Et Je Vais L'appeler Lily escrita por Dangerous


Capítulo 1
Et je vais l'appeler Lily.


Notas iniciais do capítulo

"E eu vou chamar ela de Lírio."
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Hola, amores! Como vão vocês? :D
Então, aqui estou eu, com mais uma fic! Dessa vez é uma one, feita para o concurso do SMD. Não sei se será aceita, mas não custa nada tentar, né? As inscrições não foram fechadas ainda, então...
Anyway! Ela vai ter só um capítulo mesmo :3
Espero que tenham uma boa leitura! ♥



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Sentado em frente à janela, o garotinho observava o vizinho da frente de sua casa — um bruxo definitivamente excêntrico e assustador, embora fosse gentil na maior parte do tempo —, e o modo como ele cuidava das plantas de seu jardim. Ávidos, os grandes olhos castanho-esverdeados do garoto de pouco mais de nove anos seguiam cada movimento; desde o balançar da varinha, até a terra se abrindo sozinha, acomodando raízes e mais raízes de flores absolutamente iguais.


Eram lírios. O pequeno já ouvira sua mãe conversando com aquele moço, porque ela sempre elogiava seu jardim. Mas, afinal, embora não gostasse tanto assim de plantas, até ele tinha de admitir: lírios eram flores lindas. Ainda mais aqueles que seu vizinho cultivava, que possuíam um tom forte de laranja. Era uma cor viva e alegre, que praticamente brilhava em meio ao verde comum de qualquer outra planta.




— James! — ainda de pijamas, Dorea Potter apareceu no pé da escada. — O que está fazendo acordado tão cedo, querido? E... Por que está olhando o senhor Augustus mexer no quintal dele?





Surpresa. Definitivamente, Dorea estava surpresa. Levando em consideração o fato de que eram quase sete horas da manhã, e que normalmente o filho único dela e de seu marido preferia ficar até tarde na cama aos Domingos, encontrá-lo ali era quase um choque.





O pequeno talvez tivesse caído da cama.





— Estou vendo o moço planta lírios, mamãe! — era sempre assim; nunca chamava o homem pelo nome. Era sempre "moço" ou "nosso vizinho".





Sem esperar uma resposta da Sra. Potter, James voltou-se novamente para a janela, e abriu um sorriso pequenino, exibindo duas janelinhas na arcada dentária inferior. Os dentes não deveriam ter caído juntos, pois apenas um estava mole. Mas o garoto era bem sapeca, e enquanto tentava pegar uma bola perdida no alto da janela da casa da vizinha deles — que andava ocupada nos últimos dias com seu trabalho no Ministério da Magia —, acabou escorregando e caindo. O resultado agora se fazia presente, junto com uma pequenina cicatriz no lábio inferior.





No final da história, o moreno acabou levando um sermão sobre não fazer mais aquilo — e, principalmente, não invadir a cada dos vizinhos enquanto eles não estivessem.





— Lírios, é? — Dorea lançou uma olhadela rápida para a janela, constando que o garoto falara a verdade; Augustus estava mesmo mexendo com lírios.





— É! — James continuava sorrindo. — E sabe o que eu acho, mamãe?





— O que, pequeno? — estava curiosa. Seu filho nunca se importara muito com flores. Na verdade, ela até tinha que brigar com ele às vezes, por estar "brincando de Quadribol" em seu jardim, e acabar destruindo alguns pés de gardênia que ela tinha.





— Lírios são as flores mais lindas que eu já vi! — o garoto afirmou, com uma sinceridade assustadora. — O que você acha deles, mamãe?





Um erguer de sobrancelhas e um sorriso pequeno. Isso foi praticamente uma resposta, mas, ainda assim, Dorea preferiu externar em palavras:





— Também acho que lírios são flores lindas. Mas está muito cedo para você ficar acordado, James... Vamos, logo seu pai vai chegar, e ele vai querer descansar... Você não quer me ajudar a fazer pães manuais à tarde? Não vai ter energia se ficar acordado a manhã inteira!





— Já? — James fez um biquinho, e suspirou. Lançou um olhar rápido para a janela, e se levantou. — Tudo bem, mamãe! Mas depois que te ajudar eu posso pedir para o moço me dar um lírio? Por favor! — olhou para Dorea, suplicante, e a mulher de cabelos grisalhos riu.





— Tudo bem, baixinho. Mas agora vamos dormir, está bem?





— Sim! — feliz da vida, o garoto quase correu para o quarto, desejando que o dia passasse mais rápido. Deitou-se em sua cama, e fechou os olhos, cobrindo-se, como se isso, de fato, o fizesse acelerar no tempo.





— Boa noite, filho. — Dorea, que o seguira, depositou um beijo na testa do moreninho, e saiu do quarto, fechando a porta com cuidado.





James esperou. Esperou. E esperou mais um pouquinho, até ouvir o som da porta do quarto de sua mãe bater delicadamente. Puxou uma frestinha do cobertor para longe de seu corpo pequeno, e espiou o quarto.





Vazio. Perfeito.





Com um sorriso sapeca no rosto, o garoto logo se colocou de pé, e correu para fora do quarto, tomando cuidado para não fazer barulho. Andou na ponta dos pés, até voltar onde estava inicialmente: sentado na janela, olhando o vizinho da casa da frente mexer no jardim.





Ele já tinha decidido. Ele iria encontrar alguém, como seu pai encontrara sua mãe. E quando ele visse essa garota, e tivesse certeza de que ela era a pessoa certa, ele a amaria.





Para sempre. Ele a convidaria para sair sempre que pudesse. Ele lhe daria flores e presentes. Ele seria gentil, um verdadeiro cavalheiro. Ele cuidaria dela, como se cuidasse da pessoa mais delicada e frágil. Ele reservaria sempre seu melhor sorriso para ela. Ele se encantaria pelo jeito dela, pelas manias, pela voz, pela cor dos olhos. Ele faria tudo por ela, daria tudo por ela.





Ela seria a garota mais bonita, a garota mais corajosa e decidida, estampada nos vermelhos e dourados do brasão da Grifinória. Ela seria a flor mais bela de todo o jardim.





E ele a chamaria de Lírio.






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Notas finais do capítulo

Uma curiosidade: Na corrente de pensamento chinês Feng Shui, os lírios representam o verão e a fartura, significam o amor eterno e também a pureza. (fonte: Wikipédia)
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Você, que leu até aqui, que tal deixar um comentário, dizendo o que achou? O que gostou, o que poderia ser melhorado? Prometo que não mordo ninguém! (só se você pedir *U*)
No aguardo, amores! Beijos! ♥



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