Vida De Adolescente escrita por Vitória Jackson


Capítulo 10
Revenged


Notas iniciais do capítulo

Sei que ando bastante sumida, pois estou trabalhando em uma nova fic, que eu ainda vou postar hoje. E tem outra coisa, não sei se vou continuar com essa fic.



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Tudo estava perfeito demais, eu deveria ter desconfiado nada é perfeito demais! Estava preste a descobrir isso.

Pov Annabeth.

O sinal tocou e todos os adolescentes se deslocaram animadamente para dentro do colégio. Todos estavam pulando de um lugar para o outro, contando como fora suas férias de verão, outros desfilando com roupas, sapatos novos ou cabelos “novos”.

No grupo em que estávamos só havia Piper, Nico, Bianca, Leo, Luke e Jason.

Enquanto caminhávamos para dentro da escola, virei-me para Jason e perguntei:

— Ei, Jason! — falei cutucando-o e ele se virou para mim com um belo sorriso.

— O que foi? — perguntou ele franzindo a testa.

— É que tipo, a Thalia não vem?

Jason abriu a boca, mas um garoto magro, com cabelos mais ou menos encaracolados e que possuía olhos negros profundos, respondeu por ele.

— Thalia só chega com um minuto para irmos para a aula.

Notei que já o conhecia de algum lugar.

— Iai brother! — Leo o cumprimentou.

— Iai cara! — respondeu o garoto.

— Iai Connor! — Nico o cumprimentou estendendo a mãos

— Fala ai bichona.

Depois de todos os cumprimentos, notei que um garoto tinha chegado, ele tinha uma pele bronzeada tipo aqueles sufistas e seu cabelo era loiro, mas não dava para ver seus olhos, pois estavam cobertos por óculos escuros que cobriam praticamente todo o seu rosto. Ele usava Jeans desbotados, camiseta apertada, e uma jaqueta de couro que aposto que era italiana. Ele cruzou os braços e notei que ele ficou quase imóvel, atitude de quem quer parecer transparente, sem ser notado. Notei que ele não parava de olhar na minha direção, não resisti ao impulso de olhar para trás e ver se ele estava olhando para algo atrás de mim, e não havia nada e nem ninguém atrás de mim. Olhei diretamente para ele e ergui as sobrancelhas, como se perguntasse o que ele estava olhando. Mas ele continuou olhando para mim. Também posso entrar nesse seu joguinho, pensei. Sustentei o olhar nele e foi a vez dele de erguer a sobrancelha, dei um mínimo sorriso sem mostrar os dentes, que provavelmente não fora percebido. Continuávamos nesse joguinho, até que escutei alguém gritando meu nome.

Balancei minha cabeça tentando recobrar o juízo, quando senti mão segurando meus ombros.

— Annabeth! — gritou Thalia.

— Sabe Thalia, você não precisava gritar no meu ouvido. — falei enquanto Thalia parava de agarrar meus ombros.

— Talvez eu não precisasse se você tivesse parado de ficar encarando o Will e tivesse respondido as 5 vezes em que eu te chamei — ela falou sorrindo.

No mesmo instante senti minhas bochechas pegando fogo. Olhei para a Thalia que só riu mais e depois olhei para o garoto e ele estava sorrindo sem mostrar os dentes.

Dei de ombros e mudei de assunto.

— Thalia, não era para já ter começado as aulas?

— É que geralmente no primeiro dia de aula, temos uma orientação e pega o primeiro e metade do segundo horário.

— E por que não estamos participando dessa tal orientação? — perguntei.

— Por que é totalmente desnecessário. — falou simplesmente.

Notei que o tal de Will havia saído. E também notei que Percy já havia chegado e estava com o seu rolo (Drew). Ela me lançou um olhar de nojo e no mesmo instante soprei um beijo para ela. Ela só faltou deixar o queixo cair. E então falou sem som algo como: você vai ver. Sorri para ela e então virei-me para Thalia que estava rindo.

— Do que você está rindo?

— Por isso que te adoro. Só vou te avisar uma coisa, a Drew... Bem, ela é a típica popular e líder de torcida da escola — sussurrou ela.

