A Menina Dos Olhos escrita por Escarlate


Capítulo 20
Insegurança você não é bem vinda!


Notas iniciais do capítulo

Perdoem me pela preguiça!!!
Acabou de sair do forno.
Boa leitura!



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Cap 20

Em casa.....

– Me passe os ovos que pedi pra você quebrá-los....

– Toma....

– Ikki....que merda é essa?

– Os ovos que você pediu!

– Ok...foi culpa minha eu deveria ter pedido sem as cascas.....

E assim após algum tempo perdido e muita bagunça na cozinha, o almoço saiu....Comeram e limparam toda a bagunça. Ao término foram para a sala assistir TV. Sentaram no sofá e Ikki ligou a TV; até então, tudo normal, até que Ikki começa a apresentar um comportamento estranho. Aos poucos ele se aproxima cada vez mais até que seu corpo se posicionou sentado na mesma almofada que a dela. Esmeralda, lerda que só, não entendeu nada mas se manifestou sobre o incomodo que isso estava causando, afinal dois corpos não ocupam o mesmo espaço.....

– Ikki.....na boa....olha quanto sofá tem ai o seu lado.

– È mesmo? Nem notei! – Cínico como nunca.

– O que você tem?- Ela o olha desconfiada.

– Hahaha – Ele não consegue segurar a risada. – Ai garota, você é mesmo muito divertida. – Ele chega com o rosto bem perto do dela e fala: - Eu estou tentando te dar uns amaços!

– Como é que.....hummm....

Sem tempo para contestar...Ikki venceu a distancia entre eles e lhe tasca um beijo....Ikki era o terror das garotas, podia levar uma mulher a loucura se quisesse, e de fato hoje ele queria, queria ver até onde a Esmeralda “santinha” chegaria, queria vê-la se soltar, e aos poucos, foi avançando o sinal. Foi inserindo uma das mãos por baixo da blusa que ela usava até chegar em um de seus seios e começou a acariciá-lo por cima do sutiã, permaneceu um tempo ali e aguardou a sua reação. A respiração dela estava ofegante, se sentia uma tonta, estava nas nuvens por que Ikki o bonitão da escola estava lhe dando uns amassos, mas ao mesmo tempo se sentia incomodada, para as outras garotas isso era normal, mas ela nunca foi do tipo popular e desejável, se sentia desconfortável diante dessa situação, não sabia o que falar muito menos como agir. A sensação era ótima, diga-se de passagem, mas o desconforto era maior........ainda não....ainda não era o momento.

– Ikki para..

– Hummm, por quê? Não está gostando? Ele dizia entre um beijo e outro.

– Não é isso, eu só não....IKKI È SÈRIO! – Ele recua diante da voz elevada. – Desculpe, não pretendia gritar. – Ela ajeita a blusa. – Mas eu quero parar..... – E deixou a frase morrer no ar, seu olhar permaneceu imóvel olhando para um ponto fixo que Ikki não conseguiu descobrir onde era, não se mexeu mais, apenas parou.

Ikki por sua vez teve uma reação da qual não esperava. Isso já acontece-ra antes, algumas garotas também davam para trás na ultima hora. Normalmente ele se levantava, pegava suas coisas e ia embora sem olhar para trás, afinal, não estava nem ai para o que a garota sentia, queria ele se satisfazer e pronto. Porém dessa vez, ele simplesmente se afastou e com uma voz tranquila falou:

– Ok! Se você não quer, não tem problema, não vou te forçar a nada.

Ele se afastou um pouco, a abraçou pelos ombros e ambos voltaram a atenção para a TV. Levou alguns segundos para ela “sair do transe”, mas tudo ficou bem, o resto da tarde seguiu tranquilamente.

Enquanto isso não muito longe, o pai de Esmeralda estava possesso. Quando viu a filha, voltou para o bar e bebeu mais algumas doses; não chegou a perder a consciência mas começou a ficar inconveniente até que foi “convidado a se retirar”. Não foi para casa, a passos largos e tortos caminhou até uma delegacia. Sua entrada no local não foi das mais belas e todos logo perceberam que o sujeito estava bêbado. Ele não se amedrontou, foi até um dos policiais e começou a falar:

– Eu vim fazer uma denuncia!

– Ah é? E sobre o quê? Roubaram o seu copo? – Zomba o policial, mas no estado dele, nem se deu conta.

– Minha filha, ela fugiu de casa e agora eu a encontrei. Ela esta na casa de um homem.

– E que mal a nisso?

– Ela é menor de idade, e ela fugiu. Esse cara que a está abrigando é maior de idade

Ao terminar a frase o policial ficou sério e olhou para os seus companheiros de equipe que assentiram. O sujeito estava bêbado mas parecia saber do que estava falando.

– Venha comigo senhor. – Ele os conduziu até uma sala onde outro policial os acompanhou. – Sente-se e me conte tudo.

– Ela acabou de fazer 17 anos e fugiu da casa. – Ele fez um drama para transparecer preocupação e zelo pela filha. – Fique muito preocupado senhor, ela é uma garota rebelde, muito complicada, eu sozinho não consigo domá-la, tentei procurá-la por conta própria, até que hoje eu a vi com esse sujeito.

