The Change With Love escrita por Carol Dantas


Capítulo 10
Take care of her


Notas iniciais do capítulo

Oooooi meus liiindos!!! Como eu recebi pela PRIMEIRA vez, mais comentários do que a nossa meta eu vim aqui rapidinho publicar o novo capítulo!!

Hoje é aniversário da minha querida amiga,linda, maravilhosa, que tem um voz ARRASADORA, meiga e abusa ANALU!! Amiga, te amooo!

Bom, é isso. Beijos espero vocês lá em baixo.



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POV Peeta

Todos estavam no hospital. Não só meus amigos, mas também o Haymich, ele é como um irmão mais velho. Apesar de alguns desconfiarem que ele é um ex-acólatra, todos confiam nele.

A mãe da Katniss, já havia sido informada do que tinha acontecido e já estava em um avião a caminho do hospital em que estávamos.  Eu não conseguia parar quieto, uma preocupação e a ideia de que algo grave podia acontecer, me atingiram como uma flecha no alvo. Certeiro, forte e sem erros. 

- Peeta para de andar de um lado para o outro. Você está nos deixando mais nervosos - repreendeu-me Clove pela septuagésima quarta vez naquela noite "não que eu estivesse contando".

- Desculpa Clô, eu tô nervoso - falei sentando ao seu lado que antes estava ocupado pelo Cato, que agora estava em pé. 

- Ei, a gente sabe que você gosta dela. Não aconteceu nada grave, você tem que se acalmar - falou passando o braço por cima dos meus ombros - Muitos adolescentes cortam os pulsos hoje em dia. 

- Mas ela não é como os outros adolescentes.  Ela estava bem até eu falar do pai dela, eu não devia...

- Peeta! Você não tem culpa - me interrompe Madge ao lado da Clô - Ela guardou sentimentos por muito tempo.  Ela só quis soltá-los de uma vez.

- Da pior forma possível, se assim podemos dizer - respondi.

- Cara, olha - Finnick se agachou na minha frente e, pois a mão em meu joelho - Todos estão aqui pra apoiá-la, a Kat não está sozinha,  ninguém aqui está.  Somos todos amigos, somos irmãos, nosso trabalho é ajudar uns aos outros. Vamos estar juntos sempre. Na alegria, na tristeza, na saúde e na...

- Sr. Finnick Odair, não termine essa frase - parou-lhe Gale - parece que você e o Peeta estão se casando. 

Rimos um pouco, conseguindo descontrair. O silêncio foi seguido de passos de enfermeiros, um médico e finalmente Haymich. O médico que era responsável pelo estado da Kat falava algo, mas assim que nos viu parou imediatamente. 

- E então? - perguntou Annie que até agora esteve calada.

- Onde está a mãe da paciente? - perguntou o médico. 

- Deve chegar a qualquer momento - respondeu Annie.

- Então vamos esperar - falou e quando já ia se virando decidi intervir. 

- É muito grave?

- Acho melhor saber depois rapaz - respondeu e saiu.

- Haymich - chamou Cato

- O que foi?

- Fala o que houve - pedi

- Temos que esperar a mãe dela...

- Cheguei - falou a Sra. Everdeen aparecendo do nada ao nosso lado - Demorei um pouco por causa do trânsito que estava do aeroporto até aqui, mas eu já cheguei. O que a minha filha tem Sr. Abernaty? 

- Algo chamado surto pós-trauma.

~*~

POV Katniss

Tento abrir os olhos, mas não consigo, a claridade é muito forte. Forço os olhos mais um pouco e consigo enxergar fios e mais fios enrolados e conectados ao meu braço direito e a uma máquina. 

Escuto um "bip" irritante e murmúrios de fora do quarto perto da porta. Tento chamar a atenção de alguém, mas não sei como. Tento falar mais não consigo. Finalmente percebo que há algo em minha mão esquerda. 

Foco naquela região e vejo dedos entrelaçados aos meus. Olho um pouco mais pra cima e vejo uma cabeleira dourada repousada em minha cama de hospital.  "Peeta".

Aperto sua mão, tentando acordá-lo e consigo finalmente. Logo sua cabeça se ergue e seus olhos, antes alegres e agora com a aparência cansada, focam em mim. 

- Kat - diz com a voz manhosa devido ao sono - como você está? 

- Eu es-s-tou no-o...

- Hospital – completa.

Lembro-me do que aconteceu. Da Glimmer e da Delly me empurrando na piscina.  Eu me afogando,  eu me lembrando do meu pai na hora do jantar. O banheiro, os cortes, a dor... o desespero estampado nos olhos cristalinos de Peeta. Tudo. Lágrimas já rolam sem permissão. 

