Seguindo Seus Passos escrita por Yume Tokisaki


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo pra vocês... aqueles que gostam eu não vou escrever uma lemon, mas vou deixar algumas limes nos capítulos seguintes...

Bjos, Boa leitura!



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– É galerinha, tá ficando tarde... acho melhor a gente começar a se arrumar. – Dite disse indo em direção ao banheiro

– Ainda são três da tarde. – Shura comentou

– A gente vai ter que ajeitar o cabelo, dar um jeitinho nos rostos, arrumar a roupa, perfume, colares... é muita coisa!

– É, vamos ouvir o Dite senão vamos apanhar. – Milo comentou em deboche – Tem vários banheiros pela casa, vou mostrá-los a vocês.

Cada um foi pra um banheiro tomar banho e depois foram para seus quartos vestirem uma roupa. Em seguida foram todos para um quarto indicado por Milo, lá ficavam as joias dos pais dele, também os produtos que sua vaidosa mãe usava.

– Zeus!

– Ai Milucho que tal a gente fazer duas tranças e depois transformá-las em uma só e colocar flores? – Afrodite tentava convencer Milo a fazer um penteado

– Dite, eu sou um noivo, não uma noiva! – advertiu

– Eu acho que ele deveria fazer um rabo-de-cavalo baixo... – Mú comentou

– É verdade, nada pra chamar muita atenção. – Shion concordou

– Gente, hellou! É o casamento dele como não chamar atenção? – brigou o sueco

– Ele devia ir mesmo com o rabo-de-cavalo... fica melhor. – Shura concordou com os arianos

– Todos contra mim! Que lástima... – choramingou o pisciano

– Já sei, para parar de briga vai logo de Maria-chiquinha... – Aiolia recebeu olhares fulminantes de todos, principalmente do Dite

– Olha se você não vai ajudar não atrapalha Aiolia! – Dite brigou

– Calma Dite, ele só tá tentando ajudar... se acalma. – Milo se levantou da cadeira e colocou a mão sobre o ombro do loiro

– É que eu tô surtando, é ajeitando você pro casamento, preocupado com o Mime e acho que a gravidez ajuda um pouco...

– Preocupado com o seu irmão? O que houve? – Mú quis saber curioso

– O namorado humano dele sofreu um acidente e tá no hospital, agora o Misty disse que ele tá pirando e chorando... o Mime depois de grande nunca chorou.

– Você quer ir até lá ver ele? – Perguntou Shura

– Eu queria, mas preciso ficar com vocês...

– Hey, faltam cinco horas para o casamento então pode ir tranquilo. – Milo o confortou

– Mas se quiser, podemos ir com você. – Shion também se aproximou

– Sério? Tem certeza de que não vai atrapalhar?

– Sim. Fique tranquilo... – Milo sorriu junto com os demais

– Fiquem tranquilos que eu dirijo! – a voz de Kanon veio da direção da porta

– Kanon! – disseram em coro

– Voltei. Então, vamos ver o irmão do Dite?

– Sim. – responderam em coro

Pegaram algumas coisas e foram, deixaram Aiolia na fortaleza e foram para o hospital, no caminho contaram sobre a travessura que fizeram com o pobre leonino e falaram sobre a doença de Kanon. Chegando à seu destino, logo Dite avistou os irmãos sentados na recepção.

– Hey, como ele tá?

– Tão levando ele pro quarto agora mesmo. Ele tinha ido fazer uns últimos exames, mas vai ter alta hoje. – Mime informou

– Graças aos deuses. Não sei o que seria se ele...– Misty foi interrompido

– Mas o que houve com ele? – Milo começou a falar para evitar que o irmão de Dite dissesse besteira

– Ele tava andando de moto e um caminhão apareceu de só-Zeus-sabe-onde e bateu nele. Mas ele conseguiu desviar e pegou de leve.

– Ele tem sorte hein? – Mú falou

– Realmente, poucos tem essa sorte... – Shura acompanhou

– Mas quando ele vai sair mano? – Afrodite abraçou o irmão

– Daqui uma hora...

