Girls On Fire escrita por JessieVic
Notas iniciais do capítulo
Bom dia, boa tarde! Espero que gostem do capítulo!
– Boom dia mãe mais linda do mundooooo – Jessica se derretia toda assim que Bellatrix abriu a porta do seu apartamento, dando uma abraço apertado nela.
– Nossaaa... alguém viu passarinhos! Não só verde, mas com todas as cores do arco-iris! – ela riu guiando a menina pra dentro de casa – Santana está bem?
– Ah sim... ontem fiz um chá pra ela e ela dormiu feito anjo!
– E ela não vai tomar café com a gente?
– Ela disse pra passarmos esse tempo juntas! Agora é sua vez de ter minha atenção!
– Ahhh é verdade, ela sabe como agradar uma... sogra! Vocês estão namorando?
– Huuum não... Quer dizer, não oficialmente! Mas se depender de mim já pode considerá-la sua nora! – elas riram. Bellatrix se sentia muito feliz por ver a filha tão exultante, com riso frouxo.
Sentaram-se a mesa e começaram a tomar café enquanto conversavam amenidades e coisas sobre o orfanato. Ela amava muito aquele lugar e as crianças, sabia que precisavam dela lá, senão ela não pensaria duas vezes para vir morar com a filha e cuidá-la. Bella queria se certificar que Jessica ficaria bem e pretendia voltar o mais rápido possível. Lamentava não poder comemorar seu aniversário, que seria no dia seguinte, junto dela. Mas se consolava ao saber que ela agora tinha uma companhia e com certeza Santana não a desapontaria.
O voo ia sair as 13:30 horas. Tomaram o café já era tarde, então desceram para caminhar pela vizinhança e ir até o parque do bairro. Era um dia quente, haviam algumas pessoas caminhando pelo local. Elas resolveram sentar-se num dos bancos e observar os pedestres.
– Filha... eu não aguentei de ansiedade... Quando encasqueto com alguma coisa, eu preciso fazer naquele instante. Liguei para o advogado do seu avô.
– Ele não é meu vô – a ruiva fez uma careta. Nem conhecia esse velho e pelo que ele fez com a filha, boa gente não devia ser.
– Falando que ele é seu vô dói menos do que dizer “meu pai”. Também não o considero assim, há muito tempo! – Bella explicou – Enfim, o advogado pareceu bem empolgado com meu contato e disse que assim que tivesse a oportunidade falaria com ele e poderíamos marcar um encontro.
– Encontro? – Jessie quase gritou – Você vai mesmo querer vê-lo?
– Sim... eu pensei bem, sinto no meu coração que essa é a hora de deixar o orgulho de lado e mostrar que eu sei dar uma segunda chances para as pessoas, diferentemente dele. Acredite, eu faço isso mais por você do que por mim!
– Por mim? – a ruiva não entendia.
– Filha, pra ele me procurar, deve estar arrependido do que fez. Nada que ele fizer pode reparar o passado e mudar como nossa vida, a sua vida poderia ter sido se você não vivesse num orfanato e eu virasse freira. Mas ele é um homem com muito dinheiro, se ele conseguiu guiar bem seus negócios, e como bem o conheço, com certeza conseguiu... E isso pode te beneficiar!
– Dinheiro?
– Sim... Dinheiro cheio de arrependimento. Dinheiro pra tentar te dar uma boa vida agora. Te fazer feliz aqui em New York.
– É só por isso que você resolveu revê-lo? Pelo dinheiro que ele pode oferecer?
– Não, eu também quero vê-lo... Mostrar que estou bem, que consegui viver longe das suas asas. Que sou feliz hoje e não me arrependo de ter feito o que fiz. Com certeza ele não sente a mesma coisa! Mas eu sou uma freira minha filha, eu não posso te proporcionar uma vida boa com o pouco dinheiro que ganho. Podemos aos trancos e barrancos pagar seu aluguel e você também dá seus jeitos aqui, mas quero mais pra você! Quero que você estude. Pode continuar no bar, não me importo, mas quero vê-la bem sucedida, uma empresária de sucesso, quem sabe? Você é boa em tudo que faz, quero fazer esse seu talento florescer, ser utilizado com mais eficiência!
