A Sogra escrita por FreddieMcCurdy


Capítulo 8
Não duvide de minha masculinidade


Notas iniciais do capítulo

Atualizando...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/357198/chapter/8

Eu ainda estou pasma. Como ele aceitou?

É incrível como Freddie Benson consegue me surpreender. Achei que ele ia inventar qualquer desculpa para não sair comigo e se apresentar para minha mãe.

Fechei o vidro da janela, me olhando no espelho logo em seguida. Calça jeans, blusa branca, sapatilhas pretas e cabelo preso. Estava até que apresentável para esta tarde de sábado. A tarde onde Freddie ia “conhecer minha casa pela primeira vez” e iria provar à mamãe que ele é um bom rapaz e bom o bastante para me acompanhar em um simples casamento. Achei que seria mais difícil convencê-la do que uma simples conversa.

Dois dias antes. 7h22 da manhã.

-Filha? – ouvi mamãe chamar, enquanto tomava meu café, pronta para a escola. Olhei de relance para trás, e ela arrumava a bolsa para o trabalho.

-Fala. – a resposta saiu de minha boca, áspera e grosseira, enquanto assistia a tv.

-Eu pensei naquele assunto. Sabe, o do garoto encrenqueiro e irrespons... O assunto de Freddie Benson. Sobre ele te acompanhar ao casamento de Carly.

-E?- revirei os olhos, já me preparando psicologicamente para outra de suas mil e uma lições de moral.

-E eu decidi que sim, ele pode te acompanhar.

Nesse exato momento, arregalei os olhos e me virei para ela. Mamãe mantinha um sorriso torto, mas continuou a frase.

-Calma, não é tão fácil assim. Ele vai te levar se você nos apresentar normalmente com antecedência.

-Tipo amanhã? – perguntei automaticamente.

Ela torceu o lábio de novo, mas assentiu. Eu respondi um simples “tá”, e me virei novamente para a tv. Mas por dentro, estava reluzente de felicidade.

Dia atual.

Meus pensamentos, de repente, foram interrompidos pelo toque do iPhone. Eu olhei para a tela, e estava escrito “Bonnie.” Não demorei para atender.

-Oi.

-Ai amiga, entrei hoje no face e vi aquela mensagem que me mandou, que tudo, nem posso acreditar que sua mãe está forçando o Benson a conhecê-la e ele aceitou de bom grado, ai meu deus, esse é pra casar mesmo hein amiga, meu deus, a gente não vê isso todo dia, aproveita enquanto pode, ai amiga estou tão feliz por voc...

-Hey, Bonnie. Calma, filha. – eu disse, rindo. – Mas me ligou só para me dar os parabéns?

-Claro que não, né amiga! – eu odiava quando ela me chamava desses apelidos melosos. – A gente vai no shopping hoje e comprar uma roupa ma-ra-vi-lho-as para impressionar esse gato! Tô te esperando aqui em casa e não aceito nenhuma resposta a não ser me agradecendo. Beijos!

E o telefone desligou. Toda vez que há uma ocasião importante, apesar de chata e monopolizadora, Bonnie está sempre me ajudando.

-Claro, mamãe. - falei, ironizando.

Depois de jogar o celular na cama, desci as escadas correndo e encontrei minha mãe sentada no sofá vendo uma notícia qualquer sobre um roubo na cidade.

-Bom dia, mãe. Me dá uma carona pra casa da Bonnie? Ela está me esperando.

-Pode pegar o carro, filha. – ela nem olhou para mim para responder. Eu pisquei duas vezes.

-Sério?

-Claro, por que não?

Eu arregalei os olhos. Não era sempre que era me deixava dirigir. Dizia que, apesar de ter carteira, ainda era perigoso e blá, blá, blá. Mas, dessa vez, eu acho que ela finalmente percebeu que eu não sou mais uma criança. Já faço minhas próprias escolhas.

Depois de dizer “obrigada” pelo menos umas três vezes e abraçar seu pescoço, saí de casa em seu glorioso carro. Era incrível dirigir, finalmente sozinha. Sozinha! Sem minha mãe ao meu lado no banco do passageiro!