– Então, depois que ele descansar vocês aparecem no meu casamento? – Milo sorriu

– Claro Milo. – sorriu o loiro de orbes cor de violeta

– Vish. Sinto que estou sobrando aqui... – o irmão mais novo de Dite falou debochado

– Calma, também amo você. – o pisciano abraçou o irmão com o outro braço


Depois do hospital os “mamães” foram para a casa de Milo, na companhia de Misty pois Mime ficaria com Siegfried até a hora do casamento, se arrumar.

Na casa dos papais eles também se arrumavam e esperavam ansiosos para rever suas “gravidinhas”.

A tarde lentamente se passou, logo a penumbra caia sobre a cidade. Quando o sol deu lugar a lua todos partiram em direção ao local do casamento, os primeiros a chegar foram os “papais” que ficaram em um quarto isolado para que não vissem a chegada dos demais. Alguns minutos depois chegaram as “mamães” que ficaram em um quarto isolado no lado oposto ao depois outros.

Os convidados dos outros clãs foram chegando pouco a pouco, de humano só havia o namorado de Mime, Siegfried. Após alguns minutos Hakurei, o celebrante, chegou.

– Eu tô legal? Tá tudo certo? – Milo se olhava no espelho

– Calma Mi, você tá ótimo. – Dite sorriu – Ai Zeus, isso é um fio solto? – o sueco começou a olhar seu próprio cabelo

– Calma Dite, tá tudo em ordem... – Mú falou calmamente

– Como será que tá meu Aiolos..? – Shura olhava para o nada

– Todos devem estar maravilhosos, de terno, faz tempo que não vejo o Dohko de terno... – comentou Shion

– Hoje o Aiolia vai ter que tomar cuidado, ele vai levar as alianças... – Kanon falou

– Ai Zeus, será que ele vai fazer algo? – Milo se preocupou

– Calma ai, meu cunhado é estabanado, mas nem tanto. – Shura alertou

– Ok, eu tô calmo... – respirou o grego

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– Nossa isso tá demorando. – Resmungou o francês

– Agorinha essa espera termina, aguarde mais um pouco... – Avisou Shaka

– É, agorinha vou ver meu suequinho lindo... – comentou Matteo

– O Shura deve estar lindo de terno branco. – suspirou Aiolos

– Faz tempo que o Shion não usa terno. – disse Dohko

– Eu quero ver o Aiolia entrar com as alianças, tenho que filmar, vai ser a primeira vez que ele não vai fazer besteira... – debochou Saga

– Hey! O Aiolia tá aqui ouvindo! – se defendeu o leonino

– Mas será que o Milo tá bem? Será que tá tudo certo lá fora? O celebrante chegou? – Camus andava de um lado pro outro.

– Calma ai! – Matteo o segurou pelo ombro – tá tudo certo francês, é só entrar e ir direto pro altar.

– Vocês podem ficar preparados, só o celebrante entrar que vocês podem ir. – Misty avisou

– Mon Diêu! – Camus ficou novamente nervoso

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– Rapazes, só o celebrante entrar o noivo vai entrar com os companheiros e vocês vão logo em seguida. – Misty avisou

– Então tá quase na hora. – Milo ficou vermelho

– Calma Milo respira... – Dite começou a abaná-lo.

– Tô legal.

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O celebrante entrou e se dirigiu até o altar, lá se posicionou junto aos instrumentos para a realização da cerimônia vampira, alguns instantes depois entraram Camus e seus companheiros, todos com ternos negros, mas apenas o do francês tinha calda atrás e uma rosa branca ao lado o peito, eles estavam em uma fila na seguinte ordem: Saga, Dohko, Matteo, Shaka e Camus. Subiram os quatro degraus na lateral, o primeiro ia parando sobre um degrau até sobrar somente Camus a esquerda de Hakurei.