– Mãe... não se preocupe... as coisas acontecem da maneira que precisam ser – ela não queria que a mãe tivesse trabalho ou precisasse se humilhar por preocupações com ela – a gente vai vivendo... Mas siga seu coração, faça o que acha que deve fazer – ela sorriu e a mãe a abraçou apertado.
– Tem falado com a Dr. Clarkson? – Bellatrix agora parecia preocupada.
– Não... faz uns 6 meses que não a vejo. Eu realmente estou me sentindo bem. – ela dava de ombros - E ela disse para procurá-la só se sentisse necessidade, se sentisse que não conseguiria resolver sozinha meus problemas. – pensou na sua vida, em como tudo estava indo bem – e realmente, eu estou conseguindo! Não preciso de uma psicóloga agora...
– É tão bom ouvir isso! Ela também deve ficar muito feliz quando algum paciente diz que não precisa mais dela. – ambas riram – Quer dizer, é um desprezo bom...
– Acho que sim... – Jessie olhou para o relógio – Mãe, melhor nos apressarmos! Precisamos ir pegar suas bagagens! Vou com você ao aeroporto!
– Oras, não há necessidade! Eu vou de Taxi sozinha, assim como vim!
E rumaram para casa enquanto discutiam se a ruiva ia ou não acompanhar a mãe. Bellatriz levou a melhor e convenceu a garota a poupar o dinheiro da volta do taxi. Eram tempos difíceis para quem não tinha muito dinheiro.
Almoçaram o resto da lasanha do dia anterior e quando se levantavam para finalizar as arrumações a campainha tocou e lá estava Santana parada na porta. Estava com roupa de ginástica, cabelos num coque, parecia que voltava da academia, tinha um ar cansado, ofegante.
– San... – o rosto da ruiva se iluminou.
– Vim me despedir da sua mãe! - ela foi entrando, indo em direção a loira que estava no quarto.
– Oh querida! Já almoçou? – Bellatrix deu um abraço apertado na latina.
– Já sim... comi uma coisinha aí... não se preocupe! – ela sorria olhando aqueles olhos azuis pacíficos, sentia falta da sua mãe e receber esse carinho era acalentador. Assim como não conseguia ser má na presença da sua ruiva, sua mãe causava o mesmo. Ela se sentia uma pessoa melhor com elas. Não tinha vontade de ser uma vadia com essas duas.
Jessica estava encostada na porta do quarto e observava a interação das duas e sorria.
– Quero um abraço também! – ela fez um biquinho se fingindo de ressentida.
– De quem? – Bella perguntou
– Das duas! – a ruiva abraçou-as e já tinha os olhos marejados quando se separou – Odeio essas despedidas!
– Eu sei... eu também! – Bella também parecia prestes a desabar – Por isso que é melhor você não ir até o aeroporto, vamos inundar aquilo lá! Espero que a gente se encontre novamente o mais breve possível! – ela passava a mão pelas costas da filha que assentia com a cabeça.
Santana se sentia um pouco excluída dessa despedida, mas ainda estava presa no abraço e a única coisa que podia pensar é que poderia ser útil fazendo companhia a ruiva quando a mãe fosse embora.
– Santana, adorei te conhecer! – Bellatrix agora olhava bem nos olhos da latina, causava até arrepios ser encarada assim, tão de frente – Você é uma boa menina!
– Ah não tanto... – ela ficava constrangida com elogios, ainda mais com algo do tipo “boa menina”. Estava mais acostumada com insultos. Boa menina? Onde?
– É sim, você tem bom coração mesmo não querendo assumir isso! Adora provocar seus amigos, mas os defende como um tigre, caso precise! Você é uma boa companhia pra minha menina! Obrigada por fazê-la feliz nesses dias! Deus sabe como ela precisava disso! – se abraçaram novamente e Santana sentiu-se emocionada.
– Deus também sabe o quanto eu também precisava da sua filha! De uma companhia! A felicidade aqui está sendo recíproca! – a latina agora olhava pra ruiva que apenas observava calada, com uma carinha de choro.
