Perfectly Wrong escrita por Juliiet, Nana


Capítulo 35
Errados


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeee o/ EM PRIMEIRO LUGAR, LEIA ESSAS NOTAS:
— Gente, capítulo extremamente impróprio, o cúmulo da sem vergonhice³³³³³³³³, 18+ e tudo isso. Se você não quiser ler, porque se ofende com essas coisas, não gosta ou algo do tipo, não tem problema, minha jabuticaba, é só me mandar uma MP, que eu resumo o que aconteceu no cap pra você, tá? (2) - Sim, esse é outro capítulo que me faz ter vergonha de postar, mas fazer o que, né? Inclusive, ele tá um pouco violento heuasheuha sorry, gente, não me contive. Ah, pra quem não gosta desse tipo de coisa, é seguro ler até a quebra do capítulo. Aí você para e me manda uma MP, ok?
Eu fiquei MUITO feliz com meus leitores no capítulo passo e respondi TODO MUNDO, MEU DEUS, O MUNDO VAI ACABAR. Pois é, aconteceu :0
Boa leitura, gente :3



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Eu não sabia se devia sorrir ou ficar irritada. Por um lado as palavras de Asher me faziam querer rir, mas por outro se aquele cara me arrumasse problemas no trabalho, eu iria assassiná-lo lentamente com um cortador de unhas.

Acabei sorrindo e ficando irritada.

Chris teve o tato de soltar meu cabelo e se afastar alguns passos de mim, coisa pela qual eu agradeci, já que sua proximidade estava me deixando desconfortável.

– Acho que não fomos devidamente apresentados – ele murmurou, dirigindo-se a Asher com um sorriso condescendente. – Christopher – falou, estendendo a mão.

Estava na cara que a única coisa que Asher queria fazer era cuspir naquela mão, mas eu fitei-o ameaçadoramente e enviei mensagens mentais dizendo que, se ele não se comportasse, eu iria castrá-lo com uma tesoura cega. Se ele entendeu ou não, eu não saberia dizer, mas, depois de um tempo quase rude, deu um rápido aperto na mão de Chris.

Aproveitei para pegar meu casaco e minha bolsa e forçar um sorriso brilhante para Chris.

– Bom, eu preciso ir agora – falei amigavelmente. – Nos vemos amanhã?

Ele assentiu.

– Claro. Talvez eu ligue mais tarde para falar com você sobre uns problemas que estou tendo com divulgação...

– Mas isso é com o JJ, quer dizer, com o Sr. Spencer – lembrei-o.

Ele sorriu mais uma vez com aquele jeito de escoteiro dele e respondeu:

– Eu sei, mas prefiro tratar com você, já que temos feito tudo juntos desde o início do projeto – virou-se para Asher e bateu gentilmente em meu ombro. – Max é uma grande profissional, eu não podia estar em melhores mãos.

Eu podia ver pela expressão no rosto de Asher de que aquilo estava passando um pouco dos limites. Eu sentia o mesmo, mas a última coisa que queria era uma discussão no meu local de trabalho. Na verdade, em qualquer lugar, então apenas pisei no pé de Asher para fazê-lo calar qualquer coisa que fosse dizer, murmurei mais um adeus para Chris, coloquei meu casaco e minhas luvas, para em seguida puxar Asher para fora rapidamente.

Ele estava ali porque tínhamos marcado de almoçar juntos em Little Italy. E eu que tinha pedido que ele viesse até a galeria para irmos juntos em vez de simplesmente encontra-lo lá.

Agora isso não parecia mais uma boa ideia.

Não havia ninguém na recepção quando saímos, o que foi bom, porque Asher estava com uma cara que assustaria qualquer um. Apesar disso, não disse uma palavra enquanto andávamos, apenas segurou minha mão e foi desviando das pessoas na calçada.

Paramos para atravessar a rua e eu o fitei, começando a me irritar com seu silêncio.

– Não vai dizer nada? – perguntei, puxando minha mão da dele e apoiando-a no quadril. Ele nem olhou para mim. – Não vai dizer nem oi? Não vai me dar um beijo?

