What Both Hide From Me? escrita por Ayala Mariane


Capítulo 7
Rangidos


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente, desculpa a demora, ok?
Dedico esse capítulo a Giselle Rush que favoritou a história e as minhas novas leitoras a Laladhu e a Littlemockingjay.
Beijos, boa leitura.



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— Contar o que mesmo? — Eu disse calmamente, não queria que elas achassem que iria rolar alguma coisa entre eu e Cam.

— O beijo? — Tay levantou a sobrancelha direita.

— Ah... isso! — Eu fiz como se não me importasse — Não teve beijo — Gesticulei fazendo aspas — Foi só um “selinho” nada mais.

— E o que você diz? Só isso? Não sentiu nada? — Disse Vic um pouco decepcionada.

— Sim, você acha mesmo que eu vou gostar dele? Está completamente enganada. — Ninguém estava enganada. Eu estava. Não queria admitir e não vou admitir isso.

— Porque não? Ele é lindo, legal... —Disse Tay.

— E gentil.. — Interrompeu Vic, com alguns risinhos.

— Quantas vezes tenho que dizer Vic. Ele é gentil com você, APENAS com você. — Disse um pouco irritada, deixando transparecer um pouco de ciúmes — E além do mais, temos ainda um terço da manhã e a tarde toda no SPA, vocês esqueceram?

— E pior que é mesmo, temos que ir — Disse Tay.

Depois de uma “longa” manhã e uma tarde mais longa ainda, em que a Vic e Tay não me deixaram aproveitar com perguntas estupidas sobre Cam. Cheguei em casa, minha mãe não tinha chegado, fui para a cozinha pegar um copo de leite e alguns cookies foi quando vi o bilhete da mamãe.

Seu pai chega hoje, tem um frango no forno, coloque-o para assar e faça um arroz, o resto eu me resolvo. Beijos da sua mãe, tenha um bom dia filha.

Não acredito nisso, meu pai vai chegar hoje? Deveria estar feliz e estou mas com o meu pai aqui me fazendo perguntas sob o que eu fiz e o que não fiz, não ia me deixar dormir. Fiz o que a mamãe pediu, e fui para o meu quarto tomei um banho, vesti o meu “short” cinza favorito, ganhei quando era bem menor, já não cabe em mim direito. Foi ai que ouvi um barulho na janela. Fui ver e era Cam. O que ele queria? Desci para atende-lo , depois de umas duas olhadas de Cam para minhas coxas eu me lembrei do traje que eu estava vestida.

— Alice, amei o short — Cam disse se sustentando na pilastra da porta da casa.

— Não importa o que faz aqui?

— Vim te chamar pra ir a uma festa na praia.

— Não posso — Disse andando um pouco para trás — Meu pai chega hoje depois de viajem e além do mais eu não saio com você.

Cam se aproximou.

— Nem depois disso? — Cam encostou mais e mais.

— Não — Interrompi — Depois disso — E fechei a porta na casa dele, que falou algo e saiu.

Quando abri a porta, tinha um bilhete no chão.

Doce, eu tinha te chamado porque iria ter uma festa de comemoração dos cinquenta anos no meu tio, o que você achou que eu ia fazer? Te beijar? A experiência foi ótima mas, ia apenas te mostrar o convite do aniversário”

Assim que li o brilhete, fechei a porta e fui para a cozinha, foi quando minha mãe ligou:

— Alice?— Falou com uma voz aflita.

— Oi mãe o papai ainda não chegou eu já fiz o que a senhora pediu.

— Não filha. Chame a Tay ou a Vic para comer com você, seu pai me disse que não voltaria por agora porque houve alguns problemas e sua avó passou mal vou ter que dormir com ela.

— O.k. mãe, manda noticias da vovó e avisa para o papai que eu o amo e estou com saudades, beijo.

Desliguei o telefone, chamei Tay e Vic para comer comigo, as duas rejeitaram. Chamei para dormir mas a mãe de Tay a deixou de castigo por nota baixa no teste de física e o pai de Vic não deixou porque iriam no outro dia para a casa no lago. Não havia outra opção além de comer sozinha. Quer dizer tinha sim, o Cam. Poderia chama-lo para pedir desculpas, mas logo a ideia fugiu da minha mente. Depois de um jantar solitário, comecei a pensar no meu beijo com o Cam, peguei o meu celular e disquei seu número, antes que chamasse eu desliguei, não podia fazer aquilo. Queria ele aqui e agora, mas não podia me envolver com ele, não com ele. Não com Cam. Deitei na cama, esperando o sono vim, li um livro na esperança de esquecer os lábios macios de Cam e acabei pegando no sono.


Acordei com um pequeno baque, a janela do quarto estava aberta e as cortinas voando, imediatamente fechei e averiguei se não havia entrado nada, e como esperava só via o meu quarto vazio. Comecei a ver vultos para lá e para cá, fiquei um pouco tonta. Me sentei na cama e a porta do quarto da minha mãe ao lado do meu começou a bater muito forte, corri e traquei a porta. Peguei o meu livro, se alguém entrasse eu iria bater nele com o livro. Peguei o meu celular e fui para debaixo da cama. Ouvi o vidro da janela da entrada quebrar o meu coração baita muito forte, eu estava com muito medo. Apertei a tecla verde do celular e liguei para a primeira pessoa que apareceu.

— Alô — Ouvi a voz masculina vindo de um lugar que mais parecia um bar.

— Cam. É você? Por favor, me ajude. Estou em casa e tem alguém aqui, por favor, por favor. — Disse já chorando.

— Calma, estou indo para...

Meu coração gelou ao ver o bipe da ligação que havia caído, a luz do meu quarto apagou, fechei os olhos por cinco minutos o barulho não parava. Depois de quase dez minutos comecei a ouvir passos, começou subindo as escadas, a madeira do chão rangia, seus passos eram pesados, eram de um homem. Minha mão logo começou a suar, minha nuca começou a doer. Prendi a respiração quando o silêncio ecoou a casa, e passos lentos passou pela minha porta, o rangido do chão havia parado, eu via apenas uma sombra parada atrás da porta do meu quarto. Fechei os olhos e apertei o livro, precisava de ajuda, precisava gritar, mas nenhuma palavra saia da minha boca. Olhei para a maçaneta da morta girando lentamente e a porta se abriu.


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Notas finais do capítulo

QUERO REVIEWS!!!!
Se eu receber mais reviews eu posto o novo capítulo hoje de noite.
Kiss, Ayala *---*



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