W.I.B - Women In Black. escrita por Sabaku no Emily, Kaya Minami


Capítulo 13
Pai.


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! O/ Como vão vocês queridos leitores?! Tudo bom? Espero que sim.
Enfim, aqui está outro capítulo para vocês...

E vou pedir mais uma vez: LEITORES FANTASMAS, se pronunciem ;A;
Já tá dando um certo desespero, quase ninguém comenta a fic.

Boa leitura! o/



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Hoje foi um dia bem pesado.

Primeiro, tive aquele susto com o Naruto e o seu pessoal invadindo completamente nossa sede. Depois daquele baque, eu meio que fiquei contente em tê-lo por perto, apesar de que eu não gosto muito da companhia masculina, ele me dá uma segurança diferente.

Eu odeio admitir, mas... Gostei de ficar com ele no banheiro. A mãe dele o proibiu de ficar perto de mim, mas como ele disse, ele é um menino malvado.

E eu também posso ser bem malvada quando quero.

Bem, a verdade é que eu não quero nada com o Naruto. Nós somos inimigos independente da aliança –que eu acho que não deveria existir- entre o Kakashi-sensei e o Obito.

Depois do fuzuê todo, o Obito –líder completamente insano da C.I.A- nos separou em dois grupos. Alfa e Beta.

Ele colocou o Uzumaki sendo o líder no grupo Alfa e eu sendo líder do Beta. Acho que ele quer ver sangue jorrar.

É, estou com a mãe dele, a linda mulher ruiva que parece uma adolescente. Eu sei um pouco das suas habilidades e meio que combinamos nesse quesito de estratégia, agilidade e manuseio de armas.

Acho que por enquanto podemos nos dar bem.

A Ino também entrou no time. Nós temos anos de experiência fazendo missões juntas, então, ela sabe qual é o meu esquema e vai poder ajudar se algo der errado.

O Neji também ficou com a gente. Estou começando a ter pena dele, aguentar a Ino não é mole não.

-Então... Namoradinho da TenTen! –Ino se sentou ao lado de Neji, enquanto íamos para o esconderijo da Akatsuki.  Ela começou a subir seus dedos pelo ombro esquerdo do Hyuuga, o provocando.

-Nós não estamos namorando. –Ele disse, retirando friamente os dedos de Ino de seu ombro. –Pode parar com isso?

-Deixa de ser sem-graça! –Ela disse, sorrindo maliciosamente. –Até que vocês... Combinam. –Completou, o analisando.

Ele corou levemente.

-Olha... Eu já disse, nós não temos nada.

Ino olhou para Neji, fixamente e retirou uma faca de seu bolso, colocando perto do pescoço de Neji.

-Olha aqui, garoto. –Ela disse, séria e fria. –Se você pensar em machucar a TenTen, se imaginar machucar a TenTen, se você a machucar ou se esse pensamento estiver em sua cabeça mesmo que por um segundo, pode ter certeza que eu prepararei uma morte lenta e dolorosa para você.  Mesmo nós dois sendo aliados agora, depois disso, pode ter certeza de que eu te caço até no inferno.

Neji deu de ombros para a atitude infantil de Ino. E ela não gostou.

-ESTÁ ENTENDENDO?!  -Ele afirmou com a cabeça. –Ótimo.

Ela disse, passando a mão na franja, com um sorriso vitorioso.

-O Sasuke comentou de você. –Neji disse, sorrindo maliciosamente. Eu quase pude ouvir “toma essa, loirinha”.

-É mesmo?! –Ela disse, exalando animação, mas logo depois tentou disfarçar, se jogando pro lado e passando a mão na franja. –O que aquele maldito disse?

-Você está afim dele, não está? –Neji é bem direto.

-NÃO! TÁ MALUCO? SE EU PUDESSE, ARRANCAVA AQUELA CABEÇONA DELE E COLOCAVA DE PRÊMIO NA MINHA SALA. E BEM AO LADO DO SOFÁ, PRA TODO MUNDO VER.

-Então não faz diferença saber o que ele disse. –Neji olhou para ela com o canto dos olhos, a provocando.

-Não! Não faz. –Ela fez um bico enorme. –E quer saber? Eu quero mesmo é que ele leve um tiro nessa missão.

