Quase Um Playboy escrita por Julya Com Z


Capítulo 7
Banho de uísque


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui tem capítulo novo e logo em SDP...

Boa leitura ♥



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Sete dias na Inglaterra. Sete dias com a Naty. Sete dias longe da minha casa, graças à Deus.

Eu tinha armado milhões de jeitos de me aproximar dela, mas aquela filha da mãe ou se fazia de boba ou não tava sacando mesmo, porque nem um beijo perto da boca eu dei nela. Mas naquela noite ia ser diferente.

Eu liguei pra recepção do hotel e pedi pra transferir pro quarto da Naty.

Naty: What? - eu pensei que ela ia atender falando “oi”, sei lá. Ela tava de mau-humor, deu pra perceber pela voz dela. Vamos dar um jeito.

Eu: Que fofo seu inglês.

Naty: Quem é?

Eu: O amor da sua vida.

Naty: Que é Pedro?

Eu: Há! Então você admite que eu sou o amor da sua vida? - encostei na parede.

Naty: Tanto faz. O que você quer?

Eu: Como você tá vestida? - se tivesse nua eu ficava feliz.

Naty: Com a mesma roupa que eu tava mais cedo. Por quê?

Eu: Eu queria ir pra algum lugar. Não consigo dormir.

Naty: Eu também tô sem sono. O que você quer fazer?

Eu: Calma. - Desliguei e saí correndo do quarto, sem falar com os caras, que eu já tinha esquecido os nomes. Peguei o elevador e quando cheguei no andar da Naty, corri até o quarto. Bati na porta e entrei quando ela abriu.

Naty: O que você tá fazendo aqui? - com cara de sono

Eu: Sorria, você está sendo sequestrada! - abri os braços

Naty: Eu o quê? - porra, que garota lerda

Peguei ela pelo braço, puxando-a pra fora do quarto e fechei a porta.

Naty: O que você tá fazendo Pedro? - Acho que ela ficou com medo

Eu: Cala a boca. - olhando sério pra ela

Naty: Não vou calar a bo..

Cobri a boca dela com a mão e a peguei no colo. Coloquei ela no meu ombro, enquanto ela se debatia como se tivesse morrendo, mas não foi problema nenhum segurá-la, parecia que ela pesava meio quilo. Carreguei ela até o elevador e quando a porta fechou coloquei-a no chão.

Naty: O que foi porra?

Eu: Desculpa, mas você ia acordar todo mundo. Você vai gostar de onde eu vou te levar.

Naty: E onde você vai me levar? - ela agiu como se fosse um motel.

Eu: Cala a boca e espera. - poderia ser mesmo.

Ela me obedeceu, ficando em silêncio o tempo todo, até que o elevador parou no estacionamento e a puxei até a BMW que eu aluguei. Abri a porta pra ela, que entrou como se fosse um paraíso. Prendi o cinto dela, mas era só mais uma desculpa pra ficar perto do rosto dela. Ela sorriu pra mim e eu dei a volta do carro e sentei no banco do motorista.

Naty: Esse carro é seu?

Eu: Não. É alugado.

Naty: E você pode dirigir aqui?

Eu: Eu tenho dezoito anos. Claro que eu posso dirigir aqui.

Ela me encarou, enquanto eu olhava pro volante, meio avoado.

Naty: Que foi?

Eu: Sei lá. Eu esqueci o que eu ia fazer.

Naty: Ligar o carro? - meio irônica.

Eu: Ah! É! Valeu. - cara, eu consegui ficar drogado só de ficar no mesmo carro que ela. - tirei a chave do bolso e liguei o carro. Bem na saída do estacionamento ela olhou pra mim, com cara de súplica.

Naty: Onde a gente vai?

Eu: Eu falei que não vou te contar.

Naty: Ah Pedro, por favor. Fala aí.

Eu: Não. Abre o porta-luvas, pega o case de CD e escolhe um.

Ela colocou o CD do Slipknot. Tá me zoando, né? Ela gosta?

Eu: Você gosta?

Ela assentiu, sem parar de cantar. Ela cantava bem, tinha uma voz bonita. O som tava alto e ela tava cantando na altura da música. Eu cantei um pouco, não tão alto, porque não queria causar demais. Quando eu começo a cantar eu me empolgo demais.


Tinha um estacionamento do lado do pub que eu descobri quando cheguei. Parei o carro lá e desci, dei a volta e abri a porta pra ela, dando a mão ela sair também.

Naty: Que lugar é esse?

Eu: Bem vinda à Republic. É um pub.

Não deixei ela levar a bolsa, porque eu ia pagar tudo. Convidou, pagou, não?

