Lado A Lado - Novos Rumos escrita por Cíntia


Capítulo 14
Vidas Separadas


Notas iniciais do capítulo

Gente muito obrigada pelos comentários, dessa vez vocês me ajudaram tanto que consegui escrever esse capítulo que é dedicado a todas que comentaram. E ahhh, a regra dos 10 comentários continua valendo... espero que vocês gostem e comentem muito.



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Por Laura

Edgar me beijava e mais uma vez eu tinha que tomar uma decisão. Eu correspondia, mas dentro de mim, as dúvidas me inundavam. Estava fazendo o certo?

Eu amava Edgar e como amava... Mas depois do que sofrera e com as mágoas adormecidas, mas ainda vivas, eu tinha muito medo.

Nos últimos meses, Edgar se tornou tão presente comigo e com nosso filho. Tão cuidadoso, tão aplicado, tão amoroso. Era a volta do Edgar que conheci... o homem bom, gentil, idealista, apaixonado... O Edgar por quem me apaixonei.

Mas tinha medo, a situação que vivíamos era delicada, frágil como um vidro podendo se quebrar a qualquer momento. Nós não conversávamos sobre o passado, sobre o meu sofrimento, e também sobre algo bem presente, aquela mulher e a filha. Eu sabia que Edgar convivia com elas, não que ele fosse amante de Catarina ou coisa do tipo, ele apenas visitava a menina.

Ainda que não falasse sobre isso. Pois era como se ele estivesse dividido em 2 homens, o Edgar meu marido e outro Edgar que visitava a filha. Ele tentava separar as coisas... Distanciar sua família comigo da sua filha com a ex-amante. Era melhor assim, remexer em sentimentos tão complexos, poderia ser explosivo e extremamente doloroso. E eu não queria sofrer mais. Só me indagava até quando haveria essa separação.

Não sabia se podia confiar nele novamente... Não sabia o que o destino me preparava... Se eu ia aguentar.

Mas ainda assim o beijava. Eu o desejava, minha pele se arrepiava ao seu toque... Eu também precisava de carinho, de amor, de senti-lo a minha volta, de ser coberta pelo seu corpo e me sentir protegida em seus braços... Fazia meses que eu e ele não … Eu também precisava daquilo, eu sentia meu corpo sendo despertado pelo seu beijo, era uma sensação maravilhosa. Mas quando ele desviou sua boca da minha e começou a beijar o meu pescoço e nuca tornando minhas pernas mais bambas, não sei de onde tirei forças para falar:

– Edgar .. - eu estava ofegante, mais, eu estava em brasas – Espera!

– Esperar o que, meu amor? - ele falou enquanto ainda beijava o meu pescoço

– Não sei... Talvez... Estamos nos precipitando...

– Você é a minha mulher.. Eu te amo … E quero ... preciso de você !- ele olhou em meus olhos e pude notar que ele já pegava fogo...

– Eu te amo, Edgar. Mas … - ele não me deixou terminar, me beijou com urgência, com uma mão presa em meu quadril, ele aproximou os nossos corpos

A outra mão percorria o meu corpo. E eu não segurei meus suspiros, ele também não segurava os dele. Ainda nos beijando, entramos em nosso quarto. Nos afastamos um pouco para nos livrar das nossas roupas. Nós queimávamos e precisávamos estar sem elas... Enquanto Edgar tirava velozmente suas vestes, eu percebia o seu sorriso e olhar atrevidos para mim.

Eu estava terminando de tirar minhas roupas íntimas quando ele veio para cima de mim. Ele sorria ...tão lindo... e me beijou enquanto sua mão procurava caminho entre as minha coxas. E assim nos amamos de maneira urgente e fulgaz, seguida por outras maneiras calmas e profundas.

Depois, eu estava deitada no peito de Edgar. Nossos corpos suados. Seus braços longos me envolvendo, enquanto sua mão acariciava o meu cabelo. Ambos felizes e satisfeitos, como era bom estar nos braços dele, eu não sabia, mas como eu precisava daquilo:

– Meu amor... - ele falou

– Que foi, meu amor? - perguntei sorrindo

– Seu sorriso é tão lindo!- ele sorriu

– O seu também – retribuí

– Eu estou feliz. Você está feliz? - ele me perguntou

– Muito. - respondi sincera

– Me desculpa por ter te … - eu coloquei o dedo em sua boca e o interrompi

– Xiii!!Não lembra, eu quero esquecer – falei com a boca próxima a dele

– Tá bom!

– Me faz esquecer … - disse sedutora, ele sorriu, me beijou de modo profundo, iniciando mais uma vez o nosso amar...