Em seguida a musica começou a tocar, não era a marcha oficial, mas era uma musica agradável, todos os cinco estavam de terno branco, mas o de Milo tinha os detalhes roda enquanto o dos outros era completamente brancos até mesmo a gravata, na fila estavam a frente de Milo: Kanon, Shion, Afrodite, Mú e por fim o noivo. Assim como os outros ficaram sobre os degraus e o loirinho a direita do celebrante.

– Hoje, sob esse céu puro e sob o luar viemos celebrar a união desses dois seres da noite. Milo Tibria e Camus Lefantear. Esses dois poderão viver eternamente e aqui, esta noite, eles decidiram que querem a companhia um do outro pela eternidade. Camus Lefantear, aceita Milo Tibria para respeitá-lo e amá-lo pela eternidade, sob os males da saúde e da doença, da riqueza e da pobreza, da alegria e da tristeza?

– Aceito. – respondeu o francês

– E você, Milo Tibria, aceita Camus Lefantear para -lo e amá-lo pela eternidade, sob os males da saúde e da doença, da riqueza e da pobreza, da alegria e da tristeza?

– Aceito. – respondeu o loirinho

– Tragam as alianças. – pediu o celebrante

Então surgiu Aiolia com as alianças, diferente dos outros ele não estava com um terno branco ou preto, estava com um terno cor cinza. Ele entrou com as alianças, subiu até o altar e ficou atrás do celebrante.

Foi feita a troca de alianças, após os dois terminarem o celebrante pegou uma taça com água no canto, os dois noivos levantaram os pulsos, ele os cortou e os encostou, juntas desceram duas gotas de sangue que se misturaram a água. Hakurei cicatrizou os dois pulsos e entregou a taça para que Camus bebesse e em seguida Milo:

– Agora com essa bebida imortal esses dois estarão unidos para todo o sempre. Eu, então, os declaro marido e esposo. Podem beijar-se.

Os dois se beijaram ali enquanto os presentes batiam palmas. Alguns instantes depois estavam todos matando as saudades:

– Mú, como você tá? Comeu direitinho? Passou mal? E o neném como tá? – Shaka abraçava e beijava o tibetano

– Eu tô bem, ele também. E você como tá hãn? – Abraçou o indiano

– Miña rosa. Com estás? – Matteo abraçou o sueco e o girou no ar

– Estou bem amoré. Sossegue. E você tá bem? – o loirinho sorriu

– Que bom. Estou bem sim...

– É Shi, parece que passou uma eternidade. – Dohko abraçou o esposo

– É, pareceu realmente. Mas agora estou aqui e você também. E você tá uma gracinha de terno... – sorriu Shion

– Shura! Meu amorzinho, como você tá? Quanto tempo achei que iria morrer de saudades! E o nenê tudo bem com ele também? – Aiolos apertava o marido

– Ele vai ficar esmagado se você me apertar mais. – falou com dificuldades e logo foi solto – estamos bem.

Num canto ali mais isolado Camus abraçava e beijava Milo.

– Mon anje, non sei como aguentei tanto tempo sem você. O neném tá bem? E você como passou esses dias?

– Eu te conto tudo na viajem. E estamos os dois bem.

– Ainda bem. Enton, vamos cumprimentar os convidados Sr. Lefantear?

– Vamos Sr. Tibria.

Os padrinhos, o porta-aliança, os irmãos de Dite e o namorado de Mime estavam sentados em mesas que haviam juntado, o casal cumprimentou os convidados da festa e se uniu aos amigos na mesa.

– Cadê Saga e Kanon? – perguntou Milo

– Tão conversando em algum lugar. – Dite informou

– É, então agora casados né? Os próximos seremos eu e o Dite. – Matteo disse

– Sinto ter que te desapontar... – Shaka disse atraindo a atenção de todos – eu e o Mú queremos avisar que vamos nos casar.

– Mú, por que não me disse? – Shion se fez de bravo

– E quando vocês vão se casar filhinho? – Dohko perguntou

– Desculpe papai, era surpresa... e nós vamos nos casar assim que o Milo e o Camus voltarem da lua de mel.

