Coming Around Again escrita por Monica Alice


Capítulo 7
Essa Noite Não Acaba


Notas iniciais do capítulo

Gente mil perdões pelo atraso, sem querer quebrei o modem da internet e ontem que foi chegar outro só que na correria não deu para postar. Serio me desculpem.

Cada vez que vejo os comentarios de voces fico muito feliz, li todos mas ainda não tive tempo para responder, mas ate domingo ja terei respondido e postado o proximo.

Fiquei extasiada quando vi minha primeira recomendação.
Doty sua linda, diva, espetacular e fantastica, adorei sua recomendação, esse capitulo é dedicado para voce flor.
Obrigada Linda.



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Eu deveria ter percebido que alguma coisa estava errada quando entrei naquele condomínio, todos aqueles muros altos reforçados pela segurança das cercas elétricas, e agora para diante da casa de Cato, um edifício de três andares todo branco, com uma grande varada cercando todo o ultimo andar, as janelas prateadas brilhando pela forte iluminação que vem do enorme jardim que rodeia a casa, jardim esse que é o dobro do tamanho do meu apartamento.

Aproveito que Cato saiu do carro para vir abrir a porta e colocar os pensamentos no lugar, um aperto faz doer meu coração, um suador louco toma conta das minhas mãos, alguma coisa parecida com uma voz intuitiva grita dentro da minha cabeça dizendo que agora é o momento de ir embora, que devo sair daqui nesse instante.

Ele abre a porta do carro para que eu desça, e no mesmo instante segura minha mão suada já que o tecido do vestido não ajuda em nada na absorção do suor.

- Nervosa? – ao que parece Cato esta se divertindo muito com esse encontro familiar, e como tudo que vai volta, sua diversão é meu nervoso.

- Olha para isso... – digo apontando a minha volta. – Porque você não avisou?

- Assim não teria graça, você tinha ver como esta sua cara. – ele diz gargalhando, uma raiva começa a fazer meu rosto esquentar quando ele se aproxima de mim depositando um beijo suave nos meus lábios.

Penso o quanto sou hipócrita querendo ser apresentada a família dele, quando na primeira oportunidade beijo outro rapaz. Um sentimento de culpa faz bate com força, fazendo eu me afastar de seu carinho.

- Posso fugir enquanto tenho chance. – digo tentando disfarçar ao maximo minha insegurança.

- Vamos, eles estão loucos para te conhecer. – diz, no instante em que em abraça conduzindo meu corpo para frente. – Eu falei muito bem de você.

Parada em frente a porta principal, o tal alarme interior grita loucamente par eu sair correndo de lá. Respiro uma, duas vezes e pego na mão de Cato quando ele abre a porta.

Um aroma de tulipas invade meu olfato me dando um leve enjôo, enquanto me leva para o cômodo de ouvimos vozes fico imaginando com deve ser sua família, se eles se reúnem para falar como foi o decorrer do dia.

Atravesso um longo corredor com Cato me levando em direção as vozes que ficam a cada passo mais próximas. O coração acelerado, o ar ficando rarefeito e por alguns instantes sinto como se não fosse voltar a sair daqui.

Na entrada da sala principal enquanto espero que Cato me anuncie, um cheiro adocicado e enjoativo encontra meu nariz, reavivando algum momento do passado que já senti esse cheiro, desisto da lembrança no momento que Cato me chama.

- Linda.  – Vou na direção do seu braço estendido pronto para me receber.

Nem nos meus piores pesadelos imaginei uma cena como essa. Effie Trinket com um vestido rosa, um belo par de brincos de perola, esta de pé exibindo seu maior e mais bonito sorriso, ao lado do seu marido, um homem de cabelos castanho e olhos claros, não deve ter mais que quarenta anos, segurando effie por uma mão e na outra um copo, com um liquido que suponho ser conhaque.

O enorme sorriso de Effie desaparece quando entro na sala e braço Cato, se com o olhar ela pudesse me matar com toda certeza estaria morta agora.

- Katniss esses são meus pais. – Cato diz, me levando mais para perto do seu pai. – Haymitch essa é a Katniss.