Isso conseguiu sua atenção, mas ele continuava com uma expressão irritada. Suspirei, desistindo de tentar conversar com ele naquele humor. O sinal abriu e eu dei um passo para travessar a rua, mas Asher segurou minha mão e me girou para ele, baixando meu rosto e encostando os lábios nos meus. Abri instintivamente a boca para sentir sua língua e beijá-lo direito, sem ligar que estivéssemos no meio da rua. Também tinha certeza que não devia haver muita gente olhando para nós. Uma das coisas mais maravilhosas de Nova York era que, geralmente, as pessoas cuidavam de suas próprias vidas e não se importavam com o que você fizesse, desde que não as atrapalhasse.

Tão rápido quando começou, o beijo terminou e Asher me puxou para atravessar a rua – com pernas meio bambas – antes que o sinal fechasse.

– Já teve seu beijo – murmurou enquanto continuava andando rapidamente. – Satisfeita?

– Sim – retruquei, embora estivesse longe de estar satisfeita.

– Ótimo.

– Ótimo – imitei-o, rolando os olhos, o que o fez rir, ainda que só um pouquinho.

Fizemos o resto do caminho até o Pellegrino’s, um restaurante italiano na Mulberry Street, em silêncio, embora continuássemos de mãos dadas. O lugar estava bem movimentado, mas não lotado. Conseguimos uma mesa imediatamente, uma bem longe da porta porque eu estava com frio. Assim que sentamos, o garçom nos trouxe o cardápio, mas eu sabia o que Asher iria querer, já que ele sempre pedia a mesma coisa, então disse:

– Ele vai querer espaguete com vodca, cogumelos e camarões – falei, sem nem abrir o cardápio.

Ele apertou os olhos para mim e também fechou o seu, dizendo:

– Ela vai querer ravióli de espinafre – era o meu preferido.

O garçom nos olhou de maneira entediada e anotou os pedidos, se afastando em seguida.

Apoiei os cotovelos na mesa e o queixo na mão e fiquei encarando Asher. Ele estava vestindo jeans pretos que, pela primeira vez na vida, não pareciam surrados; um suéter cinza, um sobretudo cor de camelo e um cachecol de caxemira. Tirando o dia da festa de ano novo, era o mais arrumado que eu já o vira. Exceto pelo cabelo que, como sempre, estava aquela bagunça sexy.

Mas eu não queria me distrair com sua aparência. Eu queria falar sério.

Era difícil.

Ele não disse nada por um longo tempo e eu percebi que se eu queria que o silêncio acabasse, teria que acabá-lo eu mesma.

– Você não combina com o papel de príncipe num cavalo branco – comentei, tirando as luvas.

Ele riu.

– Como é?

– Não faz seu estilo – voltei a falar desinteressadamente. – Você tem mais jeito de rebelde sem causa que chega de moto e sequestra a mocinha. Não de príncipe de armadura reluzente que a salva do perigo.

– Então quer dizer que você estava em perigo?

– Não foi o que eu quis dizer.

– E o que você quis dizer? – perguntou, seus olhos parecendo presos nos meus por uma energia invisível.

Droga, eu odiava quando ele me olhava desse jeito. Ok, eu odiava por gostar demais, essa era a verdade. Apenas não era muito produtivo para mim numa conversa em que eu queria ser séria e pensar em coisas sérias.

Coisas que não envolvessem aquele corpo sexy nu no chão da sala do apartamento dele.

Respirei fundo e retomei a compostura. Eu precisava ser incisiva sobre aquilo desde o início, eu precisava deixar as regras claras, ou iria acabar em outro relacionamento como o que havia tido com James.

Não que Asher fosse parecido em qualquer coisa com James, mas...bom, não doía frisar alguns pontos importantes.

– Eu quero dizer que você não precisava fazer toda aquela cena para o Chris – soltei. – Você sabe como eu me sinto sobre ciúme.

Eu podia perceber pela expressão dele que Asher não estava feliz com minhas palavras. De fato, ele parecia estar tentando conter a irritação, embora eu não tivesse a mínima ideia do por que ele estaria irritado. Eu não tinha invadido o trabalho dele e feito uma ceninha. Não que ele tivesse um trabalho do qual eu soubesse.