Acordei, e ainda estava escuro. Edgar me abraçava e me desvincilhei dele com cuidado. Me cobri com um penhoar e estava saindo quando escutei:

– Onde você vai? Ainda não amanheceu – falou Edgar manhoso

– Vou cuidar do meu outro amor! - comentei entre risos

– Olha que ficarei com ciúmes desse outro amor... Devo?- ele brincava

– Deve e muito. Já que com esse rapaz não tem jeito de concorrer, amo-o desde que descobri que ele existia … E além de tudo, ele tem cabelos escuros... Tenho uma queda por morenos – o provocava

Ele se levantou e me agarrou por trás:

– Ahh, é? Vou te mostrar o fogo dos loiros. - Edgar me beijou com vontade e depois voltou a falar – Vou desafiar esse rapaz para um duelo!

– Uma pena que ele ainda não saiba usar armas! Mas acho que ele não se importará em dividir o meu coração com você! Você se importa em dividir com ele?

– Devia me importar... Mas já que não tem jeito... Eu divido. A verdade é que também já estou perdidamente apaixonado por esse rapaz, tenho que admitir, ele é um tremendo sedutor!- ele riu, me beijou mais uma vez, começou a abrir meu penhoar e por mais que eu desejasse aquilo, o impedi

– Edgar … Vou preparar a mamadeira do Pedrinho. Daqui a pouco ele acorda.

– Ahhh...- ele fez uma cara de menino contrariado

– Eu volto – falei deixando-o

– Eu ficarei esperando- ele respondeu

E assim o clima entre Edgar e eu melhorou. A gente voltou a ser aquela casal amigo e apaixonado de antes. E com Pedrinho nos tornamos uma família verdadeiramente feliz.

Após duas semanas, organizamos uma bela recepção depois do batizado do nosso filho. Apesar da resistência da minha mãe e do meu sogro, como estava planejado, Guerra e Isabel o batizaram

O batizado de Neto foi uma semana depois. E e eu Edgar fomos seus padrinhos. Até que eu tentei convencer Isabel de batizarmos nossos filhos juntos. Mas ela ficou receosa, tinha medo da aproximação com a minha família.

Albertinho não havia assumido oficialmente o filho. Mas meu pai lhe enviava dinheiro todo mês. E minha mãe tomada por um repentino amor pelo neto, procurava Isabel de vez em quando com o pretexto de vê-lo. Ela tinha muito medo do que a baronesa poderia fazer, de que interferiria na criação do seu filho ou até mesmo o tomaria dela. Eu tentava acalmar Isabel em relação a isso. Mas sabia que da minha mãe poderia esperar tudo.

Em casa a minha situação continuava boa, ou melhor, maravilhosa. As vezes até parecia que Edgar e eu estávamos em lua-de-mel. E se não tivéssemos Pedrinho, um observador desavisado com certeza seria capaz de apostar nisso

Um dia, Edgar foi ao fórum, mas disse que voltaria cedo. Pediu a Matilde que preparasse um jantar especial naquela noite com o pretexto de comemorar a nossa felicidade.

Eu me arrumei com primor naquele dia, fiz uma toalete caprichada, me perfumei, selecionei com esmero as minhas roupas íntimas, coloquei um belo vestido. Queria estar linda para Edgar.

E fiquei esperando por ele. Mas ele demorou, anoiteceu e não tive notícias dele. Eu estava preocupada, uma aflição tomava conta do meu coração. Queria sair, procurar por ele. Mas eu tinha que cuidar do meu filho, e era muito orgulhosa, se tudo estivesse bem … se eu descobrisse que ele simplesmente esquecera de me avisar... não queria dar a impressão de correr atrás dele. Não queria aumentar o seu ego.

Fiquei esperando-o no quarto. Não conseguia dormir, eu achei que não choraria mais por ele. Mas chorei. Já estava amanhecendo quando Edgar apareceu, ele parecia perturbado, mas estava bem, o que me fez explodir pela raiva:

– Edgar ...- só consegui dizer isso, mas ele percebeu a minha indignação

– Meu amor... A melissa passou mal... Eu tive que levá-la ao hospital... E..- ele parecia confuso e gaguejava

Eu desconfiava, aquele tempo de paz já havia durado demais. Eu estava me iludindo … Edgar não conseguiria viver duas vidas separadas. O fato dele ter passado a noite fora com a filha e ex-amante já seria difícil de aceitar, mas eu podia até compreender considerando a saúde frágil da menina. Entretanto doía demais o fato dele ter me esquecido, de ter combinado algo comigo, ter feito esperá-lo e não ter tido a mínima consideração... a gentiliza de me avisar que não viria.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Alguma ansiedade pelo final? Estão bravas comigo pela mudança no rumo... Espero que não kkkk.
Mas dizendo isso não deixem de comentar, recomendar, mostrar que estão aí e querem mais.
Só mais uma coisa lembram do direito de pergunta? Aquilo que propus de que quando atingisse as centenas em comentários, ou seja 100, 200, 300 etc, a pessoa que fez o tal comentário, poderia fazer uma pergunta, qualquer coisa sobre a história? Pois não, atualmente tem 186 comentários, faltando apenas 14 para 200, não sei se alcanlçará no próximo capítulo, mas é possível, então quem sabe você não ganhando o direito de pergunta e de uma resposta reveladora, hein? Comentem, não se esqueçam disso.



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