Minha visão estava embaçada. Uma tontura me possuiu. Um terço das minhas costas estava gelado, e eu ofegava. Olhei para o lado esquerdo, e me deparei com uma bolsa de soro, cheia de um líquido azul. Um homem certificava de que o líquido ia para mim. Olhei para o lado direito, e vi uma seringa, que injetava um liquido amarelo. Homens e uma mulher olhavam apreensivos para mim.

  -Não houve nenhuma alteração; ele continua inconsciente – O primeiro doutor, pelo que parecia me olhava. Identifiquei o local pelas diversas prateleiras de ferro ao meu lado e pelas paredes de vidro, um necrotério.

   -A dosagem dos vírus T e G estão altas? – Perguntou a mulher.

  -Sim doutora. Pegamos uma quantidade boa do vírus G do laboratório de Birkin. Infelizmente, tivemos que matá-lo, e os companheiros de Hunk morreram. Mas há um problema, para continuar os testes, precisaremos de mais doses do vírus G, que estão com Annette Birkin. Ela está desaparecida. Tenho medo que haja mais um vírus, e nós não sabemos onde este está. – Vírus? Irei ficar com gripe?

      -E a dosagem de Antivírus está razoável, o suficiente para ele não se transformar em um monstro – Outro doutor falou.

   -Muito bem. Para recuperarmos a amostra que está com Annette será fácil, mande Hunk. Eu também me preocupo em não saber se há mais uma amostra, porém sei que os Birkin não cofiariam a amostra em ninguém. Recupere o vírus, doutor – A mulher e todos (menos um) cientistas se retiraram.

      Ele se aproximou de mim. Os cientistas ao meu lado ainda injetavam dosagens. Ele me olhou, como um artista olha para a obra prima. Então se retirou. Entendi tudo-pois esse havia sido o motivo do qual eu havia fugido há nove anos – Eles eram da Umbrella, e iam me transformar em uma experiência. Malditos! O monitor cardíaco disparou. Os cientistas olharam para ele assustados. Seria esse um sinal meu? Não. Eu estava nervoso. Vi o doutor pegando um bisturi, ele pegou uma caixa, e abriu com o bisturi ela. Sacou uma agulha, jogou o bisturi na maca, soltou a caixa, ajoelhou-se para pegar o frasco que não havia quebrado com a queda, pegou um pouco de líquido na agulha, e preparou-se para injetar o liquido em mim. Um Calmante, reparei. A ponta da agulha se aproximava de meu pescoço. Antes que ele tocasse, segurei o braço do cientista do lado direito, o que ia injetar o calmante. Saquei o bisturi, e levantando-me rapidamente, coloquei a lamina em seu pescoço, arriscando cortá-lo. Mantive o seu braço encostado contra a parede de vidro. Senti perigo, e, não sei como, joguei um doutor noutro, e o braço doutro ficou preso no sofá que tinha do lado esquerdo, impossibilitando o movimento desse. Pulei, parecendo que eu ia voar, até chegar perto do doutor não preso. Como cai de joelhos, consegui sacar a seringa com calmante no chão, e injetei na Jugular dele. Ele desmaiou. Subi no sofá, e com voracidade, chutei a parede de vidro, que quebrou. Cacos de vidro caindo por todos os lados assustaram todo mundo. Mexi no meu cabelo negro e liso, arrumando-o, quando vi três homens chegando pelo lado esquerdo do corredor forrado de ferro, com mini-metralhadoras. Pulei para o corredor, e os três miraram a arma em mim. Eu ainda estava com o bisturi. Os homens atiraram. Impressionantemente, eu desviei de todos os tiros, tão rapidamente que os homens não viram quando eu cortei o pescoço do primeiro. Ele tombou e caiu morto. O sangue coloriu todo o chão de ferro, antes cinza.

       O segundo, que estava ao lado do primeiro morto, tentou atirar no meu abdome. Pulei, e acertei uma voadora em sua cabeça. Ele caiu no chão, e o terceiro, que ia atirar em meu perto, antes que notasse, tinha uma lamina cravada em seu peito. Ele também caiu morto. O segundo havia sofrido um traumatismo craniano e morrido. Antes que eu pudesse me mover, senti uma dor forte em meu coração. Cai morto inesperadamente no chão. Mas não perdi a consciência. Por quê?