Quase Um Playboy escrita por Julya Com Z


Capítulo 9
Qual seu 'mas'?


Notas iniciais do capítulo

Pra compensar a demora básica em SDP e a nova demora em So What?! mando pra vocês um novo capítulo de QuP! Logo eu atualizo as que faltam e vou querer um abraço de vocês!Beijos e Boa leitura ♥



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Gif do capítulo:

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Marcela: Dormi demais? - ela sentou, passando a mão no rosto. Eu tinha terminado a garrafa de vinho fazia uns dez minutos.

Eu: Acho que não.

Marcela: Você tá bêbado? - Fiz que sim com cabeça. - Tsc, tsc, tsc. Você não resiste à álcool.

Eu: Nem a você.

Ela levantou do sofá e vestiu a calcinha, que tava jogada na porta da cozinha. Eu tive que a acompanhar com o olhar, não aguentei. Cara, eu sou homem.

Eu tava com a minha jaqueta e a calça, sentado na poltrona e ela pegou um maço de Marlboro.

Marcela: Quer um? - fiz que sim com a cabeça e ela tirou dois cigarros do maço. Colocou um na minha boca e o acendeu. - De nada.

Eu não conseguia parar de olhar pra ela.

(…)

Eu ainda tava jogado no sofá, mudando os canais da televisão, sem realmente procurar nenhum programa pra assistir. A Marcela tava tomando banho e cantando With you, do Chris Brown. E ela cantava muito bem, tinha uma voz gostosa de escutar e eu acabei cantando baixinho junto dela.

Até o telefone fixo tocar.

Eu: MARCELA! SUA MÃE TÁ LIGANDO!

Marcela: ATENDE AÍ, GONZALES!

Ela sempre me chamou pelo sobrenome, porque nunca me deu um apelido. E eu gostava de ouvir como ela falava “Gonzales", principalmente quando falava baixinho no meu ouvido.

Eu: É… alô?

Dona Rosana: Pedro? O que faz na minha casa? Cadê a Marcela?

Eu: Vim fazer uma visita. Ela… hm… Foi ao banheiro. Quer que eu diga algo pra ela? - se eu dissesse que ela foi tomar banho, a mãe dela ia achar estranho.

Dona Rosana: Ah, ok. Diga a ela que eu e o pai dela chegaremos em dez minutos e queremos que ela desça rápido.

Me despedi dela e desliguei o telefone. Fui até o banheiro dela e fiquei apoiado na porta, olhando ela ensaboar o corpo. Ela sorriu e perguntou quem era no telefone e eu dei o recado da mãe dela.

Marcela: Puta que pariu, esqueci que hoje é o jantar de aniversário da minha irmã! - ela tirou a espuma do cabelo enquanto pensava. - Vai comigo? Assim você me leva.

Eu: Tá. Mas sua mãe vai ficar enchendo o saco, falando que a gente tá namorando e esse monte de merda.

Marcela: Por que você não finge ser meu namorado? A gente termina logo depois da festa.

A princípio eu resisti. Não quis aceitar aquela ideia, mas ela insistiu tanto, falou tanto - e me beijou quando saiu do banho -… que eu acabei me rendendo.

Enquanto ela arrumava o cabelo, ligou pra mãe e disse que iria comigo e chegaríamos mais tarde. Ela não se importou, porque a Marcela já tinha soltado a bomba e dito que estávamos namorando. Ela me encheu o saco pra escolher alguma roupa pra ela e eu peguei um vestido azul e um sapato fechado, nada a ver. Ela saiu do banheiro e quando viu a combinação que eu escolhi quase me bateu. Disse que eu era filho de Margaret Gonzales e não sabia combinar um vestido com um sapato. Falou um monte e eu só dei risada. Ela não tava brava, então bateu o sapato no meu ombro e começou a rir comigo. Ela me fez escolher dois anéis que parecessem alianças e eu peguei dois menos cheios de frescuras.

Tive que pegar um blazer e um sapato do irmão dela, que era da minha idade quando morava lá e depois que ele saiu a mãe dele não se desfez de nada. Hoje ele tem uns vinte e cinco anos e nunca mais voltou pra casa, porque ele casou e mudou de cidade. Pelo menos as coisas dele estavam bem cuidadas.

Marcela: Você tá um gato! - falou me olhando de cima à baixo.

Eu: Nem tenho o que falar de você. - ela sorriu e terminou de passar o batom vermelho. - Podemos ir?

(…)

Chegamos na casa da irmã dela e tivemos que cumprimentar todo mundo. As tias quiseram ver as nossas “alianças" e nós ficamos sorrindo e abraçados o tempo todo. A mãe dela disse que sempre quis que ficássemos juntos, porque conhecia minha família e era amiga da minha mãe.