Mas tudo bem, ele não tinha invadido meu trabalho, eu o havia chamado.

E não foi bem uma ceninha. Até que ele havia se controlado bem. E mesmo que Chris não tivesse tecnicamente feito nada de errado, estava na cara que ele estava provocando Asher. E meu ex colega de apartamento e atual namorado/caso/o que quer que ele fosse não tinha um histórico muito bom de não responder à provocações. Então eu supunha que podia ter sido pior. Mas mesmo assim...

Ele suspirou, passando a mão por seu cabelo já bagunçado e aparentemente decidindo o que iria dizer.

– Escuta, Max – sua voz era séria e controlada, mas eu ainda podia ouvir a ponta de raiva que ele tentava esconder. – Não, eu não sei como você se sente sobre ciúme e sinceramente? Não me importa.

Aquilo foi como um golpe que eu não estava esperando e me deixou sem ar por um segundo. Eu estava entendendo direito?

Ele ignorou minha expressão e continuou:

– Isso não quer dizer que eu não me importe com o que você pensa ou como você se sente. Estou dizendo que isso é algo com o qual você vai ter que lidar. Eu não me considero um cara ciumento, mas eu...eu estou com você. Então é óbvio que gosto de você. Claro que eu vou me sentir irritado se algum cara, especialmente se for o cara que você estava pensando em beijar no ano novo – ele levantou uma mão para me calar quando eu abri a boca para protestar sobre aquela afirmação. – Nem adianta mentir, eu conheço você. Enfim, eu vou me sentir irritado se algum cara estiver claramente dando em cima de você.

Botei minhas duas mãos na mesa, mais para me impedir de usá-las para jogar alguma coisa na cabeça do cara a minha frente do que para qualquer outra coisa, e me inclinei para frente, um pouco além de irritada.

– Você não tem nenhuma consideração pelo que eu já vivi? – perguntei, realmente chocada com sua declaração anterior. – Logo você que sabe que eu estive num relacionamento com um cara ciumento... –

Ele me cortou antes que eu pudesse sequer terminar.

– Seu ex namorado não era ciumento, Maxine – soltou irritadamente, como se só falar de James o aborrecesse. – Ele era obcecado e controlador. Eu estou tentando controlar sua vida? Dizendo o que você pode ou não fazer? De quem pode ser amiga ou não?

Abri a boca, mas não consegui responder. As coisas não eram bem assim, ele podia não estar mandando em mim ou coisa assim, mas isso não queria dizer que...

Eu nem conseguia terminar minha linha de pensamento.

É, ele estava certo.

– Não – respondi depois de um tempo.

– Não – ele concordou com um risinho sem humor. – O que eu estou fazendo é tentar ter um relacionamento saudável com uma garota teimosa e irritadiça que vive procurando uma desculpa para achar que eu sou um canalha e me chutar.

Eu não estava fazendo isso! Eu só...

Eu estava.

Não era eu que estava cheia de dúvidas, procurando em cada coisa que Asher fazia ou dizia uma pista de que ele não gostava de mim o suficiente? Que eu era só mais uma brincadeira para ele?

Mas também não era responsabilidade dele me assegurar do que sentia? Me fazer acreditar que o que tínhamos era algo importante? Se eu tinha dúvidas, não era apenas minha culpa.

Só que não tinha jeito nenhum que eu assumisse nem metade da culpa. Não para ele. Não naquele momento, quando eu ainda estava furiosa.

Então mudei de assunto.

– Relacionamento saudável, han? Será que a gente consegue isso?

Ele riu, mas seus olhos me diziam claramente que ele sabia o que eu estava fazendo e ia me deixar em paz sobre isso. Por enquanto.

– Provavelmente, não. Mas a gente sempre pode tentar.

– E quando o “saudável” se provar impossível? – pressionei.

– Vamos voltar para o que sempre fomos.

