Sobreviva escrita por Marcel Vianna
Notas iniciais do capítulo
Parem de me torturar para te fazer foda ;-;
– Vamos para minha casa - falei dando alguns passos a frente.
– Hã ? Não ! Você está louco ?! Saia daqui - pergunto Tainá.
– Não seja ignorante ! Não é nada disso que você está pensando ! - respondi
– Então é para que hein ?! - falou Tainá ainda irritada
– Vamos precisar de proteção contra aquelas coisas.
– Vou fingir que acredito... - respondeu Helena
Corremos até o mirante em que moro, e no caminho vi algumas coisas que não esperava, como por exemplo vi muitos carros na rua, achei que estavam fazendo coisas importantes mas na verdade estavam parando na praia e tentando pegar um bronzeado, eu nunca faria aquilo, não em um momento como esses, quando chegamos corremos para entro, fomos para sala e lá tentei explicar tudo para elas.
– Não entendi nada - disse Tainá em um tom meio desapontado
– Puta que pariu... Me esperem aqui em baixo eu já volto
Corri as escadas para chegar o mais rápido possível no meu quarto, fiquei procurando meu guia como um completo desesperado, quando achei corri para baixo e quase tropecei no caminho
– Aqui, pegue - falei jogando o livro nas mãos de Helena
– O que são esses papéis azuis aqui ? - perguntaram
– São marcações que eu fiz, leia elas enquanto eu procuro coisas para levarmos
– Posso te ajudar ? - perguntou Tainá
– Não vai ler o guia ? - perguntei
– Helena me conta tudo depois - respondeu
– OK então, procura algumas mochilas grandes e traz elas pra cá por favor
– Aonde ? - perguntou Tainá
– Ou no meu quarto ou dos meus pais, eu vou pegar algumas coisas que vamos procurar
– Até
– Até - respondi
Subi junto com ela, mas parei no banheiro para pegar escovas de dentes que minha mãe comprou para "durar mais tempo", depois peguei sabonete e uma esponja, desodorante pode até ser que sim, mas perfume tem o cheiro mais forte então não.
– ACHOU ALGUMA ? - gritei para Tainá
– ACHEI DUAS - respondeu
Me aproximei para poder falar mais baixo, e não atrapalhar Helena e sua leitura
– Acho que mais duas está bom
– Vou procurar então - Tainá respondeu indo para o outro quarto
– Vou pegar aqui alguns cobertores pequenos e umas almofadas, travesseiros ocupa muito espaço
– Pra que ?
– Vamos sair da cidade, e duvido que vamos achar um bom lugar com camas, e se acharmos vai demorar
– Por que vamos sair da cidade ?! - perguntou Tainá assustada
– Porque vivemos em uma metrópole, quando o vírus se espalhar por toda a cidade ela vai virar um inferno
– Ata, entendi...
– Leve as mochilas lá embaixo, vou deixar na sala
– OK
Ainda no quarto eu peguei algumas roupas, a maioria era de manga e calças compridas, para evitar ao máximo o contato com sangue infectado, e também peguei meu iphone, meu ipad, um carregador portátil e uns jogos de tabuleiros para termos alguma distração no apocalipse
– Já vou deixar algumas roupas lá embaixo - falei em um tom mais alto pois estamos em quartos diferentes
– Tudo bem, já vou descer também
Enquanto ela não desce eu fui na cozinha pegar alimentos não perecíveis, água e luvas de plastico para evitar o toque em qualquer coisa contaminada, depois fui até o porão e achei uma picareta e um pá, as peguei, pois podem ser boas armas brancas, subi e deixei tudo organizado para depois poder arrumar tudo aquilo, e fui na "parede da arte" pegar máscaras de gás, latinhas de spray que ainda continham tinta e martelos e pregos no armário das coisas que se tem lá.
– Por que tem uma picareta e uma pá aqui ? - perguntou Helena meio assustada depois que tirou a cara do meu guia
– Vão ser nossas armas
– Mas só tem duas, somos três
– Verdade, já volto
Fui na cozinha pegar algumas daquelas facas grandes que mais pareciam adagas e voltei, joguei elas perto de Helena
– Feliz agora ?
– Melhor - respondeu
Vi as mochilas mas Tainá não estava aqui com a gente
– Cadê Tainá ? - perguntei
– Esta na varanda, vendo a paisagem
– Valeu, pode nos ajudar a arrumar isso nas mochilas ?
– Claro
– Obrigado, vou chamar a Tainá e já volto
– OK
Desci para a varanda e a vi observando a praia, não gostava mais daquela praia, não gosto nem de lembrar
– Vamos subir para arrumar as mochilas - falei calmamente
– Hã ? Ata, vamos
Subimos e vimos Helena arrumando a mochila das armas, com uma cara bem feliz para alguém que está prestes a enfrentar o apocalipse zumbi...
