Pov’s Percy:

Assim que Lou me deu um soco, eu pensei comigo mesmo esse cara está de brincadeira comigo... Eu tinha até mantido meu alto controle, pois o cara estava  completamente bêbado, mas o filho da puta começou a me socar, e então eu perdi o controle e parti para cima dele. Não sou muito bom em briga, mas posso dizer ele apanhou pra caralho. Quando me tiraram de cima de Lou, notei que tinha formado um circulo ao nosso redor e todos estavam gritando:

   — BRIGA! BRIGA!

Olhei para todos os lados à procura da pessoa que me meteu nessa briga, mas não achei! Onde será que estava Annabeth?

Andei por toda a casa dos irmãos Stoll e não achei. Enquanto eu estava procurando a prima de Luke, vi de relance Thalia conversando com Nico e estavam sozinhos. Hm tem coisa aí, eles se odeiam, e nunca ficaram tanto tempo no mesmo lugar. Vi também Luke se agarrando com uma morena e Jason estava subindo a escada aos beijos com Piper.

Estava tocando a musica Domino da Jessie J. Não dei muita bola, em parte por não gostar dessa musica e outra por estar preocupado demais em procurar Annabeth. Saí da casa e andei por todo o jardim, mas não a encontrei. Fui até a piscina e nada também. Já tinha certeza de que não ia acha-la. Fui então a um lugar que sempre me deixava bem, tirei o tênis e me sentei na areia da praia e fiquei olhando as ondas. Quando eu era mais novo, meu pai e eu sempre íamos à praia, e ele sempre me perguntava se eu fosse um herói, que poder eu queria ter e eu sempre lhe respondia que queria ter o poder de mexer com a água, de respirar de baixo d’água... Todos os poderes que envolvessem água. Como não sou um super-herói, e não podia fazer essas coisas, resolvi me dedicar ao surf...

Meus pensamentos foram interrompidos quando notei uma forma deitada na areia e com uma garrafa de vodka na mão. Demoro um tempo até eu percebe que se tratava de Annabeth, me levantei em um pulo e fui até ela. Fiquei parado na frente dela e disse:

   — Não me parece que você esteja bem.

Ela me olhou e então me lançou um olhar mortal e respondeu:

   — E o que você tem haver com isso, Jackson?

Bom, eu já havia me perguntado isso há meia-hora atrás... O que eu tinha haver com isso? A resposta era nada, mas eu apenas pensava que era por meu melhor amigo. Fiquei ponderando um pouco a pergunta dela, mas não respondi, em vez disso, me sentei ao seu lado e fiquei encarando-a.

   — O que você está fazendo? — ela perguntou e então eu notei que fiquei encarando-a por mais tempo que imaginava.

   — Hã... N-N-Nada — respondi que nem um idiota, merda Jackson, você pode fazer melhor que isso.

Annabeth riu, mas parou bruscamente e ficou encarando as ondas e ficava dando goles grandes em sua bebida. Peguei a bebida da mão dela e ela olhou para mim e quase pulou em meu pescoço.

   — Mas que merda, cara! — ela berrou e tentou pegar a garrafa de minha mão — vá se ferrar e me dê essa bosta para cá...

Ela ficou tentando pegar a garrafa de minha mão, mas não deixei e então ela cansou. Então se estabeleceu um silencio.

   — Por que você faz isso? — perguntei quebrando o gelo.

   — Isso o que?

   — Isso que você estava fazendo... Quer dizer, hã... Ficar se embebedando toda hora, Luke me disse o que acontecia com você em NY...

   — Minha nossa, vocês meninos são mais fofoqueiros do que as lideres de torcida da minha antiga escola, e isso não uma coisa fácil. — disse ela fazendo careta — Mas não quero falar sobre isso, ok?

   — Hã... tá...

   — Me fale sobre você.

   — Falar sobre o que?

   — Sei lá, qualquer coi...

Annabeth parou de falar e ficou encarando algo atrás de mim e ela tentava não rir. Olhei para trás e vi uma menina com estilo gótica, olhei com mais atenção e notei que se tratava de Thalia, e ela estava acompanhada com um garoto com o estilo igual o dela...

   — Nico! Thali... — ela berrou e eu tratei de tampar a boca dela.

   — Shhhh! — ela olhou para mim com os olhos arregalados — Não queremos que eles nos escutem, não é mesmo?

Ela assentiu, mas assim que eu tirei as mãos de sua boca ela começou a tagarelar algo como:

   — Thalia e Nico estão namorando! Usem proteção!

Os dois pombinhos olhavam de um lado para o outro a procura de onde vinha à voz e estavam claramente constrangidos. Peguei meu celular do bolso, não podia perder essa, bati uma foto dos dois de mãos dadas. Cara, eu ia sacanear muito os dois. Estava tão entretido pensando em como iria sacanear meus primos, que não notei que Annabeth já não estava mais ao meu lado, olhei para onde a garrafa estava... Quer dizer, onde deveria estar!

Olhei na direção da praia e vi Annabeth correndo.

   — Ah não. Qual é Annabeth? — gritei para ela que gargalhou mais e corri até ela.

Sou um ótimo corredor, mas tenho que admitir que a garota era muito boa.

Quando consegui alcança-la, lancei meus braços ao redor de sua cintura, impedindo que ela corresse.