– Bom, acho que o taxi chegou! Melhor me apressar – Bella pegou as malas com a ajuda das meninas e desceram até a rua. Mais um abraço triplo, beijos e a mulher entrou no carro, fazendo um ultimo pedido a latina:
– Por favor, não permita que o meu raio de sol pare de brilhar de novo!
Santana concordou e sorriu enquanto acenava um adeus. Achava que só ela chamava a ruiva assim, mas não tinha parado pra pensar que Jessica também brilhava na vida daquela mulher a muito mais tempo do que pra ela. Mas, algum dia ela já parou de brilhar?
Observava a garota magra com curvas nos lugares corretos. Seios e bumbum generosos, tinha a mesma altura que ela, vestia um short de cintura alta preto, blusa vermelha passada por dentro dele, sapatilhas e uma tiara preta com um laço nos cabelos soltos que agora se moviam com a brisa das árvores. Acenava para a mãe com os olhos marejados e sentiu, mais forte do que nunca a vontade de entendê-la, saber seus verdadeiros sentimentos. Ela parecia uma menininha naquele momento... talvez a órfã que ela foi um dia tenha vindo a tona. Parecia tão frágil, mas tão decidida. Olhou para Santana com uma carinha triste, mas logo abriu um sorriso tímido. Se aproximou da morena
– Ainda bem que agora eu tenho você - e sem falar mais nada deram as mãos e subiram lado a lado, sentindo que estarem juntas, pelo menos por hoje bastava!
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– Tão caladinha... triste... – Santana sentou ao lado da ruiva no sofá depois de ligar a TV para quebrar o silêncio na casa.
– É...eu fico assim quando minha mãe se vai... deve ser porque depois que ela ia eu não tinha outra pessoa pra conversar mesmo... – ela sorriu pra latina que se sentiu mais tranquila – Tá pálida... Duvido que você já tenha comido alguma coisa hoje...
– Eu comi... – ela viu a cara de incredulidade da garota – tá, eu não achei nada que gostasse na geladeira de casa.
– Sobrou lasanh...
– Quero! – a latina nem espero Jessica terminar de falar e já foi indo rumo a cozinha.
– Morta de fome! – a ruiva a acompanhou.
– Eu já disse o que eu to afim de comer né, delícia? – Santana deu uma piscadinha e viu a ruiva corar – vou quebrar um galho com essa lasanha por enquanto – deu de ombros. – é o que tem pra agora...
– Você não tem jeito mesmo... – balançou a cabeça – E posso saber onde você estava com essa roupinha de atleta? Ia perguntar se você estava com o “Cooper feito” mas essa piada não tem graça quando se fala em inglês... – ela riu sozinha, mas parou quando viu a cara de confusa da latina – Enfim...superou a ressaca e foi se exercitar?
– É, isso aí... sou geração saúde! – ela disse meio displicente – Quer ir dar uma volta comigo depois?
– Acho que vou aceitar... – a ruiva tinha um olhar apaixonado enquanto observava a latina comer – mas voltamos logo, quero descansar um pouco antes de ir trabalhar...
– Eu também preciso... Acordamos cedo hoje!
– Ué, eu acordei... Mas você não voltou a dormir? – ela disse desconfiada.
– É! Eu voltei... Mas deve ser sono atrasado, sei lá, parece que nem dormi! – ela se levantava da mesa colocando o prato na pia desconversando – Podemos ir?
– Sim! - ela pulou da cadeira empolgada e com um pouco de receio puxou a cintura da latina e lhe deu um selinho.
– Que foi? Tá com medo de mim? – a latina agora segurava na sua cintura, a olhando nos olhos.
– Não... é que sempre que nos juntamos assim, você sabe... a gente pega fogo! E você não ajuda em nada, latina safada!
– Eu faço o meu melhor... – Santana mordeu de leve o ombro da ruiva que com o gesto lembrou-se da “chupada” que tinha no pescoço.
– Chata! Chata e gostosa! Ai que raiva! – se separaram e Jessica a puxou pela mão porta afora enquanto riam.