Tava tocando can’t hold us, Micklemorwis & Ryan Lewis Ft Ray Dalton. Ela foi comigo até o bar e eu pedi um uísque e ela uma Bloody Mary. É meio estranho aquilo, sei lá o que tem dentro.

Levei ela pra pista bem na hora que começou make it bun dem, do Skrillex. Não existe música mais foda que essa. Sorri e a fiz dançar comigo, mas era uma dança escrota pra caralho.

Naty: Que dança é essa?

Eu: Reggae com eletrônica. Sei lá. - ela sorriu, mas tava com vergonha da minha dança, certeza. - Dança comigo. - Tava todo mundo dançando igual a mim e quando ela reparou nisso, começou a dançar também, mas rindo pra caralho. Já devia estar bêbada. Hora de agir.

Me aproximei dela e coloquei uma mão na nuca dela e a puxei pra perto, mas ela se afastou. Puxei ela de volta e a abracei, beijando o pescoço dela. Ela puxou o cabelo da minha nuca, e eu entendi aquilo como um sinal verde pra continuar e a mordi. Então ela me arranhou e eu fiquei meio arrepiado, subindo a boca até à testa dela, onde dei um beijo antes de me direcionar à bochecha dela e fui chegando perto da boca. Mordi de leve o lábio dela, pensando que ela ia me beijar, mas ela me empurrou.

Eu: Que foi? Me deixa te beijar.

Passou uma garota correndo atrás dela e a empurrou em cima de mim, fazendo-a esbarrar no meu copo e derrubar todo o uísque na minha camisa. Mas que droga.

Eu: Que porra! Eu não vou ficar com essa camisa assim. - colocando o copo na mão de alguém.

Naty: Vem comigo. Eu vou limpar.

Ela pegou minha mão e me levou até o banheiro, mas hesitou quando eu entrei com ela.

Naty: Pedro, isso é um banheiro feminino.

Eu: Foda-se. Eu não vou ficar sem camisa na porta do banheiro.

Tirei a camiseta e ela pegou, colocou embaixo da torneira e a lavou com o sabonete líquido transparente que tinha lá. Depois que enxaguou ela começou a torcer a camisa e me deu quando parou de pingar.

Eu: E agora? Eu vou ter que colocar isso? - Ok, eu pareci um gay falando daquele jeito.

Naty: Só pra gente sair daqui, depois você tira.

Comecei a tremer quando coloquei a camisa e vi que ela ficou com dó. Ela pediu minha carteira e disse que pagava a conta e era pra eu ir pro carro. Dei a carteira e ela pegou sei lá quanto e me devolveu.

(…)

Ela tinha demorado tanto que eu acabei dormindo no banco de trás do carro. Não vi quando ela chegou, mas quando acordei eu tava coberto pela minha jaqueta que tinha usado havia alguns dias e ela deitada no meu peito, capotada. Ela tava com cheiro de maconha.

Eu: Naty, acorda. - Ela levantou meio acelerada, passando a mão na perna pra ver se tava vestida e me encarou. - Tá tudo bem?

Naty: Tá. Eu só fiquei meio confusa.

Eu: Você tá com cheiro de maconha.

Naty: Eu fumei ontem antes de entrar no carro.

Eu: E de onde você tirou o cigarro?

Naty: Peguei de um cara que tava na porta do pub.

Cara ela é maluca. Dei risada, vesti a camiseta que já tinha secado e fui pro banco da frente, depois a ajudei a ir também.

Gif do capítulo: http://data.whicdn.com/images/58158306/tumblr_mkz6fdiTE01rodpmzo1_500_large.gif

Eu: Tá com fome?

Naty: Morrendo. - Larica.

Eu: Tem uma Starbucks na rua de trás. Quer ir lá?

Naty: Preciso responder?

A gente comeu pra caralho. A melhor forma de curar a larica é comendo na Starbucks. Pelo menos pra mim. Deixei meio brownie de chocolate e ela simplesmente o engoliu.

Eu: Caralho. A fome tá reinando, hein.

Naty: Ha Ha. Eu gosto de brownie, só isso.

Eu: Só isso? Parece que você é obcecada por brownie.

Naty: E se eu for? Você tem algum problema com isso?

Eu: Problema nenhum. Eu sou viciado em frappuccino.

Naty: Então pede mais um.

Tomamos mais uns doze frappuccinos e paguei a conta, contra a vontade dela. Mas eu sempre fui contra essa coisa de garota pagar a conta.

Estacionei no hotel e fomos pro elevador. Apertei o botão do andar dela e do meu e quando parou no dela, fiquei segurando a porta pra vê-la entrando no quarto. Ela acenou e sorriu e eu dei um sorriso fraco. Entrei no quarto, me joguei na cama e desmaiei.


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