— E você liga para esse negocio de popularidade? — perguntei perplexa.

Thalia riu mais uma vez e respondeu:

— É claro que não!

Minha expressão se suavizou e Thalia e eu caímos na gargalhada. Quando paramos de rir, Thalia perguntou:

— Você já pegou seu horário?

— Não. — respondi.

— Então vamos pegar — ela falou desanimadamente.

Thalia me arrastou até um corredor onde havia duas únicas portas. Entramos na porta da direita.

Dentro dessa sala havia uma mesa com telefone, papeis, muitos papeis. Logo notei que se tratava da secretaria. Sentada em uma cadeira havia uma moça sorridente, ela tinha grandes olhos verdes, cabelos da cor de caramelos.

— O que vocês gostariam?

Thalia deu um passo para frente e disse:

— Precisamos de um horário, Emma.

Emma sorriu e tirou de uma pasta amarela um pequeno pedaço de papel e entregou a Thalia.

— Você é nova aqui, querida? — perguntou ela sorrindo e se referindo a mim.

— Oh, sim, sou sim.

— Seja bem vinda à escola dos sonh...

— Seja bem vinda ao inferno! — Thalia a interrompeu.

— Que seja. Você irá adorar aqui. E qual quer coisa, me procure.

Sorri e agradeci. Thalia e eu saímos da sala e nos dirigimos ao corredor onde havia as salas. Olhei para Thalia e notei que ela estava vestindo uma blusa de tecido fino que tinha duas cores, uma calça preta rasgada e tênis vans azul quase verde.

Thalia estava atenta comparando os horários.

— Temos aula juntas de química na quarta aula, biologia na sexta...

Thalia ia fala algo mais, mas foi interrompida pelo som do sino tocando, o que significava que teríamos que ir para a aula. Uma multidão de alunos irrompeu no corredor, fazendo eu e Thalia nos separar, tentei gritar para Thalia, qual seria a aula de agora, Thalia até que respondeu, mas não deu para escutar.

Olhei no meu horário, que ainda estava em minha mão, vi que tinha aula de história agora.

Quando entrei bati na porta da sala, vi que a aula já havia começado. Um cara que tinha cabelos um pouco grisalhos, olhos negros, em uma cadeira de rodas e usava casaco de teed, que julguei ser o professor de historia e fez um sinal com a mão e ai eu entrei.

Ele se aproximou de mim e perguntou:

— Aluna nova?

Assenti, e ele sorriu e continuou.

— Como se chama querida?

— Annabeth Chase — falei enquanto analisava a turma. Vi que no conhecido “fundão” tinha o garoto de cabelos meio ondulados que eu vira no corredor, ele estava jogando bolinhas de papel no cabelo de uma garota alta, cabelo caramelo e seus olhos eram da mesma cor. Olhei para a fila da esquerda e vi que o outro garoto do corredor estava ali, e ele também estava me encarando, sério, tive um arrepio que percorreu por todo o meu corpo. Ele ainda estava de óculos, o que aumentou minha curiosidade de descobrir qual era a cor de seus olhos.

— Annabeth? Annabeth? — escutei alguém me chamar e então respondi algo perto de “ hã?” “o que?”

A turma toda riu, senti minhas bochechas pegando fogo, provavelmente eu estava parecendo ridícula. Balancei minha cabeça e falei:

— Sim, senhor?

O homem velho sorriu e falou:

— Bom, eu havia falado que meu nome e Quiron — ele estendeu a mão e eu apartei-a — Então vamos começar a aula, Annabeth, querida você pode sentar-se ali.

Ele apontou para uma cadeira vazia do lado do tal Will. Arrastei-me até a cadeira e sentei-me e tentei me manter atenta ao que o professor falava.

Escutei alguns comentários idiotas como “Annabeth, quem tem um nome como esse?” ,” Annabeth, que nome mais ridículo!”

— Bem alguém se lembra do que foi a Revolução Americana? E o porquê que ocorreu? Quando ocorreu? E como terminou?

Como ninguém levantou o braço ele apontou para a minha direção, fiquei tensa.

— Senhorita Drew, por favor, responda. Acredito que essa conversa toda era sobre isso, até por que a senhorita é uma garota muito inteligente, não é turma?

