Girls On Fire escrita por JessieVic


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, boa tarde! Espero que gostem do capítulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/360771/chapter/25

– Boom dia mãe mais linda do mundooooo – Jessica se derretia toda assim que Bellatrix abriu a porta do seu apartamento, dando uma abraço apertado nela.

– Nossaaa... alguém viu passarinhos! Não só verde, mas com todas as cores do arco-iris! – ela riu guiando a menina pra dentro de casa – Santana está bem?

– Ah sim... ontem fiz um chá pra ela e ela dormiu feito anjo!

– E ela não vai tomar café com a gente?

– Ela disse pra passarmos esse tempo juntas! Agora é sua vez de ter minha atenção!

– Ahhh é verdade, ela sabe como agradar uma... sogra! Vocês estão namorando?

– Huuum não... Quer dizer, não oficialmente! Mas se depender de mim já pode considerá-la sua nora! – elas riram. Bellatrix se sentia muito feliz por ver a filha tão exultante, com riso frouxo.

Sentaram-se a mesa e começaram a tomar café enquanto conversavam amenidades e coisas sobre o orfanato. Ela amava muito aquele lugar e as crianças, sabia que precisavam dela lá, senão ela não pensaria duas vezes para vir morar com a filha e cuidá-la. Bella queria se certificar que Jessica ficaria bem e pretendia voltar o mais rápido possível. Lamentava não poder comemorar seu aniversário, que seria no dia seguinte, junto dela. Mas se consolava ao saber que ela agora tinha uma companhia e com certeza Santana não a desapontaria.

O voo ia sair as 13:30 horas. Tomaram o café já era tarde, então desceram para caminhar pela vizinhança e ir até o parque do bairro. Era um dia quente, haviam algumas pessoas caminhando pelo local. Elas resolveram sentar-se num dos bancos e observar os pedestres.

– Filha... eu não aguentei de ansiedade... Quando encasqueto com alguma coisa, eu preciso fazer naquele instante. Liguei para o advogado do seu avô.

– Ele não é meu vô – a ruiva fez uma careta. Nem conhecia esse velho e pelo que ele fez com a filha, boa gente não devia ser.

– Falando que ele é seu vô dói menos do que dizer “meu pai”. Também não o considero assim, há muito tempo! – Bella explicou – Enfim, o advogado pareceu bem empolgado com meu contato e disse que assim que tivesse a oportunidade falaria com ele e poderíamos marcar um encontro.

– Encontro? – Jessie quase gritou – Você vai mesmo querer vê-lo?

– Sim... eu pensei bem, sinto no meu coração que essa é a hora de deixar o orgulho de lado e mostrar que eu sei dar uma segunda chances para as pessoas, diferentemente dele. Acredite, eu faço isso mais por você do que por mim!

– Por mim? – a ruiva não entendia.

– Filha, pra ele me procurar, deve estar arrependido do que fez. Nada que ele fizer pode reparar o passado e mudar como nossa vida, a sua vida poderia ter sido se você não vivesse num orfanato e eu virasse freira. Mas ele é um homem com muito dinheiro, se ele conseguiu guiar bem seus negócios, e como bem o conheço, com certeza conseguiu... E isso pode te beneficiar!

– Dinheiro?

– Sim... Dinheiro cheio de arrependimento. Dinheiro pra tentar te dar uma boa vida agora. Te fazer feliz aqui em New York.

– É só por isso que você resolveu revê-lo? Pelo dinheiro que ele pode oferecer?

– Não, eu também quero vê-lo... Mostrar que estou bem, que consegui viver longe das suas asas. Que sou feliz hoje e não me arrependo de ter feito o que fiz. Com certeza ele não sente a mesma coisa! Mas eu sou uma freira minha filha, eu não posso te proporcionar uma vida boa com o pouco dinheiro que ganho. Podemos aos trancos e barrancos pagar seu aluguel e você também dá seus jeitos aqui, mas quero mais pra você! Quero que você estude. Pode continuar no bar, não me importo, mas quero vê-la bem sucedida, uma empresária de sucesso, quem sabe? Você é boa em tudo que faz, quero fazer esse seu talento florescer, ser utilizado com mais eficiência!