-Ino! –Eu disse, indo para a parte de trás da van, onde ela e Neji estavam. - Deixa o namoradinho da TenTen em paz e me ajuda aqui, vai.

Abri um compartimento embutido na van, digitei o código de segurança e retirei várias armas e munições de lá. Joguei metade em Ino.

-Tá doida é testa de marquise? –Ela disse, me encarando.

-Não. Me ajuda aí. – Eu disse, sorrindo. Óbvio que eu dou conta de fazer tudo isso sozinha, mas eu tinha que ajudar o coitado do Neji.

Ela resmungou algo inaudível, mas logo cedeu. Se levantou e jogou uma arma para Neji e algumas munições.

-Obrigada pelo carinho especial.  –Ele disse, sarcástico.

-Disponha! –Ela disse, sorrindo.

Eu cheguei ao local onde Kakashi e Kushina estavam.

-Kushina-san, as armas. –Eu disse, as levando em sua direção.

-Ah, obrigada, Sakura-chan! –Ela disse, se virando para mim, com um sorriso nos lábios. Me assustei com tamanha semelhança entre ela e Naruto. –Então... Senta aqui! –Ela disse, colocando a mão no banco ao seu lado.

Obedeci.

-Me conta mais sobre você e o meu Naruto. –Ela disse, com um sorriso meigo estampado em sua face. –Bem, eu vi vocês dois de mãos dadas no pátio, então...

Abaixei a cabeça, quase que instantaneamente. Estava toda vermelha de vergonha, como ela havia notado algo assim, tão improvável? O que eu ia falar? O que eu deveria fazer?

A verdade é como eu iria falar: “Kushina-san, eu e seu filho não temos nada demais. Nós só gostamos de nos pegar quando nos encontramos. Ah, e nós quase nos matamos outro dia. Tranque bem as janelas da sua casa, porque qualquer dia, minha missão pode ser ir lá, matar todos vocês, tudo bem? Abraços! Passar bem, e tome cuidado!”

-Eu estava apenas o conduzindo ao pátio. –BELA DESCULPA.

-Ah, sim... –Deu de ombros. –Bem, de qualquer forma, é bom sermos aliadas aqui!

Passou a mão por meu pescoço, me apertando junto à ela, de um jeito muito descontraído.

-Estamos quase chegando. –Kakashi-sensei disse, olhando para frente. –Fiquem em alerta, tudo bem, garotas? E Neji.

Apenas assentimos e após dois minutos certeiros, Kakashi parou a van em meio a umas folhagens. Não podemos deixar muitos rastros e os outros precisam nos ver.

 Saímos de lá sorrateiramente e às pressas. Reuni o meu grupo.

-Escutem aqui, eu e o Kakashi iremos por trás e vocês duas e o Neji e a Ino irão pela frente. Temos que checar o lado de fora e enviar os dados para os outros, tudo bem? Qualquer coisa, avisem rápido pela escuta e tentem ficar perto. Comecem por trás.

-Eu vou com você, Sakura. –Kushina disse.

-Tudo bem. Então, Kakashi-sensei você vai com os outros, pode ser?

-Are, are... –Ele coçou a cabeça. –Fique de olho nela, tudo bem, Kushina?

Kakashi-sensei sempre foi preocupado comigo. Especialmente em missões que envolvem a Akatsuki.

-Sem problemas! –Ela sorriu para Kakashi que se dispersou rapidamente, junto com Ino e Neji.

Eu e Kushina andamos uns dois minutos em silêncio.

-Kushina-san, por que quis vir comigo? –Perguntei, quebrando o gelo.

-Achei que seria divertido, você não? –Ela riu.

-C-claro! –Eu sorri para ela.

Estava em dúvida. Seria apenas isso?

-Sakura... Na verdade, eu queria te informar de algumas coisas. –Seu tom mudou. Agora ela estava séria e parou de me encarar.

-Sobre? –Eu disse a barrando com a mão.

Uma armadilha. Uma linha amarrada na árvore. Provavelmente, cortante.

-Armadilha. –Sorri. –Fique atenta no chão, que eu olho para cima.