– Já que ela esta arrumando a mochila das armas eu arrumo a das roupas - falei
– Tudo bem, então vou arrumar essa da higiene
– Acho que os cobertores e almofadas vão caber aqui, me passe eles por favor
Quando terminamos de arrumar tudo eu falei
– Vou subir para avisar a todos para irem a escola e conseguirmos montar um grupo, mas claro que não falei de zumbis, senão todos iam me ignorar, falei que ia ser uma festa, mas que só levassem água e talvez refrigerante para lá, pois já tinha muita comida.
– Pronto, agora podemos ir - falei feliz
– Vamos - falaram em uníssono
Na rua novamente encontramos bastante movimento, e achei isso muito estranho, o que aconteceu ontem era para estar nos jornais... Pelo visto a mídia escondeu isso de novo.
– Por que tem tanto movimento aqui ? Achei que estamos no apocalipse... - perguntou Tainá
– Estamos no apocalipse a muito tempo, há quase duas décadas na verdade, o vírus só está fazendo tudo mais rápido, fazendo a merda que está acontecendo
– Ata... - respondeu Tainá em um tom depressivo, tentando esconder o choro
Fiquei quieto por algum tempo, pensando na minha família, mas não podia fazer nada quanto a isso, todos moravam longe e meus pais estavam trabalhando em uma cidade que fica duas horas de carro daqui
– E seus pais ? Como vão fazer ? - perguntei em um tom triste
– Eles estão viajando, estão na Itália - respondeu Helena
– E os seus Tainá ? - perguntei
– Não quero falar sobre isso - me respondeu, agora sim estava chorando, e eu me senti culpado por isso...
– Desculpe, não foi de propósito
– Tudo bem...
Chegamos na escola e ficamos sentados esperando eles chegarem, mas como eles estavam demorando eu peguei o meu iphone e começamos a escutar música, depois de algum tempo vimos Lucas chegando, com um refrigerante na mão, como o desejado.
– Oi, co... - Lucas parou e olhou em volta
– Cadê todos ?
– Devem ter achado que era brincadeira, ou viram a rua fazia e forma embora
– Foda-se eles que vão ser devorados não nós - falou Helena
– Espera, isso não é uma festa ? É só uma tentativa de criação de grupo para o apocalipse zumbi ?
– Sim
– VAI SE FUDER, VOU SAIR DAQUI !!! – gritou Lucas nervoso
– NÃO ! – gritamos todos em uníssono
Segurei Lucas pelo braço e ele tentou resistir, mas eu fui mais forte que ele, então fiquei o segurando com o objetivo dele se acalmar, mas ocorreu um imprevisto, escutamos um barulho da rua, mas não podemos ver o que era por causa dos muros
– Que barulho foi esse ? – perguntei
– Não escutei nada, sabia que estava maluco – respondeu Lucas
– Vai se fu... – quando ia terminar a frase, escutei aquele mesmo barulho, só que mais alto
– Dessa vez eu escutei
– Se abaixem ! – falei já me adiantando
Todos se abaixaram e ficamos escondidos perto do banco em que sentamos antes de Lucas chegar, então finalmente o motivo do barulho apareceu, um zumbi
– PU... – Tapei a boca de Lucas imediatamente com a esperança de que o zumbi não nos ouça
– Cala a boca ! Quer nos matar ? – falei
Pelo visto não falei baixo o suficiente porque o zumbi finalmente nos percebeu e partiu em nossa direção.
– Merda, ele nos escutou, vou ter que pegar minha picareta – falei indo em direção a mochila
Peguei minha máscara de gás e minha luva para evitar contato com o sangue contaminado, depois peguei meu casaco o vesti e empunhei a picareta, fui na direção do zumbi para tentar extermina-lo, fui avançando, mas acabei arregrando...
– acho que consigo acerta-lo daqui – pensei
Na mesma hora arremessei a minha arma em direção ao zumbi e o acertei em cheio ! Só que foi com o punhal de madeira da picareta, ou seja, não resultou em nada.-
– Alguém me jogo outra arma ?
Tainá me arremessou sua pá e a peguei na ar, mesmo recuando um pouquinho, avancei um pouco mais em direção a aquela coisa empunhei a pá, a coloquei em cima da cabeça e o ataquei com toda a minha força, fiquei de olhos fechados desde que o ataquei, mas o abri logo quando escutei gritos de alegria.
– Boa ! Você o matou ! – gritou Lucas
Quando abri os olhos a cabeça da criatura estava divida ao meio, e admito que adorei ver isso, peguei minha picareta e voltei para meus amigos.
– Você foi ótimo ! – falou Helena
– Eu quase perdi minha picareta !
– Mas você o matou ! – falou Tainá
– Sim, mas vamos esquecer isso, não quero ficar pensando nisso o tempo inteiro – respondi
Algum tempo depois chegaram Bernardo e João, ficamos apenas olhando eles até se aproximarem
– Oi como estão ? – perguntou Bernardo
– Cala a boca e senta, precisamos conversar - falei
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Mas palavras :3Por favor comentem o capítulo para eu saber o que acharam.