– Mãe... não se preocupe... as coisas acontecem da maneira que precisam ser – ela não queria que a mãe tivesse trabalho ou precisasse se humilhar por preocupações com ela – a gente vai vivendo... Mas siga seu coração, faça o que acha que deve fazer – ela sorriu e a mãe a abraçou apertado.

– Tem falado com a Dr. Clarkson? – Bellatrix agora parecia preocupada.

– Não... faz uns 6 meses que não a vejo. Eu realmente estou me sentindo bem. – ela dava de ombros - E ela disse para procurá-la só se sentisse necessidade, se sentisse que não conseguiria resolver sozinha meus problemas. – pensou na sua vida, em como tudo estava indo bem – e realmente, eu estou conseguindo! Não preciso de uma psicóloga agora...

– É tão bom ouvir isso! Ela também deve ficar muito feliz quando algum paciente diz que não precisa mais dela. – ambas riram – Quer dizer, é um desprezo bom...

– Acho que sim... – Jessie olhou para o relógio – Mãe, melhor nos apressarmos! Precisamos ir pegar suas bagagens! Vou com você ao aeroporto!

– Oras, não há necessidade! Eu vou de Taxi sozinha, assim como vim!

E rumaram para casa enquanto discutiam se a ruiva ia ou não acompanhar a mãe. Bellatriz levou a melhor e convenceu a garota a poupar o dinheiro da volta do taxi. Eram tempos difíceis para quem não tinha muito dinheiro.

Almoçaram o resto da lasanha do dia anterior e quando se levantavam para finalizar as arrumações a campainha tocou e lá estava Santana parada na porta. Estava com roupa de ginástica, cabelos num coque, parecia que voltava da academia, tinha um ar cansado, ofegante.

– San... – o rosto da ruiva se iluminou.

– Vim me despedir da sua mãe! - ela foi entrando, indo em direção a loira que estava no quarto.

– Oh querida! Já almoçou? – Bellatrix deu um abraço apertado na latina.

– Já sim... comi uma coisinha aí... não se preocupe! – ela sorria olhando aqueles olhos azuis pacíficos, sentia falta da sua mãe e receber esse carinho era acalentador. Assim como não conseguia ser má na presença da sua ruiva, sua mãe causava o mesmo. Ela se sentia uma pessoa melhor com elas. Não tinha vontade de ser uma vadia com essas duas.

Jessica estava encostada na porta do quarto e observava a interação das duas e sorria.

– Quero um abraço também! – ela fez um biquinho se fingindo de ressentida.

– De quem? – Bella perguntou

– Das duas! – a ruiva abraçou-as e já tinha os olhos marejados quando se separou – Odeio essas despedidas!

– Eu sei... eu também! – Bella também parecia prestes a desabar – Por isso que é melhor você não ir até o aeroporto, vamos inundar aquilo lá! Espero que a gente se encontre novamente o mais breve possível! – ela passava a mão pelas costas da filha que assentia com a cabeça.

Santana se sentia um pouco excluída dessa despedida, mas ainda estava presa no abraço e a única coisa que podia pensar é que poderia ser útil fazendo companhia a ruiva quando a mãe fosse embora.

– Santana, adorei te conhecer! – Bellatrix agora olhava bem nos olhos da latina, causava até arrepios ser encarada assim, tão de frente – Você é uma boa menina!

– Ah não tanto... – ela ficava constrangida com elogios, ainda mais com algo do tipo “boa menina”. Estava mais acostumada com insultos. Boa menina? Onde?

– É sim, você tem bom coração mesmo não querendo assumir isso! Adora provocar seus amigos, mas os defende como um tigre, caso precise! Você é uma boa companhia pra minha menina! Obrigada por fazê-la feliz nesses dias! Deus sabe como ela precisava disso! – se abraçaram novamente e Santana sentiu-se emocionada.

– Deus também sabe o quanto eu também precisava da sua filha! De uma companhia! A felicidade aqui está sendo recíproca! – a latina agora olhava pra ruiva que apenas observava calada, com uma carinha de choro.

– Bom, acho que o taxi chegou! Melhor me apressar – Bella pegou as malas com a ajuda das meninas e desceram até a rua. Mais um abraço triplo, beijos e a mulher entrou no carro, fazendo um ultimo pedido a latina:

– Por favor, não permita que o meu raio de sol pare de brilhar de novo!

