Amor Colegial escrita por Pão


Capítulo 12
Acordando


Notas iniciais do capítulo

x-x vejo leitores me apedrejando auehuheauh



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Abri os meus olhos devagar, notei um lugar diferente, um quarto vazio com cor predominantemente azul claro e branco. Eu estava com tubos em minha boca, agulhas injetadas em minha veia. Aparelhos medindo meus batimentos cardíacos, e duas pessoas desconhecidas ao meu lado.

Uma delas tinha cabelos pretos e longos, estava pálida, com os orbes brancos como a lua. Seu rosto era de uma mulher cansada, com várias olheiras e os olhos inchados. Eu não conseguia distinguir quem era essa. Ao seu lado uma mulher com um longo jaleco branco, óculos e os cabelos amarrados em um coque. 

Movi minha mão.

– F-Filha? – a mulher de orbes brancos me chamou.

– Onde... – as palavras eram tão fracas.

– Eu senti tanta a sua falta filha. – ela me abraçava com força, aquilo estava me doendo, porém me sentia tão aquecida.

– Quem... – ainda procurava falar.

– Senhora Hyuuga, por favor, se contenha. – ela dizia para a tal moça que me chamava de filha, enquanto apertava um botão onde estava escrito “Doutor”.

– Você voltou, eu esperei tanto por isso. Tanto. – ela ainda dizia chorando.

Ficamos em silêncio, eu não conseguia pronunciar uma palavra. Meu corpo não se movia direito.

O doutor chegará ao quarto.

– Ela reagiu? – disse ele perguntando a enfermeira.

– Sim doutor. Ela falou um pouco e moveu um pouco do corpo. Acredito que o coma dela já tenha acabado não é muito comum vermos pacientes que já conversam ao menos uma palavra ao acordar.

– Hm, interessante. Já fazem três meses que ela não reagia. Vamos deixar em observação. Se tudo ocorrer certo podemos liberar ela para reaprender o que ela perdeu em todo esse tempo.

– Você vai melhor filha, acredite. – a mulher dizia sorrindo para mim, cheia de lágrimas em seu rosto.

~.~

Passaram-se duas semanas desde que eu havia acordado do meu coma. Eu falava algumas poucas coisas, porém consegui recuperar vários movimentos do meu corpo, exceto os das pernas. Ninguém me contava o que havia acontecido, porém presumia que havia sofrido algum tipo de acidente.

Eu estava saindo da fonoaudióloga, hoje eu havia ganhado nota oito. Foi um grande progresso. Mas eu tinha um problema maior, eu não reconhecia muito bem os rostos de minha família.

Voltando ao hospital encontrei as pessoas a qual deveria me direcionar de pai, mãe, irmã e primo. Eu reconhecia a pessoa chamada de pai, eu havia visto o seu rosto enquanto estava no coma.

– Tudo bem Hina, vamos novamente. Quem é essa mulher?  – a enfermeira apontava para a mãe.

– Eu não sei. – disse baixo.

– Quem é esse homem? – ela apontava para o pai.

– Hyuuga Hiashi. – disse certeira.

– Isso, você está certa. – a enfermeira parabenizava. – Agora, quem é essa garotinha? – ela apontava para a irmã.

– Hyuuga Hanabi. – disse certeira novamente.

– Isso mesmo. E quem...

– Eu não reconheço o rosto de mais ninguém. Só estavam presentes em meu sonho Hiashi que morava comigo, e Hanabi que estava no exterior estudando. Essa mulher e esse garoto devem ser mãe e irmão ou primo. Mas eu não reconheço. Eu vou construir aos poucos o que eu sei de vocês, por isso não fiquem me perguntando. Quando eu tiver certeza eu vou falar. – pausei – Mulher, eu acredito que ficou comigo esse tempo todo em que eu estava em coma, por isso não fique triste é passageiro isso. Do mesmo modo em que eu vou recuperar o movimento das pernas. E garoto, eu tenho certeza que você parece ser um primo ou um irmão bem legal. O fato é que eu quero me lembrar de todos vocês, mas, por favor, vamos devagar.  – disse para eles de um modo meio frio, e me retirei pedindo para a enfermeira me levar de volta ao quarto.

Quando chegamos, a pedi para me dar um papel, um lápis e uma borracha. Depois de feito, ela se retirou e eu comecei a fazer alguns rabiscos no papel.

No desenho havia um total de sete pessoas no desenho.

– Eu reconheço todos... Sasuke, Naruto, Sakura, Kiba, Shino, Sasori, Kankuro...

Eu queria encontrar todas aquelas pessoas, mas eu não sabia o sobrenome de nenhuma delas. Fiquei em uma aflição enorme.

~.~

Passaram-se mais três meses, e eu já havia conseguido me lembrar de minha mãe e de meu primo. Felizmente eu havia conseguido me “graduar” na fonoaudióloga, e consegui tomar o movimento das minhas pernas novamente. Porém eu ia descobrir o que havia acontecido comigo hoje.

– Papai... – O chamei enquanto arrumava as minhas para ir embora do hospital.

– Sim filha? – ele respondeu se sentando na cama.

– O que aconteceu comigo? – Perguntei.

– Sente-se aqui. – ele entendeu o que eu queria saber.

– Fale. – me sentei o olhando nos olhos.

– Você estava voltando de uma viagem que foi fazer nos Estados Unidos com uma amiga sua, e quando você pegava o ônibus de volta pra cá. O ônibus bateu de frente ao caminhão. E em seguida capotou. Você teve os dois ossos da perna totalmente quebrados, parte do corpo queimada e rasgada. Bateu com a cabeça com tudo na queda. Foi realmente um milagre de Kami-sama o ônibus ter pegado só um pouco de fogo. E um milagre você ter sobrevivido. Sua mãe ficou dia e noite ao seu lado, ela chorava e rezava por você. Ela não agüentava ouvir quando você ia para as salas de operações. Ela trabalha igual louca para pagar esse hospital. Sua mãe teve crises de depressão, era realmente muito triste de se ver. E agora, aqui está você, com 16 anos. Ano que vem você vai para o segundo ano.

– Eu quero fazer uma prova na melhor escola de Tokyo. Quero cursar química.

– Você está lá. – ele enxugava as lágrimas.

– Pai, onde está a mamãe? – perguntei.

– Está ali escondida ouvindo a conversa dos outros atrás da porta.

Quando ouvi aquilo fui correndo atrás dela. Abracei com força. Eu chorava e a apertava. Aquela mulher que ficou por tanto tempo cuidando de mim e eu não sabia do seu sofrimento.

– Eu te amo mãe. Eu te amo tanto.

– Eu também te amo minha filha.

Foi assim que minha vida recomeçou. 


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Notas finais do capítulo

u.u gente, vai ter uma revira volta nessa história então não fiquem tistis.... -q Reviews? Bjos da Pão ♥



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