Águas Profundas escrita por Kitsu
Notas iniciais do capítulo
Este é o primeiro capítulo da grande aventura de "gatos guerreiros, águas profundas"
Aproveite
Poeirinha corria freneticamente atrás de sua presa, um esquelético camundongo que mal poderia satisfazer sua terrível fome. Suas patas ardiam ao tocar no quente e duro solo de pedra cinzenta enquanto avançava tentando apanhar a presa que seria sua única refeição do dia. Estava a um coelho de distância quando um cheiro acre penetrou suas narinas forçando-a a parar bruscamente, suas orelhas se retesaram quando um estrondoso barulho apareceu. Seus bigodes tremeram e suas patas enrijeceram quando ela percebeu sua atual situação. Um enorme monstro metálico vinha em sua direção a uma absurda velocidade, pronto para devorá-la vorazmente. Aflita, poeirinha forçou suas paralisadas pernas para que se mexessem, caso contrário, aquilo significaria morte certa. Em um salto, desviou-se da fera e disparou até o outro lado do enorme caminho cinza, onde certamente estaria segura. Arfando, saltou sobre a cerca que separava a cidade da floresta. Estava farta daquela vida insignificante que tinha, sua rotina se baseava em caçar ratos que mal a satisfaziam e fugir de cães, monstros metálicos, duas pernas e outros gatos.
A gata fitou a floresta e convenceu-se. Iria viver lá! Todos sabiam que na natureza não haviam duas pernas, além de terem presas frescas e árvores onde poderia dormir. Ao se preparar para saltar rumo à liberdade, algo lhe veio à mente. Havia boatos de quatro clãs de gatos selvagens que lutavam entre si. Apesar de não saber os nomes e a veracidade ao certo, Poeirinha sabia que se esbarrasse com um deles sua vida estava acabada. Após se questionar sobre sua segurança, decidiu-se! E em um pulo, aterrissou no chão e correu rumo á densa vegetação.
Após algumas horas caminhando, a gata permitiu-se cair no chão próxima a um lago. Todos aqueles meses comendo pequenos ratos haviam afetado a sua resistência e agora pagava o preço. Poeirinha olhou seu reflexo na água cristalina. Realmente padecia em um estado lamentável, seu corpo era esquelético e o pelo antes bege estava negro de sujeira, afinal a gata não tinha tempo e energia para se limpar, por isso seu nome Poeirinha, devido à poeira em seu pelo. Após fitar-se no lago, a gata apreciou a doce água descer em sua seca garganta ao bebe-la. Poeirinha notava a diferença entre a ácida água da cidade e a límpida água da floresta, sentindo-se feliz por ter feito a escolha certa em relação aonde viver.
Repentinamente suas orelhas se retesaram para trás ao ouvir o farfalhar de um arbusto, e antes que pudesse se virar, um enorme peso chocou-se sobre o seu magro corpo pressionando-o contra ao chão e Poeirinha sentiu uma latejante dor na lateral de sua barriga. E então, aflita, percebeu que estava sendo atacada...
FIM DO PRIMEIRO CAPÍTULO
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Agradeço a pagina do facebook "gatos guerreiros - PS produções" por me aceitarem no clã do planalto e me proporcionarem imaginação para essa trama.
Que o clã das estrelas os acompanhe