Santana concordou e sorriu enquanto acenava um adeus. Achava que só ela chamava a ruiva assim, mas não tinha parado pra pensar que Jessica também brilhava na vida daquela mulher a muito mais tempo do que pra ela. Mas, algum dia ela já parou de brilhar?

Observava a garota magra com curvas nos lugares corretos. Seios e bumbum generosos, tinha a mesma altura que ela, vestia um short de cintura alta preto, blusa vermelha passada por dentro dele, sapatilhas e uma tiara preta com um laço nos cabelos soltos que agora se moviam com a brisa das árvores. Acenava para a mãe com os olhos marejados e sentiu, mais forte do que nunca a vontade de entendê-la, saber seus verdadeiros sentimentos. Ela parecia uma menininha naquele momento... talvez a órfã que ela foi um dia tenha vindo a tona. Parecia tão frágil, mas tão decidida. Olhou para Santana com uma carinha triste, mas logo abriu um sorriso tímido. Se aproximou da morena

– Ainda bem que agora eu tenho você - e sem falar mais nada deram as mãos e subiram lado a lado, sentindo que estarem juntas, pelo menos por hoje bastava!


___________________________________________________

– Tão caladinha... triste... – Santana sentou ao lado da ruiva no sofá depois de ligar a TV para quebrar o silêncio na casa.

– É...eu fico assim quando minha mãe se vai... deve ser porque depois que ela ia eu não tinha outra pessoa pra conversar mesmo... – ela sorriu pra latina que se sentiu mais tranquila – Tá pálida... Duvido que você já tenha comido alguma coisa hoje...

– Eu comi... – ela viu a cara de incredulidade da garota – tá, eu não achei nada que gostasse na geladeira de casa.

– Sobrou lasanh...

– Quero! – a latina nem espero Jessica terminar de falar e já foi indo rumo a cozinha.

– Morta de fome! – a ruiva a acompanhou.

– Eu já disse o que eu to afim de comer né, delícia? – Santana deu uma piscadinha e viu a ruiva corar – vou quebrar um galho com essa lasanha por enquanto – deu de ombros. – é o que tem pra agora...

– Você não tem jeito mesmo... – balançou a cabeça – E posso saber onde você estava com essa roupinha de atleta? Ia perguntar se você estava com o “Cooper feito” mas essa piada não tem graça quando se fala em inglês... – ela riu sozinha, mas parou quando viu a cara de confusa da latina – Enfim...superou a ressaca e foi se exercitar?

– É, isso aí... sou geração saúde! – ela disse meio displicente – Quer ir dar uma volta comigo depois?

– Acho que vou aceitar... – a ruiva tinha um olhar apaixonado enquanto observava a latina comer – mas voltamos logo, quero descansar um pouco antes de ir trabalhar...

– Eu também preciso... Acordamos cedo hoje!

– Ué, eu acordei... Mas você não voltou a dormir? – ela disse desconfiada.

– É! Eu voltei... Mas deve ser sono atrasado, sei lá, parece que nem dormi! – ela se levantava da mesa colocando o prato na pia desconversando – Podemos ir?

– Sim! - ela pulou da cadeira empolgada e com um pouco de receio puxou a cintura da latina e lhe deu um selinho.

– Que foi? Tá com medo de mim? – a latina agora segurava na sua cintura, a olhando nos olhos.

– Não... é que sempre que nos juntamos assim, você sabe... a gente pega fogo! E você não ajuda em nada, latina safada!

– Eu faço o meu melhor... – Santana mordeu de leve o ombro da ruiva que com o gesto lembrou-se da “chupada” que tinha no pescoço.

– Chata! Chata e gostosa! Ai que raiva! – se separaram e Jessica a puxou pela mão porta afora enquanto riam.