– Então um brinde ao Shaka e o Mú. – Saga chegou levantando a taça junto com Kanon

– Ao Shaka e ao Mú! – Disseram os outros em coro

A festa continuou, todos dançaram, riram, conversaram bastante. Quando a festa chegou ao fim todos se despediram dos casados que agora iriam viajar.

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No dia seguinte todos acordaram somente na hora do almoço, exceto Shaka e Mú que nunca dormiam até tarde. Almoçaram e foram para a sala conversar.

– Hey Mú, por que não contou pra gente que você Ian casar, hein? – Dite fez cara de choro

– Pior, Shaka, me senti traído cara... – Matteo acompanhou

– Desculpe, era surpresa... – Mú sorriu da cara dos amigos

– Até parece... – zombou Shaka do italiano

– Mas então, é só o Milo e o Camus votarem que vocês se casam? – perguntou Shura

– Sim. – responderam em coro

– Então eu e o Mime temos um novo casamento pra organizar, certo? – disse Misty enquanto se espreguiçava. Ele havia passado a noite ali para não dormir só, afinal Mime foi cuidar do namorado e Milo e Camus tinham viajado

– Sim, não vai ser problema, vai? – o tibetano quis saber preocupado

– Claro que não! – sorriu o loirinho

– E depois vocês vão ter que arrumar o meu hein?! – Dite “avisou”

– Pode deixar... hahaha – riu o mais novo

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O quarto bagunçado e os dois recém-casados em cima da cama cobertos apenas por um fino lençol branco. Milo se divertia brincando com uma madeixa ruiva de Camus.

– É Camyu... foi interessante noite passada...

– Foi é?

– Foi. Tirando a parte que você deu a louca preocupado que ia machucar o bebe, foi bem legal...

– Mas e se fosse, Milo? Você não se preocupa com ele não? É por acaso uma mãe desnaturada? – o francês percebeu tarde, Milo odiava ser chamado de “mãe”

– Mãe é a senhora sua vó!

– Olha o respeito!

– Pro inferno com respeito! Me chama de “mãe” de novo que vai ver o que acontece

O loirinho vestiu uma cueca e foi em direção à cozinha da casa de praia onde estavam, os dois resolveram passar a lua de mel no Havaí, ao ver que o grego estava furioso o ruivo foi atrás. Chegando na cozinha Milo havia alinhado uma banana e um tomate de cada lado e batia furiosamente com a faca, Camus engoliu seco e chegou perto o abraçando por trás:

– Vamos Mi, non fique assim han?

– Assim como? Estou perfeitamente bem...

– Por favor, vai... vamos à praia hoje? Tá tão lindo.

– Praia? Pode ser uma boa... – o loiro virou sorrindo – lá tem aqueles sucos que a gente só encontra aqui...

– Exacto.

– Então vou pegar umas coisas e nós vamos então.

– Ok.

Algum tempo depois Milo retorna com uma roupa de praia havaiana e uma bolsa com varias coisas. Camus já havia colocado sua roupa e os dois foram, então, para a praia. Lá passaram toda a manhã banhando-se, tomando sol, experimentando bebidas e curtindo a lua de mel.

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– Não, eu prometo que assim que o Mú e o Dite casarem eu vou! – Kanon cochichava ao irmão num canto da casa

– Mas Kanon, você tá doente.

– Não quero atrapalhar o casamento deles, espere até que eles estejam casados. Só te peço isso...

– Ok, mas quando eles voltarem da lua de mel você vai ao medico está ouvindo?

– Ok.

– O que vocês dois tão cochichando ai? – Dite chega e dá um baita susto nos dois

– Na-nada. – respondeu Kanon

– Quer me matar do coração é? – Saga repreendeu o sueco

– Se vocês se assustaram é por que tavam fazendo coisa errada!

– Claro que não! – Saga fuzilou Dite com o olhar

– Sei... mas então, nós vamos ver um filme, vocês vem?