- Você não me disse que ela era tão linda. – ele diz com sua voz grave, beijando minha mão. - Prazer, Haymitch

- Obrigada. – digo um pouco aliviada por Haymitch não secar sua mão, agora úmidas pelo meu suor, na calça clara. – O prazer é meu.

- E essa é a Dona Effie. – Quando Cato diz isso, inevitavelmente tenho que olhar nos olhos de Effie, fuzilando-me ela me abraça.

- Prazer querida, você realmente é muito linda. – ela diz enquanto beija meu rosto.

Então é isso. Vamos fingir que nunca nos vemos na vida e sou realmente linda. Mal sabe ela o quão péssima em fingimentos eu sou, e o quão difícil é aturá-la em nas aulas matinais. Serei uma vitoriosa se conseguir engolir todo o desprezo que sinto por ela durante o jantar, e não jogar na sua cara todas as blasfêmias que estão na minha cabeça, assim como ela fez me elogiando.  

- Obrigada. – digo dando meu sorriso mais brilhante. – Bela casa.

- Bom, agora podemos jantar. - ela diz, nos guiando para a sala de jantar.

Não diferente do resto da casa, a decoração da sala de jantar é incrível, desde a mesa de vidro com suas cadeiras pratas ao deslumbrante lustre de cristal pendurado estrategicamente no meio da sala, por mais que me doa dar o braço a torcer Effie tem um ótimo gosto.

 Antes de sentarmos a mesa peço para ir ao banheiro e sou guiada de volta pelo corredor ate uma porta que mal notei quando passei por aqui.

- Não demore. – Diz Cato me beijando.

Tranco a porta atrás de mim, e solto o horroroso som que estava preso na minha garganta. Organizar meus pensamentos fica mais difícil cada vez que lembro quem é a mãe de Cato e o que ela pode e vai fazer quando estivermos sozinhas. Antes de voltar molho o  rosto, respiro fundo e saio.

Meu breve momento de solidão some quando abro a porta e dou de cara com Effie, me esperando pacientemente encostada na parede. Ela se aproxima de mim de tal forma que sinto o frescor de vinho que sai junto do seu halito

- O que você acha que vai com isso? – pergunta ela em um sussurro. – Onde acha que vai chegar namorando meu filho?

- Não sabia que Cato era seu filho. – sussurro de volta. – Ele nunca me contou, e eu também não imaginei.

- O que você fez para ele? – completa ela. – Ou melhor o que ele viu em você?

Já que como estamos sozinhas no corredor fora dos olhares e ouvidos de todos, imagino que o tratado de paz acabou.

 - Você acha mesmo que eu quero compartilhar o mesmo espaço que você?- Pergunto. – Se estou sendo agradável e participando do seu joguinho de sorrisos e bons modos, é em respeito ao Cato e ao Haymitch.

- HAHAHA – ela gargalha alto, me deixando confusa com suas histerias. – você não se enxerga mesmo, olha para você deu a sorte de chegar ate aqui de estar nessa cidade, nessa casa. Alguém tão insossa como você deveria ficar enfiada no fundo daquela cidadezinha estúpida, com o resto de sua família medíocre. 

Não fico surpresa por Effie ser uma cobra, fico surpresa por suas palavras ainda me afetarem, hoje ela conseguiu me ferir de um jeito que ela raramente consegue, resolvo colocar de lado o fato de estar dentro de sua casa e gritar todo o rancor que que venho guardando a meses, quando Cato aparece.

- Hei mãe, já passou os seus cinco minutos sozinha com ela, agora ela é minha. – Ele vem na minha direção e eu engulo a seco tudo que planejava despejar na  cara de Effie, mas  antes de sair enquanto a deixo para trás viro o rosto na sua direção dizendo com os olhos que nossa conversa ainda não chegou no final.

Voltamos para a mesa e eu rezando para que a noite acabe e ainda consiga voltar viva e lúcida para minha casa, só então reparo que ao lado de Effie que esta sentada bem a minha frente tem um lugar vago, resisto a curiosidade de perguntar quem esperamos e parecer indiscreta. Subitamente a porta se abre e passos apressados ecoam pelo corredor.

- Família; cheguei.

