Imagine Leonetta Casados escrita por mariana


Capítulo 58
Quinquagésimo oitavo capítulo


Notas iniciais do capítulo

Oieee minhas divas =3 Mil perdões pela demora ^^ Prometo que da próxima tentarei não demorar tanto assim. Desculpem por na maioria das vezes eu demorar, mas é que cada vez o meu tempo para fazer as coisas "divertidas"fica menor :c



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– Leon! - Violetta berrou correndo no meio dos destroços da casa, que havia ido a ruína

Nada. Nenhum ruído, fala, grito, pedido de ajuda ao algum sinal de vida. Ela parou em um certo ponto, cansada, e olhou em volta. Nada.

Voltou a correr desesperada, mas além de tudo estava estressada. Muito, muito, muito estressada. Devido ao seu surto de raiva, medo e, talvez, até mesmo uma pontadinha de ansiedade para acha-lo, tropeçou e caiu dentre os pedaços de cimento, madeira e ferro.

– Ai! - ela gemeu levantando-se e olhando para a mão, que agora tinha um corte enorme bem no meio

Diego, que estava ali por perto, ouviu seus ruídos, por que logo se aproximou e segurou-a pelos ombros. Violetta levou o maior susto e tentou fugir do que fosse que se aproximava.

– Calma Violetta, sou eu, o Diego - ele disse sorrindo e assumindo uma feição angelical

– Calma? - ela interrogou, ainda nervosa - Com você eu não tenho calma nenhuma. Pelo menos não depois daquelas três vezes que você tentou me matar, me aprisionar ou me ferir. Ou então, o pior de tudo, tentar me separar do Leon, Letícia e Chris. A partir desses dias eu não tenho mais calma com você, Diego. Agora vá embora porque a situação já é ruim, o suficiente. Ruim não, péssima, horrível, abominável. Tudo por culpa sua. Se você não quer ser preso novamente, vá embora.

Ela fuzilou -o e voltou a correr em busca de Leon. Diego revirou os olhos e correu atrás dela.

– JÁ FALEI PRA VOCÊ IR EMBORA! - ela gritou enquanto virava-se para ele

– Pena que eu não quero - ele retrucou com um pequeno sorrisinho sobre os lábios

Ela bufou e secou uma lágrima que estava descendo por uma de suas bochechas. Queria assumir seu aspecto mais raivoso possível, o mais raivoso possível devido as circunstâncias.

– Já terminou? - Violetta “argumentou” nervosa, mas sem dar chances para uma resposta vinda da parte de Diego - Ótimo, que bom, agora saia. Já piorou as coisas em pelo menos o dobro do quanto já estava ruim. Quer fazer alguma coisa de útil? Então saia daqui e chame um médico, minha mão está doendo. Mas não venha atrás dele, certo? Fique o mais longe possível de mim.

– Vai infeccionar - Diego insistiu segurando-a pelo braço - Vamos lá, comigo vai ficar tudo bem.

– POLÍCIA! - ela gritou tentando soltar-se dele e correr - TEM UM PISICOPATA ME SEGURANDO! TIREM ELE DAQUI!

Ele cobriu-lhe a boca, mas ela continuou tentando e tentando gritar.

– Violetta, será que você não consegue se tocar? - ele gritou, finalmente fazendo para-la - Você já teve pelo menos dois segundos de paz e calmaria quando estava com o Leon? Ou ele sempre te fazia arriscar a vida pra ir salvá-lo?

“Leon... Leon” esse nome ecoou pela cabeça de Violetta. Deu-lhe paz, sossego e a acalmou por minutos. Toda a sua raiva passou. Estava completamente relaxada. Foram necessários gritos para que ela saísse de seu transe.

– Me solta! - ela ouviu Diego gritar

– Senhora, o que ele fez para você? - o policial que segurava Diego perguntou a ela

– O que? - ela indagou confusa

– Não foi você que gritou por socorro? - o policial respondeu com uma pergunta, ainda mais confuso do que ela

– Não - Diego respondeu por ela - Deve ter sido um engano, não foi ela que...