– Claro. – Kanon respondeu

Os três foram para a sala juntar-se aos outros para verem o filme. O filme escolhido tinha sido “Um Amor Para Recordar”, quando a menina morre os gravidinhos choraram e todos se agarraram a Kanon, o que deixou os demais enciumados:

– Hey Dite, por que colou no Kanon? – Matteo quase cuspia fogo

– Shura! Solte esse homem agora! – Aiolos pulou do sofá

– Shionzinho? O que tá fazendo? – Dohko olhava incrédulo

– Você quer soltar meu noivo, Kanon? – Shaka mesmo disfarçando demonstrava sua raiva

– Vocês! Soltem o Kanon A-G-O-R-A! – ditou Saga retirando o gêmeo do meio dos chorões

Depois de se desfazerem do abraço de Kanon eles abraçaram seus respectivos pares, enquanto os namorados/maridos olhavam com olhares fuzilantes para este.

– Eu não fiz nada! Eles me agarraram... – o gêmeo mais novo se defendia

– Por que se agarrou a ele mi rosa? – Matteo olhava o sueco que limpava as lagrimas

– Porque ele tava mais perto...

– Você pulou por cima de mim pra abraçar ele, Dite...

– Ah sei lá, ele é muito gente boa.

– “Gente boa”? – Matteo fuzilou novamente o grego com o olhar

– Kanon, vamos sair daqui antes que você acabe morto... – Sussurrou Saga

Enquanto os demais casais discutiam entre si os dois saíram de fininho, ninguém mais se lembrava de filme algum. No jardim os gêmeos se sentaram em dois balanços que haviam lá.

– Então, desde quando tá tão pegador, hein Kan?

– Eu sempre fui desejado... – se gabou o mais novo

– Eu sou mais.

– Como assim? Quem se atreveu? – segurou as golas da camiseta de Saga

– Uma pessoa muito bonita, inteligente...sexy!

– Nome? – falou entre os dentes

– Kanon Suvic. Conhece?

– Palhaço!

– Adoro quando você fica com ciúmes maninho... – piscou para o irmão

– Ah Claro! Fui eu que quase surtei na sala agorinha, né?

– Não. Mas você é mais ciumento que eu...

– O que é meu ninguém taca a mão não, Saga!

– Oh Zeus... que fofo.

– Não sou fofo!

– É sim.

– Não sou e ponto final.

– Ok, ok. Sabe Kanon, seria louco se você também tivesse um filho né..? – o mais velho olhava o céu sem nuvens

– Seria, mas não aconteceu. Então quem sabe outro dia aconteça né?

– Seria bem legal...

– Sim, menos se ele puxasse a você. Filho teimoso e cabeça-dura ninguém merece...

– Ai, ai. Você que é o cabeção.

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– Diêu! Milo non!

– Por que Camyu?

– Você non pode tomar água do mar!

– Por que non?

– Porque é salgada, suja, tem areia e pode fazer mal ao bebê.

Hunf! Tá bom...

– Já tá ficando tarde acho melhor irmos.

– Vamos então...

No caminho ainda pararam pois Milo queria comer frutos do mar, em seguida devorar uma salada tropical, de volta ao caminho Camus pensava: “Mon Diêu, dê-me paciência para aturar essa gravidez!”

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– Vamos dormir no quintal hoje? – Kanon disse olhando o horizonte


– Pirou?

– Não, é por que aqui é mais fresco. Chamamos os outros, fazemos tendas improvisadas e dormimos aqui.

– Sabe, pode até ser legal...

– Então, vamos chamá-los?

Os dois se levantaram dos balanços onde estiveram a tarde toda e foram em direção a cozinha onde os outros faziam um lanchinho.

– Hey, vamos dormir lá fora hoje? – Kanon perguntou enquanto pegou um pedaço de pão

– Enlouqueceu? – Shaka falou

– Sabe, pode ser legal. – Dite disse de boca cheia

– É, realmente está quente hoje... – continuou Mú

– Faz tempo que não vejo as estrelas. – Falou calmamente Shura

– Então vamos. – Shion respondeu

– Mas... – os papais disseram em coro

– Nem mas, nem meio mas. – repreendeu Saga

– Eu pensei da gente montar umas tendas lá, colocar algumas lâmpadas nas arvores, ia ficar legal...

