Kate havia recebido o endereço indicado pelo senador “1502 Albany Avenue, New York”. Ele ainda havia dito na mensagem que era um galpão amarelo com portas e janelas azuis. Ela jogou o endereço na internet e surpreendeu-se ao ver que não era tão afastado da civilização!

Beckett estranho o fato de o senador ter escolhido esse local, afinal ele poderia escolher um lugar no meio do nada total. Resolveu que não faria a si mesma, perguntas que não poderia responder, Katherine Beckett pegou sua arma e partiu.

Decidida a ir sozinha ela pegou seu celular, já dirigia a caminho do galpão, ela sabia que Laine não ia conseguir segurar a língua, parte porque sua vida corria perigo, não culpou a amiga, mas resolveu comunicar a alguém.

_Ei Espo, sou eu. Olha, eu sei que estou fazendo uma grande burrada e que algo acontecer você vai ficar extremamente bravo comigo, diga a Laine para não se culpar por nada, eu a conheço o suficiente para saber que ela nunca me deixaria correr esse perigo, foi por isso que eu decidi partir antes que algum de vocês pudesse me seguir, não me leve a mal, só estou fazendo isso por que eu quero salvar a vida dele, isso é o mais importante para mim no momento. Quando pegar esse recado eu provavelmente não estarei muito perto... Diga a todos que eu sinto muito, e caso algo aconteça a mim, diga ao meu pai que eu o amo.

Ela deixou a mensagem no celular do amigo, esperando que ele demorasse a recebê-la, por que ele poderia achar uma forma de ir atrás dela e isso talvez resultasse em uma grande tragédia.

O local ficava em algum lugar do Brooklyn, um pouco afastado de sua casa, ela não se importou, dirigia o mais rápido que conseguia. E aquele maldito pen-drive pesava toneladas em seu bolso.

Quase uma hora e meia depois ela para em frente ao local que o senador havia indicado, simplesmente ela estava sem reação deixou seu carro no estacionamento que havia ao lado do galpão, em meio a tantos carros ninguém notaria o dela, sentia-se assim, de certa forma, segura.

Ela caminhou até o galpão, ficou encarando a porta alguns segundos, não sabia se invadia ou se batia, optou pela segunda opção. Não obteve resposta, ouviu o bip de seu celular e olhou no visor, tinha uma nova mensagem do numero bloqueado.

“Diga: maçãs”

_Maçãs. –A porta então se abriu e ela foi imediatamente puxada para dentro.

Tudo lá dentro estava escuro, Kate tateava pelas paredes e achou uma porta, ela com muito cuidado resolveu abri-la, sua escolha não poderia ter sido melhor, no canto daquilo que parecia ser um quarto ela o encontra no chão.

_CASTLE! –Ela grita e corre até o lado dele, quando põe suas mãos nele percebe que o corpo do escritor está gelado, sua preocupação aumenta, ele não responde, seus olhos estavam fechados, só então observou as feridas.

_Castle. –Ela chama por ele mais uma vez, baixinho. –Por favor, acorde, por favor. –Ela não obteve nenhuma resposta, ele não abria os olhos, não se mexia, não falava, nem ao menos dava sinais de que estava respirando.

A detetive ouve uma risada estridente ao fundo, ela se vira e encontra o senador apoiado no batente da porta, ele gargalhava, a cena toda era divertida de mais para ele.

_Que coisa mais patética, eu nunca esperaria isso de você Kate, uma mulher tão determinada, durona.

_Eu vou te matar seu desgraçado. –O senador continuava rindo.

_Certo, faça isso e eu realmente mato esse escritor. –Kate colocou a mão no pulso de Castle, e ficou um pouco aliviada, apesar de fracos os batimentos dele ainda estavam presentes.

_Você realmente pensou que eu mataria esse garoto antes de você chegar?

_Por que está fazendo tudo isso? Deixe-o ir, ele não tem na com isso, o que aconteceu a anos atrás é entre você e eu.

_Sim querida, com toda a certeza, mas ele sabe de mais. E se eu o deixasse vivo e acabasse com você? Você acha que ele deixaria barato? Obvio que não.

_Nós tínhamos um acordo, você não precisava disso.

_Eu sei, e estava funcionando muito bem, mas acontece que eu não gosto de viver ameaçado por ninguém, principalmente por uma criança qualquer.

_Nada disso teria acontecido se você não tivesse matado a minha mãe.

Ele sorriu e apontou a arma em direção a Kate, que sacou a sua arma rapidamente.

_Como será a ultima vez que vocês dois vão se ver, eu espero ele acordar para vocês poderem se despedir. –Ele se aproxima de Kate pela primeira vez e arranca a arma de sua mão.

_Está vendo querida? Eu não sou um monstro.

Kate ignorou o comentário daquele homem que ela considerava desprezível, ouviu o mesmo bater a porta atrás dela, ainda ajoelhada ao lado de Castle ela passa a mão no rosto dele.

_Droga Cas, você está todo molhado, e ventando desse jeito... Você deve ter pego uma pneumonia. –Ela tira seu sobretudo, graças a Deus ela tinha vindo com ele. Então tira a camisa do escritor, não pode evitar babar um pouco por ele, e coloca o agasalho nele.

Cinco minutos depois, Castle estava no colchão no canto do quarto, Kate havia arrastado ele para lá, não poderia deixa-lo no chão frio, ela também havia fechado as janelas.

_Beckett? –Uma voz rouca chamou por ela.

_Eu estou aqui. –Ela diz com a testa colada a dele, não havida o deixado por um segundo sequer.

_Ei Becks, me desculpe. –Quando ele finalmente conseguiu abrir os olhos, Beckett sentiu-se melhor do que nunca, ela não poderia estar mais aliviada por ver aquela imensidão azul.

_Shhh! Fica quieto, você precisa se recuperar. –Ela passou os dedos pelo cabelo dele e fechou os olhos.

_Não vamos ter tempo Kate, ele vai nos matar. –Era incrível, ele se sentia melhor apenas por ela estar ali, a presença de Kate fez com que ele sentisse toda a dor indo embora.

_Não fala isso Castle!

_É a verdade, e você sabe, não vale a pena negar isso, esse vai ser o nosso destino Kate.

_Eu não vou deixar, ele não pode simplesmente sair ganhando depois de tudo.

_Kate. –Ele chamou-a com uma voz calma, apesar dela estar ao lado dele. Beckett apoiou-se no cotovelo para vê-lo melhor.

_Sim.

_Não importa o que aconteça aqui, não importa se nós dois vamos morrer ou não, eu só quero que você saiba que eu não mudaria nada na minha vida, se isso significasse não ter te conhecido. Eu te amo.

Kate estava pronta para responder quando o senador entra no cômodo.

_Vejo que acordou senhor Castle, não temos mais razão para esperar, não é mesmo?