Pegaram o metro e rumaram para o bairro vizinho, lá havia um parque mais bonito, florido, e as pessoas que frequentavam eram um pouco menos “mal encaradas” que no bairro que elas viviam. Sentaram-se embaixo de uma árvore e ficaram conversando enquanto observavam algumas crianças no parquinho. Haviam 2 meninas brigando pelo único balanço disponível e ficaram assistindo pra ver como elas resolveram isso, riram de se acabar quando um menino, alheio a briga se aproximou e acabou se sentando no balanço “delas”, que se entreolharam lamentando e correram brincar na gangorra. Caso resolvido!

– Essa coisa de dividir é complicada... – Jessie se lembrava dos seus tempos no orfanato – Sempre me dava mal perto das meninas maiores... e tinham as choronas também!

– Eu nunca precisei dividir nada – Santana deu de ombros, sua infância havia sido muito solitária. Tinha apenas um primo, também filho único. Mas nunca brigavam, sempre tinham tudo o que queriam. – Não tinha graça não ter com quem brigar...

– Filha única? Não imagino isso... Sempre dormi, comi, tomei banho... Junto com umas 30 meninas! Era barulho, briga, gritaria o tempo todo! Por isso que às vezes eu me escondia! Queria silêncio, paz para ouvir meus pensamentos...

– Já comigo é o contrário... Sempre egoísta. Não estou acostumada a repartir com ninguém! Nem a conviver muito...por isso devo ser tão anti-social... Brittany foi minha primeira amiga, depois Quinn...eram as únicas que eu confiava pra ser como eu realmente era.

– Acho que qualquer coisa ao extremo faz mal... Pelo menos eu tive várias amigas e sei muito bem partilhar. Aprendi na marra – ela riu, um riso um pouco triste – Acho que se nos encontrássemos quando éramos crianças não seríamos amigas...

– Não sei... talvez se eu te conhecesse as coisas poderia ser diferentes né? Eu teria seu exemplo e saberia dividir as coisas, doar meus brinquedos, dar valor para os meus pais... – Santana falava pensativa, reconhecendo que sempre teve uma vida boa em comparação com a ruiva.

– Huuum esse papo de órfã está me deixando deprimida... Melhor deixar o passado onde está, lá atrás! Vamos olhar adiante! – Jessica esticou o pescoço e sua boca ficou aberta de admiração – Olha aquilo! – ela apontava para um casal que andava naquelas bicicletas de dois lugares e pareciam um pouco atrapalhados nos pedais – VAAAMOOS? – ela já estava em pé dando saltitos.

– O que?! Você comeu coco? Claro que não! – Santana achava que a ruiva estava de brincadeira, mas viu pela cara que ela fez que era verdade – Sério mesmo? – ela foi se levantando também - Mierda ... era lo que me faltaba...

– San... só pra lembrar, eu falo português e ele é bem parecido com espanhol! Cuidado com o que você resmunga aí viu, sua mal criada! – ela mostrou a língua – Veeem, vai ser rapidinho!

– Tá... – ela fez um suspense olhando pra carinha irresistível da ruiva – Quem chegar primeiro lá, vai na frentee! – Santana deu um tapa na bunda dela e saiu correndo, pegando Jessie de surpresa.

– Volta aqui... – ela corria atrás e não conseguia alcançar a morena que corria e ria de se acabar – não vale assim, sem avisar... tem que falar 1,2,3 e já! - ela tentava enrolar a garota, para ver se ela se distraía e parava de correr, mas não adiantava – Você...corre... muito rápido... – ela dizia ofegante.

Santana parou de correr a uns 10 metros do local onde as bicicletas ficavam e ficou assistindo a ruiva chegar até ela, sem fôlego, segurando na barriga enquanto tomava um ar.

– Que saúde hein?

– Anos de treino com a prof. Sue Silvester... você não sabe o que é tortura até participar de um. – Santana puxou Jessie pela cintura e se aproximaram da pequena fila que havia para usar as bicicletas - Você também, nada mal!

– Eu odiava as aulas de educação física... sempre perdia qualquer disputa! Agora não é diferente! – ela dava de ombros, nem ligava pra isso agora – Só sou boa na dança!

– Eu sempre fui boa nos esportes... mas BrittBritt é imbatível na dança! – ela disse inocentemente, lembrando-se de como a loira arrasa nas coreografias das apresentações do Glee Club. Nada de dor, tristeza, apenas uma lembrança boa.