Mas tentei manter minha calma, sem querer estragar o carro, atropelar um cachorro, bater na árvore ou ir nem onde um meteoro cairia. Claro, com a sorte que tenho, nada disso seria difícil.

Logo já tinha chegado à casa de Bonnie. Era apartamento de um andar só, e bem grande. A gente desceu, e euzinha dirigi até o shopping.

Era sábado. Todas as lojas lotadas, quase às onze da manhã. Claro, Los Angeles sempre foi cidade disputada. Mas absolutamente todas as lojas de roupa femininas estavam infectadas pelo vírus “patricinhas/piriguetes”. Bonnie me arrastou por todas elas, e eu experimentei pelo menos três pares de vestidos diferentes em cada.

Não adiantou lembrá-la da hora. Disse e repeti que Freddie estaria lá às 15h, mas Bonnie ainda achou que tinha algo de errado com a minha roupa. Fui obrigada a um ultimato: mais um vestido e iremos embora. Ela fez bico, mas concordou e me trouxe o tal vestido. Experimentei, e por incrível que pareça, ele era até bonitinho.

...

-Preciso de uma opinião masculina.

Olhei no relógio, 13h56. Já tinha deixado Bonnie em casa quando estava dirigindo em direção à minha. Mas aquele encontro com a minha mãe e Freddie devia ser mais que especial. Será que o vestido não dava cara de vulgarzinha? Ou era chique demais?

-Eu preciso de uma opinião masculina. – repeti a mim mesma, enquanto ouvia Beyoncé no rádio do carro.

Faltava cinquenta metros para eu entrar na rua de casa quando mudei de ideia. Acho que lembro o caminho, pensei.

...

-Claro que pode entrar, querida!

Srta. Carly tinha uma voz adorável, e me recebeu fazendo biquinho quando apareci de surpresa em sua casa.

-Tire seu casaco, amor. Ai, que bom que veio!

(N/A: Gente, eu sei que está meio confusa a história, não queiram me lembrar. Não sei se alguns de vocês entenderam porque está meio bagunçado, então quem não entendeu leia aqui.

-A mãe da Sam, Pam, e Carly são melhores amigas, e as duas já cresceram e hoje tem 30 anos. Freddie nunca existiu na época delas. Sam e Freddie agora tem 15, 16 anos. No fim da históra vocês vão entender por que o nome da Pam não é Sam. É como se mãe e filha fossem gêmeas, mas a adulta é a Jennette atual. Deu pra entender mais ou menos? Quem não conseguir entender, pelo amor de Deus, me fala nos comentários que eu faço um capítulo inteiro explicando.)

-Onde está sua mãe? – Carly me perguntou, enquanto eu admirava aquela enorme casa novamente. – ela não veio com você?

-Na verdade não, srta. Shay. – disse, segurando a sacola onde estava meu vestido novo. – Eu vim aqui para falar com seu filho, David. É muito importante, e não vou demorar. Posso?

-Claro, claro. Suba, ele está lá em cima, em seu quarto. Lembra onde é? Eu posso pedir para Jarbas acompanhá-la até lá.

-Não será necessário, obrigada. Muito obrigada mesmo. Então... vou subindo.

Carly, com seus enormes cabelos negros trançados até a cintura e um vestido florido com salto alto, sorriu para mim enquanto eu subia as escadas. Toda vez que eu olhava para ela, me sentia calma e em paz.

Cruzei o corredor, finalmente avistando o nome David cravado na porta branca, que eu já tinha visto na outra vez que vim aqui. Dei três batidas leves na porta.

-Entre.

Ri da voz que ele fez, meio tremida. Mas atendi o que ele mandou, abri a porta devagar e coloquei a cabeça para dentro.

-David?

Ele estava à janela, mexendo num notebook e rindo. Quando ouviu minha voz, arregalou os olhos e olhou diretamente para meus olhos, fechando o computador.

-Sam? O que está fazendo aqui?

Eu sorri.

-Posso entrar?

-Claro, claro que pode. – David colocou o computador em cima de uma escrivaninha de seu enorme quarto, apontando a cama para que eu me sentasse. – Precisa de alguma coisa?