Meu olhar fez a pergunta sem que eu precisasse dizer nada. Asher alcançou minha mão por cima da mesa e apertou meus dedos nos seus quase carinhosamente.

– Errados, Max – respondeu ao que eu não havia perguntado. – Somos errados juntos.

Tentei puxar minha mão, mas ele não permitiu, segurando-a mais forte. Ele se inclinou um pouco sobre a mesa, para aproximar o rosto do meu.

– Mas eu não quero ser certo sem você – murmurou com um sorrisinho cínico.

– Idiota – falei, com vontade de bater nele, mas sem conseguir impedir o pequeno sorriso de brotar em meus lábios.

Ele finalmente soltou minha mão e se inclinou preguiçosamente em sua cadeira, satisfeito.

– Ah, mas você me ama – falou segundos antes que o garçom chegasse com nossos pedidos.

Não falei nada. Ele estava mais certo do que pensava.

...

As mãos rápidas de Asher não deixavam de me surpreender. Ele mal as tinha colocado em minhas costas por baixo da blusa e eu já podia sentir o fecho do meu sutiã abrindo. Não me importei, apenas puxei mais sua cabeça para mim, beijando-o com força, fazendo nossos dentes baterem vez ou outra.

Ele parecia gostar quando eu ficava selvagem, dizia que até curtia as marcas vermelhas que minhas unhas às vezes deixavam em suas costas, que era como ter na pele a prova de que ele me dava prazer.

Só esse pensamento já me deixava mais quente por ele, fazendo-me apertar meu punho em seu cabelo até o ponto que eu sabia que devia estar machucando. Ele grunhiu em meus lábios, apertando meus quadris, puxando-me para ele até que eu podia senti-lo todo contra mim mesmo através de nossas roupas.

Ele recuou os lábios dos meus apenas alguns centímetros, apenas para dizer:

– Tira esses malditos sapatos. Agora.

Não precisou pedir duas vezes. Chutei os malditos scarpins que JJ tanto amava, mas que massacravam meus pés, sentindo um rio de alívio ao voltar a sentir o sangue circulando pelos meus dedinhos. Tirar os sapatos também me fez voltar à mesma altura que Asher – e eu sabia que ele odiava quando eu usava saltos e ficava mais alta.

Eu gostava. Talvez fosse só para provocá-lo, mas eu gostava de olhá-lo de cima e me sentir superior.

Que mesquinha.

Os lábios de Asher trilharam minha pele dos lábios até a garganta, mordendo meu queixo no processo. Ele lambeu a pele sensível da minha garganta antes de chupá-la com uma força que não só machucou, como eu tinha certeza que deixaria marca.

– Filho da puta – falei por entre meus dentes, empurrando-o contra o balcão da cozinha. Nós mal tínhamos entrado em casa antes de começarmos a nos agarrar como dois adolescentes tarados.

Ele só sorriu cinicamente para mim, nem um pouco arrependido. Alcancei a barra da minha blusa e a tirei, jogando-a no chão junto ao meu casaco. O sutiã aberto teve o mesmo destino segundos depois. Asher deixou o olhar correr pelo meu corpo seminu, passando um dedo lentamente pelo lábio inferior. Eu fui até ele e praticamente pulei em seu corpo, passando as pernas por sua cintura. Ele me segurou, apoiando as costas no balcão para se equilibrar, suas mãos indo até minha bunda para que eu pudesse me apoiar melhor. Baixei o rosto para beijá-lo e mordi o lábio que ele havia tocado com o dedo. Mordi forte, para machucar. Senti gosto de sangue.

Asher se virou subitamente e me colocou sentada no balcão, jogou a cabeça para o lado e cuspiu, antes de me olhar com raiva e murmurar:

– Maldita – antes de voltar a me beijar.

Beijei-o de volta com vontade, arrastando minhas mãos por suas costas e puxando seu suéter. Ele se afastou de mim apenas para passá-lo pela cabeça e jogá-lo longe, junto com a camisa que usava por baixo. Abri minhas pernas para que ele pudesse chegar mais perto de mim e, quando me beijou dessa vez, eu podia sentir sua pele quente tocando a minha e era meio como beber o bastante para se sentir alta, feliz e estúpida, mas não tanto a ponto de cair no chão do banheiro. Bastava um toque e Asher me fazia sentir jovem, descuidada e rebelde.