– Ok. Vamos fazer o seguinte, nós vamos investigar, me dê o local exato de onde você os viu e nós vamos fazer uma visita. Não se preocupe vamos manter contato.

– Eu não tenho telefone.

– Não tem problema, me dê seu nome completo, e nós vamos deixar o senhor em casa. Assim que tivermos uma posição, iremos até o senhor.

E assim os três entraram na viatura e os policiais deixaram o sujeito em casa. De volta a delegacia, os dois policiais que “entrevistaram” o sujeito começaram a conversar.

– E ai o que achou?

– Bom, minha viatura vai ficar com cheiro de cachaça por um bom tempo.

– Hahahaha sim isso é verdade, mas sobre o que ele disse; devemos investigar?

– È complicado, ele estava bêbado mas acho que não teria capacidade para criar uma história dessas e outra, pesquisamos sobre ele......ele não tem passagem pela polícia, se ele chegou a fazer algo contra alguém, ninguém nunca prestou uma queixa......

– Então é só dizer quando.

– Quarta faremos isso...

O dia de Shun passou mais rápido do que ele gostaria, o sorvete logo acabará assim como seu assunto. Era nítido sua falta de jeito.

– E agora? Voltamos para casa? – Dizia June tentando puxar assunto.

– Ahhh...bom...não sei, o que você quer fazer?

– Bem, não podemos tomar a sorveteria inteira rsrsrs – Ela tentava divertir a situação.

– Hahaha é verdade, então vamos. – Shun disse meio relutante porém vencido.

– Shun, isso não precisa acabar aqui....quero dizer, se você puder, podemos fazer isso mais vezes!

– Ahhhh...claro que posso, é só marcar.

– Ótimo, agora vamos voltando.

E assim os dois foram embora. Shun a deixou em casa e pegou suas coisas. June o acompanhou até a porta e ele ainda meio sem jeito lhe beijou novamente na despedida.

O dia terminou com uma June e um Shun meio abobalhados mas contentes.

A noite chega e por volta das 19:30 Shun chega em casa.

– Caramba que jornada hein Shun. – Ikki fala para irmão.

– Pelo menos eu aproveitei o dia, não fiquei na frente da TV a tarde toda. Bom, é bom revê-los mas tenho fome, vocês já comeram?

– Ainda não, mas eu posso preparar alguma coisa. – fala Esmeralda.

– Ahhh não! Chega de cozinha por hoje. È sábado e nós vamos de pizza! Shun pega lá o folheto.

– È pra já!

Ligaram e pediram um pizza de queijo com um refrigerante. De sobremesa tinha sorvete na geladeira. Comeram a pizza todo e o mesmo foi com o sorvete, o único que sobrou para contar história foi o refrigerante. Mais uma vez Esmeralda lidera a equipe de limpeza e em 20 minutos a cozinha estava em ordem de novo.

– Ah só você mesmo para me fazer lavar louça. – Fala Ikki para os dois porém dirigindo o olhar para a garota.

– Ahh vai, não é tão ruim assim, não é mais prazeroso acordar e não encontrar louça na pia?

– Ah que seja...mas eu nunca vou ser um lord como vocês.

Shun e a garota riam do jeito largado de Ikki.

–Ok gente, eu vou para o meu quarto.

– Eu gostaria de tomar um banho.

– Esmeralda a casa também é sua, para de falar como se estivesse pedindo permissão.

– È que ainda tenho a impressão de estar ocupando espaço.....

– Minha querida. – Ikki fala em tom zombateiro. – Você cozinha e lava a louça, e claro, você me passa a lição para eu copiar, ou seja, você é quem dá as ordens aqui.

Eles riram e ela pegou suas coisas e se dirigiu ao banheiro.

Alguns minutos até que ela terminasse de usar o banheiro. Desceu com sua toalha e roupas sujas. Colocou a roupa suja para lavar e pendurou a toalha no varal. Quando voltou se despediu de Ikki e foi para o seu quarto. Ikki com um suspiro derrotado, foi para o banheiro, pois achou que também precisava de um banho. Foi rápido, logo já estava com um shorts de dormir, deitado na cama. Alguns minutos se passaram e Ikki acorda com um barulho de porta se abrindo e em seguida fechando; olhou em direção a ela e viu alguém se aproximando. Piscou algumas vezes e logo viu que quem se aproximava era Esmeralda.

– Esmeralda? O que aconteceu? – Ele soava preocupado.

– Eu quero ficar aqui com você hoje! – Ela o olhava sem jeito e muito nervosa. Ikki calmamente afastou as cobertas e deu espaço na cama insinuando que ela podia se aproximar. E ela assim o fez, deitou na mesma cama que ele e esperou que ele os cobrisse.

– Tem certeza?

–Ahan. – Ela balança a cabeça afirmando.

E assim finalmente aconteceu. A tarde ela estava insegura mas agora ela estava decidida e sem medo. Ikki foi carinhoso e paciente como nunca tinha sido antes. Tudo ocorreu tranquilo até o momento final. Ela cogitou se não seria melhor voltar para o seu quarto mas Ikki não permitiu, já eram grandes o suficientes e não deviam satisfação. Ao fim, ambos adormeceram.


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Notas finais do capítulo

Valeu gente.
Boa noite. Bejins



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