E Se Eu Não Voltasse, Você Sobreviveria Sem Mim? escrita por GiGihh


Capítulo 4
Meu peito explode em dor


Notas iniciais do capítulo

Finalmente Sadie vai falar um pouco do que sente. Tem um pouco de drama neste cap...
Boa leitura!



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SADIE

- Eu posso saber exatamente o que aconteceu? – O diretor pergunta com uma voz até calma para a situação.

Eu me sentei em uma das duas poltronas e fiquei apenas encarando o chão. Ta bom, vou ser sincera, isso não era normal para mim. Eu podia ter explodido o colégio inteiro que eu ainda olharia em seus olhos.

Ele percebeu minha reação, mas não pode falar nada porque Milena havia começado um discurso impressionante sobre como eu odeio ela (o que não era nenhuma mentira) e como eu sempre fora muito malvada com ela sem motivo nenhum (o que é uma mentira enorme).

- Milena, você já pode ir. Sadie eu teremos que discutir sobre quanto tempo ela irá pegar de detenção. – Ele disse tentando olhar em meus olhos.

Milena sorriu e saiu da sala.

- Certo... Então o que realmente aconteceu? – Ele me perguntou.

- Você já ouviu a declaração da Milena. – respondi sem emoção ainda sem fazer qualquer contato visual.

- Sadie?

- Ela me provocou, ok? – respondi olhando em seus olhos.

- Como ela conseguiu te provocar?

- Ela falou dos meus pais. – Minha voz soou fraca e meus olhos ficaram marejados.

O diretor sabia que eu não tinha pais e que me irmão estava em outro continente e ausente na minha vida.

- Pode ir Sadie. Milena mereceu o que você fez. Você não será punida.

- Obrigada diretor. – Lhe dei um sorriso agradecido e sincero. Eu o adorava. Ele era como se fosse da minha família.

- Tenha uma boa tarde.

- Eu terei.

Acredite se quiser, mas o discurso irritante de Milena havia durado cerca de uma hora e meia. Ou seja, falta cerca de cinco minutos para irmos embora. Mas eu saí mais cedo. Eu não era aquela pessoa que amava estar na escola.

Fui para um pequeno parque que ficava perto da escola. Eu gostava de deitar sobre a grama e observar o seu azul e as sombras no chão. Quando passei próximo a pista de skate percebi três garotos me observando. Serei sincera, eles eram muitooo lindos. E o melhor de tudo: todos eram skatistas e tinham um estilo bad-boy.

Aproximei-me deles e perguntei sem nem um pingo de vergonha.

- Posso andar com vocês? É raro achar quem goste de andar de skate. – Eu tinha um sorriso no roso.

- Você quer andar com a gente? – um deles me perguntou confuso e admirado – Tipo assim, você não se importa de bagunçar o cabelo, quebrar unhas como as outras meninas?

Dei um sorriso muito maroto e respondi com outra pergunta:

- Eu me pareço com as outras meninas?

-Não! – eles admitiram olhando em meus olhos, mas ainda assim um pouco envergonhados.

Não perdi tempo algum e surpreendendo a todos os três tomei o skate de um deles e fui para a pista.

Foi uma tarde incrível! Revezamos-nos já que eu não tinha um skate. Todos nós nos mostramos grandes amigos. Era como se nos conhecêssemos desde criancinhas. E isso era incrível.

Mas um deles não me via apenas por amiga. Ele queria algo a mais.

Ele me puxou para longe dos amigos e me levou para trás de uma grande árvore. Eu não sabia o que pensar ou como reagir. Eu não sentia nada por ele; não nutria nenhuma afeição. Ainda existi um menino especifico em minha mente. Eu fazia de tudo para esquecê-lo, mas nunca consegui tira-lo da minha mente.

Walt e Anúbis se faziam presentes em minha mente o tempo inteiro. Eu me sentia pressa a eles e por mais que desejasse não conseguiria me livras dos dois.

O menino, de quem eu nem se quer sabia o nome aproximou seu rosto do meu e lentamente afastou meus cabelos do meu rosto. Eu não queria beija-lo. Eu queria apenas esquecer Walt/Anúbis. Pensar nos dois me causava dor; uma dor forte em meu peito; algo que eu não compreendia.

Mas eu precisava esquecê-lo de alguma forma. E ali na minha frente estava um menino lindo que me desejava. Mesmo que por apenas um instante eu tinha que tira-los da minha cabeça.

O menino encostou seus lábios nos meus em apenas um selinho e eu ia permitir que ele transformasse isso em um beijo profundo e intenso, mesmo sendo desprovido de emoções. Mas não pude lhe dar essa liberdade. Meu colar esquentou de tal maneira que se tornou desconfortável. Não, desconfortável não. Era agonizante. Eu senti uma dor tão forte no meu peito que achei que não fosse suportar. Meus olhos se encheram de lagrimas, tamanha foi à dor em meu peito.

Afastei-me dele e pedi desculpas e voltei para casa. A ultima coisa de que precisava agora era ser interrogada por alguém. Disse aos meus avós que estava muito cansada e que precisava de um tempo sozinha.

Tranquei-me em meu quarto e me joguei na cama. Meu celular começou a vibrar e sem nem ao menos ver quem mandara a mensagem desliguei-o e tirei a bateria.

Lagrimas escorriam pelo meu rosto livremente. Eu nem tentava conte-las. A dor que eu sentira no peito através do colar fora forte de mais. E fora através do colar que Walt me dera que eu senti tanta dor. Eu sentia um vazio imenso dentro de mim. Era pior do que receber facadas no peito.

Eu já não sabia mais o que sentia em relação a Walt ou mesmo Anúbis. Será que era amor? No fundo eu conhecia a resposta. Era com ele que eu ia sempre estar dentro do meu coração. Eu já sabia a resposta há muito tempo. Eu não aguentaria mais fingir que lhe era indiferente.

Eu não sabia como agir, então deixei as lagrimas rolarem pelo meu rosto. Meu peito ainda doía fortemente e o colar continuava quente em meu pescoço. Eu me sentia fraca para tira-lo e honestamente não queria fazê-lo.

Segundos, minutos ou até mesmo horas haviam se passado e eu não havia mudado. Com o coração pesado e com o peito explodindo de dor fechei os olhos e adormeci.


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Notas finais do capítulo

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