   — Me solta! Me solta! — mas ela não parava de gargalhar.

Distrair-me olhando para a bunda dela, que por sinal era bem gostosinha. E esse foi o meu erro. Annabeth me empurrou e eu caí dentro da água. Ela ficou rindo enquanto bebia. Ela tropeçou no próprio pé e caiu sentada. Essa é a minha chance. Sai da água e fui a sua direção. Peguei-a nos meus braços enquanto ela esperneava e gritava.

   — Me bota no chão, Percy!

   — Com toda gentileza... — disse enquanto jogava na parte funda da água.

Annabeth estava demorando a emergir, e então comecei a me preocupar. Annabeth estava bêbada, e eu havia lhe jogado na água... Meu sangue congelou quando vi cabelos loiros boiando. Corri até ela e quando fui ajuda-la, uma mão veio até minha cabeça e me empurrando para debaixo da água. No começo fiquei meio atônito, depois percebi o que havia acontecido. Depois de um tempo Annabeth tirou a mão de minha cabeça, deixando-me emergi.

Ela olhava para mim e começava a rir, fechei a cara.

   — Isso não é engraçado!

   — É... Sim... — ela disse já enrolando a língua, mas não parava de rir.

   — Você está bêbada — disse eu.

   — E você é um chato, sabia? — retrucou.

Saímos da água e nos jogamos na areia. Annabeth ficou com as pernas no formato de uma borboleta e ficou em silencio. E então eu tive uma ideia.

   — Se deita!

   — O que? — ela perguntou olhando para eu, como se fosse um louco.

   — Deita na areia — apontei para a areia do lado dela.

   — O que? — perguntou de novo e me olhando como se eu passasse de louco para retardado — Não vou deitar... Vou ficar cheia de areia...

   — Apenas deite! — cortei-a.

Ela deitou-se na areia e mexeu no meu cabelo e tirou algo de lá, e perguntou:

   — E agora, cabeça-de-algas?

   — Ah, você... Espere, cabeça-de-algas? — perguntei fazendo careta para o novo apelido.

   — Tinha algo no seu cabelo, e eu acredito que era alga.

   — Hã... Hum, faz isso aqui — mostrei-a um gesto de balançar os braços para cima e para baixo e ela repetiu o gesto.

   — Pronto, e o que mais?

   — Agora faz isso — mostrei-a como balançar as pernas e ela fez o mesmo.

Depois de termos terminado as ações, me levantei e estendi a mão para ela e ajudei-a a levantar.

   — O que é i-i-isso? — ela perguntou olhando para a nossa obra de arte.

   — Você não vê? Pensei que fosse mais esperta, sabidinha — ela me olhou confusa — São anjos de areia, dã! Dá para ver, apesar de o seu estar bem mal feito.

Ela me deu um soco no braço e reclamou por eu ter dito que seu anjo estava feio, mas começou a rir. Andamos pela praia. A cada 10 passos que dávamos, Annabeth caia 9 vezes. Vimos Travis e uma garota loira se agarrando e Annabeth correu até eles, pensei que ela fosse fazer qualquer outra coisa, mas ela apenas pegou a garrafa de Red Label que estava do lado deles e correu até mim.

   — Olha... o-o-o que... E-e-eu achei — mostrou a garrafa.

   — Acho que você não deva beber isso — avisei e ela me ignorou e bebeu metade do liquido contido na garrafa.

   — Por que você não bebe, Percy? — ela perguntou enquanto nos sentávamos e encostávamo-nos a uma plataforma qualquer.

   — Porque quando eu bebo, eu faço muita merda. E você concorda comigo quando eu digo que não queremos que eu faça merda, não é mesmo? — perguntei, não tive resposta, então olhei para Annabeth e notei que ela havia dormido. Tirei a garrafa já vazia da mão de Annabeth e joguei longe. Peguei-a no colo pela cintura. Sua saia estava um pouco levantada, abaixei-a. Ela estava tremendo, provavelmente de frio, pois estava completamente encharcada. Tirei minha blusa que era com mangas e coloquei-a em Annabeth.

Fui até a rua onde passava os carros à procura de algum taxis, mesmo sendo umas 3:00 horas da manhã havia vários taxis. Dei meu melhor assobio para chamar um e logo apareceu um. Coloquei Annabeth deitada no banco traseiro e fui no banco da frente com o motorista. Eu havia vindo de carona com Leo, então não tinha como voltar para casa a não ser de taxi.

Falei meu endereço ao taxista e logo chegamos ao destino. Entreguei um bolo de dinheiro ao motorista e desci do carro. Abri a porta traseira e tirei Annabeth de lá, a colocando-a no colo.

Abri a porta de minha casa. As luzes estavam todas desligadas, meu pai provavelmente estava dormindo uma hora dessas. Fui em direção do meu quarto, depois entrei no banheiro e coloquei Annabeth dentro da banheira e liguei o chuveiro.

   — Que merda você está fazendo? — ela perguntou ainda sonolenta, assim que a água gelada tocou sua pele.

   — Shhhh. Apenas fique quietinha.

Depois do banho a coloquei na minha cama e peguei uma blusa minha para ela, que consequentemente ficava um vestido nela. Sentei na cama e coloquei sua cabeça em minha perna e fiquei olhando-a, depois de um tempo fiquei acariciando seus cabelos. Não lembro o resto, pois acabei dormindo.