Ele estava me contaminando. E eu estava adorando cada segundo.

Suas mãos desceram por meu corpo até chegar à minha saia, abrindo o zíper com rapidez e destreza e puxando-a por minhas pernas. Mexi-me no balcão para ajudá-lo a se livrar dela e logo eu estava apenas em minha meia calça e calcinha. Logo senti uma de suas mãos subindo até alcançar meu seio, acariciando-o por um momento antes de apertar meu mamilo entre seus dedos, fazendo-me ofegar entre prazer e dor. Comecei a lamber e beijar sua mandíbula até chegar em sua orelha, mordendo-a com força enquanto minhas unhas se afundavam em suas costas, provavelmente marcando sua pele pálida.

Ele também ofegou e me empurrou até que eu fiquei deitada de costas contra o balcão gelado, minha cabeça quase pendendo para o outro lado. Meu corpo todo ficou arrepiado. Ele enfiou os dedos no material grosso, mas delicado, da minha meia calça.

– Não, por favor – pedi, tentando levantar a cabeça, adivinhando o que ele iria fazer. – Eu amo essa meia ca –

Eu nem pude terminar de falar antes que ele a puxasse, rasgando-a lentamente. Xinguei, deixando minha cabeça cair para trás e deixando-o terminar o que tinha começado. Logo ele tinha me livrado de toda a roupa que me restava, embora ainda estivesse usando suas calças e sapatos.

Ouvi quando ele desfez o zíper dos seus jeans e me apoiei nos cotovelos para vê-lo.

Ele não estava usando nenhum tipo de roupa de baixo, o que me fez sorrir.

– Você é tão sujo – sussurrei, sem parar se fitá-lo como se ele fosse a sobremesa que não comemos no restaurante.

– Você é ainda pior, monstrinho – seu olhar era um espelho do meu.

Tentei me levantar, queria tocá-lo, mas ele me segurou pelo ombro e me fez voltar a ficar com as costas no balcão. Ouvi o barulho de algo rasgando e assumi que fosse a camisinha. Segundos depois, sem me dar qualquer aviso, ele estava em mim. Não gritei porque não consegui reunir ar suficiente em meus pulmões, mas minhas mãos vagaram pelo balcão, procurando em algo em que eu pudesse me agarrar. Acabei derrubando copos no chão, pouco me importando com o barulho que eles fizeram ao quebrar. Acabei agarrando o braço com o qual Asher me segurava pelo quadril enquanto empurrava dentro de mim, fazendo-me revirar os olhos de prazer a cada vez.

Normalmente ele era doce. Normalmente ele fazia amor tão lenta e cuidadosamente que eu pensava que iria morrer antes de chegar ao final.

Ele não era doce agora.

Era forte e não totalmente controlado. Sua calça machucava minha pele sensível a cada vez que ele investia contra mim quase com descuido. Levei minhas pernas até suas costas e usei-as para incentivá-lo a ir mais forte, mais fundo, mais rápido. Eu queria aquela dor, aquele prazer. Ele se inclinou sobre mim, beijando-me. Se é que eu podia chamar aquilo de beijo, já que parecia mais como uma briga. Ele e eu, brigando pelo mesmo espaço, mordiscando e invadindo. Virei a cabeça e livrei meus lábios dos dele quando seus quadris começaram a acelerar, abrindo os lábios num gripo mudo, tentando colocar ar suficiente dentro do meu corpo ofegante.

Gritei quando ele mudou o ângulo e começou a friccionar no lugar que eu mais precisava. Afundei minhas unhas em seus braços e apertei ainda mais minhas pernas contra ele.

Eu estava tão perto, mas aí ele começou a diminuir a velocidade, fazendo-o com que eu quase o xingasse.

– Que boca suja – ele sussurrou em meu ouvido.

Ok, então eu tinha xingado e não apenas em minha cabeça.