Todos da turma riram, até Will deixou escapar um sorrisinho. Drew ficou roxa de raiva.

— Para que tem que se saber isso? Isso é o que aconteceu no passado, temos de viver no presente agora, tudo isso é totalmente desnecessário — ela falou sorrindo.

Algumas pessoas na turma sorriram. Absurdo, alguém não saber o que foi isso, pensei.

Levantei minha mão timidamente, Quiron sorriu e disse:

— Tem algo a dizer Senhorita Chase, que contrapõem a Senhorita Drew?

— É-É... Quer dizer, sim. Tudo começou como o Tratado de Paris, que, em 1763, finalizou a Guerra dos Sete Anos. Ao final do conflito, o território do Canadá foi incorporado pela Inglaterra. E as trezes colônias representadas por Massachusetts, Rhode Island, Connecticut, Nova Hampshire, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Delaware, Virginia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia começaram a ter seguidos e crescentes conflitos com a metrópole inglesa, a metrópole aumentou a exploração sobre essas áreas. Constituiu-se em batalhas desfechadas contra o domínio inglês. Movimento de ampla base popular teve como principal motor a burguesia colonial e levou à proclamação, no dia 4 de julho de 1776, da independência das Trezes Colônias. Então os Estados Unidos, fora o primeiro país dotado de uma constituição politica escrita.

Despejei tudo, o que fez o sorriso de Quiron. Drew que estava atrás de mim começou a fingir que estava tossindo e dizendo “nerd, nerd”. Virei-me e falei:

— Oh, querida, melhor ser uma nerd e ter conhecimento sobre o que se passa com o mundo e meu país, do que ser uma piranha de merda que não sabe nada sobre o seu país, mas isso é de se esperar de alguém burra igual a você, não é fofa? — falei sarcasticamente.

Drew ficou roxa de raiva. Algumas pessoas ficaram chocadas e outras estavam falando “é, isso aí”, “cara, eu adorei essa garota!”

Virei-me para frente e continuei a prestar atenção na aula. Assim que tocou arrumei minhas coisas e rumei para o corredor dos armários, olhei em um papel que me entregaram, e nele tinha o numero 367. Fui procurando. Não estava achando, comecei a entrar em desespero. Respira Annabeth. Caminhei até um garoto que estava de costa.

— Hey, hã, você poderia me ajudar a encontrar o armar... — o cutuquei e falei, mas minha voz morreu assim que o garoto se virou. Era o Will, e de perto ele realmente parecia mais lindo.

— o que? — sua voz era grossa, mas suave, como uma brisa.

— Hã, qual é o armário 367?

Ele apontou para um armário que estava do meu lado e que tinha escrito 367, com números grandes. Sorri sem graça, abri o armário e coloquei minhas coisas.

Passei pelo garoto e ele estava com os braços cruzado e encostado em seu armário.

Fui até o refeitório e quando eu estava me dirigindo até alguma mesa, algo esbarra comigo e um minuto depois me vejo jogada no chão, cheia de comida. Droga, droga, droga.

— Oops! — aquela vozinha irritante de novo.

— Vadia.

Sinto mãos me levantando. Vejo que já tem um grupo se formando ao nosso redor. Mas o sangue já subiu a minha cabeça. Peguei um prato de almondega que estava em uma mesa e joguei dentro da blusa de Drew. Ela fez uma cara de nojo e de surpresa e disse:

— Ah, você não fez isso...

Ela pegou outro prato de comida e jogou a comida em cima de mim. Como eu já estava irritada, eu peguei os pratos vazios que estavam em outra mesa e joguei nela. O primeiro acertou seu pé, ela deu um gritinho. O outro ia acerta sua cabeça, mas ai algum infeliz a abaixou. Notei que o infeliz era o cabeça de algas.

Eu ia bater em todo mundo até que um cara baixinho e gorducho se aproximou, ele tinha cabelos enrolados e usava camisa com estampa de bicho. Era totalmente notável.

— O que está acontecendo aqui? — sua voz era estrondosa, nada comparado com sua aparência.

— Essa piranha que começou — Drew apontou para mim.