Pegaram o metro e rumaram para o bairro vizinho, lá havia um parque mais bonito, florido, e as pessoas que frequentavam eram um pouco menos “mal encaradas” que no bairro que elas viviam. Sentaram-se embaixo de uma árvore e ficaram conversando enquanto observavam algumas crianças no parquinho. Haviam 2 meninas brigando pelo único balanço disponível e ficaram assistindo pra ver como elas resolveram isso, riram de se acabar quando um menino, alheio a briga se aproximou e acabou se sentando no balanço “delas”, que se entreolharam lamentando e correram brincar na gangorra. Caso resolvido!
– Essa coisa de dividir é complicada... – Jessie se lembrava dos seus tempos no orfanato – Sempre me dava mal perto das meninas maiores... e tinham as choronas também!
– Eu nunca precisei dividir nada – Santana deu de ombros, sua infância havia sido muito solitária. Tinha apenas um primo, também filho único. Mas nunca brigavam, sempre tinham tudo o que queriam. – Não tinha graça não ter com quem brigar...
– Filha única? Não imagino isso... Sempre dormi, comi, tomei banho... Junto com umas 30 meninas! Era barulho, briga, gritaria o tempo todo! Por isso que às vezes eu me escondia! Queria silêncio, paz para ouvir meus pensamentos...
– Já comigo é o contrário... Sempre egoísta. Não estou acostumada a repartir com ninguém! Nem a conviver muito...por isso devo ser tão anti-social... Brittany foi minha primeira amiga, depois Quinn...eram as únicas que eu confiava pra ser como eu realmente era.
– Acho que qualquer coisa ao extremo faz mal... Pelo menos eu tive várias amigas e sei muito bem partilhar. Aprendi na marra – ela riu, um riso um pouco triste – Acho que se nos encontrássemos quando éramos crianças não seríamos amigas...
– Não sei... talvez se eu te conhecesse as coisas poderia ser diferentes né? Eu teria seu exemplo e saberia dividir as coisas, doar meus brinquedos, dar valor para os meus pais... – Santana falava pensativa, reconhecendo que sempre teve uma vida boa em comparação com a ruiva.
– Huuum esse papo de órfã está me deixando deprimida... Melhor deixar o passado onde está, lá atrás! Vamos olhar adiante! – Jessica esticou o pescoço e sua boca ficou aberta de admiração – Olha aquilo! – ela apontava para um casal que andava naquelas bicicletas de dois lugares e pareciam um pouco atrapalhados nos pedais – VAAAMOOS? – ela já estava em pé dando saltitos.
– O que?! Você comeu coco? Claro que não! – Santana achava que a ruiva estava de brincadeira, mas viu pela cara que ela fez que era verdade – Sério mesmo? – ela foi se levantando também - Mierda ... era lo que me faltaba...
– San... só pra lembrar, eu falo português e ele é bem parecido com espanhol! Cuidado com o que você resmunga aí viu, sua mal criada! – ela mostrou a língua – Veeem, vai ser rapidinho!
– Tá... – ela fez um suspense olhando pra carinha irresistível da ruiva – Quem chegar primeiro lá, vai na frentee! – Santana deu um tapa na bunda dela e saiu correndo, pegando Jessie de surpresa.
– Volta aqui... – ela corria atrás e não conseguia alcançar a morena que corria e ria de se acabar – não vale assim, sem avisar... tem que falar 1,2,3 e já! - ela tentava enrolar a garota, para ver se ela se distraía e parava de correr, mas não adiantava – Você...corre... muito rápido... – ela dizia ofegante.
Santana parou de correr a uns 10 metros do local onde as bicicletas ficavam e ficou assistindo a ruiva chegar até ela, sem fôlego, segurando na barriga enquanto tomava um ar.
– Que saúde hein?
– Anos de treino com a prof. Sue Silvester... você não sabe o que é tortura até participar de um. – Santana puxou Jessie pela cintura e se aproximaram da pequena fila que havia para usar as bicicletas - Você também, nada mal!
– Eu odiava as aulas de educação física... sempre perdia qualquer disputa! Agora não é diferente! – ela dava de ombros, nem ligava pra isso agora – Só sou boa na dança!
– Eu sempre fui boa nos esportes... mas BrittBritt é imbatível na dança! – ela disse inocentemente, lembrando-se de como a loira arrasa nas coreografias das apresentações do Glee Club. Nada de dor, tristeza, apenas uma lembrança boa.