– Fui eu - Violetta o cortou - Esse homem me aprisionou, junto com ela.

Ela apontou para Lara ao longe.

– Ela? - o policial riu - Ela está mais confusa do que todos aqui juntos. Ela não teria cérebro para bolar um plano bom como esse.

– Ela é a Lara! A Lara que fugiu esses dias! - Violetta insistiu

O policial fez um gesto de cabeça e um outro homem veio para perto dos três. Ele deu Diego para esse homem segurar e foi atrás de Lara.

Assim que todos se afastaram, Violetta riu vitoriosa. Já era mais do que hora dos dois serem presos. Estava feliz, até lembrar-se de Leon.

– Moça! - ela ouviu um médico se aproximando - O que você está fazendo aqui?

Violetta ia responder quando o médico viu seu ferimento e colocou as mãos sobre a boca.

– O que você fez com sua mão? - ele perguntou, mas não deixou espaço para uma resposta - Rápido, antes que infeccione. Aliás, acho que já infeccionou, afinal você se cortou em ferro. Vamos, preciso fazer uma curativo antes que fique pior.

– Moço, por favor - ela tentou argumentar enquanto ele o arrastava para longe da casa despedaçada - Não aconteceu nada com a minha mão, acredite. É só um cortinho, nada de mais.

Ela tentou ignorar o fato de ter uma abertura relativamente enorme na palma de sua mão.

– Então - ela puxou seus braços dos punhos fortes que os seguravam - Eu preciso achar o meu marido. Ele estava no incêndio e até agora não há nenhum sinal dele.

O médico percebeu os olhos de Violetta começarem a ficar marejados, então tentou consola-la. Um consolo não tão bom, na verdade um consolo péssimo, mas em sua mente não deixava de ser um consolo.

– Sinto muito - ele disse parando de andar e forçando um sorriso - Mas os bombeiros e os policiais já vasculharam todo o local. Se não acharam ninguém, simplesmente é porque, bem... você entendeu certo?

Violetta colocou as mãos sobre a boca. Começou a andar para trás, como se tentasse fugir da própria realidade. Lágrimas e mais lágrimas desciam por seu rosto. Soluços a impediam de falar qualquer coisa.

– Violetta, por favor... - ele insistiu

– Não... não - ela resmungou em um fio de voz soluçando e tentou pronunciar mais palavras, mas nada saia

– Vamos, eu vou enfaixar seu ferimento - o médico disse novamente forçando um sorriso

Violetta seguiu-o a contragosto, de vez em quando olhando para trás. Suas lágrimas faziam toda sua visão embaçar.

Apesar de tudo, de uma coisa ela sabia. Ela conseguia sentir que ele não estava morto.

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Violetta chegou em casa chutando a porta. Tinha passado pelo menos as ultimas cinco horas andando pela rua. Uma no hospital, duas na delegacia acusando Lara e Diego e contando tudo que eles haviam feito, desde que os prenderam no banheiro do hotel até agora, e as outras duas no posto de bombeiros, implorando por mais uma busca nos últimos vestígios que restaram da casa. E isso foi negado com um sonoro e redondo "NÃO".

Estava subindo e deitando-se tranquilamente, talvez não tão tranquila assim, quando começou a planejar um plano, louco, muito louco. Estava terminando seu raciocínio quando ouviu um choro.

"Chris. Letícia. Vinte quatro horas sozinhos em casa. Eu esqueci completamente dos dois. Se eu estou desesperada? Sim. A Letícia matou o Chris? Possívelmente. Houve uma explosão? Talvez." ela pensou

– Mamãe! - Letícia choramingou assim que Violetta entrou no quarto - Ele "pego" "di" mim!

Ela olhou para o berço. Lá estava Chris, um macaquinho de pelúcia azul nas mãos e um sorriso lindo e muito sapeca em seus lábios. Pela primeira vez em dias, Violetta sorriu.