A voz ecoa em cada parte do meu cérebro, meus olhos ficam imediatamente arregalados, tento entender o que ele faz aqui. Olho para Cato em busca de alguma explicação, ele simplesmente me ajuda a ficar em pé. Quando fico de frente para ele, seus olhos azuis mostram a mesma perplexidade que estou sentindo e seu sorriso some gradativamente em meio a confusão.

- Peeta , é Katniss – Cato diz saindo da mesa e dando um abraço em Peeta. – Minha namorada.

Vou ao seu encontro procurando em seu olhar alguma idéia de como devemos agir, eu se que Cato sabe que nós nos conhecemos, e Effie também, sem total controle dos meus atos, simplesmente abraço-o sentindo os olhares de Cato e Effie voltados para nós.

- Peeta – digo. – Quanto tempo.

- Fala Kat. – ele responde entendendo meu raciocínio. – Quando vamos dançar de novo.

- Esperávamos você – Haymitch diz – Já estava louco por um conhaque.

- Pai, você não pode beber, lembra? – Peeta pergunta e Haymitch dá de ombros.

- Ora, deixe seu pai.... – Effie ia dizendo antes de Peeta a interromper.

- Pelo menos alguem aqui ainda o quer vivo. – Peeta , encara indiferente o olhar frio que Effie o direciona.

- Vamos jantar ou vocês dois vão discutir na frente da visita. – Haymitch diz tomando posse de um copo e fazendo um brinde.

Comer fica impossível depois de todos esses momentos que passei dentro dessa casa,  Effie mãe de Cato. Cato irmão de Peeta. Com os olhares de Peeta voltados para mim em busca de alguma explicação, só consigo pensar que espécie de monstro eu sou que traio o homem que diz que me ama com seu irmão, se não bastasse isso ainda consigo jantar perante toda sua família com uma moça decente.

Meu silencio domina por quase todo o jantar, exceto quando sou questionada por Haymitch que insistem me chamar docinho, sobre alguma coisa ou outra. Quando ele me pergunta sobre meus pais fico fortemente inclinada a gritar com ele pelo fato da minha ultima conversa com Effie, mas lembro de ele não tem nada a ver com isso, sem querer dar uma resposta e também não tendo como fugir, sou obrigada a contar novamente minha historia quando Peeta me livra.

- Pai vai ter muito tempo para Kat responder suas perguntas em outra hora. – ele fala, agradeço-o com o olhar e ele me devolve uma piscadela.

No final do jantar quando voltamos para sala de estar já não tenho cabeça para mais nada, fico muda observando Effie tomar um chá de ervas analizando cada movimento meu, enquanto Haymitch já a muito tempo alterado pela bebida é carregado por Peeta para seu quarto, peço a Cato para me levar embora ele sai par buscar as chaves do carro, me deixando mais uma vez sozinha com Effie.

- Uma semana para você sumir da vida do meu filho – ela diz indiferente.

- E por que eu faria isso? – pergunto desafiadoramente com um sorrisinho no canto da boca.

- Porque senão eu conto do beijo apaixonado que você deu Peeta – ela diz se levantado para sair da sala. – e você não quer isso, não é?

Para piorar ainda mais minha situação, Peeta entra na sala e me puxa num abraço.

- Não confie em Cato. – ele sussurra no meu ouvido.

- O que? – pergunto confusa.

-  Me ligue, e marcamos de conversar. – completa ele colocando um papel na minha mão. Ouvimos passos no corredor e Peeta se apressa em me soltar dos seus braços me deixando pressa pelas suas ultimas palavras e o motivo de eu não poder confiar em ato.

Quando Cato aparece  para me levar embora noto o olhar ameaçador que ele lança para o irmão e me leva para o carro, já na porta de casa com todo o percurso em silencio, digo a Cato que depois conversamos, saio do carro, com a cabeça dolorida, vejo o carro de Cato se distanciar e penso.

“ O que você esconde Cato.”


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Notas finais do capítulo

Gente, sei que esse capitulo não ficou muito bom, alias ficou um lixo. Prometo que o proximo vai compensar muito mais, alias no proximo teremos a chegada da Clove e muito mais. Beijos