- Ei! Mô - chama e depois desse "mô" consegui sorrir um pouco e olhar pra ele - Não chora, eu estou aqui com você.  Eu vou estar sempre ao seu lado. Não precisa se preocupar,  tudo bem? - perguntou acariciando meu rosto com a ponta dos dedos.

- Me aju-u-da a le-e-vantar? - pedi

Ele levantou da cadeira e pegou um controle para que a cama ficasse inclinada. Logo voltando ao seu lugar e segurando minha mão novamente. 

- Você quer que eu conte o que está acontecendo? - perguntou

- É muito grave? 

- Talvez

- Pode falar 

- Depois que você desmaiou por causa daquela engessam que você levou, nós te trouxemos para o hospital e você foi fazer uma série de exames e nós tivemos que ficar na sala de espera até você poder receber visitas. O médico que está responsável pelo seu caso, não quis contar pra nós o que você tinha até que sua mãe chegasse aqui...

- Pera. Minha mãe está aqui? - perguntei e ele assentiu. Respirei fundo e deixei que ele continuasse.

- Quando ela chegou o médico nos contou o que você tinha e depois fez umas recomendações que você vai ter que seguir. Já de madrugada,  o médico disse que você não ia acordar tão cedo e o Haymich mandou o pessoal de volta pra escola por causa das aulas - concluiu e eu tive tempo pra pensar. 

- Eu tenho duas perguntas. O que eu tenho e por que você ficou aqui quando todos foram embora? 

- Eu não sei se eu posso falar e porque eu precisava ficar perto de você.  Eu não ia conseguir prestar atenção nas aulas enquanto não tivesse notícias suas - disse corando um pouco.

- Obrigada Peeta - falei apertando sua mão. 

- De nada

- Minha mãe não ficou estranha quando você decidiu passar a noite aqui? - perguntei

- Na verdade não.  Minha sogra me achou uma pessoa super amável. 

- Sua sogra?  - perguntei arqueando  uma das sobrancelhas. 

- Não é? - perguntou convencido.

- Se você diz o que eu posso fazer a respeito? - falei retoricamente.

- Pois é - disse - Vou chamar seu médico e a sua mãe. Eles nem sabem que você está acordada. 

- Tá bom. 

Ele levantou e quando soltou minha mão foi como se uma parte de mim fosse retirada. Quando ele já estava quase na porta decidi fazer algo.

- Peeta - chamei

- Oi

- Chega aqui - pedi e ele se aproximou.

- Fala

Assim que seu rosto chegou bem próximo ao meu,  botei minha mão em seu pescoço e o puxei para um beijo. Na verdade foi mais um selinho demorado, mas valeu muito à pena. Quando nos separamos ele estava bem espantado e para fazê-lo despertar falei:

- Vai logo .

**

- Bom dia Katniss - disse minha mãe ainda se lembrando da nossa conversa no aeroporto, um mês atrás. 

- Bom dia Srta. Everdeen - disse o médico.  Seguido por Haymich e Peeta que fechou a porta e se sentou ao meu lado de novo e mesmo com aquelas pessoas no quarto não deixou de me dar a mão. 

- Bom dia - respondi à todos de uma só vez. 

- Meu nome é Cray e eu estou cuidando dos seus exames e eu quero saber como você se sente.

- Bem

- Alguma dor ou algo do tipo?

- Não

- Bom, de acordo do com os acontecimentos e com a história que me contaram, você tem algo chamado Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Que é o desenvolvimento de sintomas após a exposição a um extremo estressor traumático envolvendo algum tipo de experiência pessoal do tipo mortes que é o seu caso.

Os "sintomas" são algo como medo, impotência... Essas coisas. Você podia ter tido alguns flashes revendo o dia em que seu pai morreu, mas não teve o que é bom. Você está com esse transtorno, porque o seu pai era alguém muito próximo de você e por causa da culpa de ter causado a morte dele... - nesse momento apertei a mão de Peeta, não querendo ter ouvido aquelas palavras da boca de um desconhecido. Por sorte Peeta apertou minha mão também, me dando um tipo de apoio.

O seu caso,  está evoluindo de agudo para crônico, já que vai fazer 4 meses desde a morte do seu pai.  Eu disse a sua mãe e ao seu colégio que você vai ter que tomar alguns remédios por um tempo e frequentar o psicólogo da escola três vezes por semana.  Quero também que você volte daqui a um mês para podermos ver a sua evolução. Tudo bem? - perguntou depois de toda aquela explicação. 

