A Alma De Um Serial Killer escrita por Anne Phoeby


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic de Soul Eater >
Espero que gostem!! Até la em baixo... hihi



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Meu nome é Maka Lonessis, tenho dezesseis anos, quase dezessete e vivo em Nevada, EUA – Death City. Minha personalidade é dura, mas me classifico como uma boa pessoa, gosto de ler e de estudar histórias geral. Status atual: Órfã.

Pois é. Não poupo as noticias ruins.

Foi ha mais ou menos 11 anos. Saia com meus pais em uma noite de natal, iriamos comprar meu presente e depois comeríamos uma singela ceia em casa. Pena que nunca chegamos a comer.

Compramos um coelho de pelúcia bege de barriga branquinha e estávamos indo para casa. Chegamos e entramos. Papai foi ascender a lareira e mamãe esquentar a comida, enquanto eu subia para meu quarto e trocava de roupa.

Não houve ruído, não houve nada além de uma visão traumatizante para uma criança. Eu desci as escadas ainda com o coelho na mão, tinha um sorriso inocente e as bochechas rosadinhas, mas o sorriso sumiu e as bochechas empalideceram. Eu vi dois corpos ensanguentados estirados no chão.

Corri para o mais próximo, meu pai, e o sacudi freneticamente. Não sabia o que significava, mas um pânico incomum tomou conta de mim, um medo que fazia meu coração fraquejar e as pernas perderem as forças. Lágrimas quentes e grossas escorregaram pelas maças do meu rosto e berrei qualquer palavra ou letra enquanto esfregava meu rosto na roupa manchada de sangue.

Um pouco recomposta eu vou até minha mãe, ainda segurando o coelhinho que tinha umas poucas manchas de sangue fresco.

Ela estava de bruços e com os olhos abertos, opacos e sem vida. Também a chacoalhei, mas o resultado foi mais sangue escorrer de sua barriga perfurada. Mais lagrimas e gritos. Não sabia o que estava acontecendo, o que devia fazer, o quanto medo eu sentia era incalculável. E aumentou ainda mais quando ouvi passos leves se aproximando.

Olhei na direção do som e quando parou vi uma figura preta, não muito maior do que eu, segurando uma faca de cozinha ensanguentada.

Era o assassino.

O mirei de olhos arregalados e o coração saltando na garganta, podia muito bem ouvido bater fortemente. Segurei fortemente a pelúcia e a abracei contra meu peito, o apertava tentando me dar segurança e um alívio provisório, engano meu que desse certo.

O assassino apenas me olhava nos olhos. Ele encarava minha íris verde e eu encarava um brilho escarlate que fugia da sombra preta que cobria o corpo inteiro. Por mais medo que tivesse, não deixei de admirar o vermelho vivo que me analisava, tentava entender seu olhar. Tinha um feixe de insanidade, raiva e, por um breve momento, arrependimento, percebi quando deixei mais lágrimas escaparem.

Inocente eu me levantei, tornou possível eu ouvir o som de gotas que a barra do meu vestido armado fazia por também estar embalsamada em sangue. Ele era uns 10cm maior que eu na época, com certa proximidade pude ver poucas mechas brancas escaparem do gorro preto que usava. O cachecol marrom escuro cobria a boca e o nariz, mas, com os olhos expostos, dava para ver a pele bronzeada, todo o resto era uma grossa camada de roupa preta.

Ficamos nos encarando por longos minutos, como se o tempo parasse e só nós dois que importávamos naquele momento. Foi o que pensei quando estava hipnotizada, mas logo senti uma forte dor na nuca. Em poucos segundo fui de encontro ao chão e perdia a consciência, a ultima coisa que ouvi foi a voz rouca do garoto:

- Pare!

E a escuridão me envolveu.

Na manha seguinte eu acordei com uma forte dor na cabeça. Ainda estava deitada no chão de madeira de minha casa. Abri os olhos vagarosamente e me levantei, naquele momento, não me sentia viva ou morta, não tinha reação e nenhum som saia de minha boca entreaberta.

