Imagine Leonetta Casados escrita por mariana


Capítulo 25
Vigésimo quinto capítulo




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Violetta “jogou” Letícia dentro do carro, pulou no banco do motorista e pisou fundo no acelerador. Letícia não conseguia entender o que estava acontecendo, então simplesmente ficou olhando pela janela. Já Violetta chorava, estava ficando vermelha por causa do choro.

Ela estacionou o carro tão rápido que quase derrapou. Bateu a porta muito forte, quase quebrou o vidro e quase prendeu o dedo. Pegou Letícia no colo e saiu correndo para falar com uma mulher que segurava uma mangueira na mão, com certeza era uma bombeira.

– Moça, por favor! Eu vi o incêndio do quintal da minha casa!! – Violetta berrou chorando – O meu marido trabalha aqui, me diga que vocês conseguiram resgatar todos que estavam dentro do prédio!!

– Todos os que já resgatamos estão ali – a mulher disse apontando para um monte de ambulâncias

Violetta correu para lá, examinou as ambulâncias, uma por uma. Mas nenhum sinal de Leon. Ele com certeza ainda estava dentro do prédio em chamas.

– Moça, por favor, o meu marido não está em nenhuma das ambulâncias! – Violetta disse se dirigindo para a mulher novamente – Mande alguém resgatar ele, eu imploro!

Violetta chorava muito, lágrimas corriam pelo seu rosto.

– Me explique onde era a sala que seu marido ficava, ele provavelmente vai estar lá. – a mulher disse para Violetta – Vamos mandar uma equipe para lá agora.

Violetta pôs Letícia no chão e começou a explicar para a mulher onde era a sala de Leon. Letícia ouvia a conversa, bastante atenta.

“Nós vamos resgata-lo”. “Ache ele rápido!”. “Estamos indo até lá agora”. Essas eram as frases que Letícia ouvia repentinamente, sem parar. Então ela mesma tomou sua própria atitude: resolveu que ela mesma iria achar Leon. Pensando nisso, correu para dentro do prédio em chamas. Violetta não havia visto, então não pode fazer nada.

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Leon estava deitado no chão, com as mãos sobre a boca, tossindo. Seu rosto estava preto de queimado. Ele não tinha forças para mais nada, estava completamente pronto para ficar deitado ali, pra eternidade. Já não conseguia respirar direito, o oxigênio do prédio estava se esgotando.

O teto começou a despencar. As madeiras que estavam penduradas sobre ele começaram a cair. Uma madeira caiu ao lado de Leon, e a outra caiu sobre a sua perna. Ele gemeu baixinho, não tinha forças nem mesmo para isso.

Então ele ouviu uma voz doce, uma voz doce que ele amava muito, uma voz muito familiar. Uma voz que se aproximava, e dizia “Papai! Papai!”

Então ele olhou e viu a alguns metros dele Letícia, que olhava de um lado para o outro. Quando viu Leon deitado ali, virou-se para ele e começou a apontar com o dedinho.

Por mais incrível que pareça, Leon ganhou forças de novo, ganhou forças para conseguir salvar sua filha. Ele mexeu as mãos para retirar a madeira que tinha caído sobre sua perna. Com o rosto preto de queimado e tossindo, se levantou, pegou Letícia no colo e foi até a saída.

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Violetta estava desesperada do lado de fora do prédio, além de correr o risco de perder Leon podia ter perdido Letícia também. Ela chorava desesperada com as mãos sobre o rosto. De vez em quando tirava as mãos do rosto e olhava os bombeiros trabalhando, já tinha chamado a polícia para procurar por Letícia.

Então ela viu um homem, saindo do prédio com uma menininha no colo. Na hora reconheceu quem era. Leon, trazendo Letícia de volta. Ela tirou as mãos do rosto e foi correndo em direção aos dois.

– Letícia! Leon! – ela berrava de felicidade

Chegando perto dos dois deu um abraço imenso em Leon, ele tentou retribuir mas não conseguia, o pingo de força que lhe restava havia acabado. Ela pegou Letícia no colo e começou a falar com Leon:

– Leon que bom que você está vivo! Eu estava tão preocupada...

Então Leon começou a tossir novamente, estava tossindo muito. Violetta tentou acalma-lo, tentou ajuda-lo, mas nada adiantava. Ainda tossindo ele caiu no chão, estava fraco de mais.

Violetta soltou um berro e foi tentar ajuda-lo.

Uma ambulância chegou, colocou Leon sobre uma maca e colocou nele uma máscara de oxigênio. Violetta foi correndo atrás da maca enquanto colocavam-na na ambulância.

Ela colocou as mãos sobre o rosto de Leon e tentou dar-lhe um beijo, mas antes que isso acontecesse um médico empurrou Violetta e colocou a maca de Leon dentro da ambulância.

– Esperem! – Violetta berrou – Eu preciso ir com ele!!! Ele é meu marido!!

– Desculpe senhora, não podemos te levar – o médico que havia empurrado Violetta disse enquanto batia a porta da ambulância.

A ambulância saiu com a sirene apitando, Violetta ficou lá segurando Letícia no colo, chorando, mas também um pouco feliz por saber que havia alguma esperança de Leon ficar bem.

Então Violetta viu uma coisa surpreendente. Olhou para trás de uma parede do prédio e viu Jade, gargalhando malvadamente. Jade não percebeu a presença de Violetta, mas Violetta tinha certeza de que iria ficar com aquela imagem de Jade rindo na cabeça pelo resto da vida.

Ela desviou o olhar de Jade, já sabia quem tinha causado o incêndio. Ficou olhando, então, a ambulância se afastar, pensando se havia alguma esperança para Leon... ou se não havia.


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