-Me desculpe, eu não vi. –Ela disse e informou aos outros. - Pode parecer um tanto chocante, mas... Sakura... –Ela estava escolhendo as palavras corretas, mas parece que no final, decidiu ser direta. - Seu pai está fazendo parte da Akatsuki.

Meu coração gelou na hora. Arregalei meus olhos e instantaneamente coloquei a mão no peito. Senti a mão de Kushina em minhas costas.

Comecei a suar frio e tive que me encostar na árvore para não cair. Era por isso que Kakashi-sensei não me queria na missão. Minha roupa estava me asfixiando e eu puxava a gola freneticamente.

Ele sabia e não me contou. Era por isso que ele pediu que Kushina fosse razoável, é por isso que ele tem tanto medo da minha ida à Akatsuki.

-Sakura... –Kushina disse, ternamente. –Me desculpe por te dizer assim, mas era necessário.

-Não se preocupe. –Eu disse, segurando o ar e me desencostando da árvore.

Fiz o que eu nunca faria se estivesse com qualquer outra pessoa, exceto Kakashi. Deixei minhas lágrimas rolarem soltas e brilharem na escuridão da floresta. Não as enxuguei, nem tentei as conter, simplesmente as deixei sair.

-Você...

-Estou bem, Kushina-san. Não se preocupe. –Olhei para ela e dei um sorriso fraco. Ela retribuiu do mesmo modo e concordou que o silêncio seria melhor por algum tempo. –Sabe... Meu pai... Batia na minha mãe quando era pequena.

Ela olhou para mim, um pouco assustada com minha revelação espontânea, mas depois cedeu ao momento.

-Continue. –Ela disse, se desviando de alguma coisa.

-Ela nunca reagiu, de modo algum. Até que um dia... –Mordi o lábio inferior. Minha voz começou a ficar chorosa novamente e eu sentia um nó enorme que estava começando a se formar em minha garganta. – Ele a surrou e... Ela... –Eu já estava sussurrando a este ponto- Não acordou mais.

Eu, mesmo que subconscientemente, não queria que minha mãe vivesse para aquilo e nem desse jeito. Agora, um novo sentimento completamente enterrado brotou em meu coração.

Ódio puro, raiva, nojo.  Tudo que mal que eu nunca ostentei e nem cultivei por meu pai, voltou à tona. Só de saber que eu o encontraria ali e tomar total consciência do que ele havia feito com a minha mãe.

Meu sangue voltou ao meu rosto, desta vez, fervilhando.

Kushina ficou em silêncio por um instante, escolhendo cautelosamente o que iria falar.

-Sabe, Sakura. –Ela começou. – Você me lembra de como eu era, na sua idade. –sorriu. –Eu e Minato nos conhecemos em uma missão. Na verdade, ele me salvou em uma delas. Eu sempre fui esquentada, assim como você e sempre tive a personalidade forte. O Naruto é bem hiperativo, assim como eu, então, por favor, não faça nada com ódio em seu coração. Isso pode nos trazer problemas.

Eu olhei para ela, incrédula.

-Acredite, Sakura. Você é muito parecida comigo. –Ela passou sua delicada mão pelo meu rosto, enxugando algumas lágrimas.

Não sei o que a moveu naquele instante. Ela simplesmente me abraçou. Ternamente e sem hesitar, retribuí.

Isso foi o mais próximo que eu tive de uma mãe há anos. Ela deslizava seus dedos por meu cabelo, suavemente.

-Obrigada, Kushina-san! –Eu disse, ainda agarrada à sua roupa. Após alguns instantes, decidi que já era hora de nos separarmos, afinal, estávamos em uma missão.

Enxuguei o resto de lágrimas que teimavam em cair.

-Vamos? –Ela disse, sorrindo.

-Claro... Estamos atrasadas já. –Sorri, meio sem jeito com a situação.

A mãe do garoto do time adversário me deu um abraço.

Sorri agora, com mais naturalidade e ela devolveu o sorriso.

Ficamos andando e checamos o resto do lado de fora, por mais uns cinco minutos, até ela se virar para mim e retirar um embrulho de um compartimento em sua roupa.

Ela o estendeu para mim e eu o abri.

Era uma kunai bem desenhada e com o símbolo Uzumaki bem no centro.