Nós atuamos bem. Puxei a Marcela num canto e a perguntei:

Eu: Quando a gente vai terminar?

Marcela: Fica calmo, Gonzales. Eu tenho tudo sob controle. Você vai me encontrar beijando o garçom bonitinho no banheiro. - ela apontou pra um garçom, que piscou pra ela e ela deu um tchauzinho - Aquele ali. Você vai causar, fazer um escândalo e vai embora, entendeu? Mas antes vai jogar a aliança em mim. É bom você ser bom em drama. Me dá dez minutos e vai pra aquele banheiro. - apontou pra um banheiro no corredor e eu mexi a cabeça positivamente.

Sorri pra ela e nos separamos. Ela foi dar em cima do garçom e eu fiquei no meio do pai e dos tios dela, conversando sobre futebol americano.

Onze minutos depois eu caminhei tranquilamente até o banheiro e ao abrir a porta vi a Marcela se pegando com o garçom. Não senti nada, a não ser a adrenalina do momento e gritei:

Eu: O QUE É ISSO?!

Marcela: Pedro, eu… - piscou discretamente

Eu: VOCÊ É MINHA NAMORADA! - só que não. - POR QUE FEZ ISSO?! - fingi que ia chorar.

Garçom: Calma aí, você tem namorado?! - ela olhou pra ele e depois pra mim, como se dissesse “tenho, e é esse aí" - Sua vagabunda!

E ele simplesmente bateu na cara dela. Com tanta força que ela caiu e bateu a cabeça na pia. Ninguém fez nada pra ajudar. Eu senti o sangue ferver e voei pra cima do cara e comecei a socá-lo, até que ele caiu com o nariz sangrando e acho que ele quebrou um dente quando eu bati a cara dele na parede. Ajudei a Marcela a levantar e a levei pro carro. A pior parte foi que absolutamente ninguém quis ajudá-la e nem saber como ela estava.

Coloquei-a sentada no banco e dirigi até um pouco longe daquela casa. Parei na frente de uma casa qualquer e segurei o rosto dela.

Eu: Ei, olha pra mim. Você tá bem?

Marcela: Tô. Só um pouco de dor na testa. - ela passou a mão onde tava vermelho e fez cara de dor. - Desculpa, Gonzales.

Eu: Shh. Não precisa se desculpar, tá tudo bem. A gente não sabia que o cara ia te bater.

Marcela: Desculpa de verdade, eu não queria que isso acontecesse.

Ela ia começar a chorar, mas eu a beijei assim que ela fechou os olhos pra segurar as lágrimas. Durante o beijo, senti as lágrimas dela. Parei de beijá-la e puxei-a pra mim e nos abraçamos. Ela me agradeceu e eu disse a ela que ficasse quieta, não precisava se desculpar nem agradecer. Eu a via como uma irmã. Eu faria qualquer coisa pra ajudá-la.

(…)

Ela quis ficar em casa, então eu a levei pro prédio dela e ela me abraçou outra vez.

Marcela: Pedro, acho que… Há um tempo eu percebi que… Eu gosto muito de você. Tipo, de verdade.

Vish. O que eu faço agora?

Eu: Má, eu gosto muito de você também…

Marcela: Mas…?

Eu: Como sabe que eu diria “mas"?

Marcela: Porque todo homem quando diz “Ah, eu gosto muito de você" tem um “mas" implícito. Pode ser “Mas não é daquele jeito", “Mas eu não gosto de compromissos"… Qual é o seu?

Eu: Mas… eu tô ligado em uma garota.

Marcela: Ah. - ela mexeu a cabeça e olhou pra baixo, meio triste - Eu conheço a sortuda?

Eu: Talvez. Ela é do Alpha. - ela olhou pra mim - Natallie.

Marcela: Mendes?

Eu: Uhum.

Marcela: Ela é legal. Gosto dela. Mas ela me odeia por causa da Mari. Ela acha que eu sou igual à minha prima. Confesso que acho ela bem legal. - deu um sorrisinho - Ela tem sorte por você gostar dela. Espero que seja recíproco, de verdade. - Mais um sorrisinho e dessa vez ela me deu um tapinha na perna. Bom eu vou subir. Obrigada mais uma vez.

Então ela saiu do carro. E eu me senti mal por não gostar dela daquele jeito, mas não dá pra mandar no coração. Eu gostava muito dela, mas como eu disse antes, ela era uma irmã pra mim. Uma irmã gostosa que eu podia transar.

Cheguei em casa e fui pro meu quarto. minha mãe apareceu na porta quando eu tava tirando a calça pra tomar banho.

Mãe: Sua avó está muito mal. Ela quer ver você amanhã. Disse que está com medo de partir sem se despedir.

Era o que faltava. Minha avó partir.

Cara, tem como piorar?


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