bebê diferente. Não significa que seja. Pare de julga-lá – ele levantou da cadeira e andou até a porta. – Deveria ir vê-lá. Vai saber do que estou falando.

Resolvi segui o conselho do meu pai. Então andei até o quarto de Esther. Parei na porta e fui andando lentamente até o berço. Quando me aproximei pude vê-lá melhor. Ela estava de costas pra mim. Era enorme. Aproximei minha cabeça para dentro do berço quando ela se virou. Quando olhei em seus olhos, as palavras de Louis me voltaram à tona.

- O diabo! – Exclamei.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero que possam dá suas opiniões. Beijos.



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