-Essa kunai foi minha, quando eu era menor. –Ela sorriu, mantendo seus olhos fixos na kunai, e logo depois os erguendo para mim. –Para você.

Eu estava completamente espantada. Primeiro o conselho, o abraço e agora a kunai? Será que por trás de toda a parede impermeável que os olhos dessa espiã trazem, ainda há o extinto maternal?

-Tem certeza? –Perguntei, hesitante.

-Claro, Sakura. –Ela pegou minha mão e colocou a kunai ali, a fechando logo após. –Fique com ela.

Fiquei a encarando por dois segundos até que o Kakashi-sensei nos despertou.

“-Tudo limpo por aqui, Sakura.” – Kakashi-sensei disse sussurrando.

-Ótimo. –Eu disse, retomando minha sanidade mental e guardando a kunai em um compartimento de minha roupa.

-Vocês entraram por onde? Nos mande a sua localização. Acabamos de checar nossa região e estou te enviando tudo que coletamos aqui. –Ela rapidamente enviou tudo para os outros através de um pequeno equipamento que ela carregava no pulso.

Ela é esperta.

Muito esperta.

Rapidamente, uma pequena tela se projetou no ar, mostrando exatamente a localização dos três.

-Arigato! –Ela sorriu e chutou uma tampa que estava bem presa à parede. A tampa caiu. –Pode entrar primeiro, Sakura!

Sem responder nada, sem ao menos hesitar, me joguei naquele buraco imundo e fétido. Desci por vários corredores metalizados até que caí no chão e rolei, para evitar o impacto. Me levantei e tirei a poeira da roupa e logo depois vi Kushina, atrás de mim, com a arma em mãos.

Saquei a minha arma também. Acenei com a cabeça e sem fazer barulho algum fomos andando por um corredor largo e escuro.

-Kushina-san. –Eu disse, chamando sua atenção. –Esse prédio é caracterizado por ter muitas armadilhas, cuidado, por favor.

Ela apenas sorriu de canto e continuou a andar.

Fomos olhando corredor por corredor até chegarmos numa sala enorme e subterrânea. Ela estava vazia, mas provavelmente continha algumas armadilhas.

E meu pai era bom nisso.

Nos entreolhamos e ela afirmou com a cabeça. Eu tirei meu fotodetector do bolso e ele nos mostrou a posição dos lasers.

-Que ótimo. –Eu disse, irônica.

Num piscar de olhos, vi que a Kushina já não estava mais ao meu lado, mas sim do outro lado da sala.

-Vamos lá, Sakura!

Eu sorri e dei um passo. Como num reflexo, olhei para o lado e duas kunais vinham em minha direção. Eu encolhi a barriga e elas passaram de raspão, deixando dois cortes superficiais ali, já que a minha roupa estava detonada.

Olhei para frente e de repente, todos os lasers sumiram e um buraco enorme, redondo, se formou no chão.

Estremeci ao ver quem surgira ali, sendo erguido pelo palco redondo.

-Sakura, hm...? –Ele olhou em minha direção com um sorriso debochado no rosto.- Veio visitar seu pai?

Olhei para o lado, tentando disfarçar as lágrimas em meus olhos. Kushina estava com uma expressão raivosa.

-Você não sabe há quanto tempo eu venho planejando isso, pequena Sakura... –Ele sorriu para mim.

Estremeci novamente e cheguei mais perto da parede, caso eu tivesse que me escorar. Eu sabia.

Desde o início.

Ele não queria apenas a Yumi. Dois coelhos em uma cajadada só, não é? Por isso Kakashi me proibiu de fazer as missões. Por isso ele pediu à Kushina para que cuidasse de mim. Ele sabia que meu pai ia estar lá. E também sabia que eu não estaria em minha perfeita consciência. E que, talvez, eu comprometesse a missão.

Aquele ódio voltou novamente e com mais força. Não hesitei e recuperei minhas forças. Tentei me auto incentivar com os pensamentos ruins que eu guardava de meu pai há anos.

E funcionou.

-Gomene, Kushina-san. –Eu disse, enquanto pulei dali e fui à direção do meu pai. Desta vez, eu não ia vacilar, estremecer nem nada do tipo. Não ia ser a Sakura fraca. Nunca mais. –SHANNARO!