— Vá se foder, me deixa meter a mão na sua cara, vai ver que a deixa um pouco melhor que isso! — senti mãos ao redor de minha cintura.

— Não quero saber quem começou, quero as duas na minha sala, agora!

— Qual é? Dionisio foi essa vadiazinha que começou!

— Mais respeito comigo senhorita Dewreu e para vocês, pirralhos, é Senhor D.!

— Meu nome é Drew! — Dionisio a fuzilou com os olhos e ela se encolheu e disse — desculpe.

Rir pelo nariz, por que eu realmente não aguentei.

— Silencio você também, Anabele!

— Desculpe senhor, mas meu nome é Annabeth.

— Que seja, Annabel. Quero. Vocês. Na. Minha .Sala .Agora!

Ele foi para a sala e todo mundo estava falando ao mesmo tempo. E muitos estavam falando de mim. A única coisa que eu fiz foi erguer a mão e mostrar o dedo do meio. E então segui o diretor.

— Não acredito que estou toda suja e com a minha primeira anotação em minha ficha escolar.

— Calma Annabeth — a voz delicada de Silena soou um pouco apreensiva.

Eu estava sentada no vazo sanitário enquanto as meninas me limpavam. Silena e Piper tentavam tirar a comida dos meus cabelos. Thalia estava andando de um lado para o outro com roupas na mão, provavelmente para mim. Thalia quando olhou para mim, deu para ver que seus olhos representavam puro ódio.

— Como eu odeio aquela garota!

— Ela está quase explodindo de raiva e eu que levei comida na cara... — falei e me arrependi de ter aberto a boca.

— Você não entende.

Piper foi até a Thalia e disse:

— Você deveria superar isso, Thalia.

Thalia bufou e se escorou na parede ao meu lado e cantarolou baixinho.

There is no such thing as revenge

You will not give as good as you got

There is no such thing as an eye for an eye

If you think you’re the giver, you’re not

( Não há nada como a vingança

Você não dará tão bem como recebeu

Não há nada como olho por olho

Se você pensa que é doador, você não é)

Escutando a Thalia cantar baixinho, minha cabeça começou a funcionar como engrenagens. Estava pensando em um jeito de me vingar de Drew, dei um sorrisinho e olhei para as meninas e cantarolei a musica com Thalia, que conhecia tão bem.

There is no such thing as regret

There is no point in placing the blame

Hate destroys the one who hates

And everyone suffers the same

(Não a nada igual ao arrependimento

Não há sentido em colocar a culpa

O ódio destrói quem odeia

E todos sofrem igualmente)

Mas o meu plano não seria amanhã, nem no dia seguinte, ia demorar. Eu iria agir como se nada tivesse acontecido.

Troquei a roupa suja pela a limpa que a Thalia estava na mão. Era um casaco do time de futebol, vermelho com branco. E era uns 5 números acima do meu e uma leg preta e minha boot.

What you see

Is not necessarily what you get

Eyes are the window to the soul

Take your judgements

And let them go

(O que você vê

Não é necessariamente o que obtém

Os olhos são a janela da alma

Pegue os seus julgamentos

E jogue-os fora)

E quando eu saí do banheiro e fui andando até a próxima aula que seria de química, Thalia estava ao meu lado. Ela estava com raiva, dava para ver somente olhando para ela, que andava com passos apressados e pesados. Quando eu estava indo, The Vaca, estava passando, toda suja. E isso me deixou um pouco feliz. Trocamos olhares, fuzilei-a e ela fez o mesmo.

— Vadia — ela falou quase cuspindo.

Somente sorri, o que a deixou com mais raiva.

There is only love ande respect

To thine own self be true

When you point the finger

There are three fingers

pointing back at you

(Há apenas amor e respeito

Para tua própria verdade

Quando você aponta um dedo

Há três dedos apontados de volta para você)

Entrei na sala e uma mulher ruiva estava com um vestido vermelho e surrado.

— Sente-se senhorita Chase. — falou.

E eu me joguei em uma carteira, esperando a hora passar.


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Notas finais do capítulo

ai, postei. Espero que gostem, pois sinceramente, eu não gostei.



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