O Leão, A Feticeira E O Guarda-roupa. escrita por luuh
Notas iniciais do capítulo
Fã de NaLu tentando fazer um LoLu... Bem, espero que saia do agrado de vocês ^^, ao menos saibam que me esforcei.
A chuva caia violentamente do lado de fora, mas ela adorava demonstrar sua força atirando pequenas gotas contra a janela de Lucy, fazendo-a se encolher dentro de seu guarda-roupa. Não lembrava exatamente por que e como havia adquirido o medo da chuva, mas Lucy tinha e fim.
Ela estava sozinha quando começou a garoar, de inicio nem reparara a chuva; estava muito focada em seu romance para perceber uma forte tempestade se aproximando, mas foi ela tomar força o suficiente para corta à luz que o medo tomou conta das atitudes de Lucy.
E lá estava ela, parecendo uma boba encolhida em seu amplo guarda-roupa mexendo em seu molho de chaves de espíritos. Não era nenhuma emergência, mas ela precisava de alguém ali com ela, não importava se fosse de carne e osso ou um espírito amigo.
Achou a chave do leão com dificuldade em meio à escuridão de seu guarda-roupa e o chamou.
– Abra-se o portão do leão. Loke! – sussurrou, e imediatamente uma luz iluminou o lugar e uma figura que Lucy conhecia bem apareceu, transformando o lugar antes amplo em um cubículo.
–Hey Lucy! –Ele disse, tentando se acomodar no pequeno espaço e tirando algumas roupas que impedia sua visão.
Ela não o respondeu, somente o olhou, com os olhos cintilando por causa das lagrimas que lutavam para escorrer, implorando mentalmente que ele a acolhesse.
O olhar da loira mexeu com ele, fazendo-o se sentir tão frágil quanto ela. Não tendo muita escolha, apertou-se para ficar ao lado dela e passou o braço por trás do pescoço de Lucy e a puxou para si.
Lucy acomodou-se ali, no terno de risca do espírito e ficou a ouvir as batidas aceleradas do coração dele.
– Tumtum, tumtum,tumtum... – zombou de Loke, imitando as batidas descompassadas do órgão, fazendo-o virar a cara, envergonhado.
– Milhões de garotas dariam tudo para estar em seu lugar, só estou me imaginando sendo você, fugindo delas. – resmungou, mas logo os dois começaram a rir.
Lucy envolveu a cintura do amigo com os seus braços e se acomodou ainda mais em seu peito, como quem abraçava uma pelúcia para dormir.
No caso, a pelúcia era um leão.
Loke percebeu a situação e então propôs contar uma história, que foi bem aceita da parte da loira.
– Era uma vez... – Loke começou a pensar – Um leão. –disse por fim, satisfeito.
Lucy queixou-se da ideia dele ser o protagonista, mas Loke rebateu afirmando que a história era dele e ponto. Emburrada, Lucy o apertou ainda mais e o deixou continuar.
– E esse leão era rei de um território imenso. Tinha vários servos e todas as garotas que queria e...
– E se esse leão não para de se gabar, a bruxa má aqui irá cortar sua juba. – disse Lucy que estava irritada pelo comentário desnecessário sobre as garotas.
Loke soltou uma risadinha abafada antes de continuar.
– Já que você se denominou a bruxa má... – zombou, mas logo retornou ao foco – O belo leão só tinha uma inimiga, que era a bruxa má Rushi.
Lucy revirou os olhos, mas não comentou nada.
– Rushi era uma bruxa com poderes de invocação e era a única que sabia que o maravilhoso leão era um espírito. O mais forte deles, claro. E quando ela soube do imenso poder dele queria de todas as formas, torna-lo um de seus escravos.
Loke começou a percorrer o braço da loira com os dedos, sendo o mais sutil possível. Aproveitando o silêncio e contato entre dois.
– Continue. – Disse Lucy sonolenta, deitando-se no ombro do rapaz, causando-o arrepios quando respirava profundamente.
– Um belo dia, a bruxa má foi confronta-lo, e ele já a esperava.
Loke passou alguns longos segundos pensando se deveria ou não usar aquela simples história para se declarar para a maga e concluiu que aquela seria, talvez, sua única chance.
– Mas acabou que ela, sem querer, lançou um feitiço que fez o leão cair apaixonado pela a bruxa. E o melhor, o feitiço se voltou contra a feiticeira. Ambos seguiram na direção um do outro, somente para trocar um gesto de amor e carinho.
– E que gesto era esse? –Lucy perguntou um pouco mais atenta.
O leão tomou fôlego e coragem para fazer o que tinha de ser feito.
– Esse.
Antes que Lucy pudesse ter qualquer reação para impedi-lo, ele tomou seus lábios e ali, em meio às roupas, cabides e o som da chuva se acalmando eles se beijaram.
Um intenso beijo de quem era inimigo somente nas histórias, pois, realmente falando, eram amantes ocultos. Uma maga e seu espírito, movidos pela emoção trocavam carinhos num cubículo escuro.
– Me diga Lucy, como você quer acabar essa história? – Loke perguntou enquanto acariciava o rosto, provavelmente corado, de Lucy.
– Acho que “e eles viveram felizes para sempre”, se você concordar, claro.
Ele abriu um sorriso e deu um beijo na testa dela.
– É claro que concordo minha princesa.
E mais uma troca de beijos foi iniciada.
A partir daquela noite, Lucy considerou a chuva como amiga não como causadora de seus medos.
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