– Huuuum se você diz, não vou querer disputar com ela! – Jessica falou um pouco enciumada. – Deve ser boa mesmo...

– Ela é uma menina realmente muito especial! Você adoraria conhecê-la! – Santana não percebia que falando assim estava causando ciúmes na ruiva.

– Não sei... quem sabe... – ela falava com um olhar desinteressado, fingindo prestar atenção numa folha caindo de uma árvore. – Talvez eu perca dela... não só na dança – ela agora a encarou com um olhar firme, porém triste e nesse momento a latina percebeu o que seus comentários estavam causando: insegurança, ciúme.

– Ohh não... Não pensa assim! Isso não é uma disputa, ninguém vai perder! – a ruiva baixou o olhar, mas Santana segurou seu rosto, fazendo-a olhar pra ela – Assim como a Brittany tem um lugar no meu coração, como minha melhor amiga, você também tem um especial! Um lugar bem grande! E você não vai ter que dividi-lo com ninguém, como tinha que fazer com as coisas do orfanato! É só seu! E não ouse abandoná-lo, entendeu? – ela se perdia naqueles olhos verdes enquanto falava – Você já o deixou em ordem, consertou o que estava quebrado... Agora é só cuidar com carinho, manter como está... vai fazer isso?

A ruiva abriu um sorriso tímido e assentiu, abraçando a latina com toda a força que podia, com todo o amor que tinha guardado dentro de si. Ficaram assim por incontáveis segundos até ouvirem um pigarro próximo.

Separaram-se e viram que algumas pessoas que aguardavam para usar as bicicletas na fila as observavam e algumas pareciam incomodadas com aquela demonstração de afeto entre duas meninas.

– Desculpa, mas o senhor queria falar alguma coisa? – Santana pegou na mão de Jessie e se virou para um casal de meia-idade com jeito de turistas que estavam no começo da fila, já ia querendo tirar satisfação, pronta para um discurso contra a homofobia e o amor não ter gênero.

– Errr... Acho que é a vez de vocês usarem a bicicleta, moças... – a mulher falou de modo gentil, deixando a latina com peso na consciência.

– Ah, sim... é verdade! Que distração a nossa! Obrigada! Vem Santana! – a ruiva puxou a mão da morena que tinha ficado sem palavras e olhava confusa para o casal, estava preparada para ouvir algum comentário hostil.

– Eles não pareciam incomodados com a gente... – ela falava para a ruiva enquanto davam dinheiro para o cobrador e rumavam para a bicicleta.

– E por que teriam que ficar? A gente não fez nada demais... – ela indicou para a morena se sentar na frente.

– É que to acostumada a ouvir idiotices e receber olhares de reprovação quando demonstro afeto em público – Santana deu de ombros, não ligava mais pra isso.

– Eu também... Mas a gente só estava se abraçando... e estamos em New York! A maioria das pessoas não liga pra isso aqui! Graças a Deus a quantidade de pessoas que não se incomodam com a felicidade alheia está aumentando! Agora fica quieta e pedala essa bagaça vai!

– Olha como você fala comigo hein mocinha! Eu sou pilota de fuga! – Santana ria, mas não conseguia olhar para a ruiva, tinha que ficar atenta senão perdia o equilíbrio – Mas preciso da sua colaboração! Pedala aí também sua folgada, senão não vamos sair do lugar!

A ruiva ria enquanto começava a pedalar também. Estavam concentradas na paisagem ao redor agora. Cabelos ao vento, sol ameno, uma morena linda pedalando na sua frente... Jessica respirou fundo e fechou os olhos, tentando registrar aquele momento no fundo da sua alma. Aquela sensação tão boa de alegria, de se sentir querida! Ela tinha um lugar no coração de Santana e não precisava dividir com ninguém. Precisava lembrar disso quando estivesse em seus dias mais escuros...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pessoal, eu não tinha uma frequência para postar os capítulos, mas sei que é melhor pra mim e pra quem lê uma certa rotina. Então estabeleci pra mim mesma que vou postar às terças, quintas e sábados!

Será que o "avô" da Jessie vai servir pra alguma coisa nessa altura do campeonato?
Porque será que ela precisava de uma psicóloga até algum tempo atrás?


Aguardo comentários!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Girls On Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.