– Então, ao trabalho! Vou chamar o Misty e o Aiolia, eles vão querer participar. – Dite se levantou da cadeira e foi em direção aos quartos

– Ok. Então, mão na massa... – o gêmeo mais novo brincou

Logo o sueco voltou na companhia dos dois rapazes, no jardim eram pessoas pra cá e pessoas pra lá montando suas tendas improvisadas. Terminaram quando o sol ia baixando, acabou que as tendas ficaram bem feitas, com duas cadeiras inclináveis bem fofas para que eles dormissem com uma mesa armada ao lado.

Depois disso, Matteo, Aiolos, Aiolia e Dohko foram até o mercado comprar bebidas e carne, fariam um churrasco ali a noite. Quando votaram do mercado encontraram os demais na beira da piscina, após arrumarem a churrasqueira aguardaram até o por do sol, quando este chegou Kanon perguntou encantado:

– Muito bonito isso né gente?

– Isso o que? –Dite perguntou

– Mesmo o sol com sua grande magnitude se põe e deixa que a lua brilhe...

– Verdade. E ainda divide sua beleza com vários pássaros de diversos tipos que voam por ali... – Mú entrara no clima – Olhem lá!

– Realmente muito belo, assim como uma chama que resiste em meio a uma tempestade. – Disse Dohko

– Sem filosofia, por Dio! – Matteo pediu arrancando risadas de todos

Quando o sol finalmente se deitou eles acenderam a churrasqueira, comeram, beberam. Em seguida juntaram almofadas na grama e lençóis para contarem histórias.

– Shaka, quero que você conte. Sabe as melhores histórias... – Shura falou

– Tenha romance por favor! – Dite fez bico

– Ok. Então vejamos... – o loiro olhou para o céu

– Conta a lenda de Orfeu amor... – sugeriu Mú

– Orfeu, o filho da Musa Calíope, era o mais talentoso músico que já viveu. Quando tocava sua lira, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As árvores se curvavam para pegar os sons no vento. Ele ganhou a lira de Apolo; alguns dizem que Apolo era seu pai.Orfeu era casado com Eurídice. Mas Eurídice era tão bonita que atraiu um homem chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a picou e a matou.Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro, Caronte, a levá-lo vivo pelo Rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões; seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados.Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua mulher Perséfone, implorou-lhe que atendesse ao pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice estava seguindo-o.Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. Em total desespero, Orfeu se tornou amargo. Recusava-se a olhar para qualquer outra mulher, não querendo se lembrar da perda de sua amada. Furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, e o despedaçaram. Jogaram sua cabeça cortada no Rio Hebrus, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!"Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no Monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente do que os outros. Pois Orfeu, na morte, se uniu a sua amada Eurídice.Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em silenciosos carvalhos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram ao chão.

– Nossa, eu acho que vou... – tarde, Misty começou a chorar e abraçou Aiolia

– Calma... – o leonino não sabia o que fazer

– Ele morreu! Por que ele morreu? – Shura sacudia Aiolos descontroladamente

– Lembro-me desta lenda, é muito triste... – Shion limpou algumas lagrimas e abraçou Dohko

– Shhh! – Saga disse a eles, que viram que Kanon dormindo, ele levou o gêmeo até sua tenda e o deixou lá voltando começou a falar – é que desde que ele ficou doente está... cansado.

– Doente? E o que ele tem? – os gravidinhos perguntaram quase caindo em cima de Saga

– Não sei, ele só quer ir ao medico depois dos casamentos... er... dá pra afastar? Tão invadindo meu espaço...

– Desculpe. – todos se afastaram

Ali conversaram mais um pouco e foram se deitar, no outro dia iriam ao parque de diversões...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando da história...

Bjos, até o próximo capitulo.



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