Andei até a porta, a mesma estava escancarada, e sai na rua daquele jeito. Não tinha pra onde ir, não tinha com quem contar, não tinha nada além das lembranças felizes que eram tão distantes no momento e ainda hoje.

Desnorteada eu passava pela calçada numa madrugada silenciosa. Nada. Ninguém sabia do ocorrido e isso não iria mudar nada em suas vidas.

Cheguei até o segundo quarteirão e encontrei a gentil senhora dona do mercadinho, todas as manhas em que ia para a escola, ela me dava uma fruta e ajeitava meu uniforme. Ela carregava uma caixa de madeira cheia de melões frescos. Quando me encontrou com o olhar, primeiro iniciou um sorriso, mas depois suas feições ficaram rígidas e incrédulas. Provavelmente não estava muito apresentável.

Ela chegou perto de mim correndo. O avental meio sujo e o vestido bege simples combinavam com a senhora rechonchuda, de idade um pouco avançada. Ela mal me tocou de pavor, suas mãos tremiam freneticamente e suas falas vacilavam, gaguejando e às vezes soltando algo que nem era uma palavra.

Pouco tempo depois ela segurou minha mão e me arrastou para casa, quase deixei meu coelho cair, mas, como se me agarrasse a um fio de sanidade, eu o abracei mais forte ainda. Quando ela viu os corpos quase desmaiou, só não o fez por se sentir no dever de chamar a policia.

Em menos de meia hora policiais de varias formas chegaram e invadiram a casa. Eu estava no colo da senhora que se sentou numa poltrona de veludo da sala-de-está.

Um homem de branco se aproximou de mim.

Eu vi sua boca se mexer, mas não ouvia nada. Olhei um pouco pra cima para olhar nos olhos do de branco, estavam embaçados. Na duvida olhei em volta, atônita, tudo parecia lento e carregado por um véu de neblina. Eu estava zonza, minha cabeça parecia dar voltas e mais voltas, até que finalmente, tudo se escurece de novo. Dessa vez não pude ouvir nada, nem o barulho do meu corpo bater no chão.

A segunda vez que acordei, eu estava numa cama branca de hospital. Um estranho medo me consumia. Ver aquele cômodo branco não tranquilizava meus olhos verdes, me sentia fraca e minha boca estava seca.

Procurei o botão que chama a enfermeira, quando o avistei não alcancei. Meus braços pequenos fraquejaram e percebi que um estava com o fio de soro injetado.

Depois de receber todo o tratamento médico e parcialmente psiquiátrico junto, uma assistente social foi me informar a situação atual. Eu seria mandada para um orfanato em Michigan, onde normalmente boas famílias adotam.

Por um ano fiquei no orfanato. Fui adotada por uma família de engenheiros, eram gentis e o casal tinha já um filho. Os primeiros anos foram meio complicados de me acostumar com o ar alegre, mas meu novo irmão me ajudou bastante.

Mas então, a mulher faleceu e o homem não conseguia manter duas crianças. Ele  me deixou em um outro orfanato, sendo esse da mesma franquia que o anterior, não houve muitos problemas de papelada. Ele era uma boa pessoa e se desculpou varias vezes, mesmo com eu dizendo que tudo bem.

Por já estar mais crescida seria mais difícil ser adotada e meu comportamento foi virando rebelde e despreocupado. Estava cansando de ver mais rostos adultos se decepcionando comigo.

E finalmente alcanço meus dezesseis anos, ainda num orfanato, mas em Mississipi. E, por mais estranho que possa parecer, eu descobri umas verdades que preferia nem ter chegado perto. Tudo isso quando um homem ruivo entrou no orfanato e procurou por mim e me trouxe de volta para Nevada.


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Notas finais do capítulo

Tomara que tenham gostado e que comentem, isso deixa a autora Feliz e inspiradaaa!!
Até o próximo capítulo
see u aigan!



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