Ela pegou Letícia no colo e em seguida Chris. Desceu as escadas e explicou detalhe por detalhe o plano que ela havia bolado para aquela noite.

– Então, vocês entenderam? - ela perguntou esperançosa

– Que? - Letícia perguntou confusa franzindo as sobrancelhas

– Assim, filhinha, nós vamos até a casa para procurar o papai, entendeu? - ela explicou novamente só que, dessa vez, com palavras menos complicadas

– “Puque” só “di” noite? - Letícia perguntou mais uma vez

– Porque agora já está anoitecendo - Violetta sorriu - Vamos lá

Letícia riu e Violetta pegou Chris no colo. Em seguida segurou na mão de Letícia e dirigiu-se até seu carro.

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– Letícia,volte aqui já! Você vai cair e cortar a mão igual a mamãe cortou!

A menininha já estava correndo e saltitando do outro lado do terreno, como se a cena com qual ela se deparava fosse muito alegre. Violetta nervosa perseguiu-a, mas a menina era muito mais rápida.

Desistindo de seguir a filha, mandou ela procurar de um lado e, por sua vez, começou a procurar de outro.

– AAAAHHHH!! - um grito agudo, cortante e fino ecoou

– AI MEU DEUS O QUE ACONTECEU LETÍCIA? - Violetta berrou de volta

A menininha correu até Violetta e se escondeu em seus braços.

– O que foi filha? - ela perguntou

– Tem um braço no chão! - Letícia respondeu ainda assustada

Violetta teve que se conter muito para não começar a gritar como a filha. Segurou na mão da menininha e pediu para que ela a conduzisse até onde ela havia achado o tal braço.

– Aqui, mamãe - Letícia apontou para o chão

Realmente era verdade. Um braço estava por debaixo dos destroços da casa.

– Segura! - Violetta praticamente jogou Chris nos braços de Letícia

Ela ajoelhou-se e Letícia afastou-se. Começou a tirar pedrinhas por pedrinhas que cobriam o resto do tal braço. Ou na melhor das hipótese, um corpo inteiro.

Chegou por fim em uma pedra imensa, pelo que se podia ver a última. Com muito esforço, retirou-a, era uma pedra muito pesada.

– Papai! - Letícia gritou feliz quase derrubando Chris

– Le-leon - Violetta gaguejou rouca

Lá estava ele, deitado, olhos fechados. Violetta colocou a mão sobre sua testa. Estava muito frio.

– Não... - foi a única palavra que saiu de sua boca

A menininha olhou para ela nervosa, sem saber o que fazer.

– Letícia, você sabe aquela casinha ali na frente? - Violetta apontou para o outro lado da rua

Ela assentiu.

– Bate na porta para a mamãe e chama quem atender aqui para ajudar?

Ela novamente assentiu e correu para a tal casa. Violetta continuou tentando acordar Leon.

– Vamos lá, por favor Leon - ela o chacoalhava - Por favor. Eu preciso de você.

– Mamãe! - Letícia gritou enquanto corria de volta toda a rua - Não tinha ninguém!

Violetta levantou-se e virou-se para a filha.

– Então vamos tentar naquela...

Tosse. Sim, alguém havia tossido.

– Letícia, foi você que tossiu? - Violetta perguntou esperançosa com a hipótese de quem havia sido

Ela negou com a cabeça. Violetta olhou para trás.

– Leon! - ela pulou em cima dele, que estava começando a sentar-se

– O que? - ele indagou confuso - O que é isso? O que aconteceu? Porque nós estamos no meio de pedaços... pedaços de casa?!

– Lara, Diego, o incêndio... - ela começou sorrindo - Lembra?

– Ah sim, claro! - ele sorriu novamente para ela

– O papai tá vivo! - Letícia gritou feliz

Os dois riram e depois se beijaram.


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Notas finais do capítulo

Me desculpam pela demora? =3
Ficou muito tosco o capítulo, podem me xingar.