– Huuuum se você diz, não vou querer disputar com ela! – Jessica falou um pouco enciumada. – Deve ser boa mesmo...
– Ela é uma menina realmente muito especial! Você adoraria conhecê-la! – Santana não percebia que falando assim estava causando ciúmes na ruiva.
– Não sei... quem sabe... – ela falava com um olhar desinteressado, fingindo prestar atenção numa folha caindo de uma árvore. – Talvez eu perca dela... não só na dança – ela agora a encarou com um olhar firme, porém triste e nesse momento a latina percebeu o que seus comentários estavam causando: insegurança, ciúme.
– Ohh não... Não pensa assim! Isso não é uma disputa, ninguém vai perder! – a ruiva baixou o olhar, mas Santana segurou seu rosto, fazendo-a olhar pra ela – Assim como a Brittany tem um lugar no meu coração, como minha melhor amiga, você também tem um especial! Um lugar bem grande! E você não vai ter que dividi-lo com ninguém, como tinha que fazer com as coisas do orfanato! É só seu! E não ouse abandoná-lo, entendeu? – ela se perdia naqueles olhos verdes enquanto falava – Você já o deixou em ordem, consertou o que estava quebrado... Agora é só cuidar com carinho, manter como está... vai fazer isso?
A ruiva abriu um sorriso tímido e assentiu, abraçando a latina com toda a força que podia, com todo o amor que tinha guardado dentro de si. Ficaram assim por incontáveis segundos até ouvirem um pigarro próximo.
Separaram-se e viram que algumas pessoas que aguardavam para usar as bicicletas na fila as observavam e algumas pareciam incomodadas com aquela demonstração de afeto entre duas meninas.
– Desculpa, mas o senhor queria falar alguma coisa? – Santana pegou na mão de Jessie e se virou para um casal de meia-idade com jeito de turistas que estavam no começo da fila, já ia querendo tirar satisfação, pronta para um discurso contra a homofobia e o amor não ter gênero.
– Errr... Acho que é a vez de vocês usarem a bicicleta, moças... – a mulher falou de modo gentil, deixando a latina com peso na consciência.
– Ah, sim... é verdade! Que distração a nossa! Obrigada! Vem Santana! – a ruiva puxou a mão da morena que tinha ficado sem palavras e olhava confusa para o casal, estava preparada para ouvir algum comentário hostil.
– Eles não pareciam incomodados com a gente... – ela falava para a ruiva enquanto davam dinheiro para o cobrador e rumavam para a bicicleta.
– E por que teriam que ficar? A gente não fez nada demais... – ela indicou para a morena se sentar na frente.
– É que to acostumada a ouvir idiotices e receber olhares de reprovação quando demonstro afeto em público – Santana deu de ombros, não ligava mais pra isso.
– Eu também... Mas a gente só estava se abraçando... e estamos em New York! A maioria das pessoas não liga pra isso aqui! Graças a Deus a quantidade de pessoas que não se incomodam com a felicidade alheia está aumentando! Agora fica quieta e pedala essa bagaça vai!
– Olha como você fala comigo hein mocinha! Eu sou pilota de fuga! – Santana ria, mas não conseguia olhar para a ruiva, tinha que ficar atenta senão perdia o equilíbrio – Mas preciso da sua colaboração! Pedala aí também sua folgada, senão não vamos sair do lugar!
A ruiva ria enquanto começava a pedalar também. Estavam concentradas na paisagem ao redor agora. Cabelos ao vento, sol ameno, uma morena linda pedalando na sua frente... Jessica respirou fundo e fechou os olhos, tentando registrar aquele momento no fundo da sua alma. Aquela sensação tão boa de alegria, de se sentir querida! Ela tinha um lugar no coração de Santana e não precisava dividir com ninguém. Precisava lembrar disso quando estivesse em seus dias mais escuros...
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Pessoal, eu não tinha uma frequência para postar os capítulos, mas sei que é melhor pra mim e pra quem lê uma certa rotina. Então estabeleci pra mim mesma que vou postar às terças, quintas e sábados!
Será que o "avô" da Jessie vai servir pra alguma coisa nessa altura do campeonato?
Porque será que ela precisava de uma psicóloga até algum tempo atrás?
Aguardo comentários!