– Desgraçado – grunhi. – Qual o problema? Já cansou? – provoquei.

Ele mordeu meu ombro com força, mas ainda entrando em mim cada vez mais lentamente, deixando-me presa na beira, mas sem permitir que eu chegasse lá.

– Ah, minha pequena libertina, eu acho que aguento mais tempo que você – murmurou, seus lábios ainda na minha pele, consolando com sua respiração quente o machucado que havia feito.

– Então ou você vai mais rápido ou me arranja um livro de palavras cruzadas – as palavras eram zombadoras, mas minha voz saiu muito ofegante e quebrada para que ele pudesse realmente acreditar que eu estava entediada.

Não, ele apenas riu e disse:

– Antes eu quero que você grite meu nome.

Não era nada que eu não tivesse feito antes. Eu não parecia conseguir controlar minha habilidade vocal com ele. Mas por alguma razão, só porque ele queria que eu dissesse seu nome, eu não queria dizer.

Mordi os lábios para não deixar nem um gemido escapar, mas ele apenas riu dos meus esforços e continuou me provocando, deixando-me cada vez mais sem controle.

Não demorou muito e eu estava fazendo mais do que gritando seu nome, eu estava implorando.

– Por favor, Asher, por favor, por favor, por favor...

Eu podia ser mais patética?

Mas no segundo seguinte, eu não tinha mais nenhum pensamento coerente em minha cabeça, porque Asher estava fazendo exatamente o que eu precisava que ele fizesse e logo eu estava tão perdida em prazer que parecia que eu era feita de luz e tudo ao meu redor parecia ter desaparecido.

Tive a impressão de que muito tempo havia passado enquanto eu tentava voltar para a Terra depois de ter tido meu mundo chacoalhado da melhor maneira possível. Asher estava meio jogado em cima de mim, sua cabeça em meu ombro, sua respiração fazendo carinho em meu pescoço, seu suor mesclando-se ao que também cobria minha pele. Eu ainda sentia que era feita de chumbo e não conseguia me mexer, mas Asher levantou o rosto depois de alguns minutos e beijou meu pescoço, se apoiando nos cotovelos no balcão. Ele ainda estava dentro de mim e eu estava tão sensível que senti-lo sair foi uma dor quase prazerosa.

Ele ajeitou as calças e fechou o zíper, depois puxou-me para a beira do balcão e me segurou em seus braços. Eu não tinha forças para reclamar, embora não confiasse nele para me carregar sem me derrubar. Do jeito que eu estava, talvez nem sentisse se caíssemos.

Asher me levou até seu quarto e me colocou delicadamente em sua cama de lençóis bagunçados. Então tirou os próprios sapatos e a calça e se deitou ao meu lado, puxando-me contra seu peito e colocando um cobertor sobre nós.

– Minhas costas estão ardendo – ele murmurou em meu cabelo. – Você tem unhas afiadas, gatinha.

Não sei de onde tirei forças, mas consegui soltar um riso fraco.

– Eu estou toda dolorida – retruquei. – Eu pensei que você estivesse transando comigo, não tentando me assassinar.

Ele riu e beijou minha nuca tão delicadamente que eu mal senti.

– Achei que você estivesse gostando.

Virei-me para ele, mesmo sentindo meus músculos protestando e meus membros pesados. Eu só queria olhar em seus olhos.

– Eu amei – sussurrei, acreditando que realmente podia ver sua alma através daquele cinza atormentado. E gostando do que via.

Asher beijou a ponta do meu nariz e apertou-me contra ele.

– Desculpe se eu fui ciumento – falou tão baixo que eu quase pensei ter ouvido errado. – É que parece difícil acreditar que eu posso ter você. Que eu mereço ter você.

Fechei os olhos, bebendo aquelas palavras, deixando-as me aquecer, assim como seu abraço.

– Você não merece – falei, aconchegando minha cabeça em seu ombro. – Mas eu sou generosa.

Sua risada foi a última coisa que ouvi antes de cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Hey, me digam o que vocês acharam :3
Tem alguém aí que mora no Rio de Janeiro?
Beijo pra xuxa :*