-Bem, eu... – fechei a porta, correndo e pulando em cima da cama. – Preciso sim. Preciso de uma opinião masculina.

-Não entendi. – fez o mesmo que eu, dessa vez colocando uma almofada no colo. – O que exatamente quer saber? Quer dizer, claro que você é linda e...

-Não, não é isso! – corei na hora, jogando um travesseiro na cvara dele enquanto David pressionava a almofada em seu colo. – Eu comprei um vestido hoje à tarde e quero saber o que você acha, já que você, pelo menos eu acho, é do sexo masculino.

-Ah tá. – deu uma risadinha nervosa. – Claro. Você é muito bonita. Só isso? - senti o olhar dele por minha camiseta decotada, depois na minha calça jeans.

Cruzei os braços.

-Eu ainda não coloquei o vestido.

David riu, apontando o banheiro. Sorri, correndo até lá dentro. Depois que tranquei a porta e comecei a tirar a camiseta, reparei novamente no banheiro. A privada, a banheira, o enorme espelho. E algo denunciou ele: uma pequena montagem da Megan Fox sem sutiã dentro da gaveta.

-Ah, por favor, não mexa nas minhas coisas!

-Tarde demais, baby. – ri por dentro, imaginando David vermelho que nem pimentão só porque descobri que ele se masturbava de um jeito beeeem tosco.

Depois de alguns segundos, tinha conseguido tirar a calça e colocar o vestido com o sapato de salto. É, não estava tão ruim. A cor era bonita, e ficava bem no meu corpo. Um azul meio cintilante, até o meio da coxa.

Com o barulho da porta, David se sentou e ficou me analisando enquanto eu andava até o espelho. Fiquei de costas para ele, mas conseguia vê-lo sentado na cama pelo reflexo, analisando o vestido cuidadosamente. Deixei escapar uma risadinha.

-E então?  O que sua masculinidade diz sobre esse vestido, e sobre mim?

Ele mordeu o lábio antes de responder.

-O mesmo que eu disse semana passada, e o mesmo que disse hoje. Você é linda, Sam.

-Não é isso que quero saber. – arrisquei.

-Tá, seu vestido é lindo.

-David, quero saber se você me acha... gostosa.

Ele sorriu, depois cruzou os braços e virou os olhos. Eu caminhei até sua frente, dando uma voltinha e esperando a resposta.

-Você já está me deixando sem graça, David.

-Você está me deixando sem graça desde que chegou! – ele apertou mais ainda a almofada em seu colo. – Sim, Sam. Você é gostosa. Até cego te acharia gostosa. E se esse garoto que você quer impressionar não te acha gostosa, ele é boiola. De zero a dez, te daria 20, tá bom assim?

Arregalei os olhos, colocando a mão na boca. Não esperava tudo isso. Pra mim, um “mais ou menos” estaria ótimo. Eu sou gostosa? Quer dizer, eu sou gostosa!

Quando a ficha finalmente caiu, não esperei pra pular nos braços de David e dar beijos estalados em sua bochecha. Ele estava rindo, mas super vermelho por causa da confissão.

-Obrigada, obrigada, obrigada! – falei, depois que me levantei e peguei minhas coisas no banheiro. – Quando precisar de uma opinião feminina, ou qualquer coisa, me liga! Tchau, David!

Disparei pelas escadas abaixo quando consegui sair do quarto dele. Carly estava sentada no sofá tomando um pouco de chá com uma cachorrinha em seus braços, e se levantou quando me viu.

-Mas onde vai com tanta pressa, Sam? Não quer ficar pra tomar uma xícara de...

-Não, não, não, Srta. Shay! Obrigada, mas preciso ir mesmo!

Nem ouvi o que ela tinha falado. Entrei no carro novamente e não demorei para pegar a terceira marcha e cair na estrada, sem conseguir parar de pensar em Freddie me elogiando naquele vestido perfeito.

...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

The end :)
Enfim, respondam se querem que eu explico ou não... Se quiserem, podem ler de novo aquela partinha, mas sem problema, eu resumo em um capítulo só pra vocês. :)
REVIEWS?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Sogra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.