- Tudo - assenti

- Você já pode voltar pro colégio, está liberada e mais uma recomendação à você garoto - se referiu ao Peeta e dirigi meu olhar pra ele.

- Pois não- disse

- Cuide bem dela - falou e eu sorri envergonhada

- Pode deixar - disse e apertou minha mão. 

~*~

Depois de um tempo, eu pude colocar minha roupa e voltar para a escola com o Haymich e o Peeta no carro da Clara. Ela vai voltar pra São Paulo hoje mesmo. Já tínhamos comprado meus remédios e estávamos estacionando o carro na garagem da escola. 

Haymich se despediu e seguiu para a sua sala no segundo andar. Peeta deu um singelo ''Foi um prazer Sra. Everdeen'' e disse que me esperava na escada para podermos ir para o Distrito 12 juntos.

Ficando apenas eu e a Clara, no silêncio. Eu não sabia o que ela ia dizer e acho que ela mesma tentava escolher as palavras certas pra isso.

- Mais alguma coisa? - perguntei tentando quebrar o silêncio que permanecia no carro.

- Você não devia ter feito isso - respondeu rápido

- Feito o que? - perguntei

- Cortado os pulsos.

- Deixa isso pra lá Clara - falei e já ia saindo do carro quando ela explodiu

- DEIXA PRA LÁ NADA. A MINHA FILHA SE SENTE CULPADA PELA MORTE DO PAI, QUANDO MIL E UMA PESSOAS JÁ DISSERAM O CONTRÁRIO E DO NADA ELA CORTA OS PULSOS E EU DESCUBRO QUE ELA TEM PROBLEMA.

- Eu não tenho problema - falei baixo, tentando não me exaltar.

- Transtorno Pós-Traumático Katniss. Isso é um problema. Pessoas morrem toda hora. Imagine se todos os familiares tivessem isso também.

- VOCÊ NÃO ENTENDE. O meu pai era a pessoa mais importante na minha vida e descobrir que meus atos o mataram não é algo que vá me tranquilizar - falei chorando

- Me desculpa. Eu não devia ter falado isso - se redimiu

- Tudo bem. Um médico que eu nunca vi na vida me culpa. Qual o problema da minha mãe me culpar? - falei não querendo saber a resposta.

- Katniss, esquece isso por enquanto. Você não pode se estressar e nem pensar na culpa que você sente. Esquece esse assunto e me conta sobre esse Peeta - disse querendo dar uma de ''mãe adolescente'' 

- O que tem o Peeta? - falei

- Ele gosta muito de você e pelo jeito você sente o mesmo - disse sorrindo

- Talvez - O que?! Katniss Everdeen admitindo que gosta de Peeta Mellark?

- Seria bom se você namorasse ele. Faria bem à você - riu

- Tchau Clara - falei abrindo a porta - O Peeta está me esperando.

- Calma aí. Quando você vai pra São Paulo de novo?

- Nas férias.

-Tá bom - disse me mandando um beijo no ar - Me liga todos os dias.

- Pode deixar

**

- Peeta me coloca no chão- pedi/gritei

- Não

- Peeta, eu sei subir escada sabia?

Ele só riu. Estávamos indo pro Distrito 12, mas o senhor bonitão deu uma de doida e me colocou no ombo como se eu fosse um saco de batata.

- Entregue - disse e me pois no chão

- Graças a Deus - respondi

- Ainda falta algumas horas pro almoço. Então toma um banho rápido que eu vou te levar pra um passei - falou

- Mas e a aula? - perguntei

- Liberados!

- Tá bom. Já volto

- Não sem antes disso.

Falou e meu puxou pela cintura para me dar um beijo, enquanto me prensava na porta do meu quarto. Se algum inspetor nos pegasse ali, estaríamos fritos, mas nenhum de nós ligava mais pra isso. Nos afastamos e ele me deu mais um selinho.

- Vai rápido mô.

Disse e entrou em seu quarto. Me deixando ali parada, com os meus pensamentos. É, eu estava horrivelmente louca por Peeta Mellark.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado meus lindos. Lembrando a nossa meta.

10 comentários ou
1 recomendação...

Vocês ganham o que? Capítulo NOVO!!! E eu estou cumprindo com a minha palavra, porque eu só ia postar no sábado a noite, porque de manhã eu tenho prova. Mas como a meta foi atingida o capítulo saiu mais cedo.

Então é isso. Mellarkisses ♥