Era o que eu pensava.

Pulei na direção de meu pai, com o soco armado, mas ele logo percebeu e pegou meu braço, o torcendo para trás, me fazendo encarar Kushina.

-Sakura, você não está sozinha! –Ela pulou na direção do meu pai, dando uma voadora, mas ele se abaixou e pegou sua perna a derrubando no chão. Ele me soltou por um instante, o que me fez arrancar a kunai que Kushina havia me dado e quase a cravar em seu peito.

Mas, ao contrário do que pareceu, ele apenas segurou minha mão e me jogou para longe. Não era como matar qualquer um. Era meu pai, por mais que eu o odiasse, por tudo. É difícil para mim.

Kushina se levantou e pegou duas armas, uma de cada bolso. Ele sorriu e retirou também, duas armas.

Ele estava com o dedo no gatilho, quando eu me recuperei e pulei por trás dele, segurando seus braços, o que foi idiota de minha parte.

-ATIRA, KUSHINA! –Eu berrava.

-Mas, Sakura!

-ATIRA! –Eu gritava e sabia que se ela atirasse, ia me acertar. Às lágrimas voltaram a surgir em meus olhos. –ATIRA LOGO! ATIRA!

-Sakura-chan... Tão tolinha. –Meu pai disse.

Kushina atirou, mas num movimento rápido, ele contorceu seus braços, me jogando para sua frente, fazendo os tiros pegarem em minha perna.

Kushina largou as armas e colocou a mão na boca.

-SAKURA!

Agora eu tinha certeza. Dalí, eu não ia passar nunca. Meu pai estava segurando meus braços, de um modo que nem me mexer eu podia. Eu estava zonza e a dor era imensurável. O sangue escorria pela minha calça preta.

Se eu não morresse por meu pai, seria pelo sangramento. Eu o escutava rindo e via Kushina, impotente.

Pensei em todos.

De quando minha mãe não pode me buscar na escola, por estar muito machucada, e Kakashi-sensei me trouxe de volta.

Das saídas que eu tinha com Ino. Como ela é divertida. Da Temari e seu jeito estranho de cantar os garotos. Sorri.

Da TenTen e seu embaraço quando fomos falar de Neji. Da timidez da Hinata. Dos treinamentos com a Tsunade-sama.

Do abraço com a Kushina.

E...

Do Naruto.

Se eu morresse agora, eu lhe faria falta?

Fechei meus olhos e aceitei minha sina. Senti e vi o mais improvável acontecer. Eu ser derrubada pelo ladrãozinho fuleiro. Meu pai me desestruturar assim, desta maneira. Eu não estava tão consciente de meus atos e, na última hora, quando meu pai levantou sua katana para me matar, um barulho enorme surgiu e Minato me jogou para o lado. Escutei a faca se chocar com o cano da arma de Minato. Huh, agora entendo o “The Yellow Flash.” Parece que nem meu pai o viu chegar.

Arregalei os olhos.

Como?

O pai do garoto do time adversário havia me salvado. Eu via a luta acontecer à minha frente. Senti o ódio no olhar de Minato.

O pai do garoto do time adversário. Por quê? Por que ele estava se arriscando para me salvar? Por que por mim?

-P-Por q-quê? –Sussurrei, sem força alguma. Meus lábios estavam secos e pálidos e eu segurava a parte de cima da minha coxa para estancar o sangue. 

-Somos amigos agora, Sakura. –Minato disse, ainda encarando meu pai. –E amigos se ajudam.

Aquilo adentrou minha pele. Eu senti as palavras de Minato.

Kushina correu para me ajudar com o sangramento. Minato deu alguns tiros e eu comecei a gritar. Meu pai ia mata-lo. Eu tinha certeza.

Ele não era tão fuleiro assim mais. Ele tinha treinado e eu não. Eu o subestimei. Muito.

-MINATO! –Eu estava começando a perder a consciência quando ouço Kushina gritar por Minato.

Eu não me lembro de mais nada. Apenas de escutar a voz de Naruto gritando por Minato também. E tiros... E de minha roupa completamente ensanguentada. Tinha pegado na artéria.

Ele teria morrido? Bem... Eu espero que não.


